A partida, antes do início, já ganhou uma atmosfera especial: em gratidão pela inesquecível campanha que salvou a equipe do rebaixamento no ano passado, os torcedores tricolores ecoaram o grito de "olê, olê, olê, olá... Cuca, Cuca!". O técnico agradeceu e reconheceu que tratava-se de um momento especial e pouco comum no meio futebolístico.
Fred, capitão tricolor, e Cuca, comandante celeste, se saúdam antes da bola rolar, no reencontro de uma parceria que deu muitas alegrias ao Fluminense. Após o jogo, o presidente Roberto Horcades também mostrou carinho pelo técnico.
Com bola rolando, o Cruzeiro parecia estar jogando no Mineirão: trocava passes com objetividade no campo de ataque, sufocava o Fluminense, criava oportunidades. Porém, esbarrava na boa atuação do goleiro Fernando Henrique ou na falta de pontaria dos próprios jogadores. Após o apito final da primeira etapa, Fred foi perguntado por um repórter sobre o que achou dos 45 minutos iniciais e respondeu com franqueza: "vocês viram o que aconteceu, nós fomos dominados pelo Cruzeiro".
Na volta para o segundo tempo, o desenho do jogo esboçava se repetir, com Wellington Paulista e Thiago Ribeiro tendo boas chances de abrir o placar a favor dos visitantes. Mas, aos 8 minutos, veio o gol tricolor: em cobrança de escanteio pelo lado esquerdo, Leandro Euzébio subiu e cabeceou no canto direito para estufar a rede de Fábio.
Muricy decidiu recuar ainda mais a equipe para tentar conservar o resultado e o Cruzeiro, que já parecia em casa, ficou com volume de jogo muito maior. Porém, mesmo sob intensa pressão, o "time de guerreiros" (apelido dado pela torcida tricolor durante a passagem de Cuca pelo clube) fez jus à alcunha e resistiu às investidas adversárias, garantindo a vitória e chegando à liderança da competição, para alegria de mais de 28.000 pagantes.
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