Num Engenhão 100% alvinegro, quem fez a festa no estádio foi a metade que tinha como emblema a estrela solitária. Por sinal, essa conquista da Taça Rio 2012 representa o primeiro título botafoguense na casa que administra desde o ano 2007.
A vitória por 3a1 sobre o Vasco confirma a boa temporada que vem sendo feita pelo Botafogo, que mantém-se invicto no ano, e coroa o belo início de trabalho do técnico Oswaldo de Oliveira, que vai implementando sua filosofia de trabalho e conquistando os exigentes torcedores com bons resultados e boas atuações.
O primeiro gol saiu no começo de partida, com participação relevante de uma gandula: ao entregar rapidamente a bola para Maicosuel, o camisa sete cobrou o arremesso lateral para Márcio Azevedo e este explorou a brecha deixada pela defesa vascaína, cruzando na medida para que Sebastián "El Loco" Abreu concretizasse a abertura no placar.
Os comandados de Cristóvão Borges não pareciam ter se abalado com o acontecimento e foram criando chances para tentar reestabelecer a igualdade no marcador. O sistema defensivo botafoguense, embora às vezes envolvido pelas trocas de passe oponentes, foi se encaixando e o público passou a ver grandes atuações de Antônio Carlos, Márcio Azevedo e, principalmente, de Fellype Gabriel, que substituiu Renato (contunido na semifinal diante do Bangu) na função de segundo volante e teve performance formidável.
Se no parágrafo anterior não foi citado o nome de Fábio Ferreira - que também marcava bem -, o nome do zagueiro entra agora como o autor da assistência para o segundo gol. No final do primeiro tempo, Elkeson cobrou falta levantando a bola na área e o camisa quatro cabeceou para Abreu simplesmente concluir o lance para o gol.
Com a desvantagem de 2a0, Cristóvão preparou uma dupla mexida no intervalo. Allan entrou, Alecsandro saiu; Felipe saiu, Juninho entrou. Analisando friamente, o Vasco perdia um elemento de ataque, com Diego Souza sendo adiantado para a função de centroavante e formando dupla de frente com Éder Luís, quando no primeiro tempo era mais responsável por, ao lado de Felipe, servir a ambos. E o Botafogo nem deu tempo ao Vasco de respirar essa nova formação tática, pois Maicosuel foi lançado e não desperdiçou a oportunidade, chutando cruzado e marcando 3a0.
A festa tomava conta dos setores Norte e Oeste e o avançar do cronômetro foi trazendo gritos de "olé", "vice de novo" e o tradicional "é campeão". Carlos Alberto, que entrou como última substituição de Cristóvão (Fágner deixou o campo, depois de levar muita canseira de Maicosuel), marcou o gol de honra cruzmaltino.
No final, um Botafogo combativo sem a bola e objetivo quando com ela sagrou-se campeão da Taça Rio e agora decidirá o título estadual diante do Fluminense, campeão da Taça Guanabara. Mas, antes do primeiro jogo de uma final de 180 minutos, tem o jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, enfrentando quarta-feira o Vitória, em Salvador. Se o título na Taça Rio leva à disputa do caneco estadual, a conquista na Copa do Brasil leva à disputa da Copa Libertadores da América. O Vasco sabe muito bem disso e já deve estar pensando no confronto com o Lanús.
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