Bayern que viu o Real Madrid abrir o placar com gol de Cristiano Ronaldo, cobrando pênalti aos cinco minutos. Penalidade essa que ocorreu num lance complicado, diria até interpretativo: Ángel Di María chutou, David Alaba mergulhou virando-se de costas pra bola e acabou cortando a finalização com o braço. Se por um lado ganhou espaço projetando o braço, por outro não pareceu intencionado em usá-lo para bloquear o chute. O fato é que Viktor Kassai assinalou a infração e o Real passou a ficar em vantagem no duelo.
Vantagem que terminaria logo, mas Arjen Robben, que surgiu como uma flecha na pequena área e foi parar dentro da rede tamanha velocidade, não conseguiu direcionar para o gol um cruzamento de Alaba, que fez grande jogada pelo flanco esquerdo, pronto para se redimir de um pênalti que nem sei se ele cometera.
Quem trataria de mandar a bola pra dentro era novamente Cristiano: aos treze minutos, o português recebeu de Mesut Özil e, livre de marcação, chutou no canto direito. É difícil explicar como o Bayern permite que um jogador adversário receba a bola em liberdade naquelas condições, em erro de posicionamento reincidente no duelo com os merengues.
Mas as coisas melhorariam para o Bayern, que, por sinal, era melhor em campo. Aos vinte e seis minutos, a bola foi cruzada na área e Pepe empurrou Mario Gómez. Pênalti que Robben cobrou e converteu, no seu retorno ao estádio Santiago Bernabéu.
Arjen Robben, que disputara a final da Liga dos Campeões nesse mesmo estádio em 2010, converte cobrança de pênalti: torcedores do Real Madrid devem sentir saudades do holandês.
O placar que levava o jogo para a prorrogação veio relativamente cedo e a partida frenética sugeria que novos gols acontecessem. Mas a segurança de Neuer, o mau aproveitamento de Gómez quando acionado, as boas atuações de Pepe e Marcelo, além da maior solidez defensiva do Bayern após o primeiro intervalo sustentaram o 2a1 até o 120º minuto.
Restou desempatar o duelo nos pênaltis. E quem iria abrir a série de cobranças? Cristiano Ronaldo, figura bastante ausente durante o jogo, embora tenha a seu favor as estatísticas oportunas de ter marcado dois gols e descolado alguns outros remates. E Cristiano parou em Neuer, que foi fantástico ao chegar no canto direito. Kaká também teve sua cobrança defendida por Neuer, novamente no canto direito. Os desperdícios de Toni Kroos e Philipp Lahm - ambos parando em defesas de Iker Casillas, que no tempo normal por muito pouco não evitou o gol de Robben - deram maior emoção ao confronto. Até que Sergio Ramos isolou por cima do travessão e, para fechar, Bastian Schweinsteiger, que não jogava noventa minutos há algum tempo e dessa vez não somente jogou os cento e vinte como manteve-se em bom nível, estufou a rede para classificar os bávaros.
Munique ficará pequena em dezenove de maio. Os Azuis de Londres devem ter certeza disso: a Baviera é vermelha.
Outro resultado
Terça-feira
Barcelona 2a2 Chelsea (2a3 na soma dos resultados)
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