Adílson, Cuca, Renato e Silas. Nomes de quatro treinadores que começaram o Campeonato Brasileiro no comando de seus respectivos times (Atlético Paranaense, Cruzeiro, Grêmio e Avaí) mas que já não estão mais na competição.
No momento da digitação desse tópico, a 7ª rodada ainda encontra-se em andamento - o que implica uma média superior a uma troca de treinador a cada duas rodadas. E não vou nem falar no nome de Ênderson Moreira, ex-Fluminense, pois a troca deste por Abel Braga já era anunciada antes de o torneio ter início.
Troca de treinador é algo bastante comum no futebol, principalmente no Brasil, que às vezes parece entregue a uma cultura do "menor esforço". Afinal, é muito "mais prático" trocar um único elemento do que um conjunto de atletas ou de diretores, não é verdade?
De toda forma, as saídas de Adílson Batista, Cuca, Renato Gaúcho e Silas apresentam uma coisa em comum: nenhum dos quatro foi demitido da instituição onde trabalhava. Cada um deles pediu para sair, o que não deixa de ser uma novidade no que se trata de Terra Brasilis.
É bem verdade que todos faziam campanhas aquém das expectativas na liga nacional (expectativa é algo muito perigoso, pode acreditar). Mas é relevante mencionar que Silas saiu do Avaí porque teve uma proposta que julgou mais interessante e hoje comanda o Al-Arabi, do Catar. Se Adílson e Renato fracassaram nessa temporada com o Rubronegro Paranaense e o Tricolor Gaúcho, é bem razoável estimar que não demorará muito para que eles estejam dirigindo um novo clube (embora sinceramente não sei se tenham espaço na Série A). Cuca é um caso à parte. Se, semanas atrás, havia um nome no cenário futebolístico brasileiro que ninguém imaginaria desempregado seria certamente o do técnico ex-Cruzeiro. Encantando o Brasil e a América com uma performance sensacional na Libertadores, o negócio começou a desmoronar na surpreendente eliminação para o Once Caldas, na fase oitavas-de-final. O título mineiro diante do Atlético amenizou as coisas, mas após cinco rodadas sem vitória no Campeonato Brasileiro, o próprio Cuca achou melhor dar a vez para outro profissional. Particularmente, acho uma perda incalculável para o Cruzeiro Esporte Clube trocá-lo por Joel Santana. Mas, falando em números, Joel inicia o trabalho na Toca da Raposa com duas vitórias em duas partidas.
Enfim, há muita água para rolar nesse Campeonato Brasileiro. Espero que a "dança das cadeiras" dos treinadores só aconteça para aqueles times que apresentam um futebol ruim e desejam acrescentar arte no estilo de jogo da equipe. Pode parecer um discurso exageradamente romântico, mas não devemos esquecer que arte e eficiência podem - e devem - caminhar conjuntamente. O Barcelona de Josep Guardiola está aí para dar subsídios a essa afirmativa.
Em tempo, na enquete perguntando sobre o Barça de Guardiola, dez votos foram computados: 4 acham esse "Blaugrana" o maior time que já viram jogar; 4 colocam esse Barcelona como um dos melhores times já vistos e 2 entendem que trata-se de um time de qualidade, mas não no grupo dos melhores que já foram vistos (pergunto-me quais seriam eles!). Que Pep tenha vida longa no Camp Nou. A não ser que ele próprio, por livre e espontânea vontade, sinta ter chegado a hora de respirar novos ares.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Bem Organizado, Botafogo Volta A Vencer O São Paulo
Com boa atuação coletiva, o Botafogo saiu do estádio do Morumbi com uma vitória por 2a0 sobre o São Paulo, resultado que coloca o Alvinegro na 3ª colocação do Campeonato Brasileiro e o Tricolor na vice-liderança da competição. Foi o 4º triunfo consecutivo da equipe de General Severiano sobre este adversário (além do dramático 3a2, em 22.11.2009, no Rio de Janeiro, houve um 2a1, também no Morumbi, em 16.05.2010, e um 2a0 no Engenhão em 12.09.2010).
O jogo
Se alguém imaginava que a sapecada sofrida para o Corinthians por 5a0 na rodada passada pudesse influenciar na partida de hoje, acertou. A apatia são-paulina era visível, ficando difícil estabelecer até que ponto era displicência do time da casa ou propriamente uma superioridade da equipe visitante, que com a bola nos pés mostrava maior desenvoltura e capacidade de aproximação do gol adversário.
As constantes movimentações de Éverton, Maicosuel, Elkeson e do argentino Germán Herrera causavam reboliço no sistema defensivo tricolor. Mas o primeiro gol do jogo contou ainda com um novo elemento: Somália. O meio-campista, que ora vinha aparecendo no banco de reservas e ora sequer sendo relacionado como suplente, foi escalado como titular devido à suspensão de Marcelo Mattos. E, se por um lado começou a partida dando um passe errado na sua primeira participação, teve a felicidade de iniciar a jogada do gol que abriu o placar: aos 36 minutos, ele roubou a bola, passou para Elkeson e o camisa 9 tratou de arriscar o chute - para infelicidade de Rogério Ceni, que falhou na tentativa de espalmar para fora e não evitou que a bola entrasse no canto esquerdo.
O que estava ruim para o São Paulo ficou ainda pior aos 5 minutos do segundo tempo, quando Luiz Eduardo cometeu pênalti em Maicosuel, após belo passe de Herrera. Coube ao próprio Herrera realizar a cobrança e colocar 2a0 no placar.
Com o revés mais acentuado, Paulo César Carpeggiani promoveu as entradas de Rivaldo e Henrique nos lugares de Ilsinho e Fernandinho. Mas quem estava melhor postado era o time comandado por Caio Júnior, que ainda contou com as entradas de Marcos Vinícius, Caio e Cidinho (saíram Márcio Azevedo, Maicosuel e Éverton) e foi melhor em campo na maior parte do tempo.
Após o término da partida, Rogério Ceni declarou que "essa não é a nossa realidade", salientando que o impacto da contundente derrota para o Corinthians teve efeito na partida diante do Botafogo, assumindo a responsabilidade principalmente pela falha no primeiro gol do jogo. Com um treinador instável no cargo e um elenco aparentemente rachado (vide capitão Ceni rebatendo recente declaração de Dagoberto), o fato é que o São Paulo precisa sacodir essa poeira o quanto antes, ou então será presa fácil para o Flamengo no Rio de Janeiro. Já o Botafogo, que atravessa seu melhor momento desde que trocou Joel Santana por Caio Júnior, tem mais é que comemorar a ascensão de rendimento e de resultado e buscar uma nova vitória na próxima rodada, quando receberá o Atlético Goianiense.
Outros resultados
Vasco 0a3 Cruzeiro
Grêmio 2a2 Avaí
América Mineiro 2a3 Flamengo
Figueirense 2a1 Santos
Bahia 0a1 Corinthians
Jogam nessa quinta-feira: Palmeiras e Atlético Goianiense, Coritiba e Ceará, Fluminense e Atlético Paranaense, e Atlético Mineiro e Internacional.
O jogo
Se alguém imaginava que a sapecada sofrida para o Corinthians por 5a0 na rodada passada pudesse influenciar na partida de hoje, acertou. A apatia são-paulina era visível, ficando difícil estabelecer até que ponto era displicência do time da casa ou propriamente uma superioridade da equipe visitante, que com a bola nos pés mostrava maior desenvoltura e capacidade de aproximação do gol adversário.
As constantes movimentações de Éverton, Maicosuel, Elkeson e do argentino Germán Herrera causavam reboliço no sistema defensivo tricolor. Mas o primeiro gol do jogo contou ainda com um novo elemento: Somália. O meio-campista, que ora vinha aparecendo no banco de reservas e ora sequer sendo relacionado como suplente, foi escalado como titular devido à suspensão de Marcelo Mattos. E, se por um lado começou a partida dando um passe errado na sua primeira participação, teve a felicidade de iniciar a jogada do gol que abriu o placar: aos 36 minutos, ele roubou a bola, passou para Elkeson e o camisa 9 tratou de arriscar o chute - para infelicidade de Rogério Ceni, que falhou na tentativa de espalmar para fora e não evitou que a bola entrasse no canto esquerdo.
O que estava ruim para o São Paulo ficou ainda pior aos 5 minutos do segundo tempo, quando Luiz Eduardo cometeu pênalti em Maicosuel, após belo passe de Herrera. Coube ao próprio Herrera realizar a cobrança e colocar 2a0 no placar.
Com o revés mais acentuado, Paulo César Carpeggiani promoveu as entradas de Rivaldo e Henrique nos lugares de Ilsinho e Fernandinho. Mas quem estava melhor postado era o time comandado por Caio Júnior, que ainda contou com as entradas de Marcos Vinícius, Caio e Cidinho (saíram Márcio Azevedo, Maicosuel e Éverton) e foi melhor em campo na maior parte do tempo.
Após o término da partida, Rogério Ceni declarou que "essa não é a nossa realidade", salientando que o impacto da contundente derrota para o Corinthians teve efeito na partida diante do Botafogo, assumindo a responsabilidade principalmente pela falha no primeiro gol do jogo. Com um treinador instável no cargo e um elenco aparentemente rachado (vide capitão Ceni rebatendo recente declaração de Dagoberto), o fato é que o São Paulo precisa sacodir essa poeira o quanto antes, ou então será presa fácil para o Flamengo no Rio de Janeiro. Já o Botafogo, que atravessa seu melhor momento desde que trocou Joel Santana por Caio Júnior, tem mais é que comemorar a ascensão de rendimento e de resultado e buscar uma nova vitória na próxima rodada, quando receberá o Atlético Goianiense.
Outros resultados
Vasco 0a3 Cruzeiro
Grêmio 2a2 Avaí
América Mineiro 2a3 Flamengo
Figueirense 2a1 Santos
Bahia 0a1 Corinthians
Jogam nessa quinta-feira: Palmeiras e Atlético Goianiense, Coritiba e Ceará, Fluminense e Atlético Paranaense, e Atlético Mineiro e Internacional.
domingo, 26 de junho de 2011
Com Ou Sem Luz, A Estrela Brilha: Botafogo 2a1 Grêmio
Com direito a apagão que deixou a partida paralisada por mais de 20 minutos, o Botafogo venceu o Grêmio por 2a1 pela 6ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011. Os gols saíram todos no segundo tempo e após o Tricolor Gaúcho ficar com um homem a menos dentro de campo (Fernando foi expulso aos 23 minutos da etapa final): Marcelo Mattos abriu o placar para o Alvinegro aos 31 e, na volta do apagão, Elkeson marcaria o 2º dos donos da casa, com Rafael Marques (ex-Botafogo) descontando para a equipe visitante.
Com 11 pontos ganhos, o Botafogo aparece na 4ª colocação, a quatro pontos do líder São Paulo, que será justamente seu próximo adversário. O Grêmio, que está em 13º lugar com 7 pontos, recebe o lanterna Avaí, que somou apenas 1 ponto nos 6 primeiros jogos disputados.
O jogo
Dominando as ações desde o início de partida, o Botafogo dava sinais de que a qualquer momento abriria o placar no estádio Engenhão. Um chute de Marcelo Mattos aos cinco minutos tinha o endereço do ângulo direito, mas o goleiro Marcelo Grohe fez sua primeira aparição para evitar o gol alvinegro, espalmando em escanteio. Outra grande chance dos donos da casa inaugurarem o marcador deu-se aos 25 minutos, quando o argentino Germán Herrera desviou sutilmente uma bola cruzada rasteira e mandou perto da trave esquerda. Antes disso, o treinador gremista Renato Gaúcho precisou fazer sua primeira substituição, tirando Marquinhos e colocando Róberson - o jogador substituído foi hostilizado pela torcida botafoguense, provavelmente em lembrança da provocação do meia ex-Avaí no jogo de volta pela fase oitavas-de-final na Copa do Brasil desse ano, desencadeando briga generalizada que teve Sebastián "El Loco" Abreu como protagonista.
A maior chance do Grêmio no primeiro tempo - talvez a única da equipe antes do intervalo - ocorreu aos 30 minutos, quando a marcação alvinegra vacilou (Márcio Azevedo não marcava ninguém naquele momento) e a bola chegou em Fernando, que parou em grande defesa do goleiro Renan. Aliás, não estranhem os nomes de Renan e Marcelo Grohe - os titulares Jéfferson e Victor estão com a seleção brasileira convocada por Mano Menezes para a disputa da Copa América, em julho, na Argentina.
O Botafogo seguiu melhor na segunda etapa - embora sem o mesmo domínio exercido nos primeiros minutos de partida - mas foi o Grêmio quem teve uma senhora oportunidade de tirar o zero do placar: aos 18 minutos, William Magrão recebeu em liberdade, avançou e, de frente com Renan, parou em sensacional intervenção do arqueiro alvinegro. Com Cidinho e Caio nos lugares de Éverton e Maicosuel, Caio Júnior gerou insatisfação em muitos torcedores, que provavelmente não entenderam a saída do camisa 7. Mas a entrada de Cidinho foi tão satisfatória que logo a massa alvinegra veria que o Botafogo mudava para melhor com a entrada do ágil meio-campista. Em sua primeira participação efetiva, Cidinho foi derrubado por Fernando, que foi expulso pelo segundo cartão amarelo.
Com um jogador a mais e a torcida empolgada, o Botafogo logo abriria o placar: Elkeson fez jogada individual pela direita, chutou forte e a bola desviou na cabeça de Marcelo Mattos antes de tomar o rumo da rede. 1a0 e muita festa no Engenhão, que recebeu cerca de 14.000 espectadores. Mas o público presente não contava com uma queda de energia, ocorrida no minuto posterior a mais uma jogada interessante de Cidinho, quando o Botafogo pressionava o Grêmio. Cerca de 22 minutos depois do novo intervalo, a partida teve reinício, com um ritmo naturalmente desacelerado em comparação ao momento que antecedeu a paralisação.
Vídeo exclusivo, gravado a partir do setor Norte, mostrando o estádio Olímpico João Havelange às escuras durante o encontro entre Botafogo e Grêmio.
Mas nem um estádio às escuras poderia apagar o brilho da estrela solitária naquela noite de domingo: aos 57 minutos, Elkeson recebeu de Caio e chutou com força para marcar 2a0. O Grêmio se lançou ao ataque basicamente no esquema do "chuveirinho". E foi assim que a equipe visitante quase aprontou uma reviravolta na partida: aos 65 minutos, Rafael Marques conseguiu completar pra rede após cobrança de falta alçada para a área. Mais tarde, os gremistas ainda descolaram duas finalizações da pequena área também em jogadas aéreas, o que deve ter causado calafrios nos botafoguenses. Até porque, ano passado o time vencia o Grêmio por 2a0 até ceder o empate no final. Em 2006, filme parecido, quando também dentro de casa (só que no Maracanã), uma vantagem de 2a0 terminou em empate por 2a2. Mas dessa vez a torcida alvinegra pôde voltar para casa festejando a vitória.
Outros resultados
Sábado
Flamengo 4a1 Atlético Mineiro
Atlético Paranaense 0a2 Bahia
Cruzeiro 2a1 Coritiba
Domingo
Corinthians 5a0 São Paulo
Avaí 0a1 Fluminense
Ceará 2a0 Palmeiras
Internacional 4a1 Figueirense
Atlético Goianiense 0a1 Vasco
Dos 9 jogos disputados pela 6ª rodada no Campeonato Brasileiro nesse final-de-semana, o blogueiro acertou 4 previsões: as vitórias de Cruzeiro, Fluminense, Internacional, e essa do Botafogo.
Com 11 pontos ganhos, o Botafogo aparece na 4ª colocação, a quatro pontos do líder São Paulo, que será justamente seu próximo adversário. O Grêmio, que está em 13º lugar com 7 pontos, recebe o lanterna Avaí, que somou apenas 1 ponto nos 6 primeiros jogos disputados.
O jogo
Dominando as ações desde o início de partida, o Botafogo dava sinais de que a qualquer momento abriria o placar no estádio Engenhão. Um chute de Marcelo Mattos aos cinco minutos tinha o endereço do ângulo direito, mas o goleiro Marcelo Grohe fez sua primeira aparição para evitar o gol alvinegro, espalmando em escanteio. Outra grande chance dos donos da casa inaugurarem o marcador deu-se aos 25 minutos, quando o argentino Germán Herrera desviou sutilmente uma bola cruzada rasteira e mandou perto da trave esquerda. Antes disso, o treinador gremista Renato Gaúcho precisou fazer sua primeira substituição, tirando Marquinhos e colocando Róberson - o jogador substituído foi hostilizado pela torcida botafoguense, provavelmente em lembrança da provocação do meia ex-Avaí no jogo de volta pela fase oitavas-de-final na Copa do Brasil desse ano, desencadeando briga generalizada que teve Sebastián "El Loco" Abreu como protagonista.
A maior chance do Grêmio no primeiro tempo - talvez a única da equipe antes do intervalo - ocorreu aos 30 minutos, quando a marcação alvinegra vacilou (Márcio Azevedo não marcava ninguém naquele momento) e a bola chegou em Fernando, que parou em grande defesa do goleiro Renan. Aliás, não estranhem os nomes de Renan e Marcelo Grohe - os titulares Jéfferson e Victor estão com a seleção brasileira convocada por Mano Menezes para a disputa da Copa América, em julho, na Argentina.
O Botafogo seguiu melhor na segunda etapa - embora sem o mesmo domínio exercido nos primeiros minutos de partida - mas foi o Grêmio quem teve uma senhora oportunidade de tirar o zero do placar: aos 18 minutos, William Magrão recebeu em liberdade, avançou e, de frente com Renan, parou em sensacional intervenção do arqueiro alvinegro. Com Cidinho e Caio nos lugares de Éverton e Maicosuel, Caio Júnior gerou insatisfação em muitos torcedores, que provavelmente não entenderam a saída do camisa 7. Mas a entrada de Cidinho foi tão satisfatória que logo a massa alvinegra veria que o Botafogo mudava para melhor com a entrada do ágil meio-campista. Em sua primeira participação efetiva, Cidinho foi derrubado por Fernando, que foi expulso pelo segundo cartão amarelo.
Com um jogador a mais e a torcida empolgada, o Botafogo logo abriria o placar: Elkeson fez jogada individual pela direita, chutou forte e a bola desviou na cabeça de Marcelo Mattos antes de tomar o rumo da rede. 1a0 e muita festa no Engenhão, que recebeu cerca de 14.000 espectadores. Mas o público presente não contava com uma queda de energia, ocorrida no minuto posterior a mais uma jogada interessante de Cidinho, quando o Botafogo pressionava o Grêmio. Cerca de 22 minutos depois do novo intervalo, a partida teve reinício, com um ritmo naturalmente desacelerado em comparação ao momento que antecedeu a paralisação.
Vídeo exclusivo, gravado a partir do setor Norte, mostrando o estádio Olímpico João Havelange às escuras durante o encontro entre Botafogo e Grêmio.
Outros resultados
Sábado
Flamengo 4a1 Atlético Mineiro
Atlético Paranaense 0a2 Bahia
Cruzeiro 2a1 Coritiba
Domingo
Corinthians 5a0 São Paulo
Avaí 0a1 Fluminense
Ceará 2a0 Palmeiras
Internacional 4a1 Figueirense
Atlético Goianiense 0a1 Vasco
Dos 9 jogos disputados pela 6ª rodada no Campeonato Brasileiro nesse final-de-semana, o blogueiro acertou 4 previsões: as vitórias de Cruzeiro, Fluminense, Internacional, e essa do Botafogo.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Série A 2011: 6ª Rodada E Seus Pitacos
Nesse final-de-semana será disputada a 6ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011. Sendo cedo demais para traçar prognósticos mirando a classificação final no torneio (há uma janela de transferências em andamento, o que sugere mudanças nos elencos atuais), vamos então pitaquear a respeito das próximas partidas (o que já é uma tarefa inglória, dado o equilíbrio visto na competição).
Flamengo (8º) e Atlético Mineiro (5º)
O treinador rubronegro Vanderlei Luxemburgo reencontra seu ex-time, o qual deixou ano passado em situação delicada na Série A, perigando rebaixamento. No duelo entre duas equipes que marcaram 9 gols e sofreram 5, resta saber como os donos da casa se comportarão na ausência do volante Williams, figura fundamental na equipe (o meia argentino Darío Bottinelli também cumpre suspensão). Pelo lado atleticano, o zagueiro Leonardo Silva, desfalque na rodada passada, retorna ao time titular. Dá empate.
Atlético Paranaense (19º) e Bahia (14º)
Se fatores extra-campo forem decisivos, o Bahia veste amplo favoritismo para conquistar a vitória na Arena da Baixada. Enquanto o Tricolor festeja a recente primeira vitória na competição (1a0 sobre o atual campeão Fluminense, no Rio de Janeiro), o Atlético vive um "inferno astral" na relação entre torcida e diretoria. Porém, René Simões, treinador do Bahia, comentou sobre a dificuldade que é enfrentar o Atlético em seu estádio, lembrando do último confronto entre essas equipes (5a0 Furacão, pela Copa do Brasil desse ano). Dá empate.
Cruzeiro (18º) e Coritiba (16º)
É a estréia de Joel Santana no comando cruzeirense, após uma passagem de cerca de 14 meses treinando o Botafogo. Pode-se dizer que trata-se de um duelo entre duas equipes querendo novo ânimo na temporada: enquanto o Cruzeiro vem colecionando boas atuações mas resultados incompatíveis com seu desempenho, o Coritiba busca reencontrar as vitórias após um excelente início de temporada, que recebeu uma ducha de água fria com o fracasso na final da Copa do Brasil. Dá Cruzeiro.
Corinthians (3º) e São Paulo (1º)
Como se não bastasse o fato de ser um clássico, Corinthians e São Paulo atravessam momento positivo na temporada: enquanto o Timão está invicto (3 vitórias em 4 jogos), o Tricolor emplaca 100% de aproveitamento nas 5 partidas disputadas. O time do São Paulo me agrada mais que o corinthiano, notadamente observando os talentos individuais de jogadores como Casemiro, Lucas, Rivaldo e Dagoberto. Mas daí a dizer que irão vencer o Corinthians no Pacaembu, são outros quinhentos. Dá empate.
Botafogo (6º) e Grêmio (10º)
Desfalcado do volante Fábio Rochemback (suspenso) e ainda sem utilizar os recém-contratados Gilberto Silva e Miralles, o Grêmio de Renato Gaúcho deverá ir ao Rio de Janeiro para jogar pelo empate. Caio Júnior segue sem contar com o atacante uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu (com a delegação uruguaia que disputa a Copa América, na Argentina) e também não terá o goleiro Jéfferson (convocado por Mano Menezes para a competição continental). Além de jogar dentro de casa, vejo o Alvinegro em vantagem do ponto de vista técnico e também tático. Dá Botafogo.
Avaí (20º) e Fluminense (12º)
Na lanterna e com a tenebrosa marca de 13 gols negativos de saldo (foram 17 gols sofridos nesses cinco primeiros jogos), o Avaí recebe o Fluminense em Florianópolis tentando a primeira vitória na competição. O Tricolor, por sua vez, busca o primeiro triunfo após a chegada do treinador Abel Braga, que até aqui soma duas derrotas em duas partidas. E se não vier agora, sabe Deus quando virá. Dá Fluminense.
Ceará (17º) e Palmeiras (2º)
Vágner Mancini conta com o retorno de três atletas que estavam lesionados (o lateral-direito Boiadeiro, o zagueiro Fabrício e o meia Geraldo) e terá como único desfalque para a partida o volante Michel, que segue contundido. O atacante Washington, de contrato renovado, retorna após cumprir suspensão na rodada passada. Do outro lado estará o Palmeiras, vice-líder e invicto na competição, vindo de uma goleada de 5a0 sobre o Avaí e detentor do ataque mais efetivo nessas primeiras cinco rodadas, com média de dois gols por jogo. Dá empate.
Internacional (11º) e Figueirense (4º)
Se ambas as equipes perderam apenas uma vez na competição, por que tamanha diferença na tabela de classificação? É que o Figueirense soma 3 vitórias, para uma do Internacional. O time comandado por Jorginho é aquele que tem as partidas com menor média de gols (o ataque marcou seis e a defesa vazou duas vezes). Portanto, o Inter de Paulo Roberto Falcão - que tem oito gols pró e sete contra - precisa ficar atento aos mínimos detalhes, porque a partida deverá ser decidida nessas condições. Dá Internacional.
Atlético Goianiense (9º) e Vasco (7º)
Se há alguém com uma motivação a mais para essa partida, esse alguém é o treinador Paulo César Gusmão, que foi demitido do Vasco após um horrendo início de temporada na disputa da Taça Guanabara - o pior da história cruzmaltina. Após a queda de PC Gusmão, o Vasco subiu de produção, chegou à final na Taça Rio e foi campeão na Copa do Brasil sob o comando de Ricardo Gomes. Valores individuais, o Vasco tem mais. Então, nesse jogo o blogueiro dará um palpite de teimoso. Dá Atlético Goianiense.
A partida entre Santos (13º) e América Mineiro (15º) foi adiada para 02.07.2011.
Flamengo (8º) e Atlético Mineiro (5º)
O treinador rubronegro Vanderlei Luxemburgo reencontra seu ex-time, o qual deixou ano passado em situação delicada na Série A, perigando rebaixamento. No duelo entre duas equipes que marcaram 9 gols e sofreram 5, resta saber como os donos da casa se comportarão na ausência do volante Williams, figura fundamental na equipe (o meia argentino Darío Bottinelli também cumpre suspensão). Pelo lado atleticano, o zagueiro Leonardo Silva, desfalque na rodada passada, retorna ao time titular. Dá empate.
Atlético Paranaense (19º) e Bahia (14º)
Se fatores extra-campo forem decisivos, o Bahia veste amplo favoritismo para conquistar a vitória na Arena da Baixada. Enquanto o Tricolor festeja a recente primeira vitória na competição (1a0 sobre o atual campeão Fluminense, no Rio de Janeiro), o Atlético vive um "inferno astral" na relação entre torcida e diretoria. Porém, René Simões, treinador do Bahia, comentou sobre a dificuldade que é enfrentar o Atlético em seu estádio, lembrando do último confronto entre essas equipes (5a0 Furacão, pela Copa do Brasil desse ano). Dá empate.
Cruzeiro (18º) e Coritiba (16º)
É a estréia de Joel Santana no comando cruzeirense, após uma passagem de cerca de 14 meses treinando o Botafogo. Pode-se dizer que trata-se de um duelo entre duas equipes querendo novo ânimo na temporada: enquanto o Cruzeiro vem colecionando boas atuações mas resultados incompatíveis com seu desempenho, o Coritiba busca reencontrar as vitórias após um excelente início de temporada, que recebeu uma ducha de água fria com o fracasso na final da Copa do Brasil. Dá Cruzeiro.
Corinthians (3º) e São Paulo (1º)
Como se não bastasse o fato de ser um clássico, Corinthians e São Paulo atravessam momento positivo na temporada: enquanto o Timão está invicto (3 vitórias em 4 jogos), o Tricolor emplaca 100% de aproveitamento nas 5 partidas disputadas. O time do São Paulo me agrada mais que o corinthiano, notadamente observando os talentos individuais de jogadores como Casemiro, Lucas, Rivaldo e Dagoberto. Mas daí a dizer que irão vencer o Corinthians no Pacaembu, são outros quinhentos. Dá empate.
Botafogo (6º) e Grêmio (10º)
Desfalcado do volante Fábio Rochemback (suspenso) e ainda sem utilizar os recém-contratados Gilberto Silva e Miralles, o Grêmio de Renato Gaúcho deverá ir ao Rio de Janeiro para jogar pelo empate. Caio Júnior segue sem contar com o atacante uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu (com a delegação uruguaia que disputa a Copa América, na Argentina) e também não terá o goleiro Jéfferson (convocado por Mano Menezes para a competição continental). Além de jogar dentro de casa, vejo o Alvinegro em vantagem do ponto de vista técnico e também tático. Dá Botafogo.
Avaí (20º) e Fluminense (12º)
Na lanterna e com a tenebrosa marca de 13 gols negativos de saldo (foram 17 gols sofridos nesses cinco primeiros jogos), o Avaí recebe o Fluminense em Florianópolis tentando a primeira vitória na competição. O Tricolor, por sua vez, busca o primeiro triunfo após a chegada do treinador Abel Braga, que até aqui soma duas derrotas em duas partidas. E se não vier agora, sabe Deus quando virá. Dá Fluminense.
Ceará (17º) e Palmeiras (2º)
Vágner Mancini conta com o retorno de três atletas que estavam lesionados (o lateral-direito Boiadeiro, o zagueiro Fabrício e o meia Geraldo) e terá como único desfalque para a partida o volante Michel, que segue contundido. O atacante Washington, de contrato renovado, retorna após cumprir suspensão na rodada passada. Do outro lado estará o Palmeiras, vice-líder e invicto na competição, vindo de uma goleada de 5a0 sobre o Avaí e detentor do ataque mais efetivo nessas primeiras cinco rodadas, com média de dois gols por jogo. Dá empate.
Internacional (11º) e Figueirense (4º)
Se ambas as equipes perderam apenas uma vez na competição, por que tamanha diferença na tabela de classificação? É que o Figueirense soma 3 vitórias, para uma do Internacional. O time comandado por Jorginho é aquele que tem as partidas com menor média de gols (o ataque marcou seis e a defesa vazou duas vezes). Portanto, o Inter de Paulo Roberto Falcão - que tem oito gols pró e sete contra - precisa ficar atento aos mínimos detalhes, porque a partida deverá ser decidida nessas condições. Dá Internacional.
Atlético Goianiense (9º) e Vasco (7º)
Se há alguém com uma motivação a mais para essa partida, esse alguém é o treinador Paulo César Gusmão, que foi demitido do Vasco após um horrendo início de temporada na disputa da Taça Guanabara - o pior da história cruzmaltina. Após a queda de PC Gusmão, o Vasco subiu de produção, chegou à final na Taça Rio e foi campeão na Copa do Brasil sob o comando de Ricardo Gomes. Valores individuais, o Vasco tem mais. Então, nesse jogo o blogueiro dará um palpite de teimoso. Dá Atlético Goianiense.
A partida entre Santos (13º) e América Mineiro (15º) foi adiada para 02.07.2011.
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Após Quase Meio Século, Santos Conquista América
49 anos depois do bicampeonato continental em 1962, o Santos voltou a conquistar a Copa Libertadores da América. Os 3 gols da vitória santista por 2a1 foram marcados por jogadores de sobrenome "da Silva": os jovens de 19 anos Neymar e Danilo anotaram a favor, e o experiente Durval marcou contra.
Embora haja todo um Campeonato Brasileiro pela frente e o treinador da equipe seja um sujeito acostumado a ganhar esse torneio (foram 3 títulos com o São Paulo e um com o Fluminense), é praticamente inevitável deixar a liga nacional para segundo plano e projetar o encontro entre os "Meninos da Vila" e a sensacional equipe barcelonista comandada por Josep Guardiola, que, salvo zebras, deverão duelar em dezembro.
O jogo
Escalado com força máxima e contando com o retorno de Paulo Henrique Ganso, o Santos mostrou sua superioridade técnica e, mesmo sem estabelecer uma pressão, atacou o Peñarol. E se o 0a0 persistiu até o intervalo, não demorou muito para sair o gol na etapa final: com 1 minuto, Arouca se apresentou no ataque, tabelou com Paulo Henrique recebendo um belo passe de letra do camisa 10, serviu Neymar e o astro santista finalizou rasteiro no canto direito. Bola defensável, mas que acabou no fundo da rede.
Se com o Peñarol focado em se defender o Santos já arrumava uma ou outra brecha, os espaços passaram a aparecer por tudo que é canto do campo depois que o time uruguaio se mandou ao ataque na busca pelo empate. E quem aproveitou a oportunidade foi Danilo: em bonita jogada individual pelo lado direito, o lateral se livrou da marcação e descolou chute cruzado muito bem colocado no canto direito. Dessa vez, não há como responsabilizar o goleiro Sebastián Sosa. 2a0 Santos.
Dava pinta de que o desfecho do jogo seria tranqüilo, afinal, todos os ingredientes naquele momento eram favoráveis ao Santos Futebol Clube: vantagem de dois gols, torcida inflamada, equipe melhor postada em campo e a já sabida superioridade técnica. Só que futebol não é uma ciência exata: com Zé Eduardo desperdiçando duas chances claras de marcar novamente, quem aproveitou uma rara chegada foi o Peñarol, graças a um gol contra de Durval na tentativa de cruzamento de Estoyanoff.
Para aumentar o drama santista, aos 40 minutos do segundo tempo houve aquele "momento Muricy", com o treinador tirando Ganso de campo para colocar Pará. Até torci para o meia se recusar a sair, a exemplo do que fizera na final estadual de 2010, negando orientação do então treinador Dorival Júnior. Mas o usuário da camisa que já foi vestida por Pelé obedeceu o comandante e passou os últimos minutos da competição como um torcedor (um desperdício, sem dúvidas). De toda forma, o Santos é tricampeão da América. O Peñarol, que já conquistou o caneco cinco vezes, precisa aprender a lidar melhor com a derrota, pois o esporte não merece imagens como a da pancadaria generalizada ao término da partida. Bem melhor recordar da festa do elenco e da torcida santista, reforçada por ninguém menos que Édson Arantes do Nascimento, que teve a sorte de não ter sido treinado por Muricy Ramalho. Senão era bem capaz de terminar aquela partida, de quase meio século atrás, do lado de fora, torcendo...
Embora haja todo um Campeonato Brasileiro pela frente e o treinador da equipe seja um sujeito acostumado a ganhar esse torneio (foram 3 títulos com o São Paulo e um com o Fluminense), é praticamente inevitável deixar a liga nacional para segundo plano e projetar o encontro entre os "Meninos da Vila" e a sensacional equipe barcelonista comandada por Josep Guardiola, que, salvo zebras, deverão duelar em dezembro.
O jogo
Escalado com força máxima e contando com o retorno de Paulo Henrique Ganso, o Santos mostrou sua superioridade técnica e, mesmo sem estabelecer uma pressão, atacou o Peñarol. E se o 0a0 persistiu até o intervalo, não demorou muito para sair o gol na etapa final: com 1 minuto, Arouca se apresentou no ataque, tabelou com Paulo Henrique recebendo um belo passe de letra do camisa 10, serviu Neymar e o astro santista finalizou rasteiro no canto direito. Bola defensável, mas que acabou no fundo da rede.
Se com o Peñarol focado em se defender o Santos já arrumava uma ou outra brecha, os espaços passaram a aparecer por tudo que é canto do campo depois que o time uruguaio se mandou ao ataque na busca pelo empate. E quem aproveitou a oportunidade foi Danilo: em bonita jogada individual pelo lado direito, o lateral se livrou da marcação e descolou chute cruzado muito bem colocado no canto direito. Dessa vez, não há como responsabilizar o goleiro Sebastián Sosa. 2a0 Santos.
Dava pinta de que o desfecho do jogo seria tranqüilo, afinal, todos os ingredientes naquele momento eram favoráveis ao Santos Futebol Clube: vantagem de dois gols, torcida inflamada, equipe melhor postada em campo e a já sabida superioridade técnica. Só que futebol não é uma ciência exata: com Zé Eduardo desperdiçando duas chances claras de marcar novamente, quem aproveitou uma rara chegada foi o Peñarol, graças a um gol contra de Durval na tentativa de cruzamento de Estoyanoff.
Para aumentar o drama santista, aos 40 minutos do segundo tempo houve aquele "momento Muricy", com o treinador tirando Ganso de campo para colocar Pará. Até torci para o meia se recusar a sair, a exemplo do que fizera na final estadual de 2010, negando orientação do então treinador Dorival Júnior. Mas o usuário da camisa que já foi vestida por Pelé obedeceu o comandante e passou os últimos minutos da competição como um torcedor (um desperdício, sem dúvidas). De toda forma, o Santos é tricampeão da América. O Peñarol, que já conquistou o caneco cinco vezes, precisa aprender a lidar melhor com a derrota, pois o esporte não merece imagens como a da pancadaria generalizada ao término da partida. Bem melhor recordar da festa do elenco e da torcida santista, reforçada por ninguém menos que Édson Arantes do Nascimento, que teve a sorte de não ter sido treinado por Muricy Ramalho. Senão era bem capaz de terminar aquela partida, de quase meio século atrás, do lado de fora, torcendo...
domingo, 19 de junho de 2011
No Olímpico, Os Gols Saíram Do Banco
Grêmio e Vasco jogaram em Porto Alegre e saíram de campo com os uniformes muito molhados: é que além da grande disposição apresentada por ambos os conjuntos, caiu forte chuva durante a partida. A drenagem no gramado do estádio Olímpico pareceu funcionar plenamente, o que isenta a superfície do terreno de responsabilidade pelo grande número de passes errados e jogadas mal realizadas tanto pelo Tricolor Gaúcho quanto pelo Clube da Colina, que terminaram empatados em 1a1.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
O Vasco começou a partida conseguindo freqüentar o campo de ataque, mas sem levar perigo ao adversário. Perigosa mesmo foi a entrada de sola por parte do volante tricolor Fábio Rochemback, aos 5 minutos, que rendeu cartão amarelo ao camisa 5 gremista (não seria nada absurdo o lance resultar em expulsão).
Batendo menos e jogando mais, o Grêmio foi se assanhando na partida. Aos 13 minutos, Gabriel recebeu pela direita e chutou forte, com Fernando Prass indo espalmar na altura do ângulo esquerdo. O escanteio daí originado terminou em penalidade máxima: é que Fágner cortou cruzamento com a mão. Na cobrança, Gabriel voltou a parar em Prass, que conseguiu rebater.
Bola na rede o Grêmio conseguiria colocar aos 17 minutos, mas foi marcado impedimento de William Magrão após falta cobrada por Rochemback. Aos 19 minutos foi a vez do Vasco assustar no lance de bola parada: Alecsandro cobrou falta e carimbou o travessão de Victor, que ainda tocou na bola após o choque da redonda com a barra.
Cada equipe teria ainda mais uma grande chance de tirar o zero do placar no primeiro tempo. Aos 27 minutos, Gabriel, muito participativo nos lances de ataque, voltou a ser acionado pelo lado direito e finalizou mandando um chute cruzado que passou assustando. Mas a maior oportunidade seria vascaína: aos 39', Éder Luís ganhou na dividida com a defesa, ficou cara-a-cara com Victor, driblou-o, mas o campo acabou antes que ele pudesse manter a bola dentro das quatro linhas. De nada adiantou concluir o lance pro gol, pois já havia sido marcado tiro-de-meta.
O Grêmio voltou do intervalo com Escudero no lugar de Lúcio e quem passou a aparecer no jogo foi o meia Douglas, que, entre erros e acertos, era a figura que mais conduzia os donos da casa ao campo de ataque. Porém, os gols do jogo só aconteceriam após novas intervenções dos "RGs". Aos 29 minutos, Ricardo Gomes trocou Diego Souza por Bernardo. No minuto seguinte, Bernardo desceu pelo lado direito, fez o movimento de quem iria cruzar, mas a bola foi parar no fundo do gol, surpreendendo o goleiro e provavelmente o próprio autor da obra. 1a0 Vasco. Aos 39 - 12 minutos depois de entrar no lugar de Júnior Viçosa -, Róberson empatou a partida cabeceando livre após cobrança de escanteio. Para alegria de Renato Gaúcho, que havia tirado seu atacante pouco depois de explicitar irritação com o atleta substituído.
Os próximos compromissos de Grêmio e Vasco são ambos fora de casa: com Botafogo e Atlético Goianiense, respectivamente.
Outros resultados
Sábado
Fluminense 0a1 Bahia
América Mineiro 1a1 Cruzeiro
Domingo
Palmeiras 5a0 Avaí
Flamengo 0a0 Botafogo
Figueirense 2a0 Atlético Paranaense
Ceará 0a2 São Paulo
Atlético Mineiro 2a2 Atético Goianiense
Coritiba 1a1 Internacional
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
O Vasco começou a partida conseguindo freqüentar o campo de ataque, mas sem levar perigo ao adversário. Perigosa mesmo foi a entrada de sola por parte do volante tricolor Fábio Rochemback, aos 5 minutos, que rendeu cartão amarelo ao camisa 5 gremista (não seria nada absurdo o lance resultar em expulsão).
Batendo menos e jogando mais, o Grêmio foi se assanhando na partida. Aos 13 minutos, Gabriel recebeu pela direita e chutou forte, com Fernando Prass indo espalmar na altura do ângulo esquerdo. O escanteio daí originado terminou em penalidade máxima: é que Fágner cortou cruzamento com a mão. Na cobrança, Gabriel voltou a parar em Prass, que conseguiu rebater.
Bola na rede o Grêmio conseguiria colocar aos 17 minutos, mas foi marcado impedimento de William Magrão após falta cobrada por Rochemback. Aos 19 minutos foi a vez do Vasco assustar no lance de bola parada: Alecsandro cobrou falta e carimbou o travessão de Victor, que ainda tocou na bola após o choque da redonda com a barra.
Cada equipe teria ainda mais uma grande chance de tirar o zero do placar no primeiro tempo. Aos 27 minutos, Gabriel, muito participativo nos lances de ataque, voltou a ser acionado pelo lado direito e finalizou mandando um chute cruzado que passou assustando. Mas a maior oportunidade seria vascaína: aos 39', Éder Luís ganhou na dividida com a defesa, ficou cara-a-cara com Victor, driblou-o, mas o campo acabou antes que ele pudesse manter a bola dentro das quatro linhas. De nada adiantou concluir o lance pro gol, pois já havia sido marcado tiro-de-meta.
O Grêmio voltou do intervalo com Escudero no lugar de Lúcio e quem passou a aparecer no jogo foi o meia Douglas, que, entre erros e acertos, era a figura que mais conduzia os donos da casa ao campo de ataque. Porém, os gols do jogo só aconteceriam após novas intervenções dos "RGs". Aos 29 minutos, Ricardo Gomes trocou Diego Souza por Bernardo. No minuto seguinte, Bernardo desceu pelo lado direito, fez o movimento de quem iria cruzar, mas a bola foi parar no fundo do gol, surpreendendo o goleiro e provavelmente o próprio autor da obra. 1a0 Vasco. Aos 39 - 12 minutos depois de entrar no lugar de Júnior Viçosa -, Róberson empatou a partida cabeceando livre após cobrança de escanteio. Para alegria de Renato Gaúcho, que havia tirado seu atacante pouco depois de explicitar irritação com o atleta substituído.
Os próximos compromissos de Grêmio e Vasco são ambos fora de casa: com Botafogo e Atlético Goianiense, respectivamente.
Outros resultados
Sábado
Fluminense 0a1 Bahia
América Mineiro 1a1 Cruzeiro
Domingo
Palmeiras 5a0 Avaí
Flamengo 0a0 Botafogo
Figueirense 2a0 Atlético Paranaense
Ceará 0a2 São Paulo
Atlético Mineiro 2a2 Atético Goianiense
Coritiba 1a1 Internacional
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Peñarol E Santos Sem Gols E Sem Definição
A primeira partida da final na Copa Libertadores da América 2011 terminou com o mesmo placar que começou. Embora tenha ficado longe de ser um jogo emocionante, o duelo entre Peñarol e Santos no estádio Centenário, em Montevidéu, poderia facilmente ter contado com gols.
Para o duelo de volta, no estádio Pacaembu, em São Paulo, qualquer empate levará a decisão continental para os pênaltis (não há o critério de desempate pelos gols marcados fora, presente nas fases anteriores da competição). O vencedor conquistará a América e irá ao Mundial.
O jogo
Se por um lado o Santos não jogava um futebol dos mais envolventes, por outro a equipe alvinegra (muito mais alvi do que negra) conseguia jogar de igual para igual no campo do adversário, tarefa difícil se considerarmos o quão a relação torcida-time é intensa na capital uruguaia.
Neymar, "para variar", era a figura que mais mostrava capacidade de resolver individualmente. Entre dribles, arrancadas e passes em velocidade, o jovem habilidoso jogador santista ia algumas vezes ao gramado. Numa delas, aos 18 minutos, o árbitro o puniu com cartão amarelo entendendo ter havido simulação do camisa 11, ignorando um choque que o atingiu na altura da linha de cintura.
As chegadas do Peñarol ao ataque não foram tantas, mas causaram sérias dificuldades à defesa brasileira, que dava espaços para os adversários inclusive em lances dentro da grande área. Num deles, Olivera ficou de frente com o goleiro Rafael e só não abriu o placar porque o camisa 1 abafou a finalização, saindo do gol no tempo exato para dividir com o atacante.
No intervalo de jogo, o treinador Muricy Ramalho confessou ficar preocupado em perder Neymar por um eventual cartão vermelho, mas nem por isso tirou seu principal jogador de campo. Sábia decisão: continuou sendo basicamente através de suas investidas que a equipe se lançava ao ataque, contando também com as boas participações de Arouca e Alex Sandro. Zé Eduardo teve duas das finalizações mais agudas da partida, tendo parado uma vez em grande defesa do goleiro Sosa e, na outra empreitada, tendo cabeceado perto da trave direita após cruzamento certeiro de Alex Sandro.
A pressão aurinegra na busca pela vitória dentro de casa não era das maiores, mas obrigou Rafael a realizar pelo menos três defesas importantes. Aos 40 minutos, Rafael nada poderia fazer para evitar o gol de Diego Alonso após passe de Luís Aguiar, mas o assistente que acompanhava o lance teve a felicidade de assinalar um impedimento de fato existente, para desespero da torcida local e do elenco do Peñarol.
É bem razoável que o Santos volte para o Brasil satisfeito com a igualdade no placar, mas mais razoável ainda é considerar que o negócio está totalmente em aberto. Mas uma coisa deve ser dita: ambas as defesas apresentaram fragilidades. No caso do Santos, resta saber até que ponto isto se deveu à ausência de Edu Dracena. A partida de volta ajudará a tirar essa dúvida. Ou não.
Para o duelo de volta, no estádio Pacaembu, em São Paulo, qualquer empate levará a decisão continental para os pênaltis (não há o critério de desempate pelos gols marcados fora, presente nas fases anteriores da competição). O vencedor conquistará a América e irá ao Mundial.
O jogo
Se por um lado o Santos não jogava um futebol dos mais envolventes, por outro a equipe alvinegra (muito mais alvi do que negra) conseguia jogar de igual para igual no campo do adversário, tarefa difícil se considerarmos o quão a relação torcida-time é intensa na capital uruguaia.
Neymar, "para variar", era a figura que mais mostrava capacidade de resolver individualmente. Entre dribles, arrancadas e passes em velocidade, o jovem habilidoso jogador santista ia algumas vezes ao gramado. Numa delas, aos 18 minutos, o árbitro o puniu com cartão amarelo entendendo ter havido simulação do camisa 11, ignorando um choque que o atingiu na altura da linha de cintura.
As chegadas do Peñarol ao ataque não foram tantas, mas causaram sérias dificuldades à defesa brasileira, que dava espaços para os adversários inclusive em lances dentro da grande área. Num deles, Olivera ficou de frente com o goleiro Rafael e só não abriu o placar porque o camisa 1 abafou a finalização, saindo do gol no tempo exato para dividir com o atacante.
No intervalo de jogo, o treinador Muricy Ramalho confessou ficar preocupado em perder Neymar por um eventual cartão vermelho, mas nem por isso tirou seu principal jogador de campo. Sábia decisão: continuou sendo basicamente através de suas investidas que a equipe se lançava ao ataque, contando também com as boas participações de Arouca e Alex Sandro. Zé Eduardo teve duas das finalizações mais agudas da partida, tendo parado uma vez em grande defesa do goleiro Sosa e, na outra empreitada, tendo cabeceado perto da trave direita após cruzamento certeiro de Alex Sandro.
A pressão aurinegra na busca pela vitória dentro de casa não era das maiores, mas obrigou Rafael a realizar pelo menos três defesas importantes. Aos 40 minutos, Rafael nada poderia fazer para evitar o gol de Diego Alonso após passe de Luís Aguiar, mas o assistente que acompanhava o lance teve a felicidade de assinalar um impedimento de fato existente, para desespero da torcida local e do elenco do Peñarol.
É bem razoável que o Santos volte para o Brasil satisfeito com a igualdade no placar, mas mais razoável ainda é considerar que o negócio está totalmente em aberto. Mas uma coisa deve ser dita: ambas as defesas apresentaram fragilidades. No caso do Santos, resta saber até que ponto isto se deveu à ausência de Edu Dracena. A partida de volta ajudará a tirar essa dúvida. Ou não.
sábado, 11 de junho de 2011
Nos Pênaltis, Grêmio E Portuguesa Empatam Em Barueri
Na Arena Barueri, Grêmio e Portuguesa empataram por 1a1 em partida onde o grande destaque foi Wilson Luiz Seneme: acertando praticamente tudo o que lhe cabia, o árbitro conduziu a partida com tranqüilidade e foi feliz ao assinalar uma penalidade máxima para cada lado praticamente em seqüência. Foi dessas cobranças que saíram os gols do jogo, que ainda contou com a correta expulsão do lateral-direito rubro-verde Marcos Pimentel, no minuto seguinte ao empate da Lusa.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
A Portuguesa foi melhor no primeiro tempo, conseguindo cerca de 70% no tempo de posse de bola e criando mais oportunidades claras de gol que o time da casa. A parceria entre Marcelo Cordeiro e Edno, ambos ex-Botafogo, causava dificuldades ao setor direito do sistema defensivo gremista, que raramente conseguia neutralizar as jogadas que aconteciam por ali. A partida rumou ao intervalo com a persistência do 0a0 basicamente porque ambos os times erravam muitos passes, pois a postura dos comandados de Sérgio Soares e de Jorginho era a de priorizar o ataque.
Veio a segunda etapa e, num período de aproximadamente cinco minutos, o jogo teve mais emoções do que em todo o restante da partida. Tudo começou aos 12 minutos, quando Wilson Luiz Seneme flagrou infração de Marcos Pimentel dentro da área, assinalando pênalti para o time da casa e punindo o lateral-direito com cartão amarelo. Quem cobrou a penalidade foi o atacante Pedrão, mandando no canto direito, rasteiro, estufando o quadrante 11 do goleiro Weverton, que acertou o canto mas não alcançou a bola.
Se aos 14 minutos - momento da cobrança - o Grêmio abria o placar, aos 15' o árbitro assinalaria uma nova penalidade máxima, dessa vez favorável à equipe visitante, em outra jogada de levantamento na área, gerando novamente o cartão amarelo ao infrator (dessa vez Douglas Marques), o que mostrou que a partida era apitada com critério justo. Marcelo Cordeiro mandou no canto esquerdo, rasteiro, estufando o quadrante 15 do goleiro Juninho, que acertou o canto mas não alcançou a bola. Tudo muito parecido com o gol anterior.
Se aos 16 minutos - momento da cobrança - a Portuguesa empatava a partida, aos 17' o árbitro assinalaria uma nova infração de Marcos Pimentel, expulsando o lateral-direito pelo segundo cartão amarelo. Pelo menos a Portuguesa teve a sorte de o lance não acontecer no interior da área, porque do contrário seria como assistir mais do mesmo filme que acabara de passar.
A partida diminuiu de intensidade (também pudera!) e caminhou para o apito final conservando o placar de 1a1. É interessante observar que, mesmo atuando fora de casa e com um jogador a menos, a Portuguesa não abriu mão de atacar o adversário. O Grêmio teve espaços para trabalhar a bola e buscar a vitória, mas não foi competente nas raras finalizações que teve, com destaque para uma aos 43 minutos, quando Léo isolou uma chance quando se encontrava praticamente embaixo da barra.
Há muito campeonato pela frente - são mais 34 rodadas para o encerramento da competição - e os times ainda estão em formação, com novas contratações para serem anunciadas. Sem fazer prognósticos precipitados mas não fugindo de dar um pitaco, creio que o Grêmio de Sérgio Soares e a Portuguesa de Jorginho podem crescer bastante ao longo do ano, apresentando potencial para desenvolver um futebol capaz de levarem esses clubes de volta à Série A. É deixar esses treinadores trabalharem e aguardar para ver se esse palpite se confirma ou não.
Outros resultados
Terça-feira
ABC 2a0 Goiás
Quarta-feira
São Caetano 1a1 Ponte Preta
Sexta-feira
Guarani 2a0 Ituiutaba
Duque de Caxias 2a3 Vitória
Paraná 1a0 Salgueiro
Sábado
Náutico 2a2 Bragantino
Grêmio Barueri 1a1 Portuguesa
ASA 1a1 Sport
Vila Nova 2a0 Criciúma
Icasa e Americana completam a rodada com jogo marcado para as 21h desse sábado.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
A Portuguesa foi melhor no primeiro tempo, conseguindo cerca de 70% no tempo de posse de bola e criando mais oportunidades claras de gol que o time da casa. A parceria entre Marcelo Cordeiro e Edno, ambos ex-Botafogo, causava dificuldades ao setor direito do sistema defensivo gremista, que raramente conseguia neutralizar as jogadas que aconteciam por ali. A partida rumou ao intervalo com a persistência do 0a0 basicamente porque ambos os times erravam muitos passes, pois a postura dos comandados de Sérgio Soares e de Jorginho era a de priorizar o ataque.
Veio a segunda etapa e, num período de aproximadamente cinco minutos, o jogo teve mais emoções do que em todo o restante da partida. Tudo começou aos 12 minutos, quando Wilson Luiz Seneme flagrou infração de Marcos Pimentel dentro da área, assinalando pênalti para o time da casa e punindo o lateral-direito com cartão amarelo. Quem cobrou a penalidade foi o atacante Pedrão, mandando no canto direito, rasteiro, estufando o quadrante 11 do goleiro Weverton, que acertou o canto mas não alcançou a bola.
Se aos 14 minutos - momento da cobrança - o Grêmio abria o placar, aos 15' o árbitro assinalaria uma nova penalidade máxima, dessa vez favorável à equipe visitante, em outra jogada de levantamento na área, gerando novamente o cartão amarelo ao infrator (dessa vez Douglas Marques), o que mostrou que a partida era apitada com critério justo. Marcelo Cordeiro mandou no canto esquerdo, rasteiro, estufando o quadrante 15 do goleiro Juninho, que acertou o canto mas não alcançou a bola. Tudo muito parecido com o gol anterior.
Se aos 16 minutos - momento da cobrança - a Portuguesa empatava a partida, aos 17' o árbitro assinalaria uma nova infração de Marcos Pimentel, expulsando o lateral-direito pelo segundo cartão amarelo. Pelo menos a Portuguesa teve a sorte de o lance não acontecer no interior da área, porque do contrário seria como assistir mais do mesmo filme que acabara de passar.
A partida diminuiu de intensidade (também pudera!) e caminhou para o apito final conservando o placar de 1a1. É interessante observar que, mesmo atuando fora de casa e com um jogador a menos, a Portuguesa não abriu mão de atacar o adversário. O Grêmio teve espaços para trabalhar a bola e buscar a vitória, mas não foi competente nas raras finalizações que teve, com destaque para uma aos 43 minutos, quando Léo isolou uma chance quando se encontrava praticamente embaixo da barra.
Há muito campeonato pela frente - são mais 34 rodadas para o encerramento da competição - e os times ainda estão em formação, com novas contratações para serem anunciadas. Sem fazer prognósticos precipitados mas não fugindo de dar um pitaco, creio que o Grêmio de Sérgio Soares e a Portuguesa de Jorginho podem crescer bastante ao longo do ano, apresentando potencial para desenvolver um futebol capaz de levarem esses clubes de volta à Série A. É deixar esses treinadores trabalharem e aguardar para ver se esse palpite se confirma ou não.
Outros resultados
Terça-feira
ABC 2a0 Goiás
Quarta-feira
São Caetano 1a1 Ponte Preta
Sexta-feira
Guarani 2a0 Ituiutaba
Duque de Caxias 2a3 Vitória
Paraná 1a0 Salgueiro
Sábado
Náutico 2a2 Bragantino
Grêmio Barueri 1a1 Portuguesa
ASA 1a1 Sport
Vila Nova 2a0 Criciúma
Icasa e Americana completam a rodada com jogo marcado para as 21h desse sábado.
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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Vasco Conquista Inédita Copa Do Brasil. Mas Precisava Ser Assim?
O tradicional clube cruzmaltino foi ao estádio Couto Pereira representado por cerca de 4.000 vascaínos presentes nas arquibancadas e tantos milhões que acompanharam os acontecimentos através dos veículos de comunicação diversos. Quem esteve longe de representar a grandeza do Vasco da Gama, porém, foi o treinador Ricardo Gomes - antes de mergulhar na crítica ao ex-zagueiro, cabe colocar que o Vasco conseguiu uma bela sacodidela desde que Gomes assumiu o posto deixado por Paulo César Gusmão, após o pior início de temporada da história da instituição. Mas a recuperação vascaína no decorrer do Campeonato Estadual e as algumas boas exibições na Copa do Brasil não dão ao time o direito de jogar tão mal a final da competição eliminatória. Muito pelo contrário: o Vasco, que tem um nome a zelar e já provou qualidade em seu plantel (um exemplo é a vitória sobre o Avaí, no jogo de volta pela fase semifinal), apresentou um futebol medonho. Medonho por ser medroso, acovardado diante de um adversário que não tem a mesma força nem na camisa nem no material humano dentro das quatro linhas. A grande vantagem do Coritiba, no meu entender, estava no comando técnico: a figura de Marcelo Oliveira, que, embora distante de armar um time envolvente, conseguiu amplo domínio territorial por praticamente a totalidade do tempo, não saindo campeão por detalhes que competem ao mundo dos esportes. Um desses "detalhes" atende pelo nome de Sálvio Spínola Fagundes Filho, árbitro de São Paulo que negou um pênalti claro em favor do clube paranaense aos 24 minutos do segundo tempo, de Dedé em Leonardo, quando a partida já estava 3a2 para o Coritiba.
Parabéns à imensa torcida vascaína por celebrar um título inédito, que recoloca o clube na disputa da Copa Libertadores da América. Mas o Vasco é grande demais para se contentar com uma exibição covarde, que por muito pouco não custou o tão aguardado caneco. Diego Souza e Felipe, dois dos elementos mais experientes do Clube da Colina, foram substituídos na etapa derradeira e, do banco de reservas, refletiam o que era o time nessa decisão, preferindo nem olhar o que estava acontecendo dentro das quatro linhas, entregues ao nervosismo e à tensão.
Se os torcedores trocariam o título jogando como "time pequeno" por um vice-campeonato cheio de dignidade? Creio que não. Mas certamente seria mais interessante o título vir acompanhado de uma atuação à altura da história do Clube de Regatas Vasco da Gama. Isso, definitivamente, passou longe de acontecer.
A campanha
1ª rodada eliminatória
Comercial/MS 1a6 Vasco
2ª rodada eliminatória
ABC 0a0 Vasco
Vasco 2a1 ABC
Oitavas-de-final
Náutico 0a3 Vasco
Vasco 0a0 Náutico
Quartas-de-final
Atlético/PR 2a2 Vasco
Vasco 1a1 Atlético/PR
Semifinal
Vasco 1a1 Avaí
Avaí 0a2 Vasco
Final
Vasco 1a0 Coritiba
Coritiba 3a2 Vasco
Parabéns à imensa torcida vascaína por celebrar um título inédito, que recoloca o clube na disputa da Copa Libertadores da América. Mas o Vasco é grande demais para se contentar com uma exibição covarde, que por muito pouco não custou o tão aguardado caneco. Diego Souza e Felipe, dois dos elementos mais experientes do Clube da Colina, foram substituídos na etapa derradeira e, do banco de reservas, refletiam o que era o time nessa decisão, preferindo nem olhar o que estava acontecendo dentro das quatro linhas, entregues ao nervosismo e à tensão.
Se os torcedores trocariam o título jogando como "time pequeno" por um vice-campeonato cheio de dignidade? Creio que não. Mas certamente seria mais interessante o título vir acompanhado de uma atuação à altura da história do Clube de Regatas Vasco da Gama. Isso, definitivamente, passou longe de acontecer.
A campanha
1ª rodada eliminatória
Comercial/MS 1a6 Vasco
2ª rodada eliminatória
ABC 0a0 Vasco
Vasco 2a1 ABC
Oitavas-de-final
Náutico 0a3 Vasco
Vasco 0a0 Náutico
Quartas-de-final
Atlético/PR 2a2 Vasco
Vasco 1a1 Atlético/PR
Semifinal
Vasco 1a1 Avaí
Avaí 0a2 Vasco
Final
Vasco 1a0 Coritiba
Coritiba 3a2 Vasco
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Dos Gramados Para A História: O Adeus De Ronaldo
Nessa terça-feira, sete de junho de dois mil e onze, Brasil e Romênia fizeram um amistoso especial no estádio Pacaembu. O placar de 1a0, o gol de Fred, a qualidade da partida em si, o rendimento de uma ou outra seleção, nada disso importa quando o que está em evidência é a despedida de um dos maiores nomes da história do futebol: Ronaldo Luís Nazário de Lima, vulgo Fenômeno, que aos 34 anos de idade deu o adeus oficial enquanto futebolista profissional.
Ficou em campo por pouco mais de 15 minutos, participando da partida com poucos toques na bola e apresentando um deslocamento comprometido pelas condições físicas atuais. Teve três oportunidades de gol, dando um chute para fora e parando por duas vezes em intervenções providenciais do goleiro Tatarusanu. Recebeu das mãos do árbitro o apito e também a bola do primeiro tempo. Recebeu das arquibancadas os aplausos e os gritos de "Ronaldo, Ronaldo!". Recebeu da massa amante do esporte mais popular os agradecimentos pelos serviços prestados. Até o diário argentino "Olé", costumeiramente irônico com o que tange o futebol brasileiro, reconheceu a grandeza desse jogador "lendário", afirmando que, por tudo o que já fez, nem precisava se despedir com um gol. Não precisava mesmo. Apenas teria ficado mais bonito. Valeu, Ronaldo!
Um pouco sobre a carreira de Ronaldo Nazário
Cria do São Cristóvão, clube carioca situado na rua Figueira de Melo, começou a atuar profissionalmente no Cruzeiro Esporte Clube. Com 44 gols em 46 jogos, mudou-se para o futebol holandês, onde vestiu a camisa do PSV Eindhoven marcando 54 gols em 57 jogos. Depois, partiu para o Barcelona, onde encantou de vez o mundo com jogadas e gols sensacionais no clube catalão. Marcou 47 vezes em 49 partidas disputadas. Seguiu para a Internazionale, onde atuou 99 vezes e conseguiu 59 gols. De volta ao futebol espanhol, atuou 177 vezes pelo Real Madrid, onde marcou 104 gols. Retornou ao futebol italiano e à cidade de Milão para defender o Milan, com 9 gols em 20 partidas. Retornou ao Brasil para encerrar a carreira no Corinthians, com 35 gols em 69 jogos. Pela seleção brasileira, foram 97 partidas disputadas e 62 gols anotados.
Olhando para essas admiráveis estatísticas do maior goleador da história das Copas (marcou 15 vezes em Mundiais), muitos poderiam "esquecer" que durante a carreira foram muitos os problemas com lesões. Algumas dessas lesões de gravidade elevada a ponto de muitos dizerem que a carreira do atleta estaria encerrada prematuramente ou que simplesmente não havia condições de ser "o mesmo Ronaldo de antes". Resultado? Outro golaço de Ronaldo, que fez o que fez na Copa do Mundo de 2002 e virou garoto-propaganda da frase clichê "sou brasileiro e não desisto nunca". Se Ronaldo tem orgulho de ser brasileiro (conforme declarou em sua despedida), digo sem qualquer dúvida que o brasileiro tem orgulho de que um dos filhos dessa pátria mãe gentil seja esse genial e carismático indivíduo, que foi da infância pobre no bairro de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, para a galeria dos imortais do mundo da bola. Felicidades nas próximas empreitadas, Ronaldo!
Ficou em campo por pouco mais de 15 minutos, participando da partida com poucos toques na bola e apresentando um deslocamento comprometido pelas condições físicas atuais. Teve três oportunidades de gol, dando um chute para fora e parando por duas vezes em intervenções providenciais do goleiro Tatarusanu. Recebeu das mãos do árbitro o apito e também a bola do primeiro tempo. Recebeu das arquibancadas os aplausos e os gritos de "Ronaldo, Ronaldo!". Recebeu da massa amante do esporte mais popular os agradecimentos pelos serviços prestados. Até o diário argentino "Olé", costumeiramente irônico com o que tange o futebol brasileiro, reconheceu a grandeza desse jogador "lendário", afirmando que, por tudo o que já fez, nem precisava se despedir com um gol. Não precisava mesmo. Apenas teria ficado mais bonito. Valeu, Ronaldo!
Um pouco sobre a carreira de Ronaldo Nazário
Cria do São Cristóvão, clube carioca situado na rua Figueira de Melo, começou a atuar profissionalmente no Cruzeiro Esporte Clube. Com 44 gols em 46 jogos, mudou-se para o futebol holandês, onde vestiu a camisa do PSV Eindhoven marcando 54 gols em 57 jogos. Depois, partiu para o Barcelona, onde encantou de vez o mundo com jogadas e gols sensacionais no clube catalão. Marcou 47 vezes em 49 partidas disputadas. Seguiu para a Internazionale, onde atuou 99 vezes e conseguiu 59 gols. De volta ao futebol espanhol, atuou 177 vezes pelo Real Madrid, onde marcou 104 gols. Retornou ao futebol italiano e à cidade de Milão para defender o Milan, com 9 gols em 20 partidas. Retornou ao Brasil para encerrar a carreira no Corinthians, com 35 gols em 69 jogos. Pela seleção brasileira, foram 97 partidas disputadas e 62 gols anotados.
Olhando para essas admiráveis estatísticas do maior goleador da história das Copas (marcou 15 vezes em Mundiais), muitos poderiam "esquecer" que durante a carreira foram muitos os problemas com lesões. Algumas dessas lesões de gravidade elevada a ponto de muitos dizerem que a carreira do atleta estaria encerrada prematuramente ou que simplesmente não havia condições de ser "o mesmo Ronaldo de antes". Resultado? Outro golaço de Ronaldo, que fez o que fez na Copa do Mundo de 2002 e virou garoto-propaganda da frase clichê "sou brasileiro e não desisto nunca". Se Ronaldo tem orgulho de ser brasileiro (conforme declarou em sua despedida), digo sem qualquer dúvida que o brasileiro tem orgulho de que um dos filhos dessa pátria mãe gentil seja esse genial e carismático indivíduo, que foi da infância pobre no bairro de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, para a galeria dos imortais do mundo da bola. Felicidades nas próximas empreitadas, Ronaldo!
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Ronaldo Nazário
sábado, 4 de junho de 2011
Fluminense Vence Mas Não Convence
Fluminense e Cruzeiro jogaram num frio e chuvoso estádio do Engenhão para um público de pouco mais de 6.000 espectadores presentes nas arquibancadas. Embora a equipe visitante tenha feito uma partida de maior qualidade que os donos da casa, foi o Tricolor das Laranjeiras quem acabou conseguindo os três pontos: com dois gols do atacante Rafael Moura, o time dirigido por Leomir, auxiliar de Abel Braga, venceu a partida por 2a1. O Fluminense, que havia estreado com derrota, chega a sua segunda vitória na competição enquanto o Cruzeiro soma somente um ponto nessas 3 rodadas.
O jogo
A caminho do estádio - cheguei com bola rolando basicamente devido a um atraso no serviço ferroviário - ouvia pela transmissão radialista que o Fluminense atacava no início de jogo. Do lado de fora, dava para ouvir alguns gritos típicos de quando a jogada passava perto de terminar em gol. Porém, tão logo tive a oportunidade de pôr os olhos no gramado, o que vi foi um Cruzeiro amplamente dominante, conduzido pelo meio-campista Leandro Guerreiro, de longe o melhor jogador em campo.
A bem da verdade, a superioridade cruzeirense - que fazia parecer que o clube mineiro jogava dentro de casa - não chegou a se refletir numa pressão arrebatadora, até porque o Fluminense conseguia afastar o perigo que rondava a sua meta revezando bicões para onde o nariz apontava e pontapés nos adversários (um dos mais desleais foi o cometido por Mariano, que rendeu cartão amarelo ao lateral). E, num lance de bola parada, quiseram os deuses do futebol que a equipe que menos jogava e mais batia abrisse a contagem: foi nos instantes finais do primeiro tempo que Rafael Moura, vulgo "He-Man", mostrou ter a força quando o assunto é cabeceio, mandando pro fundo da rede após levantamento de Deco.
O Cruzeiro voltou do intervalo com duas caras novas: entraram os atacantes Brandão e Anselmo nos lugares de Éverton e Thiago Ribeiro. Gilberto passou a atuar mais aberto pelo flanco esquerdo, mas a apagada atuação desse bom jogador comprometeu a armação de jogadas cruzeirenses, que dependia basicamente de Leandro Guerreiro e do craque argentino Montillo para elaborar jogadas ao trio de frente, que contava com um Wallyson também longe dos seus melhores dias.
Premiado pela postura ofensiva, o Cruzeiro chegou ao empate aos 21 minutos. Após bela troca de passes em velocidade em contra-ataque iniciado por Brandão, Wallyson tocou para Anselmo completar para o gol. 1a1 e festa dos torcedores presentes no setor Norte do estádio.
O gol que reestabelecia a igualdade no placar poderia ser aquela injeção de ânimo que conduziria o Cruzeiro à virada no Rio de Janeiro. Poderia. O que na prática ocorreu foi um Fluminense mais determinado em voltar à frente no marcador. E não demorou a conseguir: aos 26 minutos, um erro de marcação permitiu que Rafael Moura recebesse em liberdade um passe de Valência e chutasse cruzado, marcando seu 2º gol no jogo e igualando-se ao companheiro Fred como goleador tricolor na presente temporada (Fred não atuou pois estava servindo a seleção brasileira, que mais cedo empatou sem gol com a Holanda, em amistoso em Goiânia).
Aos 37 minutos, Deco cobrou uma falta que descaiu e carimbou a parte superior do travessão. As trocas de Darío Conca por Souza, de Rodriguinho por Araújo e de Rafael Moura por Marquinho apontavam qual era a intenção do Fluminense para os minutos finais: povoar o meio-campo com elementos de maior poder de marcação e segurar o resultado do jeito que fosse possível. Embora não fosse o plano tricolor, a partida teve mais emoções nos acréscimos: após lance de bola parada, o Cruzeiro por muito pouco não chegou ao empate após bate-rebate na área do Fluminense. No contra-ataque, quase saiu o que seria o 3º gol do Flu, mas o goleiro Rafael (substituindo Fábio, que estava com a seleção brasileira) conseguiu intervir. Abaixo, vídeo exclusivo dos instantes finais da partida, com uma chance clara de gol para cada lado.
Da próxima vez, pensarei com mais cuidado se ir de trem é a melhor opção. E, em condições climatológicas semelhantes, levarei casaco e guarda-chuva.
Outros resultados
Palmeiras 1a0 Atlético Paranaense
Ceará 2a2 Botafogo
Figueirense 2a0 Atlético Goianiense
As 3ª rodada se completa com 5 jogos no domingo e 1 na quarta-feira.
O jogo
A caminho do estádio - cheguei com bola rolando basicamente devido a um atraso no serviço ferroviário - ouvia pela transmissão radialista que o Fluminense atacava no início de jogo. Do lado de fora, dava para ouvir alguns gritos típicos de quando a jogada passava perto de terminar em gol. Porém, tão logo tive a oportunidade de pôr os olhos no gramado, o que vi foi um Cruzeiro amplamente dominante, conduzido pelo meio-campista Leandro Guerreiro, de longe o melhor jogador em campo.
A bem da verdade, a superioridade cruzeirense - que fazia parecer que o clube mineiro jogava dentro de casa - não chegou a se refletir numa pressão arrebatadora, até porque o Fluminense conseguia afastar o perigo que rondava a sua meta revezando bicões para onde o nariz apontava e pontapés nos adversários (um dos mais desleais foi o cometido por Mariano, que rendeu cartão amarelo ao lateral). E, num lance de bola parada, quiseram os deuses do futebol que a equipe que menos jogava e mais batia abrisse a contagem: foi nos instantes finais do primeiro tempo que Rafael Moura, vulgo "He-Man", mostrou ter a força quando o assunto é cabeceio, mandando pro fundo da rede após levantamento de Deco.
O Cruzeiro voltou do intervalo com duas caras novas: entraram os atacantes Brandão e Anselmo nos lugares de Éverton e Thiago Ribeiro. Gilberto passou a atuar mais aberto pelo flanco esquerdo, mas a apagada atuação desse bom jogador comprometeu a armação de jogadas cruzeirenses, que dependia basicamente de Leandro Guerreiro e do craque argentino Montillo para elaborar jogadas ao trio de frente, que contava com um Wallyson também longe dos seus melhores dias.
Premiado pela postura ofensiva, o Cruzeiro chegou ao empate aos 21 minutos. Após bela troca de passes em velocidade em contra-ataque iniciado por Brandão, Wallyson tocou para Anselmo completar para o gol. 1a1 e festa dos torcedores presentes no setor Norte do estádio.
O gol que reestabelecia a igualdade no placar poderia ser aquela injeção de ânimo que conduziria o Cruzeiro à virada no Rio de Janeiro. Poderia. O que na prática ocorreu foi um Fluminense mais determinado em voltar à frente no marcador. E não demorou a conseguir: aos 26 minutos, um erro de marcação permitiu que Rafael Moura recebesse em liberdade um passe de Valência e chutasse cruzado, marcando seu 2º gol no jogo e igualando-se ao companheiro Fred como goleador tricolor na presente temporada (Fred não atuou pois estava servindo a seleção brasileira, que mais cedo empatou sem gol com a Holanda, em amistoso em Goiânia).
Aos 37 minutos, Deco cobrou uma falta que descaiu e carimbou a parte superior do travessão. As trocas de Darío Conca por Souza, de Rodriguinho por Araújo e de Rafael Moura por Marquinho apontavam qual era a intenção do Fluminense para os minutos finais: povoar o meio-campo com elementos de maior poder de marcação e segurar o resultado do jeito que fosse possível. Embora não fosse o plano tricolor, a partida teve mais emoções nos acréscimos: após lance de bola parada, o Cruzeiro por muito pouco não chegou ao empate após bate-rebate na área do Fluminense. No contra-ataque, quase saiu o que seria o 3º gol do Flu, mas o goleiro Rafael (substituindo Fábio, que estava com a seleção brasileira) conseguiu intervir. Abaixo, vídeo exclusivo dos instantes finais da partida, com uma chance clara de gol para cada lado.
Da próxima vez, pensarei com mais cuidado se ir de trem é a melhor opção. E, em condições climatológicas semelhantes, levarei casaco e guarda-chuva.
Outros resultados
Palmeiras 1a0 Atlético Paranaense
Ceará 2a2 Botafogo
Figueirense 2a0 Atlético Goianiense
As 3ª rodada se completa com 5 jogos no domingo e 1 na quarta-feira.
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quinta-feira, 2 de junho de 2011
Vasco Vence Coritiba Com Gol De Alecsandro
Na partida de ida pela final da Copa do Brasil em 2011, o Vasco recebeu o Coritiba num festivo estádio de São Januário, venceu o jogo por 1a0 com gol de Alecsandro e deu grande passo na direção de um título inédito na história do clube.
Esse foi o 1º de 3 jogos em seqüência entre os dois clubes, que no domingo se enfrentam pela 3ª rodada no Campeonato Brasileiro e na quarta-feira atuam para ver quem levanta o troféu na Copa do Brasil, garantindo vaga na próxima edição da Copa Libertadores da América.
O jogo
Embora a torcida vascaína tenha abraçado o time e marcado presença em São Januário, o Coritiba não se intimidou nem no campo e nem nas arquibancadas: dentro das quatro linhas, os comandados de Marcelo Oliveira buscavam ocupar o campo ofensivo e, fora delas, a torcida cantava a ponto de poderem ser ouvidos gritos de "Coxa, Coxa!". Outra coisa verde que dava as caras no gramado era o (reincidente) feixe luminoso, que com menos de 3 minutos ocasionou uma paralisação na partida com o árbitro Paulo César de Oliveira tendo a sensata idéia de pedir que os próprios jogadores vascaínos solicitassem o desligamento do objeto.
Com bola rolando, dois chutes - um para cada lado - mereceram destaque no primeiro tempo: tanto na finalização de Diego Souza quanto na de Bill (ambas buscando o canto direito), os goleiros Édson Bastos e Fernando Prass conseguiram defender.
Bola na rede ficou para o segundo tempo: aos seis minutos, Bernardo passou para Diego Souza, que abriu na direita com Allan. O lateral cruzou pra área e Alecsandro fez exatamente aquilo que se espera de um centroavante efetivo, abrindo o placar com um cabeceio certeiro entre a trave esquerda e o goleiro. Na comemoração, homenagem ao pai Lela, ex-jogador e ídolo no Coritiba.
Em competições no formato ida-e-volta onde o gol fora conta como critério de desempate, o 1a0 é muitas das vezes um resultado comemorável para os mandantes. O Vasco parecia satisfeito com o placar e passou a "aceitar" as rotineiras investidas paranaenses. Não era apenas a falta de habilidade de Ânderson Aquino (goleador do Coxa na competição, com 4 marcados) que dificultava o trabalho alviverde, mas sobretudo a boa performance de Prass e do zagueiro Dedé. Nos minutos finais, a equipe visitante - que havia feito as 3 substituições trocando Davi, Aquino e Bill por Geraldo, Marcos Paulo e Leonardo - foi bastante incisiva na busca pelo gol e chegou perto de conseguí-lo, mas o Vasco resistiu e carregou para o jogo de volta uma relevante vantagem do empate e da derrota simples em caso de gol marcado no campo oponente.
Nessa Copa do Brasil, o Vasco fez suas melhores exibições atuando como visitante. Resta saber se conseguirá concretizar isso na duríssima partida a ser disputada no estádio Couto Pereira, na próxima quarta-feira, estádio onde o Coritiba está invicto nessa temporada. O jogo de domingo, pelo Brasileiro, também será lá - mas definitivamente não é nesse duelo que os torcedores estão focados.
Esse foi o 1º de 3 jogos em seqüência entre os dois clubes, que no domingo se enfrentam pela 3ª rodada no Campeonato Brasileiro e na quarta-feira atuam para ver quem levanta o troféu na Copa do Brasil, garantindo vaga na próxima edição da Copa Libertadores da América.
O jogo
Embora a torcida vascaína tenha abraçado o time e marcado presença em São Januário, o Coritiba não se intimidou nem no campo e nem nas arquibancadas: dentro das quatro linhas, os comandados de Marcelo Oliveira buscavam ocupar o campo ofensivo e, fora delas, a torcida cantava a ponto de poderem ser ouvidos gritos de "Coxa, Coxa!". Outra coisa verde que dava as caras no gramado era o (reincidente) feixe luminoso, que com menos de 3 minutos ocasionou uma paralisação na partida com o árbitro Paulo César de Oliveira tendo a sensata idéia de pedir que os próprios jogadores vascaínos solicitassem o desligamento do objeto.
Com bola rolando, dois chutes - um para cada lado - mereceram destaque no primeiro tempo: tanto na finalização de Diego Souza quanto na de Bill (ambas buscando o canto direito), os goleiros Édson Bastos e Fernando Prass conseguiram defender.
Bola na rede ficou para o segundo tempo: aos seis minutos, Bernardo passou para Diego Souza, que abriu na direita com Allan. O lateral cruzou pra área e Alecsandro fez exatamente aquilo que se espera de um centroavante efetivo, abrindo o placar com um cabeceio certeiro entre a trave esquerda e o goleiro. Na comemoração, homenagem ao pai Lela, ex-jogador e ídolo no Coritiba.
Em competições no formato ida-e-volta onde o gol fora conta como critério de desempate, o 1a0 é muitas das vezes um resultado comemorável para os mandantes. O Vasco parecia satisfeito com o placar e passou a "aceitar" as rotineiras investidas paranaenses. Não era apenas a falta de habilidade de Ânderson Aquino (goleador do Coxa na competição, com 4 marcados) que dificultava o trabalho alviverde, mas sobretudo a boa performance de Prass e do zagueiro Dedé. Nos minutos finais, a equipe visitante - que havia feito as 3 substituições trocando Davi, Aquino e Bill por Geraldo, Marcos Paulo e Leonardo - foi bastante incisiva na busca pelo gol e chegou perto de conseguí-lo, mas o Vasco resistiu e carregou para o jogo de volta uma relevante vantagem do empate e da derrota simples em caso de gol marcado no campo oponente.
Nessa Copa do Brasil, o Vasco fez suas melhores exibições atuando como visitante. Resta saber se conseguirá concretizar isso na duríssima partida a ser disputada no estádio Couto Pereira, na próxima quarta-feira, estádio onde o Coritiba está invicto nessa temporada. O jogo de domingo, pelo Brasileiro, também será lá - mas definitivamente não é nesse duelo que os torcedores estão focados.
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