Tal como aconteceu na semifinal da Taça Guanabara, o Flamengo empatou a partida semifinal no tempo regulamentar pelo placar de 1a1 e, no desempate por pênaltis, garantiu uma vaga na decisão da Taça Rio. O adversário do Rubro-negro será o Vasco, mas antes disso o time precisa ficar atento ao compromisso de quarta-feira, quando fará a partida de volta pela fase oitavas-de-final na Copa do Brasil (na ida, empate em 1a1 com o Horizonte, no Engenhão).
O jogo
Desfalcado de Maldonado (que, pelo prognóstico divulgado, ficará um semestre afastado) e de Ronaldinho Gaúcho (este sem um parecer clínico que tenha vindo a público), o Flamengo mostrava sentir mais a ausência do volante do que do craque. Mesmo com Willians, Fernando e Renato Abreu atuando à frente da linha de defesa, o Flamengo mostrava-se exposto e passava sufoco quando o Fluminense tinha a posse de bola. Para piorar as coisas, o lateral-direito Leonardo Moura sentiu o joelho direito após dividida de bola e precisou ser substituído, dando lugar ao jovem Galhardo.
O jogo só não era mais intenso porque seu ritmo era atenuado pelas seguidas paralisações em função de alguns refletores do estádio Olímpico João Havelange não estarem acesos, (o goleiro flamenguista Felipe solicitou que a partida fosse interrompida pela 2ª vez). Mas, de volta com bola rolando - ou boiando, pois havia alguns espaços no gramado que estavam empoçados -, o Fluminense conseguiu converter sua superioridade na partida em gol: aos 21 minutos, Marquinho cobrou falta pela esquerda, Gum arrumou de cabeça e Rafael Moura, 71 centímetros impedido, completou pra rede sem sem importunado pelo árbitro Péricles Bassols nem pelo auxiliar Jackson Massarra.
A única chance digna de nota que o Flamengo conseguiu antes do intervalo deu-se aos 34 minutos: Diego Maurício recebeu pela esquerda, chutou cruzado para defesa de Ricardo Berna e Edinho cortou de carrinho antes que Wanderley pudesse pegar o rebote. No retorno dos vestiários, o Fluminense teve grande chance de ampliar a diferença aos 2 minutos: Fred cobrou falta com força, Felipe rebateu e Mariano pegou a sobra mandando em cima do goleiro, que tornou a rebater.
Aos poucos o Flamengo foi equilibrando as ações, passando a responder às duas substituições de Vanderlei Luxemburgo realizadas no intervalo: Fernando por Bottinelli e Wanderley por Deivid. Mas somente depois da parada técnica é que o Urubu chegou ao empate: bola levantada a partir do lado direito e eis que Thiago Neves cabeceou sem chance de defesa, comemorando intensamente o gol marcado contra um ex-clube, mas sem fazer a obscena "dancinha do créu".
Mesmo saboreando um momento de superioridade em campo, o Flamengo por muito pouco não sofreu o desempate em contra-ataque fulminante do clube das Laranjeiras: Darío Conca tirou a bola que estava com Willians, passou para Fred e o camisa 9 deu para Marquinho. De frente pro gol, o meia poderia tentar fintar Felipe, devolver a bola pra direita... mas optou por chutar com força e não conseguiu direcionar a bola para o gol, isolando aos 36 minutos do segundo tempo uma oportunidade que não voltaria a aparecer.
Nas penalidades, as cobranças foram, no geral, muito bem feitas. Souza - que entrou aos 44 minutos do segundo tempo no lugar de Júlio César - isolou sua cobrança. Os outros quatro desperdícios (dois para cada lado) foram parados pelas luvas de Felipe e Ricardo Berna, que defendeu a cobrança de Thiago Neves quando o Flamengo estava àquele gol de garantir a classificação. Coube, então, a Diego Maurício marcar o último gol e colocar o clube da Gávea na final da Taça Rio.
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