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Na partida inaugural, a Colômbia até fez sua parte: dominante nas arquibancadas e no gramado, os colombianos marcaram dois gols nos anfitriões estadunidenses já antes do intervalo (gols de Zapata e Rodríguez), placar que quase aumentou no segundo tempo, quando Bacca carimbou o travessão. Só que nos outros três jogos, somente um golzinho de Guerrero, na vitória cambaleante do Peru sobre o Haiti. Costa Rica e Paraguai ficaram num 0a0 que provavelmente seria permanente mesmo se jogassem outros dois tempos de quarenta e cinco minutos. Pouquíssima criatividade em ambas as seleções. Brasil e Equador também não mexeram no placar, embora os equatorianos até tenham o direito de reclamar de um gol equivocadamente invalidado. A marcação do auxiliar de que a bola teria saído antes de ser chutada diminuiu em 25% o número de gols nesses primeiros dois dias de torneio. Sinal que, a exemplo dos atacantes, os árbitros também erram...
Breves pitacos sobre os jogos que assisti.
(1) A Costa Rica passa longe daquela que encantou no Mundial 2014. Joel Campbell atua mais recuado e Bolaños tornou-se suplente, desfazendo aquele poderoso trio com Bryan Ruiz.
(2) O Paraguai continua com aquela vocação de empatar seus jogos. Já foi vice-campeão de Copa América (2011) empatando até pensamento antes de ser esmagado na final. Mostrou credenciais para conseguir mais dois empates nessa primeira fase.
(3) O Haiti, embora derrotado, vendeu caro o resultado de 1a0. Equipe limitada tecnicamente, mas de grande disciplina tática. Seu esforço chega a contagiar e é daquelas seleções "simpáticas", que conquistam as torcidas neutras.
(4) Com um início imponente, o Peru foi aos poucos se enfraquecendo diante dos haitianos - um pouco por questões físicas, um tanto pela falta de capacidade tática de superar a organizada seleção adversária. Conseguiu o gol que lhe deu a vitória, mas o futebol apresentado ficou abaixo do da edição passada da Copa América, quando chegou às semifinais no Chile.
(5) Se muito, o Brasil criou meia dúzia de chances de gol em sua estréia. A grande maioria (talvez todas), na base da transpiração. Pouco (leia-se nada) em se tratando de uma seleção com a camisa que ostenta. E a verdade é que não podemos exigir muito mais que isso de uma equipe comandada pelo Dunga.
(6) Leve nos contra-ataques e pesado na marcação, o Equador mostrou alto poder de competitividade diante dos brasileiros. Sinal de que não é mera obra do acaso o bom início nas Eliminatórias Sul-Americanas. Mas, falta talento (talvez principalmente no meio-campo) para cravar que os equatorianos possam aprontar algo histórico na Copa América 2016.
Que venham os próximos jogos. E gols, por favor.
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