Nova Iguaçu e Botafogo se enfrentaram pela segunda rodada na Taça Guanabara (o primeiro turno do campeonato estadual fluminense, vulgarmente rotulado "campeonato carioca"). O campo de jogo não pertence nem ao Nova Iguaçu nem ao Botafogo: era o estádio Moça Bonita, do Bangu. Se por um lado a arena situada na zona oeste da cidade recebeu reformas que supostamente melhoraram as arquibancadas, por outro é absolutamente lamentável que o gramado se apresente nas condições vistas no último domingo. O placar de 0a0 ficou sob medida numa partida em que o Botafogo até jogou melhor, criou uma ou outra oportunidade, mas ficou longe de desenvolver seu jogo de toque de bola pretendido na formação que contava com três meias-de-ligação (Andrezinho, Maicosuel e Elkeson, todos eles substituídos no decorrer da partida).
Na próxima rodada, o Botafogo vai até o bairro de Madureira enfrentar o "Tricolor Suburbano" no estádio Conselheiro Galvão, quarta-feira, às 17 horas. Nesse mesmo dia e horário, o Nova Iguaçu medirá forças com o Bonsucesso, no estádio Leônidas da Silva. Espero que os respectivos gramados estejam em condições apropriadas para a prática futebolística. Sobretudo um campo que ostenta o nome do "Diamante Negro", não é mesmo? Ai, ai, esses estaduais...
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Arrasador No Segundo Tempo, Arsenal Vira O Jogo E Avança Na Copa Da Inglaterra
Arsenal e Aston Villa duelaram nesse domingo em partida válida pela 4ª rodada na Copa da Inglaterra. E as equipes que não se encontravam por essa competição desde o ano 1983, fizeram uma partida bastante interessante no estádio Emirates, em Londres. Pouca gente poderia imaginar que a equipe visitante fosse para o intervalo de jogo vencendo por 2a0. E possivelmente menos gente ainda suporia que o Arsenal, aos dezesseis minutos do segundo tempo, já estivesse a frente no placar. Pois foi o que aconteceu nesse belo jogo, que colocou os comandados de Arsène Wenger na fase oitavas-de-final na competição futebolística mais antiga.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
O Arsenal iniciou a partida tomando a iniciativa e criando chances. Uma das maiores aproximações do gol aconteceu na marca de cinco minutos, quando o holandês Robin van Persie rolou de lado em cobrança de falta e o belga Thomas Vermaelen chutou com força e colocação uma bola que foi espalmada pelo irlandês Shay Given praticamente no ângulo esquerdo.
Bem postado em campo e sabendo sair para o ataque com relativa desenvoltura, o Aston Villa foi crescendo no jogo e causando dificuldades ao time mandante, que já não incomodava como outrora. O búlgaro Stiliyan Petrov e o irlandês Robert David "Robbie" Keane faziam circular bem a bola no campo de ataque, em alguns momentos envolvendo por completo o sistema defensivo do Arsenal. E foi em jogada da dupla Petrov-Robbie Keane que nasceu o primeiro gol do jogo: após escanteio cobrado pela esquerda, os dois jogadores tabelaram bonito e o cruzamento encontrou o irlandês Richard Dunne, que cabeceou para inaugurar o marcador, aos trinta e três minutos.
Atrás no placar, o Arsenal passou a ter maior ímpeto em se mandar ao ataque. Mas não somente esbarrou na boa marcação do Aston Villa como ainda foi pego em um contra-ataque fulminante, concluído por Darren Bent aos quarenta e cinco minutos. 2a0 Villans.
Nenhuma substituição foi realizada no intervalo, mas o jogo teve uma mudança radical no panorama. Logo com um minuto, o alemão Per Mertesacker quase descontou. Desenvolto, ligeiro e objetivo, o Arsenal foi criando chance atrás de chance pra cima de um Aston Villa que praticamente não conseguia tocar na bola. Aos nove minutos, Dunne não tocou na bola e derrubou o galês Aaron Ramsey na área: pênalti (que poderia resultar no segundo cartão amarelo do zagueiro irlandês). Van Persie cobrou e diminuiu. Dois minutos depois, Theo Walcott desceu em velocidade pela direita e teve sua bela jogada individual premiada com um gol meio que involuntário, pois a defesa tentou afastar a bola e acabou acertando o próprio Walcott, tomando a redonda o caminho da rede. 2a2 no placar.
Pensa que acabou a pressão do Arsenal? Pois tinha mais: com o zagueiro francês Laurent Koscielny atuando na frente, coube ao atacante Darren Bent agir como defensor. Sem o cacoete da posição, Bent derrubou Koscielny na área e cometeu nova penalidade máxima. Van Persie pegou a bola e mandou desta vez no lado esquerdo. 3a2 Arsenal, virando o jogo com três gols num intervalo de sete minutos e detendo a posse de bola naqueles dezesseis minutos iniciais de segundo tempo em 89% do tempo.
O ritmo de jogo deu uma diminuída, muito provavelmente numa decisão estratégica de Wenger, que trocou o tcheco Tomás Rosický pelo espanhol Mikel Arteta. Mas o grande atrativo nos minutos finais foram as entradas dos franceses Bacary Sagna (retornando de lesão) e Thierry Henry (ídolo no clube) nos lugares dos ingleses Alex Oxlade-Chamberlain e Theo Walcott. Na fase oitavas-de-final, o Arsenal terá pela frente o vencedor de Middlesbrough e Sunderland, que decidem a vaga no dia sete de fevereiro, em Middlesbrough (a partida no Stadium of Light terminou empatada em 1a1, o que forçou um novo encontro entre os times).
Marcadores:
4ª Rodada,
Arsenal,
Aston Villa,
Copa da Inglaterra
domingo, 29 de janeiro de 2012
Uma Muralha Chamada Massimiliano Benassi
Nascido em 11.11.1981 (portanto, hoje com trinta anos de idade), o goleiro italiano Massimiliano Benassi foi o grande personagem da partida entre Lecce e Internazionale, no estádio Comunale Via Del Mare, em Lecce. Esta é a segunda temporada de Benassi no clube onde veste a camisa 81, e se alguém não o conhecia (eu, por exemplo), fica aqui registrado o quão impressionante é este arqueiro nos atributos de reflexo e elasticidade.
A partida válida pela vigésima rodada na atual temporada da Série A italiana colocava frente a frente uma equipe que não ganhou nenhum jogo em casa diante de um time com sete vitórias consecutivas na competição. Um time que vem freqüentando a zona de descenso diante de outro que arranca na busca pelo título. São informações que colocam todo o favoritismo em favor da Internazionale. Mas, no futebol, as coisas definitivamente se resolvem única e exclusivamente dentro das quatro linhas.
Para felicidade da Lecce, sua baliza estava sendo protegida pela inspirada atuação de Benassi. E olha que o goleirão vacilou em uma de suas primeiras participações: aos nove minutos, ele recebeu bola recuada e saiu jogando equivocadamente, permitindo que o atacante argentino Diego Milito interceptasse a jogada e quase abrisse o marcador.
Com a bola nos pés e concentrando a criação de jogadas na criatividade do holandês Wesley Sneijder, a Internazionale tomava a iniciativa na partida. Só que o time da casa mostrava qualidade nas saídas em contra-ataque, mostrando uma velocidade que complicava o trabalho do brasileiro Lúcio e, principalmente, do argentino Walter Samuel. O equatoriano Juan Guillermo Cuadrado Bello jogava uma bola redonda e era uma ótima alternativa pelo lado direito Giallorossi. Mas era na performance do goleiro Benassi que a Lecce seguia firme na partida: após cobrança de escanteio por volta dos trinta minutos, o arqueiro de trinta anos saltou espetacularmente e evitou o que seria um gol certo, voando até o canto esquerdo.
Aos trinta e nove minutos, foi o ataque da Lecce que "resolveu" funcionar: o capitão uruguaio Guillermo Giacomazzi recebeu uma tijolada de Massimo Oddo mas teve a categoria e a precisão para arredondar o lance com um domínio de bola aparentemente simples e uma finalização certeira. 1a0 para os mandantes e festa nas arquibancadas, aos trinta e nove minutos.
No intervalo, Claudio Ranieri mexeu no Nerazzurri: saiu Sneijder para a entrada do argentino Ricardo Álvarez. Elogiei o desempenho de "Ricky" Álvarez na partida em que a Inter goleou o Parma por 5a0, mas jamais tiraria Sneijder numa partida como essa: o bacana seria ver ambos os meias atuando juntos, mesmo que para isso se optasse por tirar um dos centroavantes (embora achasse mais interessante tirar o nigeriano Joel Obi, que até teve bom desempenho). De toda forma, a Inter se mandou ao ataque, teve mais posse de bola, mas não conseguiu sair do zero. Uma oportunidade de Giampaolo Pazzini nos últimos minutos parecia o gol de empate. Uma finalização daquelas que logo rotulamos como indefensável. Mas qual o sentido do vocábulo indefensável quando Massimiliano Benassi está em campo? O camisa 81 esbanjou reflexo, elasticidade e agilidade de níveis impressionantes e defendeu de forma brilhante a finalização no canto esquerdo. Era a cereja no topo do bolo dessa primeira vitória da Lecce dentro de casa. E que o primeiro pedaço dessa torta vá para Benassi.
A partida válida pela vigésima rodada na atual temporada da Série A italiana colocava frente a frente uma equipe que não ganhou nenhum jogo em casa diante de um time com sete vitórias consecutivas na competição. Um time que vem freqüentando a zona de descenso diante de outro que arranca na busca pelo título. São informações que colocam todo o favoritismo em favor da Internazionale. Mas, no futebol, as coisas definitivamente se resolvem única e exclusivamente dentro das quatro linhas.
Para felicidade da Lecce, sua baliza estava sendo protegida pela inspirada atuação de Benassi. E olha que o goleirão vacilou em uma de suas primeiras participações: aos nove minutos, ele recebeu bola recuada e saiu jogando equivocadamente, permitindo que o atacante argentino Diego Milito interceptasse a jogada e quase abrisse o marcador.
Com a bola nos pés e concentrando a criação de jogadas na criatividade do holandês Wesley Sneijder, a Internazionale tomava a iniciativa na partida. Só que o time da casa mostrava qualidade nas saídas em contra-ataque, mostrando uma velocidade que complicava o trabalho do brasileiro Lúcio e, principalmente, do argentino Walter Samuel. O equatoriano Juan Guillermo Cuadrado Bello jogava uma bola redonda e era uma ótima alternativa pelo lado direito Giallorossi. Mas era na performance do goleiro Benassi que a Lecce seguia firme na partida: após cobrança de escanteio por volta dos trinta minutos, o arqueiro de trinta anos saltou espetacularmente e evitou o que seria um gol certo, voando até o canto esquerdo.
Aos trinta e nove minutos, foi o ataque da Lecce que "resolveu" funcionar: o capitão uruguaio Guillermo Giacomazzi recebeu uma tijolada de Massimo Oddo mas teve a categoria e a precisão para arredondar o lance com um domínio de bola aparentemente simples e uma finalização certeira. 1a0 para os mandantes e festa nas arquibancadas, aos trinta e nove minutos.
No intervalo, Claudio Ranieri mexeu no Nerazzurri: saiu Sneijder para a entrada do argentino Ricardo Álvarez. Elogiei o desempenho de "Ricky" Álvarez na partida em que a Inter goleou o Parma por 5a0, mas jamais tiraria Sneijder numa partida como essa: o bacana seria ver ambos os meias atuando juntos, mesmo que para isso se optasse por tirar um dos centroavantes (embora achasse mais interessante tirar o nigeriano Joel Obi, que até teve bom desempenho). De toda forma, a Inter se mandou ao ataque, teve mais posse de bola, mas não conseguiu sair do zero. Uma oportunidade de Giampaolo Pazzini nos últimos minutos parecia o gol de empate. Uma finalização daquelas que logo rotulamos como indefensável. Mas qual o sentido do vocábulo indefensável quando Massimiliano Benassi está em campo? O camisa 81 esbanjou reflexo, elasticidade e agilidade de níveis impressionantes e defendeu de forma brilhante a finalização no canto esquerdo. Era a cereja no topo do bolo dessa primeira vitória da Lecce dentro de casa. E que o primeiro pedaço dessa torta vá para Benassi.
Marcadores:
Campeonato Italiano,
Internazionale,
Lecce,
Massimiliano Benassi
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
O Campeão Dos Campeões
"Campeão sete vezes da Copa São Paulo de Juniores, o Corinthians parece ter um time bom o bastante para buscar o oitavo título em 2012". Isso foi dito neste blógui logo após a estréia corinthiana na Copa São Paulo 2012 (confira a postagem). E, algumas semanas depois, a "profecia" se confirmou: o Corinthians é octacampeão na competição nacional sub-18.
O jogo final envolvia os dois maiores vencedores na história do torneio (o hepta Corinthians e o penta Fluminense). E aquele Corinthians que o blogueiro viu na primeira fase passou longe do Pacaembu nessa manhã de quarta-feira. E digo isso não desmerecendo o time corinthiano, mas fundamentalmente valorizando a boa atuação coletiva do Tricolor, comandado pelo treinador Marcelo Veiga: com uma marcação adiantada e saída ao ataque em trocas de passes rápidas e objetivas, o time carioca (que tem todos os seus titulares nascidos no ano de 1993) teve mais chances de mexer no placar do que a "equipe da casa". Só que o 0a0 persistiu até o apito de intervalo.
Na volta para o segundo tempo, não demorou três minutos para o Fluminense inaugurar o marcador: cruzamento da direita, falha do goleiro Matheus Caldeira e oportunismo do atacante Michael, que se antecipou ao camisa um e completou pra rede. É curioso pensarmos que Michael marcasse o gol tricolor, até porque ele era figura sumida em campo quando seu companheiro de ataque, Marcos Júnior, havia ficado próximo de estufar a rede em pelo menos três ocasiões.
O Fluminense passou a focar seu jogo quase que exclusivamente aos contra-ataques, e esteve perto de ampliar para 2a0. Não o fez e foi "castigado" aos vinte minutos: após cobrança de escanteio pelo lado esquerdo, o zagueiro e capitão Antônio Carlos subiu soberano e mandou no canto direito, sem dar chance para o goleiro Silésio. 1a1.
As arquibancadas do estádio municipal Paulo Machado de Carvalho estavam predominantemente nas cores preta e branca, e após o gol de empate a massa corinthiana se animou ainda mais. Porém, fazendo valer aquele ditado de que "com o Corinthians as coisas acontecem da forma mais difícil", o gol da virada somente foi sair lá pros quarenta e três minutos. Em novo escanteio (dessa vez pelo lado direito de ataque alvinegro), quem apareceu para cabecear foi novamente Antônio Carlos, mandando no canto esquerdo e tornando-se protagonista na decisão.
Méritos de uma conquista que não devem cair sobre um único personagem: o treinador Narciso e o elenco corinthiano como um todo mostraram qualidade de uma equipe campeã. E parabéns também ao Fluminense, que embora tenha se retraído na medida em que o jogo se aproximava do final, mostrou atributos que apontam para uma presença nada por acaso na final do evento.
O jogo final envolvia os dois maiores vencedores na história do torneio (o hepta Corinthians e o penta Fluminense). E aquele Corinthians que o blogueiro viu na primeira fase passou longe do Pacaembu nessa manhã de quarta-feira. E digo isso não desmerecendo o time corinthiano, mas fundamentalmente valorizando a boa atuação coletiva do Tricolor, comandado pelo treinador Marcelo Veiga: com uma marcação adiantada e saída ao ataque em trocas de passes rápidas e objetivas, o time carioca (que tem todos os seus titulares nascidos no ano de 1993) teve mais chances de mexer no placar do que a "equipe da casa". Só que o 0a0 persistiu até o apito de intervalo.
Na volta para o segundo tempo, não demorou três minutos para o Fluminense inaugurar o marcador: cruzamento da direita, falha do goleiro Matheus Caldeira e oportunismo do atacante Michael, que se antecipou ao camisa um e completou pra rede. É curioso pensarmos que Michael marcasse o gol tricolor, até porque ele era figura sumida em campo quando seu companheiro de ataque, Marcos Júnior, havia ficado próximo de estufar a rede em pelo menos três ocasiões.
O Fluminense passou a focar seu jogo quase que exclusivamente aos contra-ataques, e esteve perto de ampliar para 2a0. Não o fez e foi "castigado" aos vinte minutos: após cobrança de escanteio pelo lado esquerdo, o zagueiro e capitão Antônio Carlos subiu soberano e mandou no canto direito, sem dar chance para o goleiro Silésio. 1a1.
Antônio Carlos cabeceando a bola para empatar a partida.
Méritos de uma conquista que não devem cair sobre um único personagem: o treinador Narciso e o elenco corinthiano como um todo mostraram qualidade de uma equipe campeã. E parabéns também ao Fluminense, que embora tenha se retraído na medida em que o jogo se aproximava do final, mostrou atributos que apontam para uma presença nada por acaso na final do evento.
No mês seguinte aos festejos do título de campeão brasileiro, aí está o Sport Club Corinthians Paulista, levantando mais um troféu.
Marcadores:
Copa São Paulo de Juniores,
Corinthians,
Final,
Fluminense
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Corinthians Avança Na Copa São Paulo Após Golear O Juventus: 3a0
Com uma vitória por 3a0 sobre o Juventus, o Corinthians assegurou a primeira colocação no grupo M, garantindo classificação para a fase eliminatória na Copa São Paulo de Juniores com 100% de aproveitamento de pontos. Como este blogueiro não acompanhou o primeiro tempo de partida, a análise do jogo fica restrita aos acontecimentos pós-intervalo. E, a julgar pelos comentários de que a etapa inicial do jogo foi carente de chances de gol, pode-se dizer que dei sorte. Logo com um minuto, Paulinho partiu em jogada individual e foi derrubado dentro da área - pênalti assinalado e convertido por Denner. Aos catorze minutos, Ânderson decidiu chutar de fora da área e teve sucesso total nessa empreitada, mandando um chute certeiro no quadrante seis. Logo na seqüência, Clayton cruzou da direita e Douglas cabeceou para colocar 3a0 no placar em Jaguariúna.
A equipe do Juventus chegou com qualidade uma única vez ao ataque,em jogada individual pelo lado direito. Considero muito pouco para uma equipe que marcara uma dúzia de gols nos dois primeiros compromissos. Com a derrota, o Moleque Travesso fica aguardando o desenrolar da terceira rodada para ver se consegue uma vaga como um dos oito melhores vice-líderes de grupo. As chances são altas.
Na outra partida desta chave, o Santos da Paraíba (que estreou levando 9a0 do Corinthians), venceu a Desportiva do Espírito Santos pelo placar de 2a0, terminando com três pontos e em terceiro lugar. Sem pontuar, o clube capixaba fechou sua participação na condição de lanterna.
A equipe do Juventus chegou com qualidade uma única vez ao ataque,em jogada individual pelo lado direito. Considero muito pouco para uma equipe que marcara uma dúzia de gols nos dois primeiros compromissos. Com a derrota, o Moleque Travesso fica aguardando o desenrolar da terceira rodada para ver se consegue uma vaga como um dos oito melhores vice-líderes de grupo. As chances são altas.
Na outra partida desta chave, o Santos da Paraíba (que estreou levando 9a0 do Corinthians), venceu a Desportiva do Espírito Santos pelo placar de 2a0, terminando com três pontos e em terceiro lugar. Sem pontuar, o clube capixaba fechou sua participação na condição de lanterna.
Marcadores:
Copa São Paulo de Juniores,
Corinthians,
Fase de Grupos,
Juventus/SP
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Thierry Henrydolo
Senhoras e senhores de todas as idades: o maior goleador da história do Arsenal, que marcou época no clube londrino entre 1999 e 2007, retornou - por empréstimo - ao time comandado por Arsène Wenger e simplesmente saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória e da classificação da equipe na Copa da Inglaterra.
Não é nenhum exagero afirmar com todas as letras que tal acontecimento coloca o dia nove de janeiro de dois mil e doze como uma data épica para o esporte bretão. O gol marcado aos trinta e dois minutos do segundo tempo - dez minutos após entrar em campo - foi o de número 227 do atacante francês com aquela camisa. Um marco.
O jogo
Melhor no jogo desde que a bola rolou pela primeira vez, o time do Arsenal não tinha dificuldades em se aproximar da área adversária. Finalizações de Aaron Ramsey e Andrey Arshavin levaram perigo à meta defendida por Andrew Lonergan, mas aos poucos o Leeds United foi conseguindo melhorar a sua marcação e tornando cada vez mais escassas as chegadas do Arsenal.
Veio o segundo tempo, e o time da casa mostrou maior intensidade nas suas jogadas ofensivas. Alex Oxlade-Chamberlain caía pelos dois lados de campo apresentando habilidade e velocidade, Arshavin parecia bastante à vontade no gramado e conseguia descolar boas alternativas quando com a posse de bola, Mikel Arteta se apresentava na frente e Marouane Chamakh buscava se posicionar para concluir alguma jogada que lhe aparecesse. Porém, faltava um elemento para encaminhar a bola até a rede. E quem melhor que Thierry Henry para desempenhar tal tarefa? Aos vinte e dois minutos, ecoaram os sons dos aplausos no estádio Emirates, pois entrava em campo o maior goleador da história do Arsenal, de volta ao clube após quatro anos. E, dez minutos depois a este acontecimento que por si só já era histórico, os aplausos deram lugar à vibração generalizada: Henry recebeu de Alexandre Song, dominou já adiantando a bola de modo a preparar o remate e chutou com precisão, cruzado, rasteiro, no canto esquerdo. Um gol com a cara de Thierry Henry.
Após o apito final, novos aplausos para o ídolo, que estava claramente em êxtase com esse retorno acima de qualquer expectativa. O próprio Henry afirmara que não viria para ser herói, mas sim para somar. Parece que as coisas se saíram muito melhores do que o esperado. Usando um termo utilizado pelos torcedores do Arsenal, the king is back. O futebol agradece.
Não é nenhum exagero afirmar com todas as letras que tal acontecimento coloca o dia nove de janeiro de dois mil e doze como uma data épica para o esporte bretão. O gol marcado aos trinta e dois minutos do segundo tempo - dez minutos após entrar em campo - foi o de número 227 do atacante francês com aquela camisa. Um marco.
O jogo
Melhor no jogo desde que a bola rolou pela primeira vez, o time do Arsenal não tinha dificuldades em se aproximar da área adversária. Finalizações de Aaron Ramsey e Andrey Arshavin levaram perigo à meta defendida por Andrew Lonergan, mas aos poucos o Leeds United foi conseguindo melhorar a sua marcação e tornando cada vez mais escassas as chegadas do Arsenal.
Veio o segundo tempo, e o time da casa mostrou maior intensidade nas suas jogadas ofensivas. Alex Oxlade-Chamberlain caía pelos dois lados de campo apresentando habilidade e velocidade, Arshavin parecia bastante à vontade no gramado e conseguia descolar boas alternativas quando com a posse de bola, Mikel Arteta se apresentava na frente e Marouane Chamakh buscava se posicionar para concluir alguma jogada que lhe aparecesse. Porém, faltava um elemento para encaminhar a bola até a rede. E quem melhor que Thierry Henry para desempenhar tal tarefa? Aos vinte e dois minutos, ecoaram os sons dos aplausos no estádio Emirates, pois entrava em campo o maior goleador da história do Arsenal, de volta ao clube após quatro anos. E, dez minutos depois a este acontecimento que por si só já era histórico, os aplausos deram lugar à vibração generalizada: Henry recebeu de Alexandre Song, dominou já adiantando a bola de modo a preparar o remate e chutou com precisão, cruzado, rasteiro, no canto esquerdo. Um gol com a cara de Thierry Henry.
Após o apito final, novos aplausos para o ídolo, que estava claramente em êxtase com esse retorno acima de qualquer expectativa. O próprio Henry afirmara que não viria para ser herói, mas sim para somar. Parece que as coisas se saíram muito melhores do que o esperado. Usando um termo utilizado pelos torcedores do Arsenal, the king is back. O futebol agradece.
Marcadores:
3ª Rodada,
Arsenal,
Copa da Inglaterra,
Leeds United,
Thierry Henry
domingo, 8 de janeiro de 2012
Vasco Encontra Dificuldades, Mas Vence O Remo Na Copa São Paulo
No gramado alto e sob sol forte na tarde dominical de verão em Taubaté, o Vasco alcançou os seis pontos na Copa São Paulo de Juniores 2012 após vencer o Remo pelo placar de 2a1. Os gols da partida foram marcados por Cícero (que abriu o placar para o Cruzmaltino aos dezenove minutos do primeiro tempo), Jayme (um dos destaques do jogo, empatando para o clube paraense aos quarenta e cinco minutos da primeira etapa) e Guilherme, que aos dez minutos da etapa complementar recolocou o time carioca em vantagem no placar.
Com seis pontos em duas partidas, o Vasco enfrenta o Taubaté na rodada derradeira dessa fase de grupos e só depende de si para avançar à próxima fase. O Remo, que ainda não pontuou, cumprirá tabela diante do São Francisco, da Bahia. E há um dado interessante sobre esse time do Remo: único representante do futebol paraense na Copinha, a equipe levou para a competição sub-18 um total de vinte jogadores, todos eles nascidos no estado do Pará.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Diferentemente da partida em que o Corinthians goleou o Santos/PB por 9a0 (na maior goleada da história desse blógui), o jogo entre Vasco e Remo foi marcado pelo equilíbrio. A primeira grande chance de gol deu-se aos dez minutos, quando numa descida pelo flanco direito a equipe do Remo conseguiu deixar Jayme na cara do gol - só que o hábil camisa 9 finalizou mandando por cima do travessão.
O Vasco atacava preferencialmente pelo lado esquerdo, procurando o camisa 8 John Cley. Foi por aquele setor sinistro que o jogador descolou finalizações e cruzamentos que assustavam a defesa paraense. E foi exatamente a partir do flanco canhoto que saiu o gol vascaíno: após cobrança de escanteio efetuada pelo lateral-esquerdo Dieyson, Cícero subiu bem e marcou de cabeça, aos dezenove minutos.
Com bastante atitude e contando com a boa movimentação de jogadores como Jayme, Reis e Wallace, o Remo era melhor na partida e ensaiava o gol de empate. Aos trinta e dois minutos, Jayme recebeu pela esquerda já entrando na área, ajeitou e chutou rasteiro, mandando à direita da meta. Houve nova chance seis minutos mais tarde, quando Wallace finalizou da meia-lua e o goleiro Jordi segurou. Aos quarenta e cinco minutos, saiu finalmente o gol de empate: em rápido contra-ataque pela direita, Jayme passou para Wallace e recebeu de volta, ficando na cara do goleiro e concluindo com um toque rasteiro. 1a1 no placar.
O bom jogador Jayme mostrou que também é um bom filho, dedicando o gol à sua mãe, aniversariante do dia. Quem não parecia um bom homem era o árbitro da partida: mesmo nas condições climáticas constantes no evento futebolístico, o cidadão do apito não concedeu a parada técnica para reposição de líquido e breve descanso dos atletas. Tudo bem que não foi ele que marcou o jogo para as duas da tarde no horário de verão brasileiro, mas o bom senso clamaria por uma breve interrupção. Parece que "bom senso" é um termo em desuso quando o assunto é futebol brasileiro.
Veio o segundo tempo e com ele a continuação do domínio paraense na partida. Só que o futebol reserva situações que muitas vezes não condizem com o andamento da partida: aos dez minutos, Guilherme chutou de fora da área e o quique da bola traiu o goleiro Luís André, recolocando o Vasco em vantagem no placar. Curiosamente, o treinador vascaíno, José Galdino, afirmara no intervalo que, se o placar de 1a1 persistisse até os dez minutos, iria mexer no setor de ataque cruzmaltino.
Três minutos após sofrer o gol, o Remo teve uma baixa: Biro, que recebera cartão amarelo no primeiro tempo, foi novamente amarelado e deixou o time com um homem a menos em campo. Mesmo assim, o treinador do Remo fez uma substituição dupla e colocou dois novos atacantes no jogo. E a partida seguiu, com jogadores caindo no gramado, algumas jogadas interessantes e nada de parada técnica por parte da arbitragem. Naturalmente, a partida teve uma queda no ritmo e coube ao Vasco administrar a vantagem que tinha no placar e no número de jogadores. Tarefa que ficou facilitada a partir dos vinte e sete minutos, quando Jayme deixou o campo sentindo cãimbra.
Com seis pontos em duas partidas, o Vasco enfrenta o Taubaté na rodada derradeira dessa fase de grupos e só depende de si para avançar à próxima fase. O Remo, que ainda não pontuou, cumprirá tabela diante do São Francisco, da Bahia. E há um dado interessante sobre esse time do Remo: único representante do futebol paraense na Copinha, a equipe levou para a competição sub-18 um total de vinte jogadores, todos eles nascidos no estado do Pará.
O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)
Diferentemente da partida em que o Corinthians goleou o Santos/PB por 9a0 (na maior goleada da história desse blógui), o jogo entre Vasco e Remo foi marcado pelo equilíbrio. A primeira grande chance de gol deu-se aos dez minutos, quando numa descida pelo flanco direito a equipe do Remo conseguiu deixar Jayme na cara do gol - só que o hábil camisa 9 finalizou mandando por cima do travessão.
O Vasco atacava preferencialmente pelo lado esquerdo, procurando o camisa 8 John Cley. Foi por aquele setor sinistro que o jogador descolou finalizações e cruzamentos que assustavam a defesa paraense. E foi exatamente a partir do flanco canhoto que saiu o gol vascaíno: após cobrança de escanteio efetuada pelo lateral-esquerdo Dieyson, Cícero subiu bem e marcou de cabeça, aos dezenove minutos.
Com bastante atitude e contando com a boa movimentação de jogadores como Jayme, Reis e Wallace, o Remo era melhor na partida e ensaiava o gol de empate. Aos trinta e dois minutos, Jayme recebeu pela esquerda já entrando na área, ajeitou e chutou rasteiro, mandando à direita da meta. Houve nova chance seis minutos mais tarde, quando Wallace finalizou da meia-lua e o goleiro Jordi segurou. Aos quarenta e cinco minutos, saiu finalmente o gol de empate: em rápido contra-ataque pela direita, Jayme passou para Wallace e recebeu de volta, ficando na cara do goleiro e concluindo com um toque rasteiro. 1a1 no placar.
O bom jogador Jayme mostrou que também é um bom filho, dedicando o gol à sua mãe, aniversariante do dia. Quem não parecia um bom homem era o árbitro da partida: mesmo nas condições climáticas constantes no evento futebolístico, o cidadão do apito não concedeu a parada técnica para reposição de líquido e breve descanso dos atletas. Tudo bem que não foi ele que marcou o jogo para as duas da tarde no horário de verão brasileiro, mas o bom senso clamaria por uma breve interrupção. Parece que "bom senso" é um termo em desuso quando o assunto é futebol brasileiro.
Veio o segundo tempo e com ele a continuação do domínio paraense na partida. Só que o futebol reserva situações que muitas vezes não condizem com o andamento da partida: aos dez minutos, Guilherme chutou de fora da área e o quique da bola traiu o goleiro Luís André, recolocando o Vasco em vantagem no placar. Curiosamente, o treinador vascaíno, José Galdino, afirmara no intervalo que, se o placar de 1a1 persistisse até os dez minutos, iria mexer no setor de ataque cruzmaltino.
Três minutos após sofrer o gol, o Remo teve uma baixa: Biro, que recebera cartão amarelo no primeiro tempo, foi novamente amarelado e deixou o time com um homem a menos em campo. Mesmo assim, o treinador do Remo fez uma substituição dupla e colocou dois novos atacantes no jogo. E a partida seguiu, com jogadores caindo no gramado, algumas jogadas interessantes e nada de parada técnica por parte da arbitragem. Naturalmente, a partida teve uma queda no ritmo e coube ao Vasco administrar a vantagem que tinha no placar e no número de jogadores. Tarefa que ficou facilitada a partir dos vinte e sete minutos, quando Jayme deixou o campo sentindo cãimbra.
Marcadores:
Copa São Paulo de Juniores,
Fase de Grupos,
Remo,
Vasco
sábado, 7 de janeiro de 2012
2012 Começa Bem Para A Internazionale: Goleada E Grande Atuação
Dificilmente haveria uma maneira melhor para a Internazionale iniciar o ano de 2012. Com uma atuação brilhante (sobretudo na transição do meio-campo para o ataque), a equipe dirigida por Claudio Ranieri goleou o Parma pelo placar de 5a0 e consolidou a 5ª colocação na tabela do Campeonato Italiano. Como a Lazio foi surpreendida mais cedo pelo Siena (4a0, sendo que o Siena não marcava gol pela Série A havia cinco partidas), o Nerazzurri terminará a 17ª rodada a um ponto do 4º lugar, que pertence exatamente à Lazio.
O time do Parma, em 13º na tabela de classificação, pode ser ultrapassado por Fiorentina e Cagliari, que entram em campo nesse domingo e estão um ponto atrás da equipe comandada por Franco Colomba.
O próximo compromisso da Internazionale é nada mais, nada menos, do que o clássico de Milão com o Rossonero, dia quinze. Já o Parma recebe o Siena, na mesma data, no estádio Ennio Tardini.
O jogo
Devo confessar que a escalação interista em nada me agradava. Com três volantes e um único meia mais ofensivo, tudo levava a crer que teríamos mais uma atuação burocrática da equipe da casa. Sem jogadores como Wesley Sneijder e Diego Forlán (que se recuperam de contusões), ficava ainda mais difícil entender a opção do treinador em manter Philippe Coutinho como reserva. Só que o desempenho do time foi tão interessante que pode-se afirmar o seguinte: o 4-3-1-2 de Ranieri funcionou na noite desse sábado. Muito disso se deve à maravilhosa atuação do argentino Ricardo Gabriel Álvarez, de 23 anos de idade e contratado junto ao Vélez Sarsfield. Caindo pela esquerda e também pela direita, o hábil meio-campista descolou muitas opções de ataque, chamando o jogo para si e correspondendo com diversas jogadas bem realizadas.
O primeiro gol da partida saiu aos doze minutos, com jogada 100% argentina: Javier Zanetti abriu na esquerda com Ricardo Álvarez e ele cruzou no capricho para Diego Milito, que completou com estilo antes da primeira trave. 1a0 Internazionale em San Siro. Aliás, o que não falta na Internazionale é jogador de nacionalidade argentina: além desses três que participaram do gol inaugural, Walter Samuel e Esteban Cambiasso também foram titulares.
Com dezessete minutos, foi a vez de brilhar a estrela de outro atleta sul-americano: aproveitando-se de uma sobra de bola, o brasileiro Thiago Motta pegou em cheio na redonda e mandou pra rede. 2a0 Internazionale.
O domínio do time mandante era tamanho que, entre um gol e outro, Giampaolo Pazzini desperdiçou grande oportunidade de marcar após receber ótimo passe de "Ricky" Álvarez, dessa vez em jogada pelo lado direito. O time do Parma, que não demonstrava qualquer sinal de abatimento, saía para o jogo em velocidade e tinha em Sebastian Giovinco sua principal alternativa para tentar superar a forte defesa interista. Alíás, achei interessante observar algumas semelhanças de Giovinco com o brasileiro Alex, do turco Fenerbahce: careca, de baixa estatura, pele clara, bastante habilidade, passadas curtas e ligeiras. E ainda por cima, vestindo a camisa dez. Não duvido nada que Giovinco possa ser um nome a se ter em conta para a seleção italiana para a Copa de 2014. Dos pés de Giovinco, saíram passes e finalizações apreciáveis, como por exemplo uma cobrança de falta que colocou o goleiro Júlio César para trabalhar - e bem. De cabeça, Giovinco perdeu chance clara para diminuir a desvantagem no placar, mandando a bola à direita da meta. Tudo bem, não vamos exigir muita coisa nesse fundamento para um jogador de 160 centímetros de altura. Mas que foi uma chance clara, isso foi.
Com os constantes apoios de Maicon pelo lado direito e de Yuto Nagatomo pelo esquerdo, a Inter ganhava opções de ataque e marcava presença no campo do adversário. Numa dessas subidas pelos flancos do gramado, Maicon cruzou com precisão e Diego Milito foi certeiro no cabeceio, colocando 3a0 no placar e marcando seu segundo gol no jogo.
A superioridade interista no desempenho e no resultado davam a entender que a partida já estava resolvida no que tange à ditribuição dos pontos. E, aos dez minutos do segundo tempo, Pazzini ratificou essa impressão: em contra-ataque fulminante iniciado por Lúcio, Milito recebeu e serviu o companheiro de ataque, que concluiu com um toque sutil, tirando do goleiro Antonio Mirante e colocando 4a0 no placar. Na comemoração, Pazzini fez seu habitual gesto de colocar os dedos indicador e médio próximos aos próprios olhos, em imagem que já virou até desenho de bandeira na torcida.
Com Andrea Poli, Coutinho e Marco Davide Faraoni entrando nos lugares dos argentinos Cambiasso, Álvarez e Milito, a Internazionale perdeu um pouco de sua dinâmica ofensiva, mas continuou atuando bem. Lá na defesa, uma intervenção de Zanetti cortando para a própria rede em lance paralisado por impedimento arrancou aplausos da massa, em reconhecimento ao esforço do lendário capitão de 38 anos de idade, esbanjando uma forma física admirável. Ele agradeceu prontamente o carinho dos torcedores no lance inusitado, pois teria sido um golaço contra se o árbitro Antonio Giannoccaro não seguisse a correta indicação de impedimento apontada pelo auxiliar.
Aos trinta minutos, três depois de entrar em campo, Davide Faraoni marcou o que talvez tenha sido o mais belo gol do jogo: a bola sobrou para ele a alguns metros da meia-lua e o camisa trinta e sete emendou um chute de rara beleza, encobrindo Mirante. Golaço, 5a0 Inter.
O ano de 2012 está apenas começando e há muita água para rolar na Série A italiana nessa temporada (ainda nem chegamos na metade). Se conseguir tornar atuações como a dessa partida um hábito, a Internazionale tem totais condições de entrar na zona de classificação para a Liga dos Campeões da Europa e também pleitear a conquista do scudetto. O Parma, embora derrotado de goleada, tem qualidades individuais e táticas para não precisar se preocupar com zona de despromoção. Muito me agradou a rápida saída da equipe visitante nos contra-ataques, sempre buscando se aproximar do gol adversário de forma objetiva. Com alguns acertos na proteção à defesa, o time que vestiu um belo uniforme monocromaticamente amarelo pode terminar ali pelo meio da tabela, mas creio que fora da zona de classificação para as competições européias.
O time do Parma, em 13º na tabela de classificação, pode ser ultrapassado por Fiorentina e Cagliari, que entram em campo nesse domingo e estão um ponto atrás da equipe comandada por Franco Colomba.
O próximo compromisso da Internazionale é nada mais, nada menos, do que o clássico de Milão com o Rossonero, dia quinze. Já o Parma recebe o Siena, na mesma data, no estádio Ennio Tardini.
O jogo
Devo confessar que a escalação interista em nada me agradava. Com três volantes e um único meia mais ofensivo, tudo levava a crer que teríamos mais uma atuação burocrática da equipe da casa. Sem jogadores como Wesley Sneijder e Diego Forlán (que se recuperam de contusões), ficava ainda mais difícil entender a opção do treinador em manter Philippe Coutinho como reserva. Só que o desempenho do time foi tão interessante que pode-se afirmar o seguinte: o 4-3-1-2 de Ranieri funcionou na noite desse sábado. Muito disso se deve à maravilhosa atuação do argentino Ricardo Gabriel Álvarez, de 23 anos de idade e contratado junto ao Vélez Sarsfield. Caindo pela esquerda e também pela direita, o hábil meio-campista descolou muitas opções de ataque, chamando o jogo para si e correspondendo com diversas jogadas bem realizadas.
O primeiro gol da partida saiu aos doze minutos, com jogada 100% argentina: Javier Zanetti abriu na esquerda com Ricardo Álvarez e ele cruzou no capricho para Diego Milito, que completou com estilo antes da primeira trave. 1a0 Internazionale em San Siro. Aliás, o que não falta na Internazionale é jogador de nacionalidade argentina: além desses três que participaram do gol inaugural, Walter Samuel e Esteban Cambiasso também foram titulares.
Com dezessete minutos, foi a vez de brilhar a estrela de outro atleta sul-americano: aproveitando-se de uma sobra de bola, o brasileiro Thiago Motta pegou em cheio na redonda e mandou pra rede. 2a0 Internazionale.
O domínio do time mandante era tamanho que, entre um gol e outro, Giampaolo Pazzini desperdiçou grande oportunidade de marcar após receber ótimo passe de "Ricky" Álvarez, dessa vez em jogada pelo lado direito. O time do Parma, que não demonstrava qualquer sinal de abatimento, saía para o jogo em velocidade e tinha em Sebastian Giovinco sua principal alternativa para tentar superar a forte defesa interista. Alíás, achei interessante observar algumas semelhanças de Giovinco com o brasileiro Alex, do turco Fenerbahce: careca, de baixa estatura, pele clara, bastante habilidade, passadas curtas e ligeiras. E ainda por cima, vestindo a camisa dez. Não duvido nada que Giovinco possa ser um nome a se ter em conta para a seleção italiana para a Copa de 2014. Dos pés de Giovinco, saíram passes e finalizações apreciáveis, como por exemplo uma cobrança de falta que colocou o goleiro Júlio César para trabalhar - e bem. De cabeça, Giovinco perdeu chance clara para diminuir a desvantagem no placar, mandando a bola à direita da meta. Tudo bem, não vamos exigir muita coisa nesse fundamento para um jogador de 160 centímetros de altura. Mas que foi uma chance clara, isso foi.
Com os constantes apoios de Maicon pelo lado direito e de Yuto Nagatomo pelo esquerdo, a Inter ganhava opções de ataque e marcava presença no campo do adversário. Numa dessas subidas pelos flancos do gramado, Maicon cruzou com precisão e Diego Milito foi certeiro no cabeceio, colocando 3a0 no placar e marcando seu segundo gol no jogo.
A superioridade interista no desempenho e no resultado davam a entender que a partida já estava resolvida no que tange à ditribuição dos pontos. E, aos dez minutos do segundo tempo, Pazzini ratificou essa impressão: em contra-ataque fulminante iniciado por Lúcio, Milito recebeu e serviu o companheiro de ataque, que concluiu com um toque sutil, tirando do goleiro Antonio Mirante e colocando 4a0 no placar. Na comemoração, Pazzini fez seu habitual gesto de colocar os dedos indicador e médio próximos aos próprios olhos, em imagem que já virou até desenho de bandeira na torcida.
Com Andrea Poli, Coutinho e Marco Davide Faraoni entrando nos lugares dos argentinos Cambiasso, Álvarez e Milito, a Internazionale perdeu um pouco de sua dinâmica ofensiva, mas continuou atuando bem. Lá na defesa, uma intervenção de Zanetti cortando para a própria rede em lance paralisado por impedimento arrancou aplausos da massa, em reconhecimento ao esforço do lendário capitão de 38 anos de idade, esbanjando uma forma física admirável. Ele agradeceu prontamente o carinho dos torcedores no lance inusitado, pois teria sido um golaço contra se o árbitro Antonio Giannoccaro não seguisse a correta indicação de impedimento apontada pelo auxiliar.
Aos trinta minutos, três depois de entrar em campo, Davide Faraoni marcou o que talvez tenha sido o mais belo gol do jogo: a bola sobrou para ele a alguns metros da meia-lua e o camisa trinta e sete emendou um chute de rara beleza, encobrindo Mirante. Golaço, 5a0 Inter.
O ano de 2012 está apenas começando e há muita água para rolar na Série A italiana nessa temporada (ainda nem chegamos na metade). Se conseguir tornar atuações como a dessa partida um hábito, a Internazionale tem totais condições de entrar na zona de classificação para a Liga dos Campeões da Europa e também pleitear a conquista do scudetto. O Parma, embora derrotado de goleada, tem qualidades individuais e táticas para não precisar se preocupar com zona de despromoção. Muito me agradou a rápida saída da equipe visitante nos contra-ataques, sempre buscando se aproximar do gol adversário de forma objetiva. Com alguns acertos na proteção à defesa, o time que vestiu um belo uniforme monocromaticamente amarelo pode terminar ali pelo meio da tabela, mas creio que fora da zona de classificação para as competições européias.
Marcadores:
Campeonato Italiano,
Internazionale,
Parma
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Alguém Conseguiu Anotar A Placa?
Na legislação brasileira de trânsito, nenhuma pessoa com menos de 18 anos de idade pode tirar carteira de habilitação para dirigir veículos motorizados. E, na Copa São Paulo de Juniores (competição sub-18), o Corinthians estreou atropelando o Santos da Paraíba: 9a0, com direito a muitas outras chances de gol que ora bateram na trave, ora foram defendidas pelo goleiro Andrezo, ora passavam perto do alvo. Será que alguém conseguiu anotar a placar da máquina comandada pelo ex-santista Narciso?
No próximo dia sete, o Corinthians volta a campo para enfrentar a Desportiva, do Espírito Santo, novamente no estádio Alfredo Chiavegato. A julgar pelo resultado de estréia da equipe capixaba (derrota de 6a0 para a Juventus), é bom prepararem o radar eletrônico, colocar os guardas de plantão e deixar as ambulâncias à postos, porque um novo atropelamento é iminente.
O jogo
De um lado, um clube tradicional do futebol brasileiro, atual campeão nacional na categoria profissional e detentor de sete títulos na história da Copa São Paulo. De outro, um clube que sequer tem futebol profissional (dedica-se exclusivamente às categorias de base) e pela primeira vez disputava a Copinha. Se do ponto de vista histórico a diferença já era brutal, o negócio não era diferente no rendimento interno às quatro linhas: sobrando técnica e fisicamente, o Corinthians foi criando as chances com enorme naturalidade. As constantes aparições do lateral-esquerdo Denner e do meio-campista Fernandinho eram envolventes, mostrando que o(s) gol(s) eram mera questão de tempo. Aos três minutos, Denner cruzou da esquerda, a bola atravessou a boca do gol mas ninguém conseguiu alcançar. Aos seis, a bola sobrou para Fernandinho, que chutou e o goleiro Andrezo espalmou no alto. Do escanteio aí originado, a bola chegou ao segundo pau e lá foi cabeceada por Denner - o desvio na marcação levou a redonda até o travessão. Com oito minutos, Denner e Fernandinho tabelaram pela esquerda, Denner cruzou e a bola acabou sobrando para Fernandinho, que chutou e Andrezo encaixou. Na marca de dezesseis minutos, Fernandinho fez a tabela, limpou o lance, chutou cruzado e Andrezo realizou nova defesa. Eram muitas chances com a bola rolando, mas o gol inaugural veio em cobrança de falta: aos dezessete minutos, uma linda cobrança de Denner levou a bola até o quadrante um. 1a0 Corinthians em Jaguariúna.
As facções "Gaviões da Fiel" e "Camisa 12", que encararam o sol de verão às três horas da tarde e marcaram presença na arquibancada, faziam muito barulho desde o início do jogo e provavelmente nem o mais fanático do "Bando de Loucos" imaginava que veria uma grande goleada naquela partida de estréia. Aos vinte minutos, Giovanni recebeu na direita e chutou firme - Andrezo rebateu, mas a bola voltou para Giovanni e aí não teve jeito. 2a0 Corinthians. O terceiro saiu aos vinte e sete minutos: Matheuszinho recebeu na meia-lua, aproveitou vacilo da defesa e chutou no canto direito. Aos trinta e um minutos, foi a vez do centroavante Leandro deixar o dele: Cristiano cruzou rasteiro da direita e a bola foi atravessando a área. Mesmo acompanhado de perto por Morcego, Leandro conseguiu se antecipar à marcação do sujeito com apelido de mamífero voador e empurrou a redonda pra rede. 4a0 Corinthians.
Cabiam mais gols no primeiro tempo, mas uma defesa de Andrezo aos trinta e cinco minutos, um ato egoísta de Ânderson aos quarenta e um minutos (ele preferiu chutar quando poderia servir Fernandinho livre na esquerda em contra-ataque de três para dois e mandou para fora) e um chute que raspou a trave aos quarenta e quatro minutos foram as últimas oportunidades antes do intervalo. Veio a etapa complementar e logo com um minuto saiu o quinto gol corinthiano: em escanteio cobrado pela direita, a bola passou por cerca de cinco jogadores e chegou até Gomes, que mandou pra rede. Aos sete minutos, o sexto: Cristiano cruzou da direita e Leandro mergulhou para cabecear no canto esquerdo.
Era simplesmente impressionante o ótimo aproveitamento dos cruzamentos corinthianos. Cristiano pela direita e principalmente Denner pela esquerda conseguiam colocar a bola caprichosamente para a conclusão de seus companheiros de uma forma que raramente vemos entre jogadores profissionais da mais larga experiência. Você pode até pensar que isso se deva à fragilidade da equipe adversária, mas veja bem: independentemente do nível técnico do outro time, para um cruzamento sair certo, a precisão é essencial. Então, coloco aqui todos os méritos para Cristiano e Denner, que já parecem dominar o fundamento. Aos onze minutos, um escanteio cobrado curto deixou a bola com quem? Com Denner. E o que Denner fez? Cruzou a bola. E como foi o cruzamento? Certeiro. Coube a Gomes cabecear para e rede e anotar o sétimo gol da equipe.
Tanto falamos de cruzamentos e o oitavo gol saiu de modo diferente: em troca de passes rápidos pelo chão. E no melhor estilo Barcelona, hein! Aos vinte e dois minutos, em meia dúzia de toques na bola (quatro deles de primeira), o Corinthians pôs a defesa oponente na roda e Matheuszinho deu o último toque - de letra! - para completar a linda jogada. Na marca de trinta minutos, veio o nono e derradeiro gol. Então, voltemos a falar de cruzamentos: Cristiano cruzou da direita, Leandro não concluiu mas a bola voltou nele ("obrigado, defesa adversária", deve ter pensado o centroavante). E aí foi mandar pra rede e fechar a conta. Digo fechar a conta porque assim quis o goleiro Andrezo, que ainda fez três defesas (duas delas em finalizações seqüenciais).
Campeão sete vezes da Copa São Paulo de Juniores, o Corinthians parece ter um time bom o bastante para buscar o oitavo título em 2012. O futebol paraibano, que jamais colocou um clube na segunda fase dessa competição, parece que, no que depender do Santos, terá de aguardar mais um ano. De toda forma, cabe fazer alguns elogios ao time que saiu goleado: sem dar um único pontapé e saindo para o jogo sem medo de ser feliz, o time dirigido pelo treinador Franklin até mostrou algumas qualidades. Para mim, a maior dessas qualidades foi a atitude de um time que foi a campo pura e simplesmente para jogar futebol, mesmo diante de um adversário notoriamente superior. Uma questão filosófica, que vai muito além do mero resultado.
No próximo dia sete, o Corinthians volta a campo para enfrentar a Desportiva, do Espírito Santo, novamente no estádio Alfredo Chiavegato. A julgar pelo resultado de estréia da equipe capixaba (derrota de 6a0 para a Juventus), é bom prepararem o radar eletrônico, colocar os guardas de plantão e deixar as ambulâncias à postos, porque um novo atropelamento é iminente.
O jogo
De um lado, um clube tradicional do futebol brasileiro, atual campeão nacional na categoria profissional e detentor de sete títulos na história da Copa São Paulo. De outro, um clube que sequer tem futebol profissional (dedica-se exclusivamente às categorias de base) e pela primeira vez disputava a Copinha. Se do ponto de vista histórico a diferença já era brutal, o negócio não era diferente no rendimento interno às quatro linhas: sobrando técnica e fisicamente, o Corinthians foi criando as chances com enorme naturalidade. As constantes aparições do lateral-esquerdo Denner e do meio-campista Fernandinho eram envolventes, mostrando que o(s) gol(s) eram mera questão de tempo. Aos três minutos, Denner cruzou da esquerda, a bola atravessou a boca do gol mas ninguém conseguiu alcançar. Aos seis, a bola sobrou para Fernandinho, que chutou e o goleiro Andrezo espalmou no alto. Do escanteio aí originado, a bola chegou ao segundo pau e lá foi cabeceada por Denner - o desvio na marcação levou a redonda até o travessão. Com oito minutos, Denner e Fernandinho tabelaram pela esquerda, Denner cruzou e a bola acabou sobrando para Fernandinho, que chutou e Andrezo encaixou. Na marca de dezesseis minutos, Fernandinho fez a tabela, limpou o lance, chutou cruzado e Andrezo realizou nova defesa. Eram muitas chances com a bola rolando, mas o gol inaugural veio em cobrança de falta: aos dezessete minutos, uma linda cobrança de Denner levou a bola até o quadrante um. 1a0 Corinthians em Jaguariúna.
As facções "Gaviões da Fiel" e "Camisa 12", que encararam o sol de verão às três horas da tarde e marcaram presença na arquibancada, faziam muito barulho desde o início do jogo e provavelmente nem o mais fanático do "Bando de Loucos" imaginava que veria uma grande goleada naquela partida de estréia. Aos vinte minutos, Giovanni recebeu na direita e chutou firme - Andrezo rebateu, mas a bola voltou para Giovanni e aí não teve jeito. 2a0 Corinthians. O terceiro saiu aos vinte e sete minutos: Matheuszinho recebeu na meia-lua, aproveitou vacilo da defesa e chutou no canto direito. Aos trinta e um minutos, foi a vez do centroavante Leandro deixar o dele: Cristiano cruzou rasteiro da direita e a bola foi atravessando a área. Mesmo acompanhado de perto por Morcego, Leandro conseguiu se antecipar à marcação do sujeito com apelido de mamífero voador e empurrou a redonda pra rede. 4a0 Corinthians.
Cabiam mais gols no primeiro tempo, mas uma defesa de Andrezo aos trinta e cinco minutos, um ato egoísta de Ânderson aos quarenta e um minutos (ele preferiu chutar quando poderia servir Fernandinho livre na esquerda em contra-ataque de três para dois e mandou para fora) e um chute que raspou a trave aos quarenta e quatro minutos foram as últimas oportunidades antes do intervalo. Veio a etapa complementar e logo com um minuto saiu o quinto gol corinthiano: em escanteio cobrado pela direita, a bola passou por cerca de cinco jogadores e chegou até Gomes, que mandou pra rede. Aos sete minutos, o sexto: Cristiano cruzou da direita e Leandro mergulhou para cabecear no canto esquerdo.
Era simplesmente impressionante o ótimo aproveitamento dos cruzamentos corinthianos. Cristiano pela direita e principalmente Denner pela esquerda conseguiam colocar a bola caprichosamente para a conclusão de seus companheiros de uma forma que raramente vemos entre jogadores profissionais da mais larga experiência. Você pode até pensar que isso se deva à fragilidade da equipe adversária, mas veja bem: independentemente do nível técnico do outro time, para um cruzamento sair certo, a precisão é essencial. Então, coloco aqui todos os méritos para Cristiano e Denner, que já parecem dominar o fundamento. Aos onze minutos, um escanteio cobrado curto deixou a bola com quem? Com Denner. E o que Denner fez? Cruzou a bola. E como foi o cruzamento? Certeiro. Coube a Gomes cabecear para e rede e anotar o sétimo gol da equipe.
Tanto falamos de cruzamentos e o oitavo gol saiu de modo diferente: em troca de passes rápidos pelo chão. E no melhor estilo Barcelona, hein! Aos vinte e dois minutos, em meia dúzia de toques na bola (quatro deles de primeira), o Corinthians pôs a defesa oponente na roda e Matheuszinho deu o último toque - de letra! - para completar a linda jogada. Na marca de trinta minutos, veio o nono e derradeiro gol. Então, voltemos a falar de cruzamentos: Cristiano cruzou da direita, Leandro não concluiu mas a bola voltou nele ("obrigado, defesa adversária", deve ter pensado o centroavante). E aí foi mandar pra rede e fechar a conta. Digo fechar a conta porque assim quis o goleiro Andrezo, que ainda fez três defesas (duas delas em finalizações seqüenciais).
Campeão sete vezes da Copa São Paulo de Juniores, o Corinthians parece ter um time bom o bastante para buscar o oitavo título em 2012. O futebol paraibano, que jamais colocou um clube na segunda fase dessa competição, parece que, no que depender do Santos, terá de aguardar mais um ano. De toda forma, cabe fazer alguns elogios ao time que saiu goleado: sem dar um único pontapé e saindo para o jogo sem medo de ser feliz, o time dirigido pelo treinador Franklin até mostrou algumas qualidades. Para mim, a maior dessas qualidades foi a atitude de um time que foi a campo pura e simplesmente para jogar futebol, mesmo diante de um adversário notoriamente superior. Uma questão filosófica, que vai muito além do mero resultado.
Marcadores:
Copa São Paulo de Juniores,
Corinthians,
Fase de Grupos,
Santos/PB
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Em Grande Partida De Yaya Touré, City Goleia Liverpool
Na vigésima rodada da Premiership, o líder Manchester City recebeu o sexto colocado Liverpool e aumentou a sua vantagem em relação ao concorrente Manchester United (que na quarta-feira visita o Newcastle): com uma vitória por 3a0, os comandados do italiano Roberto Mancini chegaram aos 48 pontos e só perdem a liderança nessa rodada se o United conseguir uma vitória por mais de sete gols de diferença em St. James Park. Já o time treinado por Kenny Dalglish segue estacionado no sexto lugar: com 34 pontos, tem quatro a mais que o Newcastle e dois a menos que o Arsenal.
O jogo
No duelo entre as duas melhores defesas do torneio (pelo menos são as duas que até então tinham sido menos vezes vazadas na competição), a primeira chance de gol saiu aos oito minutos, quando Stewart Downing recebeu bela enfiada de bola e chutou parando em defesa do ótimo goleiro Joe Hart.
O Liverpool tinha mais a bola consigo, mas foi exatamente num erro de passe no campo de defesa que a equipe visitante acabou assistindo a abertura do placar: o holandês Dirk Kuyt vacilou e a bola chegou até o espanhol David Silva, que passou para o argentino Sergio Agüero. O chute do genro de Diego Armando Maradona era defensável, mas o espanhol "Pepe" Reina não foi feliz na tentativa de abafar o chute e acabou aceitando. 1a0 Manchester City no estádio Etihad, antigo estádio de nome "Cidade de Manchester" (ou "City of Manchester", como queira).
Com Steven Gerrard no banco de reservas (o jogador se recupera de contusão) e o brasileiro Lucas Leiva fora (este parece que só retorna na próxima temporada), o Liverpool perde bastante qualidade em seu setor de meio-campo. Como se não bastassem essas baixas, o time ainda padecia pela ausência do atacante uruguaio Luis Suárez, suspenso acusado de conduta fenotipista. O cenário sugeriria que Kuyt liderasse esse time dentro de campo, mas o camisa dezoito era um dos que pior atuavam na partida. Após cobrança de escanteio aos trinta e um minutos, os Citizens só não marcaram o segundo gol em cabeceio do belga Vincent Kompany porque Reina realizou defesa espetacular, se redimindo do gol concedido anteriormente. O lance deu origem a outra cobrança de escanteio, desta vez efetuada pelo lado direito de ataque. A defesa vermelha vacilou de novo e dessa vez não deu para Reina: o marfinense Yaya Touré cabeceou com precisão, no alto, marcando 2a0.
É bem verdade que o Liverpool até conseguia criar alguma coisa a partir dos flancos do campo (principalmente pelo lado direito, onde Glen Johnson mostrava qualidade e aproveitava os espaços condedidos pelos donos da casa). Só que era muito pouco para um time que precisava correr atrás do prejuízo no placar. Pouco que era ainda menos porque lá na frente, como referência no ataque, estava Andy Carroll, que o que tem de esforçado tem também de limitado.
Veio o segundo tempo e aos onze minutos Dalglish colocou em campo Gerrard e o galês Craig Bellamy, tirando o escocês Charlie Adam e também Dirk Kuyt. No jogo passado, quando o Liverpool conseguiu virar a partida para 3a1 sobre o Newcastle, a entrada de Gerrard transformou o meio-campo da equipe. Desta vez, isso não ocorreu. A expulsão de Gareth Barry aos vinte e sete minutos até sugeriu que o Liverpool pudesse ter alguma chance na partida, mas dois minutos depois, veio o lance que definiu o jogo em favor do City: Yaya recuperou a posse de bola e, em vez de segurar e administrar o jogo, teve a brilhante atitude de acelerar o contra-ataque e se apresentar ele próprio para receber de volta. Assim foi feito, e o volante marfinense entrou na área adversária em velocidade e, após ser tocado pelo eslovaco Martin Skrtel, caiu na área e o pênalti foi marcado. Coube a James Milner cobrar e dar números finais ao placar.
Na base do abafa, o Liverpool ainda descolou algumas finalizações para tentar o gol de honra. Teve bola que passou perto do ferro, teve bola bloqueada pela forte defesa do Manchester City (naquele momento com Micah Richards, Kolo Touré, Joleon Lescott, Kompany e Gaël Clichy em linha). Mas o que mais teve foi defesa de Hart, que pegou tudo o que até ele chegava, mantendo a meta inviolável e mostrando o quão tem participação nessa que é, segundo as estatísticas, a melhor defesa do Campeonato Inglês.
Manchester City e Liverpool ainda se encontrarão outra vez nessa temporada, já que serão oponentes na Copa da Liga Inglesa, em partida agendada para o próximo dia onze. Só que antes disso, atuam pela Copa da Inglaterra: no dia seis, o Liverpool recebe o Oldham Athletic (clube situado na League One, a 3ª divisão inglesa); no dia oito, o City enfrenta o United, no segundo de três jogos consecutivos em seu estádio.
O jogo
No duelo entre as duas melhores defesas do torneio (pelo menos são as duas que até então tinham sido menos vezes vazadas na competição), a primeira chance de gol saiu aos oito minutos, quando Stewart Downing recebeu bela enfiada de bola e chutou parando em defesa do ótimo goleiro Joe Hart.
O Liverpool tinha mais a bola consigo, mas foi exatamente num erro de passe no campo de defesa que a equipe visitante acabou assistindo a abertura do placar: o holandês Dirk Kuyt vacilou e a bola chegou até o espanhol David Silva, que passou para o argentino Sergio Agüero. O chute do genro de Diego Armando Maradona era defensável, mas o espanhol "Pepe" Reina não foi feliz na tentativa de abafar o chute e acabou aceitando. 1a0 Manchester City no estádio Etihad, antigo estádio de nome "Cidade de Manchester" (ou "City of Manchester", como queira).
Argentino Sergio Agüero comemora o primeiro gol do jogo, observado pelo marfinense Yaya Touré: camisa 42 foi possivelmente o melhor jogador em campo.
É bem verdade que o Liverpool até conseguia criar alguma coisa a partir dos flancos do campo (principalmente pelo lado direito, onde Glen Johnson mostrava qualidade e aproveitava os espaços condedidos pelos donos da casa). Só que era muito pouco para um time que precisava correr atrás do prejuízo no placar. Pouco que era ainda menos porque lá na frente, como referência no ataque, estava Andy Carroll, que o que tem de esforçado tem também de limitado.
Veio o segundo tempo e aos onze minutos Dalglish colocou em campo Gerrard e o galês Craig Bellamy, tirando o escocês Charlie Adam e também Dirk Kuyt. No jogo passado, quando o Liverpool conseguiu virar a partida para 3a1 sobre o Newcastle, a entrada de Gerrard transformou o meio-campo da equipe. Desta vez, isso não ocorreu. A expulsão de Gareth Barry aos vinte e sete minutos até sugeriu que o Liverpool pudesse ter alguma chance na partida, mas dois minutos depois, veio o lance que definiu o jogo em favor do City: Yaya recuperou a posse de bola e, em vez de segurar e administrar o jogo, teve a brilhante atitude de acelerar o contra-ataque e se apresentar ele próprio para receber de volta. Assim foi feito, e o volante marfinense entrou na área adversária em velocidade e, após ser tocado pelo eslovaco Martin Skrtel, caiu na área e o pênalti foi marcado. Coube a James Milner cobrar e dar números finais ao placar.
Na base do abafa, o Liverpool ainda descolou algumas finalizações para tentar o gol de honra. Teve bola que passou perto do ferro, teve bola bloqueada pela forte defesa do Manchester City (naquele momento com Micah Richards, Kolo Touré, Joleon Lescott, Kompany e Gaël Clichy em linha). Mas o que mais teve foi defesa de Hart, que pegou tudo o que até ele chegava, mantendo a meta inviolável e mostrando o quão tem participação nessa que é, segundo as estatísticas, a melhor defesa do Campeonato Inglês.
Manchester City e Liverpool ainda se encontrarão outra vez nessa temporada, já que serão oponentes na Copa da Liga Inglesa, em partida agendada para o próximo dia onze. Só que antes disso, atuam pela Copa da Inglaterra: no dia seis, o Liverpool recebe o Oldham Athletic (clube situado na League One, a 3ª divisão inglesa); no dia oito, o City enfrenta o United, no segundo de três jogos consecutivos em seu estádio.
Marcadores:
'Premiership',
Liverpool,
Manchester City,
Yaya Touré
domingo, 1 de janeiro de 2012
Parada Técnica
Salve 2012! Muda o ano, renovam-se as esperanças de um mundo melhor.
Este blógui, que hoje completa um ano e nove meses, recebeu sua primeira modificação no leiáuti. Não é necessariamente uma mudança definitiva, vamos fazer uma enquete perguntando aos leitores o que acharam da alteração. Para quem não lembra de como era o visual até antes desta presente postagem, veja a imagem ao lado. Perceba como a zona central do texto das postagens teve sua largura expandida, com a tela sendo mais preenchida do que antes. Melhorou? Piorou? Ou ficou apenas diferente?
Mas o mais importante não é a forma, e sim o conteúdo. Espero que consigamos melhorar cada vez mais a nossa interação e, principalmente, que tenhamos um ano novo repleto de bons momentos, de felicidade para todos.
Quanto à enquete anterior, perguntamos qual liga nacional européia você mais gosta de acompanhar. Entre os dezoito votos registrados, metade foi para o Campeonato Inglês. Os outros nove votos ficaram entre o Campeonato Espanhol (sete registros) e o Campeonato Italiano (dois). Ninguém escolheu o Campeonato Alemão e tampouco optou por qualquer outra liga nacional que não aquelas elencadas. Então, lá vamos nós rumo a muitas outras postagens sobre Premiership (até o momento este marcador conta com cinqüenta postagens). Mas, claro, sem esquecer daquilo que rola também em outros torneios.
Fraternais abraços e, novamente, feliz 2012.
Este blógui, que hoje completa um ano e nove meses, recebeu sua primeira modificação no leiáuti. Não é necessariamente uma mudança definitiva, vamos fazer uma enquete perguntando aos leitores o que acharam da alteração. Para quem não lembra de como era o visual até antes desta presente postagem, veja a imagem ao lado. Perceba como a zona central do texto das postagens teve sua largura expandida, com a tela sendo mais preenchida do que antes. Melhorou? Piorou? Ou ficou apenas diferente?
Mas o mais importante não é a forma, e sim o conteúdo. Espero que consigamos melhorar cada vez mais a nossa interação e, principalmente, que tenhamos um ano novo repleto de bons momentos, de felicidade para todos.
Quanto à enquete anterior, perguntamos qual liga nacional européia você mais gosta de acompanhar. Entre os dezoito votos registrados, metade foi para o Campeonato Inglês. Os outros nove votos ficaram entre o Campeonato Espanhol (sete registros) e o Campeonato Italiano (dois). Ninguém escolheu o Campeonato Alemão e tampouco optou por qualquer outra liga nacional que não aquelas elencadas. Então, lá vamos nós rumo a muitas outras postagens sobre Premiership (até o momento este marcador conta com cinqüenta postagens). Mas, claro, sem esquecer daquilo que rola também em outros torneios.
Fraternais abraços e, novamente, feliz 2012.
Assinar:
Postagens (Atom)