quarta-feira, 2 de março de 2011

Napoli Concede Virada Em El Madrigal E Quem Passa É O Villarreal

É o fim da linha para os times italianos na Liga Europa: o Napoli, único representante do país na fase eliminatória, caiu no estádio El Madrigal para o Villarreal. O "Azzurri", que abriu o placar e levou a virada ainda no primeiro tempo, até teve bons momentos no jogo, sobretudo após a entrada do uruguaio Edinson Cavani, mas não conseguiu alcançar o empate (que lhe daria a classificação) na etapa complementar.

O "Submarino Amarelo" terá pela frente na fase oitavas-de-final o Bayer Leverkusen, que passou pelo Metalist com um placar agregado de 6a0.

O jogo

Logo aos 5 minutos, uma bola enfiada em diagonal encontrou o argentino Ezequiel Lavezzi em liberdade para abrir o placar, mas o atacante desviou a bola para fora, à esquerda. O camisa 22 lamentou a chance desperdiçada, mas aos 17 minutos teve a felicidade de cruzar uma bola da direita que encontrou Marek Hamsik livre na área, com o eslovaco inaugurando o marcador de peixinho.

A torcida napolitana, situada perto de onde Hamsik comemorava o gol, acabou sendo surpreendida quando o alambrado cedeu e caiu, derrubando consigo cerca de 20 torcedores napolitanos. Apesar do susto, felizmente nenhum deles ficou ferido gravemente.

O Villarreal descolou suas primeiras finalizações através de Borja Valero, que chutou para fora aos 21 e aos 25 minutos. Com 10 jogadores atrás, o Napoli descolou contra-ataque acionando Lavezzi - único napolitano mais adiantado naquele momento de pressão espanhola - e ficou muito perto de fazer 2a0: o argentino avançou, ficou de frente com o goleiro Diego López, chutou rasteiro mas o arqueiro conseguiu defender com a perna esquerda.

Com 37 minutos, Nilmar cabeceou cruzamento dado por Borja Valero e Morgan De Sanctis defendeu. 5 minutos depois, Borja Valero estava na meia-lua quando passou para Nilmar na direita e o atacante brasileiro, acompanhado por Hamsik, chutou rasteiro e cruzado no canto direito, colocando 1a1 no placar.

O resultado ainda não interessava aos donos da casa e a virada aconteceu ainda antes do intervalo: aos 46 minutos, Nilmar desarmou o argelino Hassan Yebda no meio-campo (os napolitanos reclamaram falta no lance, cercando o árbitro após a conclusão da jogada e o término do primeiro tempo), Borja Valero recolheu, ligou o contra-ataque na esquerda com Giuseppe Rossi, e o chute do atacante foi desviado na marcação de Zúñiga, enganando o goleiro De Sanctis e entrando no canto direito.

As equipes voltaram idênticas para o segundo tempo, mas não demorou muito para Walter Mazzarri perceber que era preciso mudar para melhorar: aos 7 minutos, entrou o camisa 7 Edinson Cavani, goleador do Campeonato Italiano, no lugar do inoperante meia argentino José Ernesto Sosa. Aos 9 minutos, isto é, dois minutos depois de entrar, Cavani fez bonita jogada escapando de dois adversários na base do controle de bola e passando para Lavezzi, gerando escanteio.

Na marca de 11 minutos, Lavezzi recebeu pela direita, cruzou à meia-altura e Diego López mergulhou para segurar de forma providencial, pois Cavani se apresentava imediatamente depois do goleiro. Aos 16 minutos, o Villarreal respondeu através de Cani, que recebeu na direita, avançou e chutou perto do travessão.

Com 18 minutos, Yebda pôs a mão na bola e poderia ter recebido seu segundo cartão amarelo (Capdevila exagerou na reivindicação do cartão que acabou ele próprio recebendo o amarelo). Mazzarri aproveitou e tratou de tirar o argelino do jogo naquele momento, colocando em campo o volante Michele Pazienza.

Aos 20 minutos, Lavezzi buscou Cavani na direita, o uruguaio recolheu a bola em liberdade e soltou um chute cruzado que foi parado pela trave direita de Diego López. Dois minutos depois, Nilmar recebeu na direita e também decidiu chutar cruzado, mas foi bloqueado por um carrinho que levou a bola pela linha-de-fundo. O jogo era lá e cá: mais dois minutos transcorridos, Lavezzi recebeu passe curto de Walter Gargano e passou em profundidade na direita para Cavani, que chutou prensado e ganhou escanteio. Na marca de 26 minutos, mais Napoli: Zúñiga cruzou da direita e Cavani emendou uma bicicleta que passou perto do travessão.

O cronômetro corria e os treinadores colocaram sangue novo em seus times. Catalá, Marcos Gullón e Marco Rubén entraram nos lugares de Santi Cazorla (que saiu irritado aos 32 minutos), Cani (substituído aos 35 minutos) e Rossi (que deixou o campo aos 43 minutos), respectivamente. Pelo lado napolitano, o zagueiro brasileiro Emílson Cribari deu lugar para Giuseppe Mascara aos 36 minutos.

Aos 40 minutos, Cavani tentou do meio-campo e a bola acabou saindo baixa, sendo defendida por Diego López. Aos 42, Cavani foi acionado pela direita, acompanhou o quique da bola, emendou o chute e Diego López segurou. Houve uma oportunidade derradeira aos 49 minutos. Aqui faz-se uma pausa para lembrar que o gol da classificação napolitana para essa fase da Liga Europa saiu com um gol de Cavani, de cabeça, nos acréscimos da partida diante do Steaua Bucareste. Retornando ao jogo no El Madrigal, Zúñiga lançou da direita e Cavani cabeceou... dessa vez para fora.

Sem aparentar qualquer sinal de contusão, fica difícil entender como alguém da intensidade de Cavani pode entrar em campo somente no segundo tempo. Os fãs do uruguaio poderão vê-lo em ação no Campeonato Italiano (onde o Napoli é vice-líder), e muito provavelmente na próxima edição da Liga dos Campeões da Europa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário