Manchester United e Arsenal se (re)encontraram em Old Trafford para ver quem avançava à sua 27ª semifinal de Copa da Inglaterra (a "FA Cup"). Melhor para os donos da casa, que com gols aos 27 minutos do primeiro tempo e aos 3 minutos da segunda etapa construíram a vitória por 2a0. O personagem mais decisivo na partida foi o goleiro holandês Edwin van der Sar, que interviu para evitar que o adversário abrisse o placar, buscasse o empate ou diminuísse a dasvantagem.
Apesar de ter realizado uma boa partida, o Arsenal amargou sua 3ª eliminação em duas semanas, período em que perdeu a final da Copa da Liga Inglesa para o Birmingham e as oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Europa para o Barcelona.
O jogo
Os mais sérios postulantes ao título na "Premiership" foram para campo com pelo menos um desfalque de impacto: o português Nani e o espanhol Francesc Fàbregas, lesionados, sequer foram relacionados. A participação do russo Andrey Arshavin logo se apresentou como a principal alternativa ofensiva da partida. Aos 2 minutos, o camisa 23 avançou pela esquerda, tabelou com o francês Samir Nasri e chutou rasteiro, parando naquela que seria a primeira de muitas defesas de Edwin van der Sar. Aos 10 minutos, o arqueiro saiu jogando distribuindo bola na fogueira e a redonda acabou chegando em Arshavin, que chutou à direita da meta. A primeira chegada mais interessante do Manchester deu-se aos 14 minutos: o irlandês Darron Gibson passou como quis entre dois adversários, abriu na esquerda com o brasileiro Fábio e de lá pintou um cruzamento que encontrou seu irmão gêmeo univitelino Rafael, que cabeceou por cima do travessão. Tudo isso sob os olhares do francês Didier Deschamps, treinador do Olympique de Marselha, adversário do United na Liga dos Campeões da Europa e presente no estádio do jogo de volta.
Com 23 minutos, o holandês Robin van Persie chutou de fora da área e causou dificuldades para seu compatriota van der Sar, que defendeu em dois tempos. Se era o Arsenal a equipe que mais atacava e circulava a bola, o Manchester atuava basicamente contra-atacando. E numa dessas, abriu o placar aos 27: a bola foi levantada para o mexicano Javier "Chicharito" Hernández, que deu de peixinho - o espanhol Manuel Almunia realizou defesa espetacular com o braço esquerdo mas nada poderia fazer na seqüência do lance, quando Fábio chegou no rebote e completou pra rede. Para quem gosta de eleger um responsável pelo gol sofrido, surge o nome de Johan Djourou: o zagueiro suíço estava posicionado na jogada de forma que nem incomodava Javier Hernández e nem se candidatava para o rebote.
O gol não abalou o Arsenal, que continuava soberano em campo no que tange a construção de jogadas. Aos 32 minutos, Robin van Persie recebeu na direita, acompanhou a trajetória da bola escapando do sérvio Nemanja Vidic e soltou um chute cruzado que só não foi para o fundo do gol porque van der Sar realizou grande defesa no canto direito. Na cobrança de escanteio aí originada, van Persie deslocou-se em velocidade e cabeceou firme, mandando a bola perto da trave direita. Na marca de 44 minutos, Samir Nasri tinha a bola pela esquerda, trouxe para dentro e descolou chute por baixo de Wesley Brown: uma coisa é a bola passar por Brown, outra coisa é passar por van der Sar, que foi defender no canto direito.
No intervalo, Alex Ferguson promoveu a entrada do equatoriano Antonio Valencia: retornando de lesão (sua última aparição em partidas oficiais ocorreu em 14.09.2010), o meia foi colocado no lugar de Fábio, autor do gol e figura participativa no primeiro tempo. O Arsenal voltou com o mesmo time, e na tentativa de fazer as oportunidades serem convertidas em gol, até o zagueiro Laurent Koscielny foi tirar uma de atacante: aos 2 minutos, o francês tabelou dentro da área adversária, tentou tocar de lado e a bola voltou nele, que chutou à meia-altura e van der Sar espalmou. No minuto seguinte, o fator contra-ataque voltou a mostrar-se efetivo: Rafael recebeu, avançou, encontrou Hernández, o mexicano foi travado na dividida e a bola sobrou para Wayne Rooney, que cabeceou cruzado mandando no canto direito. 2a0 Manchester United.
Uma nova finalização de Nasri aos 11 minutos seguido por nova defesa de van der Sar mostrava bem o que era o jogo: o Arsenal não se abatia, buscava o gol, mas era frustrado pela atuação do goleiro holandês. Para dar mais volume ao ataque, Arsène Wenger colocou o marroquino Marouane Chamakh no lugar do brasileiro Denílson, dando a função de primeiro volante para o francês Abou Diaby. 3 minutos após essa mexida, van Persie recebeu no lado direito da área, arrumou e colocou rente ao ângulo direito de van der Sar, que dessa vez defendeu com o poder da mente. Naquele momento, Ferguson realizou sua 2ª troca: Rafael pelo experiente galês Ryan Giggs.
O Arsenal seguia tentando: aos 21 minutos, Chamakh recebeu de Arshavin e chutou rasteiro. Resultado: nova defesa para as estatísticas de van der Sar. Com 26 minutos, Wenger promoveu uma dupla troca: entraram o galês Aaron Ramsey (voltando de longo tempo afastado por lesão) e o tcheco Tomas Rosicky nos lugares de Diaby e Arshavin. 3 minutos depois das substituições, lá foi o Arsenal para nova tentativa: Jack Wilshere se apresentou na frente, tabelou com van Persie e, já dentro da área, chutou à direita. Aos 30 minutos, o francês Bacary Sagna cruzou da direita sob medida para Chamakh, que cabeceou como manda o figurino. Mas quem estava entre os postes era van der Sar, que defendeu brilhantemente. Na marca de 32 foi a vez de Rosicky tentar: de fora da área, o camisa 7 mandou um chute forte e com colocação, mas van der Sar conseguiu rebater.
A constante presença do Arsenal no campo ofensivo de vez em quando dava espaços para o Manchester United contra-atacar: aos 34 minutos, Rooney recebeu, centralizou buscando Hernández e quem foi buscar a bola praticamente em cima da linha final foi Almunia, que com um tapa providencial evitou o terceiro gol. No lance, um choque entre Sagna e Djourou acabou lesionando o suíço, que saiu de campo imobilizado na maca e com o braço direito sendo amparado (mais tarde veio a confirmação de que Djourou será desfalque por todo o restante da temporada). Depois de 6 minutos parado, o jogo retornou com Paul Scholes no lugar do francês Patrice Evra, naquela que era a última substituição do Manchester e da partida. A saída de Djourou deixou o Arsenal com um homem a menos no gramado.
E a seqüência do jogo acabou sendo amplamente favorável aos donos da casa. Excetuando o "quase-gol" do Arsenal aos 49 minutos - quando Rosicky furou cruzamento rasteiro de Sagna - o resto foram chances do United ampliar (dois desperdícios de Rooney e um de "Chicharito") e distribuição de pancadas por parte de Scholes, que pediu para ser expulso pelo menos duas vezes, mas sem ser atendido pelo árbitro Chris Foy.
Belo post!
ResponderExcluirO Van der Sar foi o grande nome do jogo! Inclusive, como você bem citou no post, depois de uma bela defesa aos 2 minutos do segundo tempo feita por ele saiu o gol do Manchester United.
Ou seja, o jogo poderia estar empatado em 1 a 1 senão fosse aquela defesa, mas dela originou o 2 a 0.
Mesmo com sua idade, ele perde para poucos goleiros mais jovens. Tem muito a dar ainda par o futebol.
Abraços,
Jessica Corais
Valeu, Jéssica!
ResponderExcluirMuitos dizem que o goleiro "quanto mais velho, melhor". Não sei se cabe generalizar, mas parece que no caso do van der Sar isso se encaixa bem. O cara está com 40 anos de idade, nessa que é sua 6ª temporada em Old Trafford e esbanja qualidades físicas e técnicas. Tomara que ele reveja a decisão de se aposentar ao término dessa temporada!
Abraços e obrigado pela presença e participação!
Não foi desta vez que o Arsenal conseguiu vencer o Manchester United em Old Trafford. O Arsenal jogou com 3 desfalques: Fabregas, Walcott e Szczesny. O time jogou bem, mas depois que tomou o primeiro gol parou. No começo do 2º tempo também, chegamos e pressionamos. Mas no contra ataque o United marcou e selou a vitória. Nós tivemos boas chances com van Persie, mas o van der Sar estava em um dia muito inspirado. Não é à toa que ele é chamado de muralha, ele ajudou muito o United. Agora incrível: 3 semanas atrás o Arsenal era candidato a 4 títulos, e hoje só a uma, que é a EPL. Espero que essa maré de azar acabe logo com uma goleada no West Brom.
ResponderExcluirAbraços,
www.jogosarsenalfc.blogspot.com