Acima da atuação, do clima do clube, mais do que tudo foi uma vitória da raça e da superação. O Fluminense jogava contra o América-MÉX sua ultima chance de permanecer vivo na Libertadores. No começo do jogo o Tricolor Carioca buscou pressionar o time mexicano em busca do gol e assim alcançar a tranqüilidade na partida, mas num lance incrível tudo mudou. Num chutão para a área do Fluminense, o goleiro Ricardo Berna saiu mal e chocou-se com o zagueiro Digão, deixando a bola rolar nos pés de Sanchez para abrir o marcador para os visitantes. Mas a reação veio 7 minutos depois: no cruzamento de Conca para área, o goleiro mexicano falhou ao sair do gol e o zagueiro Gum empatou o jogo. A partir daí, pressão tricolor mas placar inalterado até o fim do primeiro tempo.
No segundo tempo o panorama da partida continuou o mesmo, pressão do time da casa até que aos 24 minutos mais um lance incrível, Sanchez cruzou a bola quase na linha de fundo e encobriu Ricardo Berna - e Digão, ao tentar cortar, empurrou para as redes. Mais um gol dos mexicanos. O jogo parecia definido mas ao colocar Deco no lugar de Mariano (contudido) e Araújo no lugar de Júlio César, o técnico interino tricolor mudou o jogo.
Na base da pressão, o Fluminense encurralou os mexicanos até conseguir o empate aos 34 minutos com Araujo de cabeça após receber belíssimo cruzamento de Deco. O mesmo Deco que, aos 42 minutos, numa bola alçada na área do América-MÉX, levantou a perna para dividir com o zagueiro adversário e deu um toque para encobrir o goleiro, virando o placar e decretando a primeira vitória da equipe das Laranjeiras na Libertadores.
Jogo emocionante que deixa o Fluminense em condições de disputar uma vaga para a próxima fase da competição. Grande resultado, mas atuação fraca: ainda há muito que melhorar para buscar a classificação. Deco foi o melhor em campo, entrou para mudar o jogo com um gol e uma assistência e tem tudo para ser titular na equipe.
(Por Lucas Peres)
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