O líder Manchester United foi ao Stamford Bridge, abriu o placar, portou-se bem, mas sentiu a força do Chelsea e levou a virada, conhecendo sua segunda derrota na presente temporada (a outra foi para o Wolverhampton, também de virada).
Se por um lado é difícil estimar as possibilidades de os "Blues" arrancarem em direção ao título inglês (são 12 pontos de desvantagem para o United faltando 11 jogos por cumprir), a presença na próxima Liga dos Campeões da Europa parece bem encaminhada, em disputa que deverá ser travada com Tottenham e Manchester City. Já os comandados de Alex Ferguson têm o Arsenal na cola e, como se não bastasse isso, o próximo compromisso é com o Liverpool em Anfield Road, equipe que mantém esperanças de entrar na zona de classificação para a principal competição européia.
O jogo
A atmosfera proporcionada pelo público de 41.825 espectadores era sensacional em Stamford Bridge. A escolha do árbitro Martin Atkinson (o líder nas estatísticas de expulsões e pênaltis marcados na "Premiership") também colaborou para o espetáculo, que, talvez não por coincidência, viria a contar com uma penalidade máxima e a exibição de um cartão vermelho no segundo tempo.
Logo com 1 minuto, Frank Lampard daria bonito chute para o fundo do gol, mas a partida já estava parada sob alegação de falta a favor dos visitantes. Visitantes que eram sufocados especialmente pelas participações de Ramires, Essien, Malouda e Anelka, mas que também mostrava seus recursos ofensivos, sobretudo através de Nani e Rooney. E o gol que abriu o placar em Londres teve participação desses dois atletas. Aos 29 minutos, Patrice Evra passou para Nani, que tocou para Rooney - o "Shrek" dominou, clareou com dois toques e chutou firme no canto direito, estufando o quadrante 11. 1a0 Manchester United.
Fernando Torres era participativo e buscava jogo saindo da área. Aos 31, o espanhol que pelo Liverpool marcou 3 gols em 4 jogos diante do United, chutou cruzado de fora da área mas a bola passou à direita. A melhor chance dos comandados de Carlo Ancelotti empatarem a partida no primeiro tempo veio em lance de bola parada: aos 39 minutos, Lampard cobrou falta pela direita com força, a bola foi rebatida por Edwin van der Sar e bateu em Branislav Ivanovic: na seqüência, o goleiro holandês interviu caído no gramado dando dois tapas na bola até a defesa afastar o perigo em definitivo.
Veio a segunda etapa e, com formações idênticas às do primeiro tempo, o que mudou foi a atitude dos donos da casa, que chegaram ao empate aos oito minutos. Michael Essien cruzou da esquerda e, se a dupla de atacante Torres-Anelka não estava na área, quem apareceu foi Ivanovic para amortecer com as costas e, veja só, David Luiz, que emendou bonito chute com o pé direito e colocou a bola no canto esquerdo. 1a1.
Aos 15 minutos, Anelka deu lugar para Drogba. O United buscava acionar Wayne Rooney, que ficou livre porém em impedimento aos 17, e recebeu em posição legal aos 18, mas chutou torto. O Chelsea respondeu com Malouda, que recuperou a bola no campo de ataque aos 19 minutos, avançou pela esquerda e, da linha-de-fundo, cruzou encobrindo van der Sar mas Chris Smalling tratou de cortar.
Com 25 minutos, novas mexidas: enquanto Alex Ferguson trocava Hernández e Scholes por Berbatov (maior goleador da competição nessa edição) e Giggs (jogador que passou a ser aquele que mais atuou na história da "Premiership", com 606 jogos, igualando a marca de Bobby Charlton), Ancelotti promovia a entrada de Zhirkov no lugar de Malouda.
E olha só quem cairia na área aos 32 minutos após choque com Smalling: o própro russo que acabara de entrar. Atkinson apontou pênalti (daqueles pênaltis que não é grande o percentual de árbitros que apitaria), Lampard foi pra cobrança e, com força, estufou o quadrante 3, aos 33 minutos. 2a1 Chelsea.
Aos 35 minutos, as últimas alterações de ambos os treinadores: David Luiz, com grande atuação, deu lugar para Bosingwa (Ivanovic seria deslocado para o miolo de zaga) e o brasileiro Fábio entrou no lugar de Evra. Ramires, Essien e Drogba participavam ativamente da partida e eram os principais responsáveis pelo Chelsea conseguir ter a posse de bola e manter o Manchester sob pressão. Mesmo assim, houve uma chance, uma única chance, de o United buscar o empate: aos 41 minutos, Rooney acionou Fábio, mas a saída certeira de Petr Cech conciliada à barreira da presença de Bosingwa abafaram o lance.
Aos 47 minutos, a dupla Ramires-Drogba fez bonito: o brasileiro deu toque de calcanhar para o alto, o marfinense devolveu com um toque de letra, Ramires preparou o drible pra cima de Nemanja Vidic e, quando já deixava o zagueiro sérvio para trás, foi derrubado: era o segundo amarelo e a conseqüente expulsão do jogador. O resto foi festa daqueles que vestiam azul. Se bem que os torcedores londrinos que vestem vermelho também saborearam o resultado...
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