O Sevilla foi até o estádio do Dragão e conseguiu fazer o que ninguém mais foi capaz nessa temporada: vencer o Porto em seu campo. Porém, mesmo com o triunfo por 1a0, a equipe espanhola acabou eliminada da Liga Europa (havia sido derrotada no jogo de ida pelo placar de 2a1, isto é, marcando menos gols na condição de visitante).
O jogo
Se por um lado a primeira chance clara foi do Sevilla (Frederic Kanouté finalizou rente à trave direita aos 2 minutos), o Porto teve pelo menos três oportunidades de abrir o placar na primeira etapa: aos 19 minutos, Fernando Belluschi emendou de fora da área mandando à esquerda; aos 29 minutos, Álvaro Pereira chutou cruzado e o goleiro espalmou na esquerda; e 3 minutos depois foi a vez de Falcão García cabecear no travessão um cruzamento realizado por Silvestre Varela.
Para não dizer que não mencionei o nome de Hulk no primeiro tempo, aos 46 minutos o atacante portista inventou de dar um encontrão desnecessário em Didier Zokora e quase estabelecer uma confusão com a etapa inicial já dada por encerrada pelo árbitro inglês Howard Webb (aquele mesmo da final da Copa 2010), que tratou de se direcionar ao local onde estavam Hulk e Zokora para acalmar os ânimos dos atletas.
Por sinal, aquela foi a última participação do marfinense, já que no intervalo o treinador Gregorio Manzano promoveu a entrada do chileno Gary Medel em seu lugar. O Porto, mesmo com o resultado lhe sendo favorável, buscava o ataque: aos 5 minutos, Belluschi pegou sobra pós-escanteio, chutou pro chão e a bola acabou passando perto do travessão.
Percebendo que não era com aquela formação que o Sevilla ia conseguir chegar aos gols que lhe eram necessários para a classificação, Manzano trocou o lateral-direito Sergio Sánchez pelo atacante brasileiro Luís Fabiano aos 10 minutos. Se por um lado a troca ousada foi premiada com um gol do próprio Luís Fabiano 15 minutos depois, antes disso o Porto teve três grandes chances de abrir o placar, mas desperdiçou com Falcão aos 12 minutos, com Hulk aos 15 e com João Moutinho aos 19. Houve ainda um 4º desperdício, novamente de Hulk, que em liberdade acabou se atrapalhando e chutando torto aos 24 minutos. No minuto seguinte, sem desperdício, uma jogada iniciada no meio-campo por Kanouté foi passada para Álvaro Negredo e dele pintou uma enfiada de bola para o "Fabuloso" que, em condição legal, chutou deslocando do goleiro Javi Varas para estufar a rede e colocar 1a0, ou melhor, 0a1 no placar.
Talvez por não estar habituado a perder dentro de casa, o Porto viu a situação se complicar no minuto seguinte ao gol sofrido, quando o uruguaio Álvaro Pereira foi expulso após dar um carrinho frontal, em entrada típica de quem está com o nível de nervosismo acima da média. Aos 28 minutos, o treinador André Villas-Boas fez uma dupla troca na equipe da casa: saíram Falcão e Moutinho para as entradas de Guarín e Sapunaru. 3 minutos depois, a coisa melhorou pro Porto: Alexis puxou Hulk pela camisa e recebeu seu segundo amarelo, reestabelenco a igualdade numérica, nessa que foi a primeira expulsão de um jogador do Sevilla na atual edição da Liga Europa.
O Sevilla se esforçava para chegar ao placar que lhe rendesse a classificação (faltava um gol), mas era impressionante como ficava vulnerável aos contra-ataques portistas. Hulk, por exemplo, teve duas oportunidades de empatar a partida entre os 32 e 33 minutos do segundo tempo, desperdiçando ambas.
Aos 40 minutos, Varela deu lugar para Maicon, zagueiro brasileiro ex-Cruzeiro e Cabofriense, na 3ª substituição de André Villas-Boas. Villas Boas, aliás, era auxiliar de José Mourinho no Porto campeão europeu (equipe que contava com jogadores como Deco e Carlos Alberto), e parece seguir os passos do atual treinador do Real Madrid: além de apresentar uma fisionomia "canastrona", dirige um time que conservava uma invencibilidade dentro de casa (Mourinho não perde com o mando de campo há nove anos em competições nacionais). Aos 45 minutos, um contra-ataque de quatro contra dois poderia render o empate ao Porto e a manutenção desse retrospecto de não perder no estádio do Dragão, mas o goleiro Varas realizou duas defesas e impediu o gol portista. Mas tudo bem para a equipe portuguesa: o apito final de Howard Webb aos 48 minutos e 53 segundos selou a classificação da equipe para as oitavas-de-final da Liga Europa.
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