O Botafogo deixou para trás as recentes três derrotas consecutivas na temporada (no Brasileiro para Santos e Avaí, na Sul-Americana para Santa Fé), reencontrou as vitórias superando o Cruzeiro no estádio Engenhão e animou sua torcida, que viu uma boa atuação de um time que, na maior parte do tempo, ditou o ritmo dos acontecimentos. O gol foi marcado pelo atacante uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu, que ao final da partida criticou o estado do gramado - das arquibancadas já era perceptível que o campo de jogo estava longe das condições ideais para a prática futebolística, que o diga quem pisava naquela superfície.
O jogo
O domínio territorial botafoguense foi flagrante, mas a correta marcação cruzeirense dificultava uma aproximação alvinegra da meta defendida pelo goleiro Fábio. Focado na defesa, o time mineiro conseguia conter as investidas dos donos da casa mas não oferecia perigo nos contra-ataques, até porque a bola costumava chegar até o meia argentino Walter Montillo mais quadrada do que redonda. As chances de gol no primeiro tempo foram pelo menos três, todas do Glorioso. O atacante argentino Germán Herrera teve duas passando por seus pés, mas foi infeliz em ambas as conclusões: na segunda delas, enganando este blogueiro e muitos outros torcedores, que viram a bola na rede mas somente depois foram verificar que a o contato deu-se pelo lado externo. Uma outra chance alvinegra deu-se em lance para lá de polêmico, quando uma bola chutada para trás só não terminou em épico gol contra porque Fábio agarrou com as mãos. Recuo intencional? Vai saber... O fato é que o Cruzeiro salvou-se mais uma vez, no meio de tanta pressão do Botafogo.
No segundo tempo, a pressão se intensificou e o gol finalmente aconteceu aos nove minutos: Elkeson cruzou a partir do lado esquerdo e "Loco" Abreu cabeceou como manda o figurino. 1a0 Botafogo. A até então apreensiva torcida local passou a se soltar nas arquibancadas e a cantar alto, empurrando o time ao ataque. O lateral-direito Alessandro teve atuação destacada tanto no apoio quanto na marcação e foi ovacionado pela massa quando esticou a perna e interviu para impedir uma clara chance de empate celeste. "Ah! É Alessandro!" foi ouvido vigorosamente no setor Leste Inferior. O Cruzeiro até conseguiu aumentar o volume de jogo, mas toda bola que chegava ao gol era defendida pelo goleiro Jéfferson, sempre esbanjando segurança e dando sua contribuição no resultado.
A empreitada cruzeirense anti-rebaixamento terá um novo capítulo no estádio Engenhão, dessa vez diante do Flamengo, dia seis de novembro. E por falar em Engenhão, é aí mesmo que, no dia anterior, o Botafogo recebe o Figueirense, em mais um passo na caminhada rumo ao título brasileiro. Que, até lá, alguma providência seja tomada em relação ao desgastado gramado.
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
Soberano Taticamente, Galo Vence Flu No Engenhão E Deixa Zona
É verdade que os desfalques de Diguinho, Marquinho, Deco e Fred são impactantes ao Fluminense - como seriam em qualquer outro elenco no futebol brasileiro -, mas a opção de Abel Braga pelo uso de três volantes (Edinho até esteve bem, mas Rodrigo Caio e principalmente Fernando Bob foram elementos que beiraram a irrelevância) foram determinantes para condenar o Tricolor a ter dificuldades na criação de jogadas. Lanzini não dava conta de acionar Martinuccio e Rafael Sóbis. Mariano se apresentava pela direita, mas eram raros os momentos em que conseguia progredir até a linha-de-fundo. Carlinhos, que se aventurava pouco no campo de ataque, parecia temer os avanços de Carlos César. Nas arquibancadas, os mais de 24.000 presentes incentivavam suas equipes: as algumas dezenas de atleticanos vibravam com o belo desempenho tático da equipe enquanto os milhares de tricolores tentavam incorporar o espírito do 12° jogador, já que no onze-contra-onze a vantagem era da equipe visitante.
Mesmo que seja possível reclamar de algumas decisões do árbitro gaúcho Jean Pierre Lima (o jogo teve três lances discutíveis de pênalti no primeiro tempo, e em todos eles o apitador decidiu favorecendo o Atlético, que abriu o placar cobrando penalidade máxima aos dez minutos), o fato é que foram tão escassas as jogadas de penetração por parte dos donos da casa, que é mais sensato aceitar a superioridade do oponente e a conseqüente derrota. No final, gritos de "burro" para Abel, "Nense" para o time e "Cuca" para o treinador adversário resumiram bem o que foi a tarde tricolor no estádio: irritação com o próprio treinador, paixão por um time que não correspondeu e admiração por um técnico que fez história no clube e que, visivelmente, é muito querido pelos torcedores. Melhor para o Atlético, que conta com este baita profissional e, com o resultado, saiu, pelo menos provisoriamente, da zona de rebaixamento.
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Resistência Cubana Gera 2° Empate Brasileiro No Pan
As seleções sub-22 de Brasil e Cuba atuaram nessa quinta-feira pela segunda rodada na fase de grupos pelos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, México. E se alguém imaginava que os comandados de Ney Franco, campeões sul-americanos e mundiais com o treinador, fossem ter tranqüilidade na partida diante da simpática ilha socialista da América Central, esse alguém teve uma surpresa. O placar não saiu do 0a0 e, embora a seleção brasileira tenha criado mais chances de gol, não exerceu um domínio nem próximo da (suposta) diferença técnica entre as duas equipes. O capitão Lucas Zen, volante do Botafogo, foi um dos destaques da camisa amarela: o jogador conseguia desempenhar uma função dupla no meio-campo, defendendo e atacando de maneira competente. Mas o grande nome do jogo foi o goleiro cubano Odisnel Cooper, responsável direto pela manutenção da meta inviolável (também não podemos esquecer o desperdício de Henrique, que desperdiçou incrivelmente uma oportunidade quando o goleiro Cooper estava fora do lance, permitindo que um defensor de Cuba cortasse para escanteio). Nos acréscimos de partida, o brasileiro Leandro (que entrou no intervalo no lugar de Benetão) foi estúpido e iniciou uma breve confusão, sendo expulso de campo juntamente do cubano Francisco. Brasil (2 pontos) e Cuba (1 ponto) jogam a classificação nesse domingo, em confrontos com Costa Rica (3 pontos) e Argentina (4 pontos), respectivamente.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Baile De Formatura Em Noite Universitária
Jogando um futebol envolvente, a Universidad de Chile foi ao Rio de Janeiro e esmagou o Flamengo do primeiro ao último minuto de jogo no estádio Engenhão. O resultado foi uma goleada por 4a0, placar que poderia ter sido mais elástico: a equipe chilena marcou um gol anulado incorretamente e ainda desperdiçou um pênalti por questão de centímetros.
O jogo
Muitos podem atribuir o aparente desleixo rubronegro na partida de quarta-feira ao fato de o time estar mais focado na disputa do Campeonato Brasileiro do que na Copa Sul-Americana. Mas a escalação de Vanderlei Luxemburgo dava o tom de que o Flamengo ia a campo para vencer. Só que do outro lado estava uma Universidad de Chile muito bem montada por Jorge Sampaoli, atuando ofensivamente, em velocidade e com versáteis tramas de jogadas. Em um primeiro tempo aniquilador, "La U" marcou quatro gols (apenas três deles, porém, validados). O Flamengo deu somente um chute na etapa inicial, com Aírton, para bonita defesa de Johnny Herrera. Só que Aírton daria um novo chute, porém dessa vez sem mirar a bola, deslealmente atingindo Oswaldo González e sendo corretamente expulso pelo árbitro argentino Saul Laverni, um dos destaques na partida.
O Flamengo voltou do intervalo com o volante chileno Maldonado no lugar do atacante Deivid (a primeira substituição havia acontecido ainda no primeiro tempo, pois o argentino Darío Bottinelli sentiu uma lesão e deu lugar para Renato Abreu). Aos quatro minutos, uma suposta cotovelada de Castro em Williams rendeu o retorno à igualdade numérica no gramado, dessa vez em dez jogadores. Se "La U" era superior e marcava gol no onze contra onze e no onze contra dez, não foi diferente nessa nova condição: após contra-ataque fulminante e muito bem trabalhado, Lorenzetti marcou o quarto gol chileno e comemorou acenando o número de gols marcados pelo time. Antes disso, Rodríguez havia desperdiçado pênalti, com o goleiro Felipe dando um tapa na bola quando ela estava a alguns centímetros de atravessar completamente a linha final. Uma bola cabeceada por Jael no travessão foi o mais próximo que o time da casa chegou ao gol. A julgar pelo resultado e pela diferença de rendimento entre as equipes, a vaga na próxima fase já está definida. E o Flamengo pode focar, agora sim, na disputa do Campeonato Brasileiro.
O jogo
Muitos podem atribuir o aparente desleixo rubronegro na partida de quarta-feira ao fato de o time estar mais focado na disputa do Campeonato Brasileiro do que na Copa Sul-Americana. Mas a escalação de Vanderlei Luxemburgo dava o tom de que o Flamengo ia a campo para vencer. Só que do outro lado estava uma Universidad de Chile muito bem montada por Jorge Sampaoli, atuando ofensivamente, em velocidade e com versáteis tramas de jogadas. Em um primeiro tempo aniquilador, "La U" marcou quatro gols (apenas três deles, porém, validados). O Flamengo deu somente um chute na etapa inicial, com Aírton, para bonita defesa de Johnny Herrera. Só que Aírton daria um novo chute, porém dessa vez sem mirar a bola, deslealmente atingindo Oswaldo González e sendo corretamente expulso pelo árbitro argentino Saul Laverni, um dos destaques na partida.
O Flamengo voltou do intervalo com o volante chileno Maldonado no lugar do atacante Deivid (a primeira substituição havia acontecido ainda no primeiro tempo, pois o argentino Darío Bottinelli sentiu uma lesão e deu lugar para Renato Abreu). Aos quatro minutos, uma suposta cotovelada de Castro em Williams rendeu o retorno à igualdade numérica no gramado, dessa vez em dez jogadores. Se "La U" era superior e marcava gol no onze contra onze e no onze contra dez, não foi diferente nessa nova condição: após contra-ataque fulminante e muito bem trabalhado, Lorenzetti marcou o quarto gol chileno e comemorou acenando o número de gols marcados pelo time. Antes disso, Rodríguez havia desperdiçado pênalti, com o goleiro Felipe dando um tapa na bola quando ela estava a alguns centímetros de atravessar completamente a linha final. Uma bola cabeceada por Jael no travessão foi o mais próximo que o time da casa chegou ao gol. A julgar pelo resultado e pela diferença de rendimento entre as equipes, a vaga na próxima fase já está definida. E o Flamengo pode focar, agora sim, na disputa do Campeonato Brasileiro.
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Com vitórias na quarta-feira e no domingo (ambas por 2a0), o Botafogo se aproximou da condição de líder no Campeonato Brasileiro 2011. Primeiro, a equipe venceu o atual líder Corinthians no estádio Pacaembu, com gols de Sebastián "El Loco" Abreu e Maicosuel. Depois, recebeu o Atlético Paranaense no estádio Engenhão e superou o adversário com gols de Antônio Carlos e... "Loco" Abreu. Se a seqüência de vitórias tiver continuidade na próxima quarta-feira, dia 19, no estádio Vila Belmiro, o Alvinegro será o novo líder na liga nacional. E por falar em Abreu, feliz aniversário ao uruguaio, que hoje completa 35 anos de nascimento.
Jogada da semana
O atacante Frederico Chaves Guedes, mais conhecido simplesmente como Fred, alcançou na última quinta-feira a marca de duzentos gols na carreira futebolística. Acostumado a balançar as redes adversárias (inclusive foi de Fred o gol mais rápido na história catalogada do futebol brasileiro), o camisa 9 do Fluminense marcou um gol belíssimo (o que também não é novidade para alguém do seu talento). Esse gol bicentenário é a jogada da semana. Aliás, nessa semana o Flu de Fred venceu o Coritiba por 3a1 e o Palmeiras por 2a1, com todos os cinco gols tricolores sendo marcados pelo mesmo jogador. A seguir, o primeiro, digo, o ducentésimo deles.
Jogada da semana
O atacante Frederico Chaves Guedes, mais conhecido simplesmente como Fred, alcançou na última quinta-feira a marca de duzentos gols na carreira futebolística. Acostumado a balançar as redes adversárias (inclusive foi de Fred o gol mais rápido na história catalogada do futebol brasileiro), o camisa 9 do Fluminense marcou um gol belíssimo (o que também não é novidade para alguém do seu talento). Esse gol bicentenário é a jogada da semana. Aliás, nessa semana o Flu de Fred venceu o Coritiba por 3a1 e o Palmeiras por 2a1, com todos os cinco gols tricolores sendo marcados pelo mesmo jogador. A seguir, o primeiro, digo, o ducentésimo deles.
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Sob Chuva No Engenhão, Fogão Vence Furacão No Brasileirão
Diante de mais de 26.000 presentes no estádio Engenhão, o Botafogo confirmou o favoritismo diante do Atlético Paranaense e venceu a partida por 2a0 (gols de Antônio Carlos, ex-jogador do "Furacão", e Sebastián "El Loco" Abreu, que nessa segunda-feira celebra aniversário de 35 anos). A equipe comandada por Caio Júnior segue firme na disputa pelo título, e pode assumir a liderança na quarta-feira em caso de vitória sobre o Santos. Em 18º lugar, o Atlético não terá facilidades na tentativa de se manter na Série A.
O jogo
O Alvinegro começou melhor, tomou a iniciativa e conseguiu em alguns momentos sufocar o oponente. Com dez minutos, o atacante argentino Germán Herrera emendou bonito chute próximo à marca do pênalti e só não estufou a rede porque o goleiro Renan Rocha conseguiu linda defesa ao saltar para a esquerda. Seis minutos depois, Renato cobrou falta pelo lado esquerdo e o zagueiro Antônio Carlos mostrou seu faro de goleador, antecipando-se a Renan Rocha e cabeceando para abrir a contagem.
Em vantagem no placar, a intensidade do Botafogo diminuiu - o que não se justifica. Comandados pela experiência de Paulo Baier (que cadenciava o jogo e cavava faltas sempre que possível), o Rubronegro Paranaense ia chegando ao ataque com maior freqüência. E teve grande chance de empatar o jogo aos quarenta e cinco minutos: o atacante uruguaio Santiago Damián "El Morro" García (que teve flagrada presença de cocaína em exame antidopagem quando atuava no futebol uruguaio) pegou sobra de bola em liberdade na área, ficou de frente com o goleiro Jéfferson, chutou rasteiro, mas o arqueiro botafoguense e da seleção brasileira rebateu magnificamente com a perna direita.
Antônio Lopes resolveu aumentar a experiência no meio-campo e voltou para o segundo tempo com Cléber Santana no lugar de Renan Foguinho. Com a marcação mais adiantada que na etapa inicial, o Atlético parecia com maior ímpeto de chegar ao empate. Sem conseguir encaixar um contra-ataque e vendo o adversário subir de produção, Caio Júnior optou por colocar Felipe Menezes no lugar de Germán Herrera, que saiu aplaudido. Maicosuel e Elkeson seguiam atuando num nível abaixo ao que se espera deles, e o jogo seguia aberto. Aos vinte e nove minutos, Marcinho passou para Adaílton (que entrara no lugar de "Morro" García) e o atacante parou em nova defesa de Jéfferson. Cinco minutos mais tarde, o zagueiro Manoel derrubou Antônio Carlos numa disputa de bola pelo alto após levantamento de Felipe Menezes. Nielson Nogueira Dias, que tinha atuação bastante irregular e irritava os torcedores alvinegros, dessa vez marcou penalidade máxima no lance. Coube a Sebastián "El Loco" Abreu convertê-la e confirmar a vitória, para alegria nas arquibancadas.
O jogo
O Alvinegro começou melhor, tomou a iniciativa e conseguiu em alguns momentos sufocar o oponente. Com dez minutos, o atacante argentino Germán Herrera emendou bonito chute próximo à marca do pênalti e só não estufou a rede porque o goleiro Renan Rocha conseguiu linda defesa ao saltar para a esquerda. Seis minutos depois, Renato cobrou falta pelo lado esquerdo e o zagueiro Antônio Carlos mostrou seu faro de goleador, antecipando-se a Renan Rocha e cabeceando para abrir a contagem.
Em vantagem no placar, a intensidade do Botafogo diminuiu - o que não se justifica. Comandados pela experiência de Paulo Baier (que cadenciava o jogo e cavava faltas sempre que possível), o Rubronegro Paranaense ia chegando ao ataque com maior freqüência. E teve grande chance de empatar o jogo aos quarenta e cinco minutos: o atacante uruguaio Santiago Damián "El Morro" García (que teve flagrada presença de cocaína em exame antidopagem quando atuava no futebol uruguaio) pegou sobra de bola em liberdade na área, ficou de frente com o goleiro Jéfferson, chutou rasteiro, mas o arqueiro botafoguense e da seleção brasileira rebateu magnificamente com a perna direita.
Antônio Lopes resolveu aumentar a experiência no meio-campo e voltou para o segundo tempo com Cléber Santana no lugar de Renan Foguinho. Com a marcação mais adiantada que na etapa inicial, o Atlético parecia com maior ímpeto de chegar ao empate. Sem conseguir encaixar um contra-ataque e vendo o adversário subir de produção, Caio Júnior optou por colocar Felipe Menezes no lugar de Germán Herrera, que saiu aplaudido. Maicosuel e Elkeson seguiam atuando num nível abaixo ao que se espera deles, e o jogo seguia aberto. Aos vinte e nove minutos, Marcinho passou para Adaílton (que entrara no lugar de "Morro" García) e o atacante parou em nova defesa de Jéfferson. Cinco minutos mais tarde, o zagueiro Manoel derrubou Antônio Carlos numa disputa de bola pelo alto após levantamento de Felipe Menezes. Nielson Nogueira Dias, que tinha atuação bastante irregular e irritava os torcedores alvinegros, dessa vez marcou penalidade máxima no lance. Coube a Sebastián "El Loco" Abreu convertê-la e confirmar a vitória, para alegria nas arquibancadas.
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domingo, 16 de outubro de 2011
0a0 Para Dar E Vender
A líder Juventus, bastante reforçada para essa temporada, viajou até Verona para enfrentar o Chievo na 6ª rodada do Campeonato Italiano 2011-2. Este blogueiro estava muito curioso para ver os comandados de Antonio Conte atuarem e de certa maneira acabou se decepcionando com a falta de poder de penetração da equipe juventina, que era superior tecnicamente mas tinha sérias dificuldades de se desvencilhar da marcação dos donos da casa. No final, mais um 0a0 numa rodada onde cinco jogos terminaram sem gol (50% das partidas).
O jogo
Com Andrea Pirlo e o chileno Arturo Vidal tomando conta do setor de meio-campo, a Juventus tinha tudo para conseguir impôr uma forte pressão sobre a equipe do Chievo, mas o sistema defensivo montado por Domenico Di Carlo teve o mérito de conseguir dificultar as ações de um jogador bastante importante taticamente para a equipe visitante: o sérvio Milos Krasic, que quase nada conseguiu produzir em campo. Tudo bem que a Juve subiu de produção nos últimos minutos do primeiro tempo (tendo inclusive reclamado dois pênaltis: um perceptível em Vidal aos 39 minutos e um duvidoso no suíço Stephan Lichtsteiner aos 42 minutos), mas quem esteve mais perto de abrir o placar na primeira etapa foram os donos da casa: aos 19 minutos, o francês Cyril Théréau desarmou Pirlo no campo ofensivo, avançou ficando de frente com Gianluigi Buffon e chutou pra rede. Só que o árbitro Andrea De Marco entendeu falta em cima de Pirlo, apitou a infração e deu cartão amarelo a Théréau por dar continuidade ao lance, sob fortes reclamações do atacante.
Não foram feitas modificações no intervalo (a única mexida havia acontecido aos vinte minutos de jogo, quando Gennaro Sardo saiu aparentando estiramento na coxa direita e deu lugar ao francês Nicolas Frey) e somente aos dez minutos Conte realizou a primeira substituição em sua equipe: saiu o inoperante Krasic para a entrada de Emanuele Giaccherini. Giaccherini até entrou bem no jogo, dando uma finalização que passou perto do ângulo esquerdo. Mas o elemento que mais poderia transformar o jogo na base do talento individual só foi colocado em campo aos vinte e quatro minutos: Alessandro Del Piero, que entrou no lugar de Claudio Marchisio. Aos 27 minutos, Vidal cruzou pela direita e Del Piero cabeceou mandando a bola na trave esquerda. A resposta do Chievo veio - ou viria - no minuto seguinte, quando Sergio Pellissier e Giorgio Chiellini se enroscaram na área e Andrea De Marco optou por deixar o jogo seguir. No minuto posterior, Simone Pepe decidiu tentar de fora da área e mandou um chute que tinha o endereço do gol, mas o arqueiro Stefano Sorrentino conseguiu bonita defesa, saltando e espalmando.
Se Di Carlo já havia efetuado as três substituições (as duas últimas foram a entrada do peruano Rinaldo Cruzado no lugar de Paolo Sammarco e a entrada de Davide Mandelli no lugar do argentino Santiago Morero), Conte ainda podia realizar uma última alteração. E escolheu colocar o paraguaio Marcelo Estigarribia (quem acabou saindo foi Giaccherini, que deixou o campo sentindo uma lesão na coxa, semelhante ao caso de Sardo no primeiro tempo). Creio que a idéia original de Conte seria tirar Chiellini, mas não cabe aqui fazer especulações: o fato é que o treinador da Juve demorou para mexer na equipe. Del Piero poderia ter entrado antes e Pepe, por mais esforçado que seja, não me parece jogador para ser titular. Sobretudo num time que conta com Del Piero e Alessandro Matri entre os suplentes.
Nos minutos finais, cada time teve uma boa chance de chegar à vitória. Na oportunidade dos donos da casa, a bola passou lentamente por Buffon mas Del Piero afastou. Na chance juventina, Vidal lançou Del Piero e o camisa dez chutou bonito, mas por cima do travessão. As estatísticas pós-jogo apontavam o Chievo com 21min52seg de tempo de posse de bola para 34min34seg da Juventus. Mas não basta ter a bola consigo: é necessário saber o que fazer com ela. Vejo muito potencial nessa equipe bianconera, mas será necessário dar um padrão de jogo ao time numa forma que não foi vista no estádio Marc'Antonio Bentegodi. E os adeptos da Vecchia Signora torcem para que Antonio Conte, ídolo no clube, seja capaz de fazê-lo.
Curiosamente, o Jogada De Efeito também acompanhou a partida entre Chievo e Juventus realizada nesse mesmo estádio na temporada passada. Naquela oportunidade, empate por 1a1 que você pode relembrar aqui.
O jogo
Com Andrea Pirlo e o chileno Arturo Vidal tomando conta do setor de meio-campo, a Juventus tinha tudo para conseguir impôr uma forte pressão sobre a equipe do Chievo, mas o sistema defensivo montado por Domenico Di Carlo teve o mérito de conseguir dificultar as ações de um jogador bastante importante taticamente para a equipe visitante: o sérvio Milos Krasic, que quase nada conseguiu produzir em campo. Tudo bem que a Juve subiu de produção nos últimos minutos do primeiro tempo (tendo inclusive reclamado dois pênaltis: um perceptível em Vidal aos 39 minutos e um duvidoso no suíço Stephan Lichtsteiner aos 42 minutos), mas quem esteve mais perto de abrir o placar na primeira etapa foram os donos da casa: aos 19 minutos, o francês Cyril Théréau desarmou Pirlo no campo ofensivo, avançou ficando de frente com Gianluigi Buffon e chutou pra rede. Só que o árbitro Andrea De Marco entendeu falta em cima de Pirlo, apitou a infração e deu cartão amarelo a Théréau por dar continuidade ao lance, sob fortes reclamações do atacante.
Não foram feitas modificações no intervalo (a única mexida havia acontecido aos vinte minutos de jogo, quando Gennaro Sardo saiu aparentando estiramento na coxa direita e deu lugar ao francês Nicolas Frey) e somente aos dez minutos Conte realizou a primeira substituição em sua equipe: saiu o inoperante Krasic para a entrada de Emanuele Giaccherini. Giaccherini até entrou bem no jogo, dando uma finalização que passou perto do ângulo esquerdo. Mas o elemento que mais poderia transformar o jogo na base do talento individual só foi colocado em campo aos vinte e quatro minutos: Alessandro Del Piero, que entrou no lugar de Claudio Marchisio. Aos 27 minutos, Vidal cruzou pela direita e Del Piero cabeceou mandando a bola na trave esquerda. A resposta do Chievo veio - ou viria - no minuto seguinte, quando Sergio Pellissier e Giorgio Chiellini se enroscaram na área e Andrea De Marco optou por deixar o jogo seguir. No minuto posterior, Simone Pepe decidiu tentar de fora da área e mandou um chute que tinha o endereço do gol, mas o arqueiro Stefano Sorrentino conseguiu bonita defesa, saltando e espalmando.
Se Di Carlo já havia efetuado as três substituições (as duas últimas foram a entrada do peruano Rinaldo Cruzado no lugar de Paolo Sammarco e a entrada de Davide Mandelli no lugar do argentino Santiago Morero), Conte ainda podia realizar uma última alteração. E escolheu colocar o paraguaio Marcelo Estigarribia (quem acabou saindo foi Giaccherini, que deixou o campo sentindo uma lesão na coxa, semelhante ao caso de Sardo no primeiro tempo). Creio que a idéia original de Conte seria tirar Chiellini, mas não cabe aqui fazer especulações: o fato é que o treinador da Juve demorou para mexer na equipe. Del Piero poderia ter entrado antes e Pepe, por mais esforçado que seja, não me parece jogador para ser titular. Sobretudo num time que conta com Del Piero e Alessandro Matri entre os suplentes.
Nos minutos finais, cada time teve uma boa chance de chegar à vitória. Na oportunidade dos donos da casa, a bola passou lentamente por Buffon mas Del Piero afastou. Na chance juventina, Vidal lançou Del Piero e o camisa dez chutou bonito, mas por cima do travessão. As estatísticas pós-jogo apontavam o Chievo com 21min52seg de tempo de posse de bola para 34min34seg da Juventus. Mas não basta ter a bola consigo: é necessário saber o que fazer com ela. Vejo muito potencial nessa equipe bianconera, mas será necessário dar um padrão de jogo ao time numa forma que não foi vista no estádio Marc'Antonio Bentegodi. E os adeptos da Vecchia Signora torcem para que Antonio Conte, ídolo no clube, seja capaz de fazê-lo.
Curiosamente, o Jogada De Efeito também acompanhou a partida entre Chievo e Juventus realizada nesse mesmo estádio na temporada passada. Naquela oportunidade, empate por 1a1 que você pode relembrar aqui.
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domingo, 9 de outubro de 2011
No Beira-Rio, Internacional Faz Mais Do Que O Dever De Casa: 3a0 No Vasco
A torcida colorada fechou com chave-de-ouro o seu final-de-semana futebolístico: após a derrota do Grêmio para o Coritiba no sábado, a equipe do Internacional recebeu o líder Vasco no estádio Beira-Rio e conseguiu contundente vitória por 3a0. Contundente mais pela performance do que pelo placar: não fossem difíceis defesas realizadas pelo goleiro Fernando Prass, o resultado poderia ter sido ainda mais elástico. Agora, o gaúcho que curte uma música pop tem um novo atrativo ali no Beira-Rio: nessa segunda-feira, tem show do cantor canadense Justin Bieber, que já conta com palco montado atrás de uma das balizas.
O jogo
A presença da dupla Andrezinho e D'Alessandro pelo setor de meio-campo dava uma qualidade perceptível ao time da casa. No início de partida, os dois tiveram relativa liberdade e causaram dificuldades ao sistema defensivo visitante. Aos quinze minutos, o volante vascaíno Eduardo Costa pediu para sair e deu lugar para Fellipe Bastos, que três minutos depois poderia - aliás, deveria - ter sido expulso de campo após dar carrinho grosseiro em D'Alessandro (mas o árbitro Alício Pena Júnior sequer indicou falta). O 0a0 persistiu até o intervalo, mas não durou muito depois da volta para o segundo tempo: aos três minutos, Andrezinho recebeu de Ilsinho pela esquerda e rolou para D'Alessandro, que chutou e contou com desvio na marcação para superar Fernando Prass.
A superioridade colorada só fazia aumentar e não parecia que do outro lado estava um líder de Campeonato Brasileiro. O Vasco, sem Juninho Pernambucano e nem criatividade, tinha raros momentos no campo ofensivo - contando basicamente com a transpiração de Éder Luís - e era incapaz de encaixar uma jogada coletiva. Melhor para o Inter que, bem postado na defesa, contou com gol de um defensor para ampliar a vantagem aos trinta e um minutos: D'Alessandro cobrou falta pela esquerda, Bollatti cabeceou, Prass espalmou espetacularmente e Índio conferiu no rebote.
Já com João Paulo e Tinga em campo (saíram Andrezinho e D'Alessandro, ambos com atuação destacável), o Inter manteve-se melhor que o adversário e ditando o ritmo dos acontecimentos. E fechou o placar aos quarenta e quatro, em jogada envolvendo exatamente aqueles dois jogadores que entraram no segundo tempo: João Paulo avançou pela esquerda e tocou rasteiro, servindo Tinga, que não desperdiçou. Após a partida, Tinga disse em entrevista que o objetivo do Inter não é apenas o de disputar a Libertadores, mas sim o de tentar o título brasileiro. Jogando o que jogou hoje, é um candidato a se ter em conta.
O jogo
A presença da dupla Andrezinho e D'Alessandro pelo setor de meio-campo dava uma qualidade perceptível ao time da casa. No início de partida, os dois tiveram relativa liberdade e causaram dificuldades ao sistema defensivo visitante. Aos quinze minutos, o volante vascaíno Eduardo Costa pediu para sair e deu lugar para Fellipe Bastos, que três minutos depois poderia - aliás, deveria - ter sido expulso de campo após dar carrinho grosseiro em D'Alessandro (mas o árbitro Alício Pena Júnior sequer indicou falta). O 0a0 persistiu até o intervalo, mas não durou muito depois da volta para o segundo tempo: aos três minutos, Andrezinho recebeu de Ilsinho pela esquerda e rolou para D'Alessandro, que chutou e contou com desvio na marcação para superar Fernando Prass.
A superioridade colorada só fazia aumentar e não parecia que do outro lado estava um líder de Campeonato Brasileiro. O Vasco, sem Juninho Pernambucano e nem criatividade, tinha raros momentos no campo ofensivo - contando basicamente com a transpiração de Éder Luís - e era incapaz de encaixar uma jogada coletiva. Melhor para o Inter que, bem postado na defesa, contou com gol de um defensor para ampliar a vantagem aos trinta e um minutos: D'Alessandro cobrou falta pela esquerda, Bollatti cabeceou, Prass espalmou espetacularmente e Índio conferiu no rebote.
Já com João Paulo e Tinga em campo (saíram Andrezinho e D'Alessandro, ambos com atuação destacável), o Inter manteve-se melhor que o adversário e ditando o ritmo dos acontecimentos. E fechou o placar aos quarenta e quatro, em jogada envolvendo exatamente aqueles dois jogadores que entraram no segundo tempo: João Paulo avançou pela esquerda e tocou rasteiro, servindo Tinga, que não desperdiçou. Após a partida, Tinga disse em entrevista que o objetivo do Inter não é apenas o de disputar a Libertadores, mas sim o de tentar o título brasileiro. Jogando o que jogou hoje, é um candidato a se ter em conta.
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