Sunderland e Tottenham se encontraram no Stadium Of Light para a última partida dessas equipes em 2012. E quem vai para a virada de ano mais contente é o time londrino, que conseguiu uma vitória de virada, por 2a1, em pleno campo adversário. Vale dizer que o Sunderland buscava a terceira vitória seguida diante de seus torcedores, tendo perdido pela última vez dentro de casa uma partida diante do Chelsea, que esse blógui acompanhou.
Buscando um lugar na próxima Liga dos Campeões da Europa, os comandados de André Villas-Boas foram superiores. Tiveram mais a bola e criaram as chances mais agudas de gol. Na maior delas, aos vinte e nove minutos, uma jogada em progressão aritmética: Jermain Defoe lançou a bola entre Craig Gardner (camisa 8) e John O'Shea (camisa 16) e, desviada apenas parcialmente por Carlos Cuéllar (camisa 24), chegou em Emmanuel Adebayor. Praticamente debaixo do gol, o centroavante togolês conseguiu carimbar o travessão, desperdiçando grande oportunidade. Se houvesse algum camisa 32 escalado no Sunderland, talvez ele participasse do lance.
Se o Tottenham esbarrava no goleiro Simon Mignolet, no travessão e também na aplicada defesa local, o Sunderland foi mais eficiente. Aos trinta e nove minutos, Sebastian Larsson cobrou falta, Hugo Lloris fez grande defesa após finalização frontal e, no rebote, O'Shea colocou na rede. Deve ter sido festivo o clima nos corredores do estádio durante o intervalo. Mas o Sunderland não manteria a vitória por mais do que seis minutos na etapa complementar. Primeiramente, vamos falar de Cuéllar. Logo com um minuto no segundo tempo, o voluntarioso zagueiro espanhol cometeu falta dura e recebeu o primeiro cartão amarelo na partida (partida essa bem conduzida por Martin Atkinson). No minuto seguinte, Cuéllar mostrou-se mais uma vez presente e interviu, cedendo escanteio. Veio a cobrança de escanteio e adivinha quem estava no primeiro poste para tentar afastar o perigo. Pois é, ele mesmo, Cuéllar. Mas dessa vez um golpe de sorte fez com que a intervenção do defensor virasse um gol contra. Tudo igual em Sunderland.
Três minutos após empatar o jogo numa infelicidade do adversário, o Tottenham chegou à virada numa jogadaça individual de Aaron Lennon. O camisa 7 - calma, não é nenhuma nova coincidência matemática - recebeu de Gareth Bale, tentou tabelar com Adebayor e acabou se beneficiando da rebatida da defesa, que trouxe a bola de volta para ele. E Lennon teve reflexo rápido, aplicando uma meia-lua no adversário e chutando com categoria, no cantinho esquerdo. 2a1 Spurs.
Martin O'Neill até procurou alternativas e realizou substituições que deixaram o time mais ofensivo. Mas a equipe, embora vez ou outra conseguisse uma chegada mais ou menos perigosa, esbarrou, entre outras coisas, na má atuação de Adam Johnson, que simplesmente não conseguia dar sequência às jogadas. E, não fosse a atuação impressionante do goleiro Mignolet, poderia ter levado uma goleada diante de sua fanática torcida. Não que Mignolet tenha feito várias defesas, mas o nível de dificuldade delas foram de causar admiração. Defoe e Adebayor, basicamente por isso, não foram à rede. Mas os três pontos se confirmaram e a equipe londrina vira o ano na 3ª colocação, dentro da zona da UCL. O Sunderland aparece em 13º lugar, fora da zona de rebaixamento. E como a bola parece não parar de rolar na Inglaterra, o Sunderland vai ao Anfield Road pegar o Liverpool, dia dois de janeiro de dois mil e treze. E, em pleno primeiro dia do ano, o Tottenham recebe o Reading em White Hart Lane. O Jogada De (E)feito deseja a todos um 2013 maravilhoso, se possível ainda melhor que 2012. E que possamos oferecer ao mundo algo melhor do que oferecemos em 2013. É uma troca justa.
sábado, 29 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Equipe E Jogada Da Semana
Se alguém tinha alguma dúvida a respeito do "abalo psicológico" que poderia se implantar no Chelsea após a derrota na final do Mundial de Clubes,
já não tem mais. De lá pra cá, a equipe comandada por Rafa Benítez
atuou pela Copa da Liga Inglesa e pelo Campeonato Inglês, somando duas
vitórias por goleada: 5a1 sobre o Leeds United, fora de casa (na
quarta-feira, dia dezenove, ou seja, três dias após o vice-campeonato no
Japão) e um estrondoso 8a0 pra cima do Aston Villa, em Stamford Bridge,
um domingo depois da derrota para o Corinthians.
Em 3º lugar na Premiership, o Chelsea espera conseguir amenizar a dor da eliminação precoce na Liga dos Campeões e da derrota na Copa do Mundo de Clubes com, quem sabe, um título na mais forte liga nacional de que se tem notícia. Não será simples, pois há uma distância considerável de pontos em relação aos times da cidade de Manchester. A Copa da Liga Inglesa é uma competição mais ao alcance dos Blues, que enfrentarão o Swansea na fase semifinal.
Jogada da semana
Quebrando recordes atrás de recordes, Lionel Messi não somente impressiona pelas estatísticas como encanta pela maneira de jogar. Na vitória do Barcelona sobre o Real Valladolid (sábado, dia 22.12.2012), pela 17ª rodada no Campeonato Espanhol, o melhor jogador do mundo marcou o segundo gol catalão (a partida terminou 3a1). O Barça é líder soberano no torneio, com nove pontos de frente para o segundo colocado, o Atlético de Madrid. O vídeo a seguir é caseiro, pois está complicado encontrar algum que não tenha sido bloqueado pelos tais direitos autorais. A pintura de Messi aparece a partir dos 24 segundos de vídeo, recebendo passe de calcanhar de Xavi Hernández e partindo com a bola até a finalização, com direito a caneta em adversário que tentou desarmá-lo. Dá-lhe Messi! Dá-lhe Barcelona!
Em 3º lugar na Premiership, o Chelsea espera conseguir amenizar a dor da eliminação precoce na Liga dos Campeões e da derrota na Copa do Mundo de Clubes com, quem sabe, um título na mais forte liga nacional de que se tem notícia. Não será simples, pois há uma distância considerável de pontos em relação aos times da cidade de Manchester. A Copa da Liga Inglesa é uma competição mais ao alcance dos Blues, que enfrentarão o Swansea na fase semifinal.
Jogada da semana
Quebrando recordes atrás de recordes, Lionel Messi não somente impressiona pelas estatísticas como encanta pela maneira de jogar. Na vitória do Barcelona sobre o Real Valladolid (sábado, dia 22.12.2012), pela 17ª rodada no Campeonato Espanhol, o melhor jogador do mundo marcou o segundo gol catalão (a partida terminou 3a1). O Barça é líder soberano no torneio, com nove pontos de frente para o segundo colocado, o Atlético de Madrid. O vídeo a seguir é caseiro, pois está complicado encontrar algum que não tenha sido bloqueado pelos tais direitos autorais. A pintura de Messi aparece a partir dos 24 segundos de vídeo, recebendo passe de calcanhar de Xavi Hernández e partindo com a bola até a finalização, com direito a caneta em adversário que tentou desarmá-lo. Dá-lhe Messi! Dá-lhe Barcelona!
Deixo aqui registrado um Feliz Natal a cada um de vocês. E que o espírito natalino permeie todos os dias de nossas vidas, não ficando restrito a uma única data no calendário.
Voltaremos qualquer dia, de preferência ainda esse ano para desejar a todos um Feliz 2013.
Fraternais abraços.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Merecia Uma Prorrogação
Os 20650 espectadores que compareceram ao Liberty Stadium, no País de Gales, puderam assistir o que deve ter sido um dos melhores jogos nessa edição de Campeonato Inglês. Situado no meio da tabela, o Swansea recebeu o líder isolado Manchester United. E o resultado foi o primeiro empate dos comandados de Alex Ferguson nessa temporada. Melhor para o Swansea, que suportou uma pressão incrível nos minutos finais, e para o Manchester City, que pouco antes havia vencido o lanterna Reading (1a0, com gol polêmico aos quarenta e seis minutos no segundo tempo), encurtando para quatro pontos a diferença na ponta de cima da tabela.
Foi uma partida franca desde o início, com os dois times mostrando disposição em atacar e chegar ao gol. Os centroavantes Miguel "Michu" Cuesta (onze gols na competição) e Robin van Persie (doze gols marcados no torneio) participavam ativamente nas jogadas de ataque e mostravam que não era obra do acaso o fato de serem os dois principais goleadores na Premiership. Mas haviam outros personagens relevantes numa partida altamente movimentada. O goleiro Michel Vorm retornava à meta após lesão que o mantinha afastado desde setembro. O zagueiro Nemanja Vidic, que entrou no segundo tempo diante do Sunderland, reassumiu o posto de titular após período parado por contusão, completando 250 jogos com a camisa do United. Kemi Agustien, Jonathan De Guzman, Wayne Routledge e Nathan Dyer ajudavam os donos da casa a apresentar grande volume de jogo (terminando o primeiro tempo com mais posse de bola que o adversário). Mas o adversário era o potente Manchester United, que contava com elementos da qualidade de Antonio Valencia, Wayne Rooney e Ashley Young, jogadores que requerem cuidados especiais da marcação. E foram bem marcados todos eles. Talvez por isso, quem "precisou" abrir o placar foi Patrice Evra, cabeceando após escanteio cobrado por Van Persie, aos quinze minutos.
Se o gol abateu o Swansea? De jeito nenhum. Mantendo a mesma aplicação de quando o resultado estava zerado, o time de Michael Laudrup foi criando chances na base do toque de bola, conciliando velocidade e objetividade de maneira a confundir o sistema defensivo do United. Com total justiça, veio o empate: aos vinte e oito, Routledge recebeu bela enfiada de bola, parou em defesa de David de Gea e, no rebote, Michu estava no lugar certo para confirmar o faro de goleador, igualando-se a Van Persie no número de gols anotados na competição. O público delirava naquele momento. E muitas emoções estavam por vir após o intervalo, num jogo com cara de decisão de campeonato. Como é legal assistir uma partida de futebol onde ninguém parece satisfeito com o empate! Tivemos bola no travessão (linda finalização de Van Persie), defesaças dos goleiros (destacando um salto de Vorm após cabeceio de Michael Carrick, que ainda tocou no travessão) e tivemos, também, confusão. Foi um dos raros momentos em que o jovem árbitro Michael Oliver (de 27 anos) vacilou no aspecto disciplinar, pois poderia tranquilamente ter mostrado o cartão vermelho para Ashley Williams e Van Persie. Tudo bem, nenhum novo desentendimento sucedeu aquele envolvendo os dois jogadores e a partida seguiu um rumo frenético, onde o United pressionava na busca pelo desempate e o Swansea, provavelmente contra sua própria vontade, limitava-se a afastar o perigo da própria área.
No final, a aplicação do conjunto desse interessante time sob os cuidados de Laudrup rendeu um ponto conquistado diante de um dos mais sérios candidatos ao título. Pode até ter sido, para o United, um empate com sabor de derrota. Repetindo: o primeiro empate da equipe na presente temporada. Mas, se é que serve de consolo, há que se dizer que muitos outros que colocarem os pés no Libery Stadium irão é comemorar uma eventual igualdade diante de uma equipe que, embora sem jogadores de grande renome, apresenta um jogo coletivo que serve de inspiração para muitos clubes de maior investimento.
Foi uma partida franca desde o início, com os dois times mostrando disposição em atacar e chegar ao gol. Os centroavantes Miguel "Michu" Cuesta (onze gols na competição) e Robin van Persie (doze gols marcados no torneio) participavam ativamente nas jogadas de ataque e mostravam que não era obra do acaso o fato de serem os dois principais goleadores na Premiership. Mas haviam outros personagens relevantes numa partida altamente movimentada. O goleiro Michel Vorm retornava à meta após lesão que o mantinha afastado desde setembro. O zagueiro Nemanja Vidic, que entrou no segundo tempo diante do Sunderland, reassumiu o posto de titular após período parado por contusão, completando 250 jogos com a camisa do United. Kemi Agustien, Jonathan De Guzman, Wayne Routledge e Nathan Dyer ajudavam os donos da casa a apresentar grande volume de jogo (terminando o primeiro tempo com mais posse de bola que o adversário). Mas o adversário era o potente Manchester United, que contava com elementos da qualidade de Antonio Valencia, Wayne Rooney e Ashley Young, jogadores que requerem cuidados especiais da marcação. E foram bem marcados todos eles. Talvez por isso, quem "precisou" abrir o placar foi Patrice Evra, cabeceando após escanteio cobrado por Van Persie, aos quinze minutos.
Se o gol abateu o Swansea? De jeito nenhum. Mantendo a mesma aplicação de quando o resultado estava zerado, o time de Michael Laudrup foi criando chances na base do toque de bola, conciliando velocidade e objetividade de maneira a confundir o sistema defensivo do United. Com total justiça, veio o empate: aos vinte e oito, Routledge recebeu bela enfiada de bola, parou em defesa de David de Gea e, no rebote, Michu estava no lugar certo para confirmar o faro de goleador, igualando-se a Van Persie no número de gols anotados na competição. O público delirava naquele momento. E muitas emoções estavam por vir após o intervalo, num jogo com cara de decisão de campeonato. Como é legal assistir uma partida de futebol onde ninguém parece satisfeito com o empate! Tivemos bola no travessão (linda finalização de Van Persie), defesaças dos goleiros (destacando um salto de Vorm após cabeceio de Michael Carrick, que ainda tocou no travessão) e tivemos, também, confusão. Foi um dos raros momentos em que o jovem árbitro Michael Oliver (de 27 anos) vacilou no aspecto disciplinar, pois poderia tranquilamente ter mostrado o cartão vermelho para Ashley Williams e Van Persie. Tudo bem, nenhum novo desentendimento sucedeu aquele envolvendo os dois jogadores e a partida seguiu um rumo frenético, onde o United pressionava na busca pelo desempate e o Swansea, provavelmente contra sua própria vontade, limitava-se a afastar o perigo da própria área.
No final, a aplicação do conjunto desse interessante time sob os cuidados de Laudrup rendeu um ponto conquistado diante de um dos mais sérios candidatos ao título. Pode até ter sido, para o United, um empate com sabor de derrota. Repetindo: o primeiro empate da equipe na presente temporada. Mas, se é que serve de consolo, há que se dizer que muitos outros que colocarem os pés no Libery Stadium irão é comemorar uma eventual igualdade diante de uma equipe que, embora sem jogadores de grande renome, apresenta um jogo coletivo que serve de inspiração para muitos clubes de maior investimento.
Marcadores:
'Premiership',
Manchester United,
Swansea
sábado, 22 de dezembro de 2012
Superior, Roma Vence Milan Com Tranquilidade
Em seus últimos compromissos oficiais em 2012, Roma e Milan se enfrentaram na capital italiana e o que tivemos foi um passeio da equipe da casa. A vitória (4a2) foi construída com facilidade, num jogo onde os comandados de Zdenek Zeman mostraram muitas qualidades na transição ao ataque. Foram três gols pelo alto e um pelo chão. Começou com uma cobrança de escanteio de Pjanic, cabeceada por Burdisso: 1a0, aos doze minutos. Aos vinte e três, Totti deu um cruzamento-passe que terminou em cabeceio certeiro de Osvaldo: 2a0. Seis minutos depois, uma saída de bola mal feita dos milanistas permitiu que De Rossi encontrasse Lamela livre para marcar o terceiro. Fácil no primeiro tempo, fácil no segundo: aos quinze, Balzaretti cruzou e Lamela marcou de cabeça. Aí vieram as substituições na Roma e a equipe passou a relaxar em campo. Tinha tudo para ser uma goleada histórica, mas as saídas de Lamela, Osvaldo e Totti conciliadas ao conforto no placar e à expulsão do zagueiro Marquinhos (garoto de dezoito anos e de muita qualidade, olho nele!) selaram a diminuição da diferença de gols. Pazzini, de pênalti, descontou aos quarenta e um. Bojan, no minuto seguinte, aproveitou rebote de Pazzini para marcar o segundo. Pazzini e Bojan, dois jogadores de qualidade mas que só saíram do banco de reservas no segundo tempo. Coisas de Massimiliano Allegri.
Mas a Roma teve outro destaque na partida: o goleiro uruguaio Mauro Goicoechea. Defesas dificílimas, esbanjando grande senso de posicionamento e reflexos dos mais apurados. Talvez o jogo fosse diferente se Goicoechea não tivesse atuado em tão alto nível. Mas, pensando bem, foi melhor para a partida que o arqueiro tenha sido tão efetivo. Pois, do contrário, dificilmente veríamos Pazzini e Bojan dentro de campo...
O Campeonato Italiano retorna ano que vem: no dia seis de janeiro, a Roma (atualmente 6ª colocada) vai ao San Paolo enfrentar o Napoli (em 5º lugar) enquanto o Milan (na 7ª posição) recebe o Siena (lanterna, em 20º) no Giuseppe Meazza
Mas a Roma teve outro destaque na partida: o goleiro uruguaio Mauro Goicoechea. Defesas dificílimas, esbanjando grande senso de posicionamento e reflexos dos mais apurados. Talvez o jogo fosse diferente se Goicoechea não tivesse atuado em tão alto nível. Mas, pensando bem, foi melhor para a partida que o arqueiro tenha sido tão efetivo. Pois, do contrário, dificilmente veríamos Pazzini e Bojan dentro de campo...
O Campeonato Italiano retorna ano que vem: no dia seis de janeiro, a Roma (atualmente 6ª colocada) vai ao San Paolo enfrentar o Napoli (em 5º lugar) enquanto o Milan (na 7ª posição) recebe o Siena (lanterna, em 20º) no Giuseppe Meazza
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Juventus Sofre, Mas Vence Cagliari Com Gols Nos Acréscimos
Líder absoluta e já campeã de inverno no Campeonato Italiano temporada 2012-3, a Juventus teve seu último jogo oficial nesse ano corrente na noite dessa sexta-feira, pela 18ª rodada. O adversário era a frágil equipe do Cagliari, que, impedida de jogar em seu novo estádio por medidas de segurança, mandou o jogo para o Ennio Tardini, na cidade de Parma. Vendo as respectivas campanhas no torneio, é flagrante a diferença: era o segundo melhor ataque enfrentando a segunda pior defesa no mesmo jogo em que a melhor defesa enfrantava o pior ataque. E não são apenas as estatísticas que separam as duas equipes, pois é explícita a diferença qualitativa no comparativo de cada plantel.
De toda forma, lá foram Cagliari e Juventus a campo e o que se viu foi uma partida parelha. É, parelha. Tudo bem, a Juventus criou mais chances, atacou mais, teve mais a bola etc e tal. Mas o desenho do jogo foi muito longe daqueles em que vemos uma equipe dominante diante de uma dominada. Lenta na transição ao ataque, a equipe de Antonio Conte facilitava a marcação do aplicado time comandado por Ivo Pulga. Faltava poder de criação e também velocidade. Pior: parecia faltar vontade ao time, que jogava um futebol tão frio quanto a temperatura ambiente em Parma. O Cagliari, que na rodada anterior havia sido goleado por 4a1 para o próprio Parma, nesse mesmo estádio, foi gostando do jogo e contou com uma certa benevolência do árbitro Antonio Damato, que marcou penalidade máxima em lance onde muitos deixariam o jogo seguir. Pênalti cometido pelo chileno Arturo Vidal e convertido pelo também chileno Mauricio Pinilla. 1a0 Cagliari, aos quinze minutos.
Como se não bastasse a resistência defensiva adversária, a Juve encontrou outro obstáculo de peso: a brilhante atuação do arqueiro Michael Agazzi. Mais do que as defesas em si, o que chamou mais atenção foi o fato de sequer haver rebote nas finalizações, muitas das vezes dadas com força tamanha que sugeriam uma espalmada. Muito seguro esse goleiro de 28 anos, em sua quarta temporada no Cagliari.
Veio o segundo tempo e, embora a Juventus ditasse o ritmo do jogo, a equipe só foi melhorar de maneira mais significativa após as substituições de Conte: aos quinze, trocou de atacante (Fabio Quagliarella por Alessandro Matri) e no minuto seguinte, finalmente, deixou a equipe um pouco mais ofensiva (Martín Cáceres por Simone Padoin). Pouco antes, Pulga havia trocado Nicola Murru por Gabriele Perico, diminuindo o elevado contingente de defensores com carão amarelo. E, de tanto cometer faltas, pintou a primeira expulsão: aos dezenove minutos, o capitão Davide Astori deixou a equipe "da casa" com um homem a menos, recebendo seu segundo cartão amarelo pessoal.
Diante da superioridade oponente e do desfalque no miolo de zaga, Pulga não viu outra alternativa a não ser trocar um homem de frente por um defensor. Optou por tirar Marco Sau (que sofreu o pênalti e descolou um belo chute defendido por Gianluigi Buffon) e colocar Dario del Fabro, aos vinte e um. Quatro minutos após colocar as chuteiras no campo de jogo, Del Fabro acabou envolvido em lance onde Sebastian Giovinco caiu na área e Damato, novamente em decisão altamente contestável, assinalou pênalti. Vidal tinha a chance de "se redimir" do "pênalti cometido" e anotar o segundo gol chileno no jogo, empatando a partida. Mas o versátil volante isolou a cobrança, mandando por cima.
Com a pressão se acentuando e o jogo concentrado na mesma metade de gramado, veio o empate. Mirko Vucinic (que acabara de entrar no lugar de Stephen Lichtsteiner, em substituição efetuada durante a cobrança de pênalti), chutou de fora da área e, dessa vez, Agazzi espalmou. Os defensores, talvez pelo costume de ver o goleiro encaixar até pensamento, não deram a devida atenção ao rebote e permitiram que Matri partisse sozinho para aproveitar a segunda bola. 1a1 no placar, em gol todinho vindo do banco de reservas.
Parecia questão de tempo a virada bianconera. A não ser por um motivo: Agazzi. Com uma defesa espetacular, o arqueiro impediu que o cabeceio de Kwadwo Asamoah fosse para a rede, que parecia o destino certo. A bola ainda tocou na trave e o camisa 1 complementou, esticando a perna para afastar a bola dali. Mágicas intervenções.
Pulga realizou a última substituição aos trinta e dois, trocando o solitário atacante Pinilla pelo também atacante Ânderson da Silva, vulgo Nenê, brasileiro com passagem por Cruzeiro e Ipatinga. O Cagliari, que já tinha um homem a menos, passou a jogar com nove e meio, pois Albin Ekdal mal conseguia dar piques curtos, permanecendo contundido no gramado a fim de minimizar o prejuízo numérico. Damato indicou exagerados seis minutos como acréscimo e, para infelicidade do Cagliari, Nenê fez a lambança de, perto do próprio gol, chutar a bola contra Vidal. Após o choque da redonda contra o braço do chileno (involuntário, pois foi mero instinto de proteção), Matri recolheu em total liberdade e mandou para a rede, virando o jogo aos quarenta e seis minutos do segundo tempo.
Ainda houve tempo para Vucinic deixar o dele aos quarenta e oito, empurrando para dentro uma bola chutada por Giovinco que parecia tomar o rumo do gol. Os 3a1 enganam quem pensa que foi uma parada fácil. Quem não pode se enganar é o jogador da Juventus, pois com esse futebol apresentado diante do Cagliari, a equipe precisará abusar da sorte para vencer adversários mais qualificados. E o Cagliari, por sua vez, pode nessa rodada integrar a zona indesejável. Para isso, basta que ou o Genoa vença a Internazionale em Milão (improvável) ou que o Palermo, em casa, vença a Fiorentina (hipótese mais razoável). Caindo para as três últimas posições ou não, fato é que o Cagliari precisa melhorar seu jogo o quanto antes. Não fosse Agazzi, o resultado teria sido mais dilatado.
De toda forma, lá foram Cagliari e Juventus a campo e o que se viu foi uma partida parelha. É, parelha. Tudo bem, a Juventus criou mais chances, atacou mais, teve mais a bola etc e tal. Mas o desenho do jogo foi muito longe daqueles em que vemos uma equipe dominante diante de uma dominada. Lenta na transição ao ataque, a equipe de Antonio Conte facilitava a marcação do aplicado time comandado por Ivo Pulga. Faltava poder de criação e também velocidade. Pior: parecia faltar vontade ao time, que jogava um futebol tão frio quanto a temperatura ambiente em Parma. O Cagliari, que na rodada anterior havia sido goleado por 4a1 para o próprio Parma, nesse mesmo estádio, foi gostando do jogo e contou com uma certa benevolência do árbitro Antonio Damato, que marcou penalidade máxima em lance onde muitos deixariam o jogo seguir. Pênalti cometido pelo chileno Arturo Vidal e convertido pelo também chileno Mauricio Pinilla. 1a0 Cagliari, aos quinze minutos.
Como se não bastasse a resistência defensiva adversária, a Juve encontrou outro obstáculo de peso: a brilhante atuação do arqueiro Michael Agazzi. Mais do que as defesas em si, o que chamou mais atenção foi o fato de sequer haver rebote nas finalizações, muitas das vezes dadas com força tamanha que sugeriam uma espalmada. Muito seguro esse goleiro de 28 anos, em sua quarta temporada no Cagliari.
Veio o segundo tempo e, embora a Juventus ditasse o ritmo do jogo, a equipe só foi melhorar de maneira mais significativa após as substituições de Conte: aos quinze, trocou de atacante (Fabio Quagliarella por Alessandro Matri) e no minuto seguinte, finalmente, deixou a equipe um pouco mais ofensiva (Martín Cáceres por Simone Padoin). Pouco antes, Pulga havia trocado Nicola Murru por Gabriele Perico, diminuindo o elevado contingente de defensores com carão amarelo. E, de tanto cometer faltas, pintou a primeira expulsão: aos dezenove minutos, o capitão Davide Astori deixou a equipe "da casa" com um homem a menos, recebendo seu segundo cartão amarelo pessoal.
Diante da superioridade oponente e do desfalque no miolo de zaga, Pulga não viu outra alternativa a não ser trocar um homem de frente por um defensor. Optou por tirar Marco Sau (que sofreu o pênalti e descolou um belo chute defendido por Gianluigi Buffon) e colocar Dario del Fabro, aos vinte e um. Quatro minutos após colocar as chuteiras no campo de jogo, Del Fabro acabou envolvido em lance onde Sebastian Giovinco caiu na área e Damato, novamente em decisão altamente contestável, assinalou pênalti. Vidal tinha a chance de "se redimir" do "pênalti cometido" e anotar o segundo gol chileno no jogo, empatando a partida. Mas o versátil volante isolou a cobrança, mandando por cima.
Com a pressão se acentuando e o jogo concentrado na mesma metade de gramado, veio o empate. Mirko Vucinic (que acabara de entrar no lugar de Stephen Lichtsteiner, em substituição efetuada durante a cobrança de pênalti), chutou de fora da área e, dessa vez, Agazzi espalmou. Os defensores, talvez pelo costume de ver o goleiro encaixar até pensamento, não deram a devida atenção ao rebote e permitiram que Matri partisse sozinho para aproveitar a segunda bola. 1a1 no placar, em gol todinho vindo do banco de reservas.
Parecia questão de tempo a virada bianconera. A não ser por um motivo: Agazzi. Com uma defesa espetacular, o arqueiro impediu que o cabeceio de Kwadwo Asamoah fosse para a rede, que parecia o destino certo. A bola ainda tocou na trave e o camisa 1 complementou, esticando a perna para afastar a bola dali. Mágicas intervenções.
Pulga realizou a última substituição aos trinta e dois, trocando o solitário atacante Pinilla pelo também atacante Ânderson da Silva, vulgo Nenê, brasileiro com passagem por Cruzeiro e Ipatinga. O Cagliari, que já tinha um homem a menos, passou a jogar com nove e meio, pois Albin Ekdal mal conseguia dar piques curtos, permanecendo contundido no gramado a fim de minimizar o prejuízo numérico. Damato indicou exagerados seis minutos como acréscimo e, para infelicidade do Cagliari, Nenê fez a lambança de, perto do próprio gol, chutar a bola contra Vidal. Após o choque da redonda contra o braço do chileno (involuntário, pois foi mero instinto de proteção), Matri recolheu em total liberdade e mandou para a rede, virando o jogo aos quarenta e seis minutos do segundo tempo.
Ainda houve tempo para Vucinic deixar o dele aos quarenta e oito, empurrando para dentro uma bola chutada por Giovinco que parecia tomar o rumo do gol. Os 3a1 enganam quem pensa que foi uma parada fácil. Quem não pode se enganar é o jogador da Juventus, pois com esse futebol apresentado diante do Cagliari, a equipe precisará abusar da sorte para vencer adversários mais qualificados. E o Cagliari, por sua vez, pode nessa rodada integrar a zona indesejável. Para isso, basta que ou o Genoa vença a Internazionale em Milão (improvável) ou que o Palermo, em casa, vença a Fiorentina (hipótese mais razoável). Caindo para as três últimas posições ou não, fato é que o Cagliari precisa melhorar seu jogo o quanto antes. Não fosse Agazzi, o resultado teria sido mais dilatado.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Oitavas-de-final Na Liga Dos Campeões Da Europa: Duelos E Pitacos
Estão definidos os duelos para a fase oitavas-de-final na Liga dos Campeões da Europa 2012-3.
Partidas de ida agendadas para fevereiro e as de volta marcadas para março. Muita coisa para acontecer de hoje até lá, como por exemplo abertura da janela de transferências, fim do mundo etc.
Mas como nunca é cedo para pitaquear, vamos deixar registrados os palpites para os oito emparelhamentos.
Schalke (ALE) e Galatasaray (TUR)
O momento dos Azuis Reais não é dos melhores. Ao contrário: embora tenha se classificado como líder no grupo do Arsenal, a equipe está caindo pelas tabelas na Bundesliga, já foi eliminada na Copa da Alemanha e inclusive trocou de treinador (Jens Keller assumiu interinamente após a saída de Huub Stevens). O adversário é o Galatasaray, que conta com jogadores experientes no elenco e chegou até aqui como vice-líder no grupo do Manchester United. Comparando nome por nome dos dois times, tudo indica um duelo equilibrado. Se as partidas fossem semana que vem, cravaria classificação turca. Mas, com tanta água pra rolar, acho que o Schalke vai se reencontrar e se fortalecer. Pitaco: dá Schalke.
Juventus (ITA) e Celtic (ESC)
Campeã italiana invicta na temporada passada e atual líder na corrida pelo Scudetto, a Juventus tem todos os motivos para acreditar em sua classificação para a próxima fase. O elenco tem qualidade, a equipe de Antonio Conte é consistente taticamente e o adversário - com todo respeito ao Celtic -, é muito inferior tecnicamente. De toda forma há que se respeitar o time escocês, que na fase de grupos conseguiu a proeza de ganhar um jogo do Barcelona. Pitaco: dá Juventus.
Bayern de Munique (ALE) e Arsenal (ING)
Amantes do futebol arte, eis um confronto obrigatório para se assistir e apreciar. Dois times habituados a jogar valorizando a posse de bola e a frequentar o campo ofensivo, Bayern e Arsenal têm tudo para travar jogos interessantíssimos. A vantagem bávara está na regularidade dos resultados recentes (o Arsenal ainda causa desconfiança devido a tanto sobe e desce ano-após-ano) e também no maior entrosamento da equipe. Quem quer que avance, irá representar bem aquele futebol que dá gosto de assistir. Pitaco: dá Bayern.
Borussia Dortmund (ALE) e Shakhtar Donetsk (UCR)
Líder absoluto e incontestável no grupo mais forte dessa Liga dos Campeões (jogou com Real Madrid, Ajax e Manchester City), o Borussia não somente é favorito diante do Shakhtar como se coloca como respeitável candidato ao título. Mas não deverá ser tarefa simples passar pela equipe de Donetsk, que mostrou-se altamente competitiva na fase de grupos - que o diga o Chelsea, atual campeão europeu e já eliminado. Pitaco: dá Borussia.
Barcelona (ESP) e Milan (ITA)
Dois gigantes da história do futebol se encontrando em momentos diametralmente opostos. O Barcelona segue esbanjando aquele estilo de jogo que encanta e dá resultados, seguido à risca por Tito Vilanova (#AnimoTito). Já o Milan, que perdeu dois elementos importantes no plantel (Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic foram para o Paris Saint-Germain), parece afundar com o seu defensivista treinador Massimiliano Allegri. Pitaco: dá Barcelona.
Manchester United (ING) e Real Madrid (ESP)
Não é apenas mais um duelo entre dois gigantes europeus. Esse confronto aí tem algo mais. Coloca frente a frente dois treinadores de currículos invejáveis. Coloca o astro Cristiano Ronaldo na rota de seu ex-clube. Vejo fortes indícios de dois jogos altamente táticos e com a possibilidade de o vencedor avançar na base do talento individual de algum de seus jogadores. E talento é coisa que não deverá faltar nas partidas entre essas duas fortes equipes. Pitaco: dá United.
Paris Saint-Germain (FRA) e Valencia (ESP)
Depois de assumir a liderança no Campeonato Francês e a julgar pela força do elenco, não há razões para duvidar que a temporada do PSG terminará com pelo menos um título conquistado. Já o Valencia, sem grandes perspectivas no Campeonato Espanhol, tem na sobrevida continental a maior chance de salvar a temporada. Time por time, é covardia. Resta saber se o Valencia será capaz de medir forças - e talvez até mesmo surpreender - na base do conjunto. Pitaco: dá Paris Saint-Germain.
Málaga (ESP) e Porto (POR)
Em relação à temporada passada, os dois times têm uma coisa em comum: se enfraqueceram tecnicamente. Enquanto o Málaga negociou Santi Cazorla com o Arsenal, o Porto se desfez de Freddy Guarín (foi para a Internazionale) e Hulk (agora no Zenit). De toda forma, as equipes não chegaram por acaso até a fase oitavas-de-final e, principalmente pelo fato de estarem se enfrentando (havia adversários mais difíceis tanto para um quanto para outro), o sonho de seguir em frente na maior competição de clubes do mundo está mais aceso do que nunca. Pitaco: dá Porto.
Partidas de ida agendadas para fevereiro e as de volta marcadas para março. Muita coisa para acontecer de hoje até lá, como por exemplo abertura da janela de transferências, fim do mundo etc.
Mas como nunca é cedo para pitaquear, vamos deixar registrados os palpites para os oito emparelhamentos.
Schalke (ALE) e Galatasaray (TUR)
O momento dos Azuis Reais não é dos melhores. Ao contrário: embora tenha se classificado como líder no grupo do Arsenal, a equipe está caindo pelas tabelas na Bundesliga, já foi eliminada na Copa da Alemanha e inclusive trocou de treinador (Jens Keller assumiu interinamente após a saída de Huub Stevens). O adversário é o Galatasaray, que conta com jogadores experientes no elenco e chegou até aqui como vice-líder no grupo do Manchester United. Comparando nome por nome dos dois times, tudo indica um duelo equilibrado. Se as partidas fossem semana que vem, cravaria classificação turca. Mas, com tanta água pra rolar, acho que o Schalke vai se reencontrar e se fortalecer. Pitaco: dá Schalke.
Juventus (ITA) e Celtic (ESC)
Campeã italiana invicta na temporada passada e atual líder na corrida pelo Scudetto, a Juventus tem todos os motivos para acreditar em sua classificação para a próxima fase. O elenco tem qualidade, a equipe de Antonio Conte é consistente taticamente e o adversário - com todo respeito ao Celtic -, é muito inferior tecnicamente. De toda forma há que se respeitar o time escocês, que na fase de grupos conseguiu a proeza de ganhar um jogo do Barcelona. Pitaco: dá Juventus.
Bayern de Munique (ALE) e Arsenal (ING)
Amantes do futebol arte, eis um confronto obrigatório para se assistir e apreciar. Dois times habituados a jogar valorizando a posse de bola e a frequentar o campo ofensivo, Bayern e Arsenal têm tudo para travar jogos interessantíssimos. A vantagem bávara está na regularidade dos resultados recentes (o Arsenal ainda causa desconfiança devido a tanto sobe e desce ano-após-ano) e também no maior entrosamento da equipe. Quem quer que avance, irá representar bem aquele futebol que dá gosto de assistir. Pitaco: dá Bayern.
Borussia Dortmund (ALE) e Shakhtar Donetsk (UCR)
Líder absoluto e incontestável no grupo mais forte dessa Liga dos Campeões (jogou com Real Madrid, Ajax e Manchester City), o Borussia não somente é favorito diante do Shakhtar como se coloca como respeitável candidato ao título. Mas não deverá ser tarefa simples passar pela equipe de Donetsk, que mostrou-se altamente competitiva na fase de grupos - que o diga o Chelsea, atual campeão europeu e já eliminado. Pitaco: dá Borussia.
Barcelona (ESP) e Milan (ITA)
Dois gigantes da história do futebol se encontrando em momentos diametralmente opostos. O Barcelona segue esbanjando aquele estilo de jogo que encanta e dá resultados, seguido à risca por Tito Vilanova (#AnimoTito). Já o Milan, que perdeu dois elementos importantes no plantel (Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic foram para o Paris Saint-Germain), parece afundar com o seu defensivista treinador Massimiliano Allegri. Pitaco: dá Barcelona.
Manchester United (ING) e Real Madrid (ESP)
Não é apenas mais um duelo entre dois gigantes europeus. Esse confronto aí tem algo mais. Coloca frente a frente dois treinadores de currículos invejáveis. Coloca o astro Cristiano Ronaldo na rota de seu ex-clube. Vejo fortes indícios de dois jogos altamente táticos e com a possibilidade de o vencedor avançar na base do talento individual de algum de seus jogadores. E talento é coisa que não deverá faltar nas partidas entre essas duas fortes equipes. Pitaco: dá United.
Paris Saint-Germain (FRA) e Valencia (ESP)
Depois de assumir a liderança no Campeonato Francês e a julgar pela força do elenco, não há razões para duvidar que a temporada do PSG terminará com pelo menos um título conquistado. Já o Valencia, sem grandes perspectivas no Campeonato Espanhol, tem na sobrevida continental a maior chance de salvar a temporada. Time por time, é covardia. Resta saber se o Valencia será capaz de medir forças - e talvez até mesmo surpreender - na base do conjunto. Pitaco: dá Paris Saint-Germain.
Málaga (ESP) e Porto (POR)
Em relação à temporada passada, os dois times têm uma coisa em comum: se enfraqueceram tecnicamente. Enquanto o Málaga negociou Santi Cazorla com o Arsenal, o Porto se desfez de Freddy Guarín (foi para a Internazionale) e Hulk (agora no Zenit). De toda forma, as equipes não chegaram por acaso até a fase oitavas-de-final e, principalmente pelo fato de estarem se enfrentando (havia adversários mais difíceis tanto para um quanto para outro), o sonho de seguir em frente na maior competição de clubes do mundo está mais aceso do que nunca. Pitaco: dá Porto.
Marcadores:
Liga dos Campeões da Europa,
Oitavas-de-final
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Equipe E Jogada Da Semana
O Sport Club Corinthians Paulista vivenciou nos últimos dias o que foi provavelmente a semana mais especial na história centenária da instituição. Desde a chegada ao Japão (onde milhares de corinthianos desembarcaram para representar milhões de torcedores do clube) até o momento em que o troféu do Mundial foi erguido, passando pelas vitórias sobre Al Ahly e Chelsea. Uma semana mágica. Para ficar eternamente dentro de muitos corações.
Jogada da semana
Jogada da semana
Napoli e Bologna jogavam no estádio San Paolo, pelo encerramento na 17ª rodada no Campeonato Italiano 2012-3. E veja só o que fez Kone, aos quarenta minutos do segundo tempo...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Com "Hat-Trick" De Cazorla, Arsenal Dá Show De Bola
O estádio Madejski, em Reading, a sessenta e cinco quilômetros de Londres, foi ao mesmo tempo campo de jogo e palco de show. Pois o Arsenal fez algo mais do que jogar futebol: deu um verdadeiro espetáculo para o público de 24125 espectadores.
Só no primeiro tempo foram três gols e um total de onze chutes com o endereço certo. Lukas Podolski abriu o placar e Santi Cazorla marcou duas vezes, com Kieron Gibbs dando uma assistência para cada um e os autores dos gols retribuindo entre si os passes para gol. Parecia um carrossel, onde a movimentação era incessante e a troca de passes, precisa. Jack Wilshere foi muito mais um meia-de-ligação do que um segundo volante, a todo momento participando das jogadas ofensivas, aumentando ainda mais o tormento de uma defesa que não conseguia lidar com tamanho poderio de um ataque que ainda contava com Theo Walcott e Alex Oxlade-Chamberlain. E a goleada pré-intervalo só não foi mais dilatada porque o goleiro australiano Adam Jay Federici realizou defesas improváveis. Para se ter uma idéia da intensidade, a posse de bola foi 75% do tempo pertencente ao Arsenal. E, repetindo o dito na primeira frase desse parágrafo: onze chutes com o endereço certo.
Veio o segundo tempo e a superioridade dos visitantes continuava grande diante de um freguês histórico - em dez jogos entre os clubes, dez vitórias londrinas (a última delas nessa temporada, num incrível 7a5 em jogo de cento e vinte minutos pela Copa da Liga Inglesa). O quarto gol saiu aos catorze minutos, selando o hat-trick de Cazorla, em nova assistência de Podolski.
Brian McDermott reagiu ao implacável 4a0 fazendo uma dupla alteração. E não foi na defesa - que levava um baile -, mas no ataque, que raramente participava do jogo. As saídas de Pavel Pogrebnyak e Noel Hunt para as entradas de Adam Le Fondre e Hal-Robson Kanu deram mais que um novo ânimo a um time totalmente envolvido pelo adversário: elas provocaram uma mudança de atitude tremenda, que ajudou a levar o time da casa a dois gols em intervalo de cinco minutos (Le Fondre e Jimmy Kébé marcaram, tirando proveito de dois erros de linha de impedimento da defesa do Arsenal).
Mas os visitantes, que tiveram uma semana turbulenta após a eliminação para o Bradford na Copa da Liga Inglesa (o adversário joga a 4ª divisão no país), não permitiram que a reação do lanterna virasse um novo pesadelo: com passe de Cazorla, Walcott fechou a conta nesse jogo de sete gols. Aos amantes do futebol arte, a noite pede aplausos para Arsène Wenger.
Só no primeiro tempo foram três gols e um total de onze chutes com o endereço certo. Lukas Podolski abriu o placar e Santi Cazorla marcou duas vezes, com Kieron Gibbs dando uma assistência para cada um e os autores dos gols retribuindo entre si os passes para gol. Parecia um carrossel, onde a movimentação era incessante e a troca de passes, precisa. Jack Wilshere foi muito mais um meia-de-ligação do que um segundo volante, a todo momento participando das jogadas ofensivas, aumentando ainda mais o tormento de uma defesa que não conseguia lidar com tamanho poderio de um ataque que ainda contava com Theo Walcott e Alex Oxlade-Chamberlain. E a goleada pré-intervalo só não foi mais dilatada porque o goleiro australiano Adam Jay Federici realizou defesas improváveis. Para se ter uma idéia da intensidade, a posse de bola foi 75% do tempo pertencente ao Arsenal. E, repetindo o dito na primeira frase desse parágrafo: onze chutes com o endereço certo.
Veio o segundo tempo e a superioridade dos visitantes continuava grande diante de um freguês histórico - em dez jogos entre os clubes, dez vitórias londrinas (a última delas nessa temporada, num incrível 7a5 em jogo de cento e vinte minutos pela Copa da Liga Inglesa). O quarto gol saiu aos catorze minutos, selando o hat-trick de Cazorla, em nova assistência de Podolski.
Brian McDermott reagiu ao implacável 4a0 fazendo uma dupla alteração. E não foi na defesa - que levava um baile -, mas no ataque, que raramente participava do jogo. As saídas de Pavel Pogrebnyak e Noel Hunt para as entradas de Adam Le Fondre e Hal-Robson Kanu deram mais que um novo ânimo a um time totalmente envolvido pelo adversário: elas provocaram uma mudança de atitude tremenda, que ajudou a levar o time da casa a dois gols em intervalo de cinco minutos (Le Fondre e Jimmy Kébé marcaram, tirando proveito de dois erros de linha de impedimento da defesa do Arsenal).
Mas os visitantes, que tiveram uma semana turbulenta após a eliminação para o Bradford na Copa da Liga Inglesa (o adversário joga a 4ª divisão no país), não permitiram que a reação do lanterna virasse um novo pesadelo: com passe de Cazorla, Walcott fechou a conta nesse jogo de sete gols. Aos amantes do futebol arte, a noite pede aplausos para Arsène Wenger.
Marcadores:
'Premiership',
Arsenal,
Reading,
Santi Cazorla
domingo, 16 de dezembro de 2012
Napoli Não Faz "Dever De Casa" E É Surpreendido Pelo Bologna
O encerramento da 17ª rodada no Campeonato Italiano teve um resultado surpreendente. Jogando pera retomar a vice-liderança na Série A, o Napoli, invicto dentro de casa e com a insuperável campanha de 20 pontos ganhos em 24 disputados em seus domínios, recebeu o Bologna no estádio San Paolo. Bologna esse que havia vencido somente uma vez fora de casa. E eis que a equipe visitante saiu de Nápoles com uma vitória por 3a2, fazendo os comandados de Stefano Pioli saltarem para 18 pontos, na 13ª colocação, se distanciando da zona de descenso. Resultado que faz os napolitanos permanecerem na terceira posição na tabela de classificação, estacionados nos 33 pontos.
O jogo
Como era de se esperar, o Napoli tomou a iniciativa na partida, embora sem necessariamente estabelecer grande pressão na defesa oponente. Organizado, o Bologna mostrava qualidades na saída para o ataque e acabou chegando ao primeiro gol através de Gabbiadini, completando cruzamento de Cherubin por trás da defesa napolitana. Foi a primeira vez nessa edição de Série A que o Napoli viu seu adversário abrir o placar diante de si no San Paolo. Foi também a primeira vez que o Bologna saía na frente jogando como visitante.
Tentando chegar ao empate, os napolitanos esbarraram numa grande atuação de Agliardi, que realizava defesa difícil atrás de defesa difícil para manter a meta inviolável. Destaque para as intervenções em cobrança de falta de Cavani e em remate de Hamsik. Se Agliardi garantia lá atrás, o Bologna também mostrava competência lá na frente, marcando o segundo gol em cabeceio de Gilardino - mas a arbitragem cometeu o equívoco de acusar impedimento onde não havia, anulando o tento.
O placar de 0a1 persistiu até o apito de intervalo, e Walter Mazzarri voltou para o segundo tempo com uma alteração de ordem tática: menos um zagueiro (saiu Britos), mais um homem de meio-campo (entrou Pandev). E o Napoli logo mostrou melhorias, ganhando uma nova dinâmica ofensiva. O empate saiu aos quatro minutos, com Gamberini completando cruzamento de Insigne que Agliardi defendeu apenas parcialmente. Contundido, Gamberini precisou deixar o campo dezoito minutos mais tarde. Em seu lugar entrou outro defensor: Campagnaro.
Aos vinte e quatro (dois minutos após a "substituição forçada"), o Napoli chegou à virada: depois de tantas vezes parar na muralha Agliardi, Cavani tirou proveito de ótimo lançamento de Insigne para, com cabeceio certeiro, mandar pra rede. 12º gol do atacante uruguaio na competição. Melhor no jogo e com a vantagem no placar, o Napoli poderia muito bem partir para o ataque para tentar liquidar a fatura. Mas Walter Mazzarri parece pensar diferente, mantendo uma fidelidade comprometedora a uma filosofia defensivista. Dois minutos depois do gol, trocou Insigne (aparentando contusão) por mais um volante (o suíço Dzemaili, formando uma trinca de compatriotas à frente da última linha de defesa). Se Insigne, autor das duas assistências no jogo, tinha que sair, por que não colocar Eduardo Vargas? Perguntas que talvez jamais sejam respondidas...
Fato é que os deuses do futebol puniram essa postura retranqueira por parte do treinador napolitano. E puniram com uma elegância deslumbrante. Aos quarenta minutos do segundo tempo, Kone - que entrara nove minutos antes - acertou um voleio maravilhoso, no ângulo esquerdo, aproveitando cruzamento de Garics (outro que entrara na segunda etapa). E o "castigo" não parou por aí: aos quarenta e três minutos (o relógio marcava 88 redondos), a cobrança de falta de Diamanti encontrou Portanova, que fez a bola encontrar a rede. Por falar em "punição" e "castigo", Portanova estava fazendo sua estréia na temporada, pois cumprira pena de seis meses por envolvimento no recente escândalo de combinação de resultados em apostas esportivas. Voltou e ajudou a dar a segunda vitória do Bologna como visitante na Série A, a primeira derrota do Napoli no San Paolo. Aliás, esse foi o único jogo na rodada em que o visitante saiu vencedor. Só pode ser desígnio dos deuses. Resta saber se Mazzarri aprenderá a lição...
O jogo
Como era de se esperar, o Napoli tomou a iniciativa na partida, embora sem necessariamente estabelecer grande pressão na defesa oponente. Organizado, o Bologna mostrava qualidades na saída para o ataque e acabou chegando ao primeiro gol através de Gabbiadini, completando cruzamento de Cherubin por trás da defesa napolitana. Foi a primeira vez nessa edição de Série A que o Napoli viu seu adversário abrir o placar diante de si no San Paolo. Foi também a primeira vez que o Bologna saía na frente jogando como visitante.
Tentando chegar ao empate, os napolitanos esbarraram numa grande atuação de Agliardi, que realizava defesa difícil atrás de defesa difícil para manter a meta inviolável. Destaque para as intervenções em cobrança de falta de Cavani e em remate de Hamsik. Se Agliardi garantia lá atrás, o Bologna também mostrava competência lá na frente, marcando o segundo gol em cabeceio de Gilardino - mas a arbitragem cometeu o equívoco de acusar impedimento onde não havia, anulando o tento.
O placar de 0a1 persistiu até o apito de intervalo, e Walter Mazzarri voltou para o segundo tempo com uma alteração de ordem tática: menos um zagueiro (saiu Britos), mais um homem de meio-campo (entrou Pandev). E o Napoli logo mostrou melhorias, ganhando uma nova dinâmica ofensiva. O empate saiu aos quatro minutos, com Gamberini completando cruzamento de Insigne que Agliardi defendeu apenas parcialmente. Contundido, Gamberini precisou deixar o campo dezoito minutos mais tarde. Em seu lugar entrou outro defensor: Campagnaro.
Aos vinte e quatro (dois minutos após a "substituição forçada"), o Napoli chegou à virada: depois de tantas vezes parar na muralha Agliardi, Cavani tirou proveito de ótimo lançamento de Insigne para, com cabeceio certeiro, mandar pra rede. 12º gol do atacante uruguaio na competição. Melhor no jogo e com a vantagem no placar, o Napoli poderia muito bem partir para o ataque para tentar liquidar a fatura. Mas Walter Mazzarri parece pensar diferente, mantendo uma fidelidade comprometedora a uma filosofia defensivista. Dois minutos depois do gol, trocou Insigne (aparentando contusão) por mais um volante (o suíço Dzemaili, formando uma trinca de compatriotas à frente da última linha de defesa). Se Insigne, autor das duas assistências no jogo, tinha que sair, por que não colocar Eduardo Vargas? Perguntas que talvez jamais sejam respondidas...
Fato é que os deuses do futebol puniram essa postura retranqueira por parte do treinador napolitano. E puniram com uma elegância deslumbrante. Aos quarenta minutos do segundo tempo, Kone - que entrara nove minutos antes - acertou um voleio maravilhoso, no ângulo esquerdo, aproveitando cruzamento de Garics (outro que entrara na segunda etapa). E o "castigo" não parou por aí: aos quarenta e três minutos (o relógio marcava 88 redondos), a cobrança de falta de Diamanti encontrou Portanova, que fez a bola encontrar a rede. Por falar em "punição" e "castigo", Portanova estava fazendo sua estréia na temporada, pois cumprira pena de seis meses por envolvimento no recente escândalo de combinação de resultados em apostas esportivas. Voltou e ajudou a dar a segunda vitória do Bologna como visitante na Série A, a primeira derrota do Napoli no San Paolo. Aliás, esse foi o único jogo na rodada em que o visitante saiu vencedor. Só pode ser desígnio dos deuses. Resta saber se Mazzarri aprenderá a lição...
Mundo De Loucos. Por Ti, Corinthians
Yokohama foi sede de um dos dias mais especiais na história do Sport Club Corinthians Paulista. Diante do atual campeão europeu de clubes - o Chelsea -, o "Bando de Loucos" conquistou o título mundial 2012. Partida dificílima, onde o Alvinegro do Parque São Jorge fez-se valer daquela consistência tática apresentada na Copa Libertadores da América desse ano.
São muitos os personagens da épica conquista corinthiana. O lateral Alessandro, por exemplo, foi de uma entrega descomunal para cumprir a missão de neutralizar o hábil belga Eden Hazard. O volante Paulinho jogou por si e, em alguns momentos, por Ralf, que não esteve no melhor de seus dias. E o que dizer da aplicação de Danilo? Parecia ocupar espaços diferentes ao mesmo tempo! Jorge Henrique foi uma decisão acertada de Tite, desempenhando uma função que nem três Douglas seriam capazes de fazer. Paolo Guerrero... esse é um predestinado - o mais paulistano dos peruanos, a partir desta data. Poderia aqui citar os nomes de cada membro que viajou para o Japão representando uma multidão de torcedores. Mas há um nome em especial. O heróico goleiro Cássio. Aquele mesmo, responsável direto pela classificação para a semifinal na Libertadores (memorável defesa em finalização de Diego Souza, no segundo tempo no Pacaembu). Dessa vez, Cássio foi além. Foi ao além, talvez. Três, possivelmente quatro, alguns dirão cinco defesas miraculosas. A intervenção no chute cruzado de Victor Moses foi alguma coisa de outro mundo. Mundo que, até segunda ordem, é do Sport Club Corinthians Paulista.
São muitos os personagens da épica conquista corinthiana. O lateral Alessandro, por exemplo, foi de uma entrega descomunal para cumprir a missão de neutralizar o hábil belga Eden Hazard. O volante Paulinho jogou por si e, em alguns momentos, por Ralf, que não esteve no melhor de seus dias. E o que dizer da aplicação de Danilo? Parecia ocupar espaços diferentes ao mesmo tempo! Jorge Henrique foi uma decisão acertada de Tite, desempenhando uma função que nem três Douglas seriam capazes de fazer. Paolo Guerrero... esse é um predestinado - o mais paulistano dos peruanos, a partir desta data. Poderia aqui citar os nomes de cada membro que viajou para o Japão representando uma multidão de torcedores. Mas há um nome em especial. O heróico goleiro Cássio. Aquele mesmo, responsável direto pela classificação para a semifinal na Libertadores (memorável defesa em finalização de Diego Souza, no segundo tempo no Pacaembu). Dessa vez, Cássio foi além. Foi ao além, talvez. Três, possivelmente quatro, alguns dirão cinco defesas miraculosas. A intervenção no chute cruzado de Victor Moses foi alguma coisa de outro mundo. Mundo que, até segunda ordem, é do Sport Club Corinthians Paulista.
Marcadores:
Cássio,
Chelsea,
Corinthians,
Final,
Mundial de Clubes
sábado, 15 de dezembro de 2012
United Vence Sunderland E Conserva Vantagem Na Ponta
Líder na Premiership, o Manchester United mostrou ao Sunderland quem é que manda em Old Trafford. A formação ofensiva da equipe (com Antonio Valencia e Ashley Young pelos flancos, Rooney e Van Persie mais centralizados) causou grandes dificuldades à defesa visitante. Principalmente porque não era raro ver os laterais Phil Jones e Patrice Evra se apresentando no ataque.
O Sunderland, cujo time tem, sim, algumas qualidades, se viu a maior parte do tempo dentro da roda, com o placar sendo aberto aos quinze minutos: Young fez jogada individual pela esquerda e a bola chegou até Van Persie, que concluiu com frieza para mandar a bola no ângulo direito. Três minutos depois, aos dezoito, saiu o segundo: Cleverley tabelou com Carrick e apareceu na área para concluiu com categoria, no canto esquerdo.
O jogo foi para o intervalo em 2a0 e não com uma goleada simplesmente porque Rooney falhou em duas oportunidades claras, perdendo a chance de marcar um golaço de voleio e anotar outro em cabeceio. No início do segundo tempo, Rooney ainda carimbaria o travessão, com um minuto no relógio. Mas tudo bem, o gol do Shrek estava guardado: aos treze, ele recebeu cruzamento de Van Persie e só teve o trabalho de deixar a bola bater em si para que tomasse a direção da rede.
O United diminuiu sua intensidade no jogo, embora mantivesse a mesma objetividade de antes, se lançando ao ataque quando encontrava espaços. Mas a tônica do segundo tempo foi diferente daquela vista antes do intervalo, pois agora as jogadas do Sunderland pareciam levar cada vez mais perigo, obrigando De Gea, figura pouco acionada na primeira etapa, a intervir diversas vezes. E o gol de honra saiu aos vinte e seis em jogada de descuido generalizado da defesa vermelha: a bola atravessou a pequena área por duas vezes, sendo a primeira por baixo e a segunda pelo alto, terminando com cruzamento certeiro de Sessègnon para cabeceio tranquilo de Campbell.
A sucessão de gols na partida foi idêntica a do jogo entre o mesmo Sunderland e o Chelsea. Apesar das derrotas e da campanha que coloca o time de Martin O'Neill bastante próximo da zona de descenso, acredito que o Sunderland tenha totais condições de se afastar das últimas posições na tabela. O United, por sua vez, caminha para o título inglês, que na temporada passada acabou indo para o lado azul da cidade de Manchester (hoje o City é o vice-líder, seis pontos atrás).
Confira como foi a transmissão da partida em tempo real pelo @jogandoagora #MUnSun
O Sunderland, cujo time tem, sim, algumas qualidades, se viu a maior parte do tempo dentro da roda, com o placar sendo aberto aos quinze minutos: Young fez jogada individual pela esquerda e a bola chegou até Van Persie, que concluiu com frieza para mandar a bola no ângulo direito. Três minutos depois, aos dezoito, saiu o segundo: Cleverley tabelou com Carrick e apareceu na área para concluiu com categoria, no canto esquerdo.
O jogo foi para o intervalo em 2a0 e não com uma goleada simplesmente porque Rooney falhou em duas oportunidades claras, perdendo a chance de marcar um golaço de voleio e anotar outro em cabeceio. No início do segundo tempo, Rooney ainda carimbaria o travessão, com um minuto no relógio. Mas tudo bem, o gol do Shrek estava guardado: aos treze, ele recebeu cruzamento de Van Persie e só teve o trabalho de deixar a bola bater em si para que tomasse a direção da rede.
O United diminuiu sua intensidade no jogo, embora mantivesse a mesma objetividade de antes, se lançando ao ataque quando encontrava espaços. Mas a tônica do segundo tempo foi diferente daquela vista antes do intervalo, pois agora as jogadas do Sunderland pareciam levar cada vez mais perigo, obrigando De Gea, figura pouco acionada na primeira etapa, a intervir diversas vezes. E o gol de honra saiu aos vinte e seis em jogada de descuido generalizado da defesa vermelha: a bola atravessou a pequena área por duas vezes, sendo a primeira por baixo e a segunda pelo alto, terminando com cruzamento certeiro de Sessègnon para cabeceio tranquilo de Campbell.
A sucessão de gols na partida foi idêntica a do jogo entre o mesmo Sunderland e o Chelsea. Apesar das derrotas e da campanha que coloca o time de Martin O'Neill bastante próximo da zona de descenso, acredito que o Sunderland tenha totais condições de se afastar das últimas posições na tabela. O United, por sua vez, caminha para o título inglês, que na temporada passada acabou indo para o lado azul da cidade de Manchester (hoje o City é o vice-líder, seis pontos atrás).
Confira como foi a transmissão da partida em tempo real pelo @jogandoagora #MUnSun
Marcadores:
'Premiership',
Manchester United,
Sunderland
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Chelsea Vence, Convence E Ganha Moral Pra Final Do Mundial
A quase unânime opinião de que o Monterrey daria mais trabalho ao Chelsea do que o Al Ahly ao Corinthians foi frustrada após a realização das semifinais. Enquanto os egípcios deram uma canseira na equipe de Tite e quase levaram o jogo para a prorrogação, os mexicanos sucumbiram a um adversário explicitamente superior, que se deu ao luxo de terminar a partida em ritmo de treinamento.
E olha que os Azuis jogaram desfalcados de uma peça-chave: o brasileiro Ramires, que assistiu do banco de reservas o compatriota David Luiz desempenhar bem a função de volante. Com cinco minutos de partida, David Luiz já tinha dado um chute perigoso e efetuado uma bela enfiada de bola para Hazard, que quase resultou no primeiro gol do jogo.
Primeiro gol que saiu aos dezesseis minutos, naquela que foi a primeira participação efetiva de Ashley Cole no campo de ataque. O lateral-esquerdo se apresentou, tabelou com Oscar recebendo toque de calcanhar e serviu Juan Mata, que finalizou bem, no canto direito. 1a0 Chelsea em linda trama de jogada.
O Chelsea teve novas chances de gol, mas aos poucos o Monterrey foi encaixando melhor a marcação e dificultando o poder de criação dos comandados de Rafa Benítez. Até o intervalo. Na volta, não durou vinte segundos a continuidade do placar: após jogada individual de Eden Hazard pela esquerda, Fernando Torres recebeu, ajeitou com dois toques na bola e chutou para marcar o segundo.
A intensidade do Chelsea parecia ininterrupta e o terceiro gol saiu aos dois minutos. Em jogada espanhola envolvendo os dois autores dos gols, Torres inverteu com estilo para Mata, que recebeu na direita, buscou Oscar e Chavez acabou marcando contra. 3a0 Chelsea.
A tônica da partida continuava a mesma: o Chelsea presente no campo de ataque, tocando a bola. Com o placar confortável, Benítez foi promovendo alterações provavelmente mais pensando na final com o Corinthians do que nos minutos que restavam com o Monterrey. Aos poucos, os mexicanos foram se sobressaindo, chegando a ter mais tempo de posse de bola.
O atacante Aldo de Nigris era acionado rotineiramente, mas não conseguia passar por Petr Cech. Foram pelo menos três intervenções do arqueiro para evitar chances claras de gol do camisa nove. Mas o jogo limpo do Monterrey - digno de elogios - foi premiado com um gol de honra, nos acréscimos. E só podia ser dele: De Nigris, que recebeu pela direita e, dessa vez, venceu Cech.
Mas quem saiu vitorioso mesmo na noite de Yokohama foi o o futebol. Depois de tanta pancadaria na(s) final(is) da Copa Sul-Americana, um alento ver uma partida onde o foco é exclusivamente a bola. Que, por sinal, foi muito bem tratada na maior parte do tempo.
Confira como foi a transmissão da partida em tempo real, pelo @jogandoagora #MonChe.
E olha que os Azuis jogaram desfalcados de uma peça-chave: o brasileiro Ramires, que assistiu do banco de reservas o compatriota David Luiz desempenhar bem a função de volante. Com cinco minutos de partida, David Luiz já tinha dado um chute perigoso e efetuado uma bela enfiada de bola para Hazard, que quase resultou no primeiro gol do jogo.
Primeiro gol que saiu aos dezesseis minutos, naquela que foi a primeira participação efetiva de Ashley Cole no campo de ataque. O lateral-esquerdo se apresentou, tabelou com Oscar recebendo toque de calcanhar e serviu Juan Mata, que finalizou bem, no canto direito. 1a0 Chelsea em linda trama de jogada.
O Chelsea teve novas chances de gol, mas aos poucos o Monterrey foi encaixando melhor a marcação e dificultando o poder de criação dos comandados de Rafa Benítez. Até o intervalo. Na volta, não durou vinte segundos a continuidade do placar: após jogada individual de Eden Hazard pela esquerda, Fernando Torres recebeu, ajeitou com dois toques na bola e chutou para marcar o segundo.
A intensidade do Chelsea parecia ininterrupta e o terceiro gol saiu aos dois minutos. Em jogada espanhola envolvendo os dois autores dos gols, Torres inverteu com estilo para Mata, que recebeu na direita, buscou Oscar e Chavez acabou marcando contra. 3a0 Chelsea.
A tônica da partida continuava a mesma: o Chelsea presente no campo de ataque, tocando a bola. Com o placar confortável, Benítez foi promovendo alterações provavelmente mais pensando na final com o Corinthians do que nos minutos que restavam com o Monterrey. Aos poucos, os mexicanos foram se sobressaindo, chegando a ter mais tempo de posse de bola.
O atacante Aldo de Nigris era acionado rotineiramente, mas não conseguia passar por Petr Cech. Foram pelo menos três intervenções do arqueiro para evitar chances claras de gol do camisa nove. Mas o jogo limpo do Monterrey - digno de elogios - foi premiado com um gol de honra, nos acréscimos. E só podia ser dele: De Nigris, que recebeu pela direita e, dessa vez, venceu Cech.
Mas quem saiu vitorioso mesmo na noite de Yokohama foi o o futebol. Depois de tanta pancadaria na(s) final(is) da Copa Sul-Americana, um alento ver uma partida onde o foco é exclusivamente a bola. Que, por sinal, foi muito bem tratada na maior parte do tempo.
Confira como foi a transmissão da partida em tempo real, pelo @jogandoagora #MonChe.
Em Final No Estilo CONMEBOL, São Paulo Levanta Taça Sul-Americana
O São Paulo foi sempre superior ao Tigre. Superioridade que é técnica, pois os jogadores são flagrantemente mais habilidosos. Que é tática, pois o time de Ney Franco é visivelmente mais disposto a atacar. E isso foi abordado no Jogada De (E)feito anteriormente. Aliás, curiosamente, foi feita aqui uma espécie de previsão, quase uma profecia:
Se o Tigre se limitar a fazer o mesmo que fez em La Bombonera, já dá para selar o São Paulo campeão continental. Aliás, se o árbitro escalado para o duelo for cumpridor da regra - diferentemente do paraguaio Antonio Arias, cúmplice da violência em Buenos Aires -, a partida corre o risco de terminar antes dos noventa minutos regulamentares, por excesso de jogadores expulsos.E a partida, de fato, terminou antes dos noventa minutos regulamentares. Terminou mais precisamente no intervalo desse jogo de volta. Ou seja, a superioridade são-paulina, que tinha tudo para ser de 180 minutos, parou nos 135. O saldo da "partida sem fim" no Morumbi foram dois belos gols tricolores (o primeiro de Lucas e o segundo de Osvaldo, em assistência de Lucas). Lucas que, melhor em campo, foi mais uma vez vítima da violência adversária, tendo inclusive sofrido agressão no rosto que rendeu um ferimento sangrento no nariz do craque.
E deixo aqui registrada a abominação a qualquer que seja a forma de violência. Desferir cotoveladas e pontapés num companheiro de profissão é condenável. Infelizmente, a figura escalada para condenar, por vezes sequer falta assinala. É triste. E, de quebra, a final entre São Paulo e Tigre teve um agravante: a denúncia de que jogadores do clube argentino foram agredidos por seguranças a serviço (?) do São Paulo Futebol Clube. Fala-se em pancadaria com sangue e revólver apontado para o peito. Gente, pelo amor de Deus, isso é qualquer coisa, menos futebol. Menos esporte. Menos segurança. Ultrapassou qualquer limite do aceitável e do tolerável. Apuração é necessária para se ver até onde a história é fantasiosa e/ou realista.
Fato é que, vendo um gramado prejudicado porque teve show da Madonna; vendo um festival de entradas desleais num jogo onde uma equipe parece não aceitar esportivamente o fato de ser inferior ao seu oponente; vendo arbitragens serem cúmplices da violência ao não punir os infratores com o rigor da regra do jogo; vendo seguranças e/ou policiais agindo de maneira criminosa e covarde; vendo a CONMEBOL não tomar qualquer atitude para corrigir esse cenário caótico, chego a uma conclusão.
Concluo que o Brasil e a América do Sul não merecem jogadores como Lucas. Menino de talento notável, negociado com o Paris Saint-Germain, desejo-lhe a sorte de encontrar pela frente técnicos de futebol que valorizem o seu encantador estilo de jogo, tal como fez e faz o Ney Franco. A sorte de sair dessa bagunça generalizada você já teve. Obrigado pela beleza de seu jogo e desculpe a nossa falha.
Marcadores:
Copa Sul-Americana,
Final,
Lucas Rodrigues,
São Paulo,
Tigre
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Sai Dos Campos O Atleta - Se Inicia A Lenda
Me esforço muito pra lembrar quais eram as minhas primeiras lembranças como palmeirense.
A primeira lembrança muito clara que tenho foi a da final da Copa do Brasil de 98, embora de vez em quando alguns relances mais antigos vem do nada em minha mente.
Tinha 10 anos. Lembro que gravei a final em um VHS. Era um sábado a tarde.
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro. Paulo Nunes no primeiro tempo e Oséas aos 44 do segundo tempo no lendário "gol espírita", depois do goleiro do Cruzeiro não conseguir encaixar uma falta cobrada por Zinho.
Só tive uma breve noção da importância daquilo no ano seguinte, quando jogamos a Libertadores. A lembrança desse campeonato também não é completa. Lembro raramente da primeira fase. Lembro do segundo jogo das oitavas contra o Vasco, atual campeão. Lembro da desolação do meu pai quando Velloso se machucou e tinha que ser colocado o jovem Marcos no gol contra o Corinthians nas quartas de final. Fechou o gol. Lembro pouco das semifinais contra o River mas lembro nitidamente da grande final e do pênalti perdido por Zapata, que deu o título.
A partir daí as lembranças são mais claras. Rio-São Paulo e Copa dos Campeões de 2000, e assim segue.
O que resumo é que para qualquer palmeirense que não viu os grandes ídolos da academia jogar, os jogadores desta geração são os grandes símbolos do clube. Oséas, Paulo Nunes, César Sampaio, Alex, Galeano... esses são sinônimos de heróis de grandes batalhas que pra sempre ficarão marcadas no coração do torcedor.
E entre eles estava o símbolo maior. Símbolo da humildade, do respeito e da autenticidade. Símbolo de jogador que ama a camisa que veste. Marcos. Marcão. São Marcos.
Marcos em sua entrevista na noite de ontem brincou : 'Fiz mais de 500 jogos e só lembram de 4. As 2 decisões por pênaltis contra o Corinthians e as falhas do Manchester e do Vitória'.
Eu como um saudosista faço questão de lembrar outros jogos que Marcos me deu um orgulho absurdo de ser palmeirense. No Paulistão de 2002, o São Caetano era devastador, liderou de ponta a ponta o campeonato, e podia fazer o jogo das quartas de final em casa. O Verdão era a vítima a ser batida. Mas com 2 gols de Thiago Gentil, o Palmeiras eliminou o adversário por 2x0 numa noite em que Marcos foi terrivelmente bombardeado por Adhemar, César e companhia. Foram mais de 30 cacetadas com direção a gol e lembro que os chutes eram tão fortes que Marcos quase não encaixou nenhum. Mas nos salvou.
Outro jogo memorável, e este até hoje bato no peito e grito que sou palmeiras de tanto orgulho que tive, foi nas oitavas de final da Libertadores de 2010. Jogo de volta. Sport x Palmeiras. Jogo na Ilha do Retiro completamente lotada. O Sport ainda estava invicto no ano todo e usava de seu estádio pra arena de tortura de seus adversários. O Palmeiras venceu o primeiro jogo por 1 x 0 e todos davam como certa uma goleada para os pernambucanos na volta. Mas não contavam que o Santo estava inspirado. Fez milagres sensacionais, além de defender 3 pênaltis, calando o Brasil, que dava como certa a eliminação palmeirense.
Não vou tomar mais tempo do internauta, pra chover no molhado. Preciso falar de Brasil x Bélgica? De Brasil x Alemanha? Preciso lembrar a recusa de jogar no Arsenal pra disputar a série B com o Palmeiras?
É por essas e outras que eu e mais 38 mil palmeirenses ontem nos comovemos entre lágrimas, gritos, palmas, cantos e sorrisos. Ver nosso símbolo maior dar adeus doeu, mas se misturou a muita alegria. Não foi só o adeus de Marcos. Foi o adeus de muitos craques que nunca tiveram um jogo festivo pra poderem ser aplaudidos por tudo que fizeram por nós.
Ver Oséas entrar em campo, ver Euller tocando a bola na frente e ganhando na corrida de quem quer que fosse, ver Alex recebendo a bola e quando todo mundo achava que não tinha espaço pra nada ele achava uma saída, um passe, um lançamento inesperado...
E simplesmente ver o maior de todos os tempos, o Divino, Adhemir da Guia receber a bola , fez o coração lembrar que por mais que nuvens negras estejam sobre nós, ser palmeirense é algo indescritível.
A despedida de Marcos ficará guardada pra sempre em meu coração. Um dia meus filhos verão vídeos do Pentacampeonato mundial, e do título da Libertadores de 99. E eu falarei a eles: eu fui pessoalmente agradecer a cada um ali pelas alegrias que me deram nestes anos de vida. Em especial aquele ali atrás. Aquele que chamam de Santo. Aquele que hoje é uma lenda que nunca será apagada.
Por Lucas Vinícius
A primeira lembrança muito clara que tenho foi a da final da Copa do Brasil de 98, embora de vez em quando alguns relances mais antigos vem do nada em minha mente.
Tinha 10 anos. Lembro que gravei a final em um VHS. Era um sábado a tarde.
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro. Paulo Nunes no primeiro tempo e Oséas aos 44 do segundo tempo no lendário "gol espírita", depois do goleiro do Cruzeiro não conseguir encaixar uma falta cobrada por Zinho.
Só tive uma breve noção da importância daquilo no ano seguinte, quando jogamos a Libertadores. A lembrança desse campeonato também não é completa. Lembro raramente da primeira fase. Lembro do segundo jogo das oitavas contra o Vasco, atual campeão. Lembro da desolação do meu pai quando Velloso se machucou e tinha que ser colocado o jovem Marcos no gol contra o Corinthians nas quartas de final. Fechou o gol. Lembro pouco das semifinais contra o River mas lembro nitidamente da grande final e do pênalti perdido por Zapata, que deu o título.
A partir daí as lembranças são mais claras. Rio-São Paulo e Copa dos Campeões de 2000, e assim segue.
O que resumo é que para qualquer palmeirense que não viu os grandes ídolos da academia jogar, os jogadores desta geração são os grandes símbolos do clube. Oséas, Paulo Nunes, César Sampaio, Alex, Galeano... esses são sinônimos de heróis de grandes batalhas que pra sempre ficarão marcadas no coração do torcedor.
E entre eles estava o símbolo maior. Símbolo da humildade, do respeito e da autenticidade. Símbolo de jogador que ama a camisa que veste. Marcos. Marcão. São Marcos.
Marcos em sua entrevista na noite de ontem brincou : 'Fiz mais de 500 jogos e só lembram de 4. As 2 decisões por pênaltis contra o Corinthians e as falhas do Manchester e do Vitória'.
Eu como um saudosista faço questão de lembrar outros jogos que Marcos me deu um orgulho absurdo de ser palmeirense. No Paulistão de 2002, o São Caetano era devastador, liderou de ponta a ponta o campeonato, e podia fazer o jogo das quartas de final em casa. O Verdão era a vítima a ser batida. Mas com 2 gols de Thiago Gentil, o Palmeiras eliminou o adversário por 2x0 numa noite em que Marcos foi terrivelmente bombardeado por Adhemar, César e companhia. Foram mais de 30 cacetadas com direção a gol e lembro que os chutes eram tão fortes que Marcos quase não encaixou nenhum. Mas nos salvou.
Outro jogo memorável, e este até hoje bato no peito e grito que sou palmeiras de tanto orgulho que tive, foi nas oitavas de final da Libertadores de 2010. Jogo de volta. Sport x Palmeiras. Jogo na Ilha do Retiro completamente lotada. O Sport ainda estava invicto no ano todo e usava de seu estádio pra arena de tortura de seus adversários. O Palmeiras venceu o primeiro jogo por 1 x 0 e todos davam como certa uma goleada para os pernambucanos na volta. Mas não contavam que o Santo estava inspirado. Fez milagres sensacionais, além de defender 3 pênaltis, calando o Brasil, que dava como certa a eliminação palmeirense.
Não vou tomar mais tempo do internauta, pra chover no molhado. Preciso falar de Brasil x Bélgica? De Brasil x Alemanha? Preciso lembrar a recusa de jogar no Arsenal pra disputar a série B com o Palmeiras?
É por essas e outras que eu e mais 38 mil palmeirenses ontem nos comovemos entre lágrimas, gritos, palmas, cantos e sorrisos. Ver nosso símbolo maior dar adeus doeu, mas se misturou a muita alegria. Não foi só o adeus de Marcos. Foi o adeus de muitos craques que nunca tiveram um jogo festivo pra poderem ser aplaudidos por tudo que fizeram por nós.
Ver Oséas entrar em campo, ver Euller tocando a bola na frente e ganhando na corrida de quem quer que fosse, ver Alex recebendo a bola e quando todo mundo achava que não tinha espaço pra nada ele achava uma saída, um passe, um lançamento inesperado...
E simplesmente ver o maior de todos os tempos, o Divino, Adhemir da Guia receber a bola , fez o coração lembrar que por mais que nuvens negras estejam sobre nós, ser palmeirense é algo indescritível.
A despedida de Marcos ficará guardada pra sempre em meu coração. Um dia meus filhos verão vídeos do Pentacampeonato mundial, e do título da Libertadores de 99. E eu falarei a eles: eu fui pessoalmente agradecer a cada um ali pelas alegrias que me deram nestes anos de vida. Em especial aquele ali atrás. Aquele que chamam de Santo. Aquele que hoje é uma lenda que nunca será apagada.
Por Lucas Vinícius
Guerrero Do Parque São Jorge
Ele não estava na campanha do título na Copa Libertadores da América 2012. E, com uma contusão a algumas semanas do Mundial, tinha sua presença colocada em dúvida para essa partida semifinal. Dúvida que não habitou a cabeça dele próprio, pois sempre deu declarações de que estava bem e à disposição do treinador. E Paolo honrou o sobrenome. Saiu de sua cabeça a única bola que tomou o rumo da rede. Douglas cruzou de três dedos e o centroavante peruano cumpriu o ofício goleador.
Mas o que dizer do conjunto do Corinthians na partida diante do Al Ahly? Organizado do início ao fim, o time comandado por Tite foi timidamente superior durante um primeiro tempo equilibrado. Na etapa complementar, desabou após a entrada de Aboutrika no lugar de El Said, com menos de dez minutos. Aboutrika tem boa técnica, mostrando-se um jogador diferenciado pela simples forma como pega na bola. Tem visão. Tem categoria. Tem experiência. Mas um time como o Corinthians não pode nem deve se deixar dominar de tal maneira após uma mudança de jogadores no adversário. Nem que fosse o Lionel Messi entrando no gramado. Principalmente porque, do lado de lá, não estava nenhum Barcelona. Então fica a pergunta: até que ponto a entrada de Aboutrika melhorou o Al Ahly e até que ponto a melhora do Al Ahly fez desabar o desempenho corinthiano?
Fato é que os egípcios dominaram a etapa complementar e tiveram pelo menos três chances claras de gol. Três chances talvez mais claras do que o próprio lance do gol de Guerrero. Azar do Al Ahly que, num jogo onde vinte e oito atletas foram utilizados, quiseram os deuses do futebol que o herói na noite japonesa fosse um estrangeiro. Sorte do Corinthians que ele estava do lado brasileiro. É bem como dizem: São Jorge, santo Guerrero.
Mas o que dizer do conjunto do Corinthians na partida diante do Al Ahly? Organizado do início ao fim, o time comandado por Tite foi timidamente superior durante um primeiro tempo equilibrado. Na etapa complementar, desabou após a entrada de Aboutrika no lugar de El Said, com menos de dez minutos. Aboutrika tem boa técnica, mostrando-se um jogador diferenciado pela simples forma como pega na bola. Tem visão. Tem categoria. Tem experiência. Mas um time como o Corinthians não pode nem deve se deixar dominar de tal maneira após uma mudança de jogadores no adversário. Nem que fosse o Lionel Messi entrando no gramado. Principalmente porque, do lado de lá, não estava nenhum Barcelona. Então fica a pergunta: até que ponto a entrada de Aboutrika melhorou o Al Ahly e até que ponto a melhora do Al Ahly fez desabar o desempenho corinthiano?
Fato é que os egípcios dominaram a etapa complementar e tiveram pelo menos três chances claras de gol. Três chances talvez mais claras do que o próprio lance do gol de Guerrero. Azar do Al Ahly que, num jogo onde vinte e oito atletas foram utilizados, quiseram os deuses do futebol que o herói na noite japonesa fosse um estrangeiro. Sorte do Corinthians que ele estava do lado brasileiro. É bem como dizem: São Jorge, santo Guerrero.
Marcadores:
Al Ahly,
Corinthians,
Mundial de Clubes,
Semifinal
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
São Paulo E Tigre - A Volta
Nessa quarta-feira, 12.12.12, São Paulo e Tigre decidirão o título na Copa Sul-Americana 2012. Chegam até a partida final vivendo momentos distintos, com times distintos e estilos de jogo distintos. Nos três aspectos - momento, time e estilo de jogo - o São Paulo leva vantagem.
Como se não bastasse o fato de atravessar uma melhor sequência de resultados na temporada, de contar com uma equipe de maior qualidade técnica e de apresentar um futebol mais atrativo, o Tricolor Paulista ainda contará com o apoio de uma torcida que esgotou os ingressos do Morumbi.
Se o Tigre se limitar a fazer o mesmo que fez em La Bombonera, já dá para selar o São Paulo campeão continental. Aliás, se o árbitro escalado para o duelo for cumpridor da regra - diferentemente do paraguaio Antonio Arias, cúmplice da violência em Buenos Aires -, a partida corre o risco de terminar antes dos noventa minutos regulamentares, por excesso de jogadores expulsos.
O desfalque de Luís Fabiano, que no jogo de ida recebeu corretamente o cartão vermelho após mais um destempero em sua carreira de reincidências de indisciplina, deverá ser menos impactante dessa vez, pois Ney Franco deverá contar com Willian José, jogador com algum faro de goleador (embora nada que se compare ao titular da posição). De resto, fica a torcida para que tenhamos um grande jogo. Do lado dos comandados de Ney Franco, espero mais uma bela atuação, se possível como a vista na goleada sobre a Universidad de Chile, na fase quartas-de-final. Do lado do time dirigido por Nestor Raúl Gorosito, vamos tirar a prova se aquele tanto de botinada foram "infelizes coincidências" ou se faz parte de uma "estratégia de jogo".
Ah! Será a despedida do ótimo Lucas com a camisa do São Paulo! No último treino, o hábil meia da seleção foi às lágrimas. Craque, garoto, brasileiro. Ganhará fortunas em Paris. Mas está com a cabeça e o coração no São Paulo Futebol Clube. Exemplo para muitos dessa profissão, dessa faixa-etária, dessa nacionalidade. Se a despedida for com título e grande atuação, seria um belo desfecho.
Marcadores:
Copa Sul-Americana,
Final,
Lucas Rodrigues,
São Paulo,
Tigre
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Equipe E Jogada Da Semana
O Chelsea atravessa momento singular nesse fim de ano (meio de temporada). Trocou de técnico algumas semanas atrás (Roberto di Matteo não resistiu à seqüência de maus resultados) e agora está no Japão para a disputa do Mundial de Clubes 2012. Na semana da viagem, a equipe jogou pela sexta rodada na fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa, goleando o Nordsjaelland por 6a1. Mesmo assim, acabou se consumando a eliminação do maior torneio continental de clubes, sendo a primeira vez na história que o atual campeão cai em plena fase de grupos. Bola pre frente, vida que segue e Rafa Benítez conseguiu, finalmente, uma vitória com os Azuis na Premiership: 3a1 pra cima do Sunderland, com belas atuações de Ramires, Mata e Torres. Graças ao excelente início na competição, o Chelsea está em terceiro na tabela de classificação. Mas agora é esquecer os torneios locais e focar na Copa do Mundo de Clubes, onde enfrentará, na semifinal, o Monterrey, na quinta-feira, dia treze. Com nove gols marcados nos últimos dois compromissos, parece que a equipe londrina retoma a confiança, buscando mais uma inédita conquista.
Jogada da semana
Nesse domingo, dia nove, o Campeonato Italiano reservou belíssimos gols e jogadas. Poderia tranqüilamente figurar nesse tópico o lance em que Robinho se desvencilhou da marcação sem tocar na bola e estufou a rede na partida em que o Milan venceu o Torino, de virada. Poderia ser também o primeiro gol da Internazionale no jogaço diante do Napoli, quando Cassano e Guarín fizeram uma parceria sensacional - um cobrando o escanteio e outro concluindo em gol. Mas a jogada da semana "tinha" que ser outra. Não daria para deixar de fora a pintura do gol da vitória juventina sobre o Palermo. Desde o lançamento de Andrea Pirlo até a finalização de Stephen Lichtsteiner, tudo muito legal. Mas o grande atrativo mesmo foi o que aconteceu entre uma coisa e outra. A própria comemoração do gol mostra como os companheiros reconheceram a qualidade da assistência. Com vocês, o montenegrino Mirko Vucinic.
Jogada da semana
Nesse domingo, dia nove, o Campeonato Italiano reservou belíssimos gols e jogadas. Poderia tranqüilamente figurar nesse tópico o lance em que Robinho se desvencilhou da marcação sem tocar na bola e estufou a rede na partida em que o Milan venceu o Torino, de virada. Poderia ser também o primeiro gol da Internazionale no jogaço diante do Napoli, quando Cassano e Guarín fizeram uma parceria sensacional - um cobrando o escanteio e outro concluindo em gol. Mas a jogada da semana "tinha" que ser outra. Não daria para deixar de fora a pintura do gol da vitória juventina sobre o Palermo. Desde o lançamento de Andrea Pirlo até a finalização de Stephen Lichtsteiner, tudo muito legal. Mas o grande atrativo mesmo foi o que aconteceu entre uma coisa e outra. A própria comemoração do gol mostra como os companheiros reconheceram a qualidade da assistência. Com vocês, o montenegrino Mirko Vucinic.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Internazionale Vence Napoli Em Grande Jogo Pelo Italiano
Ótima partida de futebol fizeram Internazionale e Napoli. Se a noite em Milão era fria (comentaram que a temperatura estava em dois graus negativos), dentro de campo - e também nas arquibancadas - o espetáculo foi quente, digno de um encontro entre duas equipes que concorrem ao título nacional, estando atrás somente da líder, a Juventus. Com a vitória por 2a1, a Inter trocou de posição com os napolitanos, saindo do terceiro lugar para a vice-liderança, ficando a quatro pontos da Juve.
Tanto Stramaccioni quanto Mazzarri optaram por uma formação com três homens na linha de zaga (a Inter com Ranocchia, Cambiasso e Juan; o Napoli com Gamberini, Cannavaro e Britos). Destes seis, destaco as atuações de Juan (embora às vezes afoito, demonstrou personalidade rara a um zagueiro brasileiro tão jovem num time de ponta europeu) e do uruguaio Britos, este apresentando qualidade defendendo e também nas ocasiões em que detinha a posse de bola. No meio-campo, o dono do setor era o colombiano Freddy Guarín. Aos sete minutos, abriu o placar com chute de primeira, após magistral cobrança de escanteio de Antonio Cassano. Aos trinta e oito, deu assistência primorosa para Diego Milito, oportunista, anotar o segundo tento nerazzurri.
Mas o Napoli, que era melhor no jogo quando teve a infelicidade de levar o segundo gol, não se entregou. Pelo contrário: voltou do intervalo com ímpeto ainda maior, motivado pela entrada do ex-interista Goran Pandev no lugar de Gamberini. Aos oito, uma jogada de intenso bate-rebate teve bola de Pandev no travessão, defesa de Handanovic após chute de Maggio e bola na rede no rebote de Cavani. Os visitantes, valentes, atacavam e davam muito trabalho aos donos da casa. Em resposta, Guarín e Palacio atormentavam nas saídas em contra-ataques.
Não saiu nem o terceiro gol da Inter nem o empate napolitano - que seria o mais sob medida pela dinâmica dos acontecimentos. Mas não faltou emoção numa partida entre duas equipes muito bem montadas. Faltou, isto sim, a presença de Wesley Sneijder e de Eduardo Vargas. A diferença é que o holandês não foi relacionado pois ainda não chegou a um acordo com o clube quanto à renovação contratual, enquanto o chileno ficou o tempo todo na condição de suplente. Uma pena, pois o jogo que já foi de ótimo nível, poderia ter sido ainda melhor se essas duas feras estivessem no gramado.
Mais detalhes sobre a partida pode ser visto no @jogandoagora.
Tanto Stramaccioni quanto Mazzarri optaram por uma formação com três homens na linha de zaga (a Inter com Ranocchia, Cambiasso e Juan; o Napoli com Gamberini, Cannavaro e Britos). Destes seis, destaco as atuações de Juan (embora às vezes afoito, demonstrou personalidade rara a um zagueiro brasileiro tão jovem num time de ponta europeu) e do uruguaio Britos, este apresentando qualidade defendendo e também nas ocasiões em que detinha a posse de bola. No meio-campo, o dono do setor era o colombiano Freddy Guarín. Aos sete minutos, abriu o placar com chute de primeira, após magistral cobrança de escanteio de Antonio Cassano. Aos trinta e oito, deu assistência primorosa para Diego Milito, oportunista, anotar o segundo tento nerazzurri.
Mas o Napoli, que era melhor no jogo quando teve a infelicidade de levar o segundo gol, não se entregou. Pelo contrário: voltou do intervalo com ímpeto ainda maior, motivado pela entrada do ex-interista Goran Pandev no lugar de Gamberini. Aos oito, uma jogada de intenso bate-rebate teve bola de Pandev no travessão, defesa de Handanovic após chute de Maggio e bola na rede no rebote de Cavani. Os visitantes, valentes, atacavam e davam muito trabalho aos donos da casa. Em resposta, Guarín e Palacio atormentavam nas saídas em contra-ataques.
Não saiu nem o terceiro gol da Inter nem o empate napolitano - que seria o mais sob medida pela dinâmica dos acontecimentos. Mas não faltou emoção numa partida entre duas equipes muito bem montadas. Faltou, isto sim, a presença de Wesley Sneijder e de Eduardo Vargas. A diferença é que o holandês não foi relacionado pois ainda não chegou a um acordo com o clube quanto à renovação contratual, enquanto o chileno ficou o tempo todo na condição de suplente. Uma pena, pois o jogo que já foi de ótimo nível, poderia ter sido ainda melhor se essas duas feras estivessem no gramado.
Mais detalhes sobre a partida pode ser visto no @jogandoagora.
Marcadores:
Campeonato Italiano,
Internazionale,
Napoli
Al Ahly Na Rota Do Bando De Loucos
Com uma vitória por 2a1 sobre o Sanfrecce Hiroshima, o Al Ahly garantiu presença na fase semifinal no Mundial de Clubes 2012. Isso quer dizer que teremos os brasileiros do Corinthians duelando com os egípcios do Al Ahly, em partida agendada para a cabalística data de 12.12.12.
Dizer que o Al Ahly de bobo não tem nada é redundância clichezística. Primeiramente porque a categoria dos bobos está em vias de extinção no futebol profissional. Depois, porque para marcar presença na Copa do Mundo de Clubes, há que se ter algum tipo de mérito. O do Al Ahly, a julgar principalmente pelo segundo tempo de partida na noite japonesa (manhã brasileira), está na experiência de seu elenco. Se por um lado o Hiroshima esbanjava velocidade e deslocamento pelo gramado, a equipe comandada por Hossam El Badry era fiel a um estilo de jogo mais lento, mas de bastante noção do que fazer - e quando fazer - com a bola. O gol da vitória foi marcado pelo veterano Mohamed Aboutrika, que começou a partida na condição de suplente. Outro que entrou com o jogo em andamento foi Trezeguet. Mas não se engane: esse não é aquele francês com passagem marcante pela Juventus. Com dezoito anos de idade, entrou para atuar aberto pelo lado direito ofensivo.
Invicto há sete partidas (a última derrota foi para o Tout Puissant Mazembe, velho conhecido dos colorados), o time egípcio parece pecar um pouco pela previsibilidade na transição ao ataque e pelo ineficaz sistema de marcação na última linha de defensores. Quer dizer, não sei se o desempenho da equipe diante dos japoneses era regra ou exceção. Mas o fato é que terão de jogar mais que isso para fazerem frente aos comandados de Tite.
Na outra chave, o Monterrey, que passou pelo Ulsan com vitória por 3a1, enfrenta o Chelsea, que viajou ontem após a vitória por 3a1 sobre o Sunderland, pela Premiership.
Dizer que o Al Ahly de bobo não tem nada é redundância clichezística. Primeiramente porque a categoria dos bobos está em vias de extinção no futebol profissional. Depois, porque para marcar presença na Copa do Mundo de Clubes, há que se ter algum tipo de mérito. O do Al Ahly, a julgar principalmente pelo segundo tempo de partida na noite japonesa (manhã brasileira), está na experiência de seu elenco. Se por um lado o Hiroshima esbanjava velocidade e deslocamento pelo gramado, a equipe comandada por Hossam El Badry era fiel a um estilo de jogo mais lento, mas de bastante noção do que fazer - e quando fazer - com a bola. O gol da vitória foi marcado pelo veterano Mohamed Aboutrika, que começou a partida na condição de suplente. Outro que entrou com o jogo em andamento foi Trezeguet. Mas não se engane: esse não é aquele francês com passagem marcante pela Juventus. Com dezoito anos de idade, entrou para atuar aberto pelo lado direito ofensivo.
Invicto há sete partidas (a última derrota foi para o Tout Puissant Mazembe, velho conhecido dos colorados), o time egípcio parece pecar um pouco pela previsibilidade na transição ao ataque e pelo ineficaz sistema de marcação na última linha de defensores. Quer dizer, não sei se o desempenho da equipe diante dos japoneses era regra ou exceção. Mas o fato é que terão de jogar mais que isso para fazerem frente aos comandados de Tite.
Na outra chave, o Monterrey, que passou pelo Ulsan com vitória por 3a1, enfrenta o Chelsea, que viajou ontem após a vitória por 3a1 sobre o Sunderland, pela Premiership.
Marcadores:
Al Ahly,
Mundial de Clubes,
Quartas-de-final
sábado, 8 de dezembro de 2012
Espanhóis Resolvem E Chelsea Vence No Inglês - Agora É No Japão
Blogueiro de volta com internet (adeus, Claro!) e TV por assinatura (após quase uma década limitado à programação aberta). Então, cá estamos para "quebrar o jejum" do blógui e voltar com as postagens.
Nesse sábado, o Chelsea foi até o Stadium Of Light enfrentar o Sunderland, em seu último compromisso oficial antes da viagem ao Japão para a disputa da Copa do Mundo de Clubes 2012. Os Azuis, que começaram a Premiership com sete vitórias e um empate nas oito primeiras rodadas, não venciam há sete jornadas, período no qual rolou inclusive a demissão de Roberto di Matteo, que não resistiu à campanha medíocre na fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa (o Chelsea é o primeiro clube na história do torneio a não passar dessa fase na condição de atual campeão). O espanhol Rafael Banítez chegou e, se o time ainda não tem a "sua cara", parece estar recuperando a moral: a vitória por 3a1 sobre o Sunderland deve tornar a longa viagem um tanto mais leve para o elenco. Que o diga o atacante Fernando Torres, que voltou a balançar as redes no Campeonato Inglês após doze horas e meia. E El Niño marcou logo duas vezes, sendo o destaque na partida - o outro gol da equipe foi de Juan Manuel Mata, aproveitando rebote de belo remate de Torres, que havia carimbado o travessão.
O corinthiano que acompanhou o jogo espiando aquele que pode ser o adversário da equipe na final do Mundial de Clubes - isso se ambos os conjuntos passarem pela fase semifinal -, deve ter ficado preocupado com a boa performance de Mata, jogador que vem mostrando grande capacidade na distribuição das jogadas. Ramires também fez ótima partida, enquanto Oscar, que entrou depois que Oriol Romeu deixou o campo sentindo alguma lesão, pode - e deve - render muito mais do que o apresentado hoje. Eden Hazard oscilou momentos de lucidez com sumiço absoluto, mas, no geral, foi bastante útil taticamente na composição do meio-campo.
De ânimo renovado após a eliminação na UEFA Champions League, o Chelsea tem tudo para buscar um novo gás para a sequência da temporada através de mais um título inédito na história do clube. Só que é atrás do mesmo ineditismo que estará indo o Corinthians. Quer dizer, a menos que alguém leve aquele torneio de 2000, disputado no Brasil, a sério...
E para não dizer que não falamos no Sunderland, bem, a equipe comandada por Martin O'Neill acaba de adentrar na zona de descenso. Mas só depende de si para sair de lá, pois tem dois pontos a menos e um jogo em atraso em relação ao Wigan. Adam Johnson, que temporada passada esteve no Manchester City, marcou o gol dos donos da casa e foi o elemento mais criativo da equipe. Sèssegnon e Gardner também deram algum trabalho aos visitantes, mas a bem da verdade, os raros momentos de pressão dos Gatos Pretos só ocorreram depois que a (des)vantagem estava dilatada, com alguns torcedores nem ficando para ver e ouvir o apito final. Aliás, parabéns a essa torcida, que mesmo com o clube em situação complicada, tem uma das oito maiores médias de público no torneio, levando cerca de quarenta mil espectadores para o Stadium Of Light. Procurando, talvez, uma luz no fim do túnel...
Nesse sábado, o Chelsea foi até o Stadium Of Light enfrentar o Sunderland, em seu último compromisso oficial antes da viagem ao Japão para a disputa da Copa do Mundo de Clubes 2012. Os Azuis, que começaram a Premiership com sete vitórias e um empate nas oito primeiras rodadas, não venciam há sete jornadas, período no qual rolou inclusive a demissão de Roberto di Matteo, que não resistiu à campanha medíocre na fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa (o Chelsea é o primeiro clube na história do torneio a não passar dessa fase na condição de atual campeão). O espanhol Rafael Banítez chegou e, se o time ainda não tem a "sua cara", parece estar recuperando a moral: a vitória por 3a1 sobre o Sunderland deve tornar a longa viagem um tanto mais leve para o elenco. Que o diga o atacante Fernando Torres, que voltou a balançar as redes no Campeonato Inglês após doze horas e meia. E El Niño marcou logo duas vezes, sendo o destaque na partida - o outro gol da equipe foi de Juan Manuel Mata, aproveitando rebote de belo remate de Torres, que havia carimbado o travessão.
O corinthiano que acompanhou o jogo espiando aquele que pode ser o adversário da equipe na final do Mundial de Clubes - isso se ambos os conjuntos passarem pela fase semifinal -, deve ter ficado preocupado com a boa performance de Mata, jogador que vem mostrando grande capacidade na distribuição das jogadas. Ramires também fez ótima partida, enquanto Oscar, que entrou depois que Oriol Romeu deixou o campo sentindo alguma lesão, pode - e deve - render muito mais do que o apresentado hoje. Eden Hazard oscilou momentos de lucidez com sumiço absoluto, mas, no geral, foi bastante útil taticamente na composição do meio-campo.
De ânimo renovado após a eliminação na UEFA Champions League, o Chelsea tem tudo para buscar um novo gás para a sequência da temporada através de mais um título inédito na história do clube. Só que é atrás do mesmo ineditismo que estará indo o Corinthians. Quer dizer, a menos que alguém leve aquele torneio de 2000, disputado no Brasil, a sério...
E para não dizer que não falamos no Sunderland, bem, a equipe comandada por Martin O'Neill acaba de adentrar na zona de descenso. Mas só depende de si para sair de lá, pois tem dois pontos a menos e um jogo em atraso em relação ao Wigan. Adam Johnson, que temporada passada esteve no Manchester City, marcou o gol dos donos da casa e foi o elemento mais criativo da equipe. Sèssegnon e Gardner também deram algum trabalho aos visitantes, mas a bem da verdade, os raros momentos de pressão dos Gatos Pretos só ocorreram depois que a (des)vantagem estava dilatada, com alguns torcedores nem ficando para ver e ouvir o apito final. Aliás, parabéns a essa torcida, que mesmo com o clube em situação complicada, tem uma das oito maiores médias de público no torneio, levando cerca de quarenta mil espectadores para o Stadium Of Light. Procurando, talvez, uma luz no fim do túnel...
Marcadores:
'Premiership',
Chelsea,
Sunderland
Assinar:
Postagens (Atom)