segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Seleção Brasileira Fecha 2011 Vencendo Mas Não Convencendo

Dois gols do atacante Jonas (ex-Grêmio e atualmente no espanhol Valência) deram ao Brasil uma vitória por 2a0 sobre o Egito, no último compromisso da seleção brasileira em 2011. A julgar pelas atuações dos conjuntos vistos em campo, tanto Bob Bradley (treinador estadunidense que dirigiu a seleção de seu país numa bela campanha na Copa do Mundo 2010) quanto Mano Menezes terão muito trabalho pela frente e desafios que, embora distintos, são parecidos em suas dificuldades: Bob tentará conduzir a limitada seleção egípcia ao Mundial de 2014, enquanto Mano buscará levar o país-sede ao hexacampeonato.

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)


A última vez que egípcios e brasileiros haviam se enfrentado foi no dia quinze de junho de dois mil e nove, pela fase de grupos na Copa das Confederações - naquela ocasião, a vitória dos comandados de Dunga deu-se de forma dramática, com o desempate em 4a3 ocorrendo nos últimos minutos de partida. Nesse catorze de novembro de dois mil e onze, quase dois anos depois, as coisas foram relativamente mais tranqüilas na partida amistosa. Não que o Brasil tenha sobrado em campo ou que tenha criado muitas oportunidades - pelo contrário, a capacidade criativa da equipe estava bastante aquém do que esperamos de uma seleção brasileira, mesmo uma seleção brasileira bastante descaracterizada (em respeito à reta final de Campeonato Brasileiro, nenhum jogador que atua na competição foi convocado, o que enfraqueceu a qualidade técnica do selecionado).

As finalizações de um lado e de outro ocorriam basicamente em remates de longa distância, notadamente em lances de bola parada. De toda forma, pelo menos duas jogadas interessantes ocorreram nos primeiros quarenta e cinco minutos. Aos trinta e dois, Hulk recebeu a bola no flanco esquerdo e, de calcanhar, passou para seu companheiro de Porto Alex Sandro, que escapou da marcação com uma meia-lua e chutou rasteiro, no canto direito, com o goleiro Ahmed Al Shenawy se esticando para realizar a defesa. Seis minutos mais tarde, placar aberto no estádio Ahmed Bin Ali: Hulk, desta vez pelo lado direito, chegou à linha-de-fundo e cruzou rasteiro para Jonas apenas completar para a rede.

Logo no primeiro minuto do segundo tempo, o Brasil ficou muito perto de chegar ao segundo gol em proporção similar do Egito perder um jogador por lesão. Mas, no lance em que Jonas driblou o goleiro, chutou e o defensor Ahmed Hegazi deu de carrinho chocando-se forte com a trave esquerda, nem a bola entrou e nem Hegazi teve maiores problemas, dando apenas um susto pela impactante imagem dele colidindo a canela ao poste.

De tanto ter faltas para bater e de tanto cobrá-las para longe do gol em tentativas diretas (sobretudo com Hulk, que o que sobra de potência no chute falta em pontaria), dessa vez aconteceu algo de diferente. Em vez de Hulk, quem estava na bola era o benfiquista e ex-Corinthians Bruno César, que cruzou na área, Fernandinho cabeceou, Ahmed Al Shenawy defendeu parcialmente e Jonas, mostrando presença de área e faro de goleador, conferiu no rebote. 2a0 para o Brasil.

Bob Bradley até procurava alternativas, mas as substituições realizadas pelo estadunidense pareciam desentrosar cada vez mais o time, que teve seis alterações de jogadores no decorrer do amistoso. Mano mexeu menos (quatro no total) e o suplente que melhor entrou em campo foi justamente o último brasileiro a pôr as chuteiras no gramado: o jovem atacante goiano Eduardo Pereira Rodrigues, o ex-cruzeirense Dudu, que aos dezenove anos atua no ucraniano Dynamo Kyiv. Ele entrou no lugar de Hulk aos trinta e oito e, aos quarenta, quase marcou: Dudu levantou a partir da esquerda, Kléber (que substituíra Jonas aos trinta e cinco) cabeceou mandando a bola na trave direita e, no rebote, Dudu cabeceou para grande defesa de Al Shenawy, naquela altura destaque absoluto da seleção egípcia. Aos quarenta e dois, Dudu foi novamente acionado pela esquerda, avançou e chutou rasteiro, com Shenawy intervindo mais uma vez e impedindo que a vitória tomasse contornos de goleada. Foi até melhor assim, porque pelo futebol apresentado ao longo do jogo e pelo rendimento no decorrer do ano, poderia soar enganoso encerrar 2011 com um placar mais dilatado.

2 comentários:

  1. http://britfoot.blogspot.com/2011/11/bolao-britfoot-16-rodada.html

    http://britfoot.blogspot.com/2011/11/verdadeiro-ou-falso-seasonfinale.html

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  2. http://britfoot.blogspot.com/2011/11/bolao-britfoot-17-rodada.html

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