domingo, 16 de junho de 2013

Campos No Maracanã: De Jogo Para Itália E México, De Guerra Para Os Brasileiros

Itália e México jogaram no Maracanã uma partida que tornou-se irrelevante se comparada à realidade circundante. Enquanto as seleções de Cesare Prandelli e José Manuel De La Torre disputavam algo que valia três pontos para o vencedor, nos arredores do estádio centenas de manifestantes eram reprimidos por policiais agressivos, violentos e fortemente armados. Manifestação pacífica. Então, fica a pergunta: para quem serve a polícia?

Dentro de campo - como se fosse humanamente aceitável olhar para o gramado enquanto nas ruas acontecia o que acontecia -, a Itália criou mais chances e mereceu vencer o jogo diante dos mexicanos. A transmissão televisiva, honrando os dizeres de que a revolução não será televisionada, não prestou uma única palavra sobre a barbárie e o caos que aconteciam a alguns metros de onde a partida se consumava. Mídia golpista é isso.

Guardado, Aquino, Giovani Dos Santos e Hernández participaram menos do jogo do que o amante de futebol gostaria: apesar da qualidade técnica nesse quarteto mexicano, faltava um ou outro elemento para fazer a bola neles chegarem. O meio-campo era italiano. Povoado por De Rossi, Pirlo, Montolivo, Marchisio e Giaccherini, a Azzurra levou a melhor territorialmente no setor. Mas sem jamais encantar. Faltava criatividade.

Chega a ser inconcebível pensar a Itália com Giovinco no banco. Ou mais grave: sem Francesco Totti ao menos relacionado. Mas o pior do dia não foi a falta de transição mexicana ou a escalação italiana. Foi a ação policial no Rio de Janeiro. As tropas das três esferas (Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff) mostraram-se à postos para servir ao patrimônio privado concedido ao megaempresário Eike Batista. Tudo em detrimento da população. Resultado: derrota do Brasil.

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