quarta-feira, 30 de junho de 2021

Ucrânia Consegue Vitória Histórica E Avança Às Quartas Na Eurocopa 2020

Suécia e Ucrânia fecharam a fase oitavas de final num jogo definido nos últimos instantes na prorrogação. Com a vitória por dois a um em Glasgow, a Ucrânia triunfa pela primeira vez na história em um confronto eliminatório de Euro e terá pela frente na fase quartas de final a Inglaterra, que venceu a Alemanha em jogo realizado também nessa terça-feira.

O primeiro tempo de jogo foi movimentado, com a Ucrânia mudando sua formação tática para uma composição com três zagueiros. Agora, diferentemente da fase de grupos, Zinchenko passava a jogar pelo flanco esquerdo em vez de ficar mais centralizado. E tal escolha do técnico Shevchenko se mostrou acertada tanto pela desenvoltura do jogo ucraniano quanto pelo próprio lance do gol inaugural: aos vinte e seis minutos de partida, Shaparenko fez ótima inversão com lançamento para o flanco direito e encontrou Karavaev, que tocou para Yarmolenko - de forma genial, o capitão abriu na esquerda com passe espetacular com o lado externo do pé e Zinchenko chegou chutando de primeira, cruzado, uma bola que ainda chegou a ser tocada pelo bom goleiro Olsen. Um dos mais belos gols da Eurocopa 2020.

A Suécia quase igualou a contagem aos vinte e nove minutos no que seria o primeiro gol em cobrança de falta nessa edição da competição: quando a maioria - ou mesmo todo mundo - esperava uma bola levantada no meio da área, Larsson viu o posicionamento do goleiro e decidiu cobrar direto pro gol. Cobrou bem, buscando o canto esquerdo, mas Bushchan conseguiu chegar a tempo na bola e evitar.

Já aos quarenta e dois, não teve jeito para Bushchan: Isak passou curto na esquerda e Forsberg chutou de fora uma bola que desviou no joelho de Zabarnyi, traindo a expectativa de trajetória da bola e tirando o goleiro da jogada.

Veio o segundo tempo e ambas as equipes se mantiveram dispostas a buscar o gol. Se a Ucrânia tinha em Yarmolenko seu jogador mais lúcido no último terço de campo, a Suécia contava com o talento de Forsberg para romper a última linha de marcadores. E as melhores chances das seleções se deram, não por acaso, em lance envolvendo esses jogadores - e tudo aconteceu em um intervalo de menos de dois minutos. Aos nove, Yarmolenko tinha a bola pelo lado direito e rolou atrás com afeto para Sydorchuk, que descolou bonito chute para carimbar a trave esquerda. Aos dez, Forsberg recebeu de Isak e chutou cruzado, acertando a trave esquerda.

A intensidade se manteve alta até os vinte e três minutos, quando Forsberg carregou pela esquerda, trouxe pra perna direita de chutou cruzado, mandando bonito chute no travessão.

A partir daí, os dois conjuntos deram preferência por atuar de forma mais cautelosa, diminuindo o ritmo na transição ao ataque e quebrando a sequência animadora de oportunidades de gol. Como resultado natural, o placar de um a um foi mantido e o jogo rumou para a prorrogação.

No primeiro tempo da prorrogação, manteve-se o deserto de oportunidades que se verificara na segunda metade do segundo tempo. Infelizmente, ocorreu um lance lamentável aos oito minutos. Daqueles que sequer deveriam existir: o defensor Danielsson, em disputa de bola com Besedin, levantou a perna enquanto aplicava um carrinho e violentamente atingiu o adversário próximo ao joelho, bastante acima da linha da bola. O árbitro italiano Daniele Orsato aplicou o cartão amarelo mas foi chamado a verificar no monitor a possibilidade de expulsão. E assim o fez: cartão vermelho para Danielsson. Para Besedin, também era o fim do jogo, pois a gravidade da agressão o impediu de continuar em campo - fica a torcida para que possa se recuperar o quanto antes.

Curiosamente, esse jogo entre suecos e ucranianos somente foi ter a primeira falta cometida aos vinte e quatro minutos de partida. Ou seja, essa entrada bizarra destoava completamente do próprio clima do jogo. Espero que a UEFA e a FIFA tenham rigor na suspensão ao jogador.

Veio o segundo tempo da prorrogação e a vantagem de jogar com onze contra dez foi se tornando cada vez mais explícita. O ímpeto ucraniano era o de uma equipe que queria tirar proveito do novo contexto do jogo e resolver a situação sem depender da disputa por penalidades. 

Aos cinco minutos, Dovbyk, que substituíra Yarmolenko próximo ao intervalo na prorrogação, recebeu enfiada de bola em posição duvidosa e rematou por cima do travessão. Aos onze, Malinovskyi - outro jogador vindo do banco, tendo entrado no segundo tempo regulamentar no lugar de Shaparenko - pegou sobra de bola e emendou de perna direita, mandando à esquerda.

A Suécia tinha dificuldades de passar do meio de campo e concentrava seus esforços em manter a igualdade no placar para conduzir o confronto à disputa por pênaltis. Um plano que foi frustrado aos quinze minutos: Zinchenko caprichou no cruzamento a partir do lado esquerdo e Dovbyk se projetou no espaço vazio para cabecear conforme orienta o manual de boas práticas do cabeceio. Dois a um Ucrânia, que arrancou uma classificação histórica na Escócia.

Oleksandr Zinchenko vibra muito com a classificação da Ucrânia às quartas: atuando pelo lado esquerdo, o camisa dezessete teve sua melhor atuação nessa Eurocopa, com gol, assistência e muita participação na vitória por 2a1 sobre a Suécia. Imagem extraída de Aire Digital.


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