domingo, 29 de janeiro de 2012

Uma Muralha Chamada Massimiliano Benassi

Nascido em 11.11.1981 (portanto, hoje com trinta anos de idade), o goleiro italiano Massimiliano Benassi foi o grande personagem da partida entre Lecce e Internazionale, no estádio Comunale Via Del Mare, em Lecce. Esta é a segunda temporada de Benassi no clube onde veste a camisa 81, e se alguém não o conhecia (eu, por exemplo), fica aqui registrado o quão impressionante é este arqueiro nos atributos de reflexo e elasticidade.

A partida válida pela vigésima rodada na atual temporada da Série A italiana colocava frente a frente uma equipe que não ganhou nenhum jogo em casa diante de um time com sete vitórias consecutivas na competição. Um time que vem freqüentando a zona de descenso diante de outro que arranca na busca pelo título. São informações que colocam todo o favoritismo em favor da Internazionale. Mas, no futebol, as coisas definitivamente se resolvem única e exclusivamente dentro das quatro linhas.

Para felicidade da Lecce, sua baliza estava sendo protegida pela inspirada atuação de Benassi. E olha que o goleirão vacilou em uma de suas primeiras participações: aos nove minutos, ele recebeu bola recuada e saiu jogando equivocadamente, permitindo que o atacante argentino Diego Milito interceptasse a jogada e quase abrisse o marcador.

Com a bola nos pés e concentrando a criação de jogadas na criatividade do holandês Wesley Sneijder, a Internazionale tomava a iniciativa na partida. Só que o time da casa mostrava qualidade nas saídas em contra-ataque, mostrando uma velocidade que complicava o trabalho do brasileiro Lúcio e, principalmente, do argentino Walter Samuel. O equatoriano Juan Guillermo Cuadrado Bello jogava uma bola redonda e era uma ótima alternativa pelo lado direito Giallorossi. Mas era na performance do goleiro Benassi que a Lecce seguia firme na partida: após cobrança de escanteio por volta dos trinta minutos, o arqueiro de trinta anos saltou espetacularmente e evitou o que seria um gol certo, voando até o canto esquerdo.

Aos trinta e nove minutos, foi o ataque da Lecce que "resolveu" funcionar: o capitão uruguaio Guillermo Giacomazzi recebeu uma tijolada de Massimo Oddo mas teve a categoria e a precisão para arredondar o lance com um domínio de bola aparentemente simples e uma finalização certeira. 1a0 para os mandantes e festa nas arquibancadas, aos trinta e nove minutos.

No intervalo, Claudio Ranieri mexeu no Nerazzurri: saiu Sneijder para a entrada do argentino Ricardo Álvarez. Elogiei o desempenho de "Ricky" Álvarez na partida em que a Inter goleou o Parma por 5a0, mas jamais tiraria Sneijder numa partida como essa: o bacana seria ver ambos os meias atuando juntos, mesmo que para isso se optasse por tirar um dos centroavantes (embora achasse mais interessante tirar o nigeriano Joel Obi, que até teve bom desempenho). De toda forma, a Inter se mandou ao ataque, teve mais posse de bola, mas não conseguiu sair do zero. Uma oportunidade de Giampaolo Pazzini nos últimos minutos parecia o gol de empate. Uma finalização daquelas que logo rotulamos como indefensável. Mas qual o sentido do vocábulo indefensável quando Massimiliano Benassi está em campo? O camisa 81 esbanjou reflexo, elasticidade e agilidade de níveis impressionantes e defendeu de forma brilhante a finalização no canto esquerdo. Era a cereja no topo do bolo dessa primeira vitória da Lecce dentro de casa. E que o primeiro pedaço dessa torta vá para Benassi.

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