Final de ano, época de festas. A data natalina de vinte e cinco de dezembro nos lembra o nascimento do Mestre Jesus, o que vejo como um convite à reflexão sobre o que estamos fazendo em/de nossas vidas (embora o comércio procure colocar o foco exclusivamente no Papai Noel, propondo o consumismo generalizado).
Este tópico de antemão deseja a todos um Natal o mais feliz possível, de muita consciência para cada um de nós. Que tenhamos discernimento para cada escolha que fizermos no decorrer da vida, lembrando sempre que não estamos sozinhos no planeta e que a vida de muitos pode estar relacionada às nossas escolhas.
Vamos aqui debater brevemente algo que seria um misto de retrospectiva com possibilidade futura. A retrospectiva vai nos levar a este Barcelona de Josep Guardiola, um time que encanta todo e qualquer amante do futebol que encontre-se gozando de suas faculdades mentais sem maiores problemas. A possibilidade futura seria o ato de incorporar esse estilo de jogo na seleção brasileira de futebol masculino, atualmente comandada por Mano Menezes e dirigida por Ricardo Teixeira (não necessariamente nessa ordem). E creio que essa incorporação seja mais simples do que eventualmente possa parecer.
Em primeiro lugar precisamos lembrar que falar de seleção brasileira é falar de um celeiro de grandes jogadores. Logo, a tarefa de um treinador que conta com tantas opções para o elenco torna-se ligeiramente facilitada. Pep Guardiola, inspirador com o Barcelona que comanda desde 2008, chegou a dizer que o que a equipe catalã faz é algo baseado no que seus avós lhe contaram sobre a seleção brasileira de décadas atrás.
Peço a cada um de vocês que agora está lendo esse texto que faça a leitura do artigo "O dia em que Guardiola apontou para o nosso "elo perdido"", de Lúcio de Castro. Se já conhece o artigo, ótimo. Se não, corra pra lá o quanto antes (pode ser agora mesmo, eu espero sem pressa). Trata-se talvez do melhor artigo sobre futebol que li desde que fui alfabetizado, na já remota década de 1990.
Pois bem. A dinâmica de jogo deste Barça consiste na idéia de "a bola é minha", filosofia implementada nas categorias de base do clube há cerca de quarenta anos. De lá pra cá, tivemos por exemplo a brilhante "Geração 1987", com o argentino Lionel Messi e os espanhóis Francesc Fàbregas e Gerard Piqué. Goleadas atrás de goleadas, numa história que pode ser vista em vídeo.
Em 2008, Guardiola assumiu o comando do elenco profissional e, desde então, o Barcelona sempre teve maior posse de bola que o adversário. Repetindo: desde que Guardiola é técnico do Barça, o time sempre teve maior tempo de posse de bola que o adversário. E o que é isso, caro(a) leitor(a), se não a aplicação da filosofia "a bola é minha"?
Variações táticas são uma constante no time azul-grená da Catalunha. Alguns taxaram o esquema de jogo na final do Mundial de Clubes como sendo um 3-7-0, mas não foram raros os momentos em que metade do time barcelonista estava rondando a área santista, com Daniel Alves pelo flanco direito, Thiago Alcântara pelo esquerdo, Messi, Fàbregas, Xavi Hernández e Andrés Iniesta mais centralizados. Prefiro chamar isso de "carrossel", "rotação incessante", "dinamismo intenso" do que 3-7-0 ou qualquer outra combinação de algarismos que somem 10. Isso faz bater em mim uma saudade da Laranja Mecânica de Rinus Michels - saudades de um time que não vi jogar, mas que de alguma forma sinto pulsar em mim.
Mas e o que o Brasil de Mano Menezes poderia fazer para se aproximar desse Barcelona? A mãe natureza nos foi muito gentil, acho que precisamos não bloqueá-la com padrões defensivistas tão propagados por figuras como o treinador atual campeão da Libertadores da América, detonado pelo Barcelona em Yokohama. Se o Barça tem no gol o ótimo Victor Valdés, nós temos as não menos boas opções de Jéfferson e Júlio César. Daniel Alves e Adriano/Maxwell, todos utilizados por Guardiola, podem também jogar pela seleção nos mesmos setores onde atuam. A excelente dupla de zaga composta por Carles Puyol e Piqué tem uma concorrência à altura se pensarmos em Lúcio e Thiago Silva (talvez fiquemos devendo em velocidade, mas vejo a possibilidade de, dependendo da situação, improvisar Luiz Gustavo, Arouca ou Ramires por ali). Onde vemos Sergio Busquets no Barça, o Brasil pode escalar Ramires. A trinca Iniesta-Xavi-Messi, do mais alto nível, não tem como ser equiparada. Mas o que me diriam de usarmos Kaká-Ganso-Neymar? Creio que o maior desafio seria fazer Ganso ter uma disciplina tática que não se limite ao momento da posse de bola, porque com a redonda nos pés, ele sabe bem o que fazer. O brasileiro-espanhol Thiago Alcântara e a fera David Villa formam um senhor poder-de-fogo para o Barça, mas o Brasil também tem suas alternativas: Nilmar caindo pelos cantos e Fred como referência (não é nenhum Ronaldo, aposentado em 2011, mas não devemos desvalorizar alguém de sua técnica). O celeiro é tão farto que nem citei nomes como os dos jovens Lucas Rodrigues e Oscar!
Portanto, material humano não falta. O negócio é a filosofia, o trabalho, a busca. A busca que não pode e não deve se fundamentar no resultado do jogo, mas nos frutos colhidos pelo (re)encontro com a arte que encantou o mundo. E que, quase naturalmente, trará os resultados. Veja, novamente, o exemplo do Barcelona de Guardiola, com 13 títulos em 16 possíveis (como por exemplo o baile na final da última Liga dos Campeões da Europa, diante do Manchester United em Wembley)...
São lições da bola que aprendemos nesse ano de 2011 e que, se bem estudadas, poderemos usá-las a favor do futebol arte para os anos vindouros. Se não voltarmos a nos encontrar, um feliz 2012 para você.
Editando
Minutos depois de publicar este texto, acabou chegando até mim a "Foto Do Ano", prêmio concedido pela Unicef. Achei por bem compartilhar com vocês essa imagem, que mostra um menino num lixão tóxico de Acra, capital ganesa. Uma síntese da sociedade atual, apaixonada pelo futebol mas com tantos abismos sociais. Dias melhores virão, se Deus quiser.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
A história que se escreve nas cores azul e grená segue com novos capítulos. Entre os dois últimos finais-de-semana, o épico Barcelona de Josep Guardiola entrou em campo três vezes. Primeiro, uma visita ao estádio Santiago Bernabéu para aplicar 3a1 sobre o Real Madrid - e de virada. Depois, viagem para o Japão e estréia no Mundial de Clubes 2011 com goleada por 4a0 sobre o Al Sadd, de Doha, Catar. Naquela partida semifinal, David Villa sofreu grave lesão e deverá desfalcar o Barça por cerca de um semestre (o reserva imediato, Alexis Sánchez, também se contundiu e não pôde jogar a final com o Santos). Veio, então, o domingo, dezoito de dezembro de dois mil e onze. Data para ser lembrada no calendário esportivo em geral e futebolístico em especial: com uma aula de bola, o Barcelona esmagou o Santos com 71% a 29% na posse de bola e 4a0 no número de gols, sagrando-se campeão mundial 2011. Histórico. E que venham muitos outros capítulos.
Jogada da semana
Recordar do mágico domingo em que o Barcelona ensinou a quem quisesse aprender como se joga uma equipe campeã de fato e de direito é um prazer. E, por esse gol que abriu a contagem no estádio internacional de Yokohama, torna-se um dever. Com linda assistência de Xavi Hernández e belíssima conclusão de Lionel Messi, o Barça fazia naquele momento o primeiro gol da partida final pelo Mundial de Clubes 2011. Aprecie sem moderação.
Jogada da semana
Recordar do mágico domingo em que o Barcelona ensinou a quem quisesse aprender como se joga uma equipe campeã de fato e de direito é um prazer. E, por esse gol que abriu a contagem no estádio internacional de Yokohama, torna-se um dever. Com linda assistência de Xavi Hernández e belíssima conclusão de Lionel Messi, o Barça fazia naquele momento o primeiro gol da partida final pelo Mundial de Clubes 2011. Aprecie sem moderação.
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Líder E Invicta, Juventus Vence Novara E Mostra Força
A Juventus recebeu o Novara e retomou a liderança no Campeonato Italiano com uma vitória por 2a0, chegando aos trinta e três pontos e permanecendo invicta após quinze rodadas disputadas.
Na partida disputada em Torino, algumas coisas chamaram atenção do blogueiro. Podemos começar falando do belo estádio da "Vecchia Signora", nos moldes daqueles que vemos na Inglaterra: a Juventus Arena mantém a torcida próxima do campo e parece ser um grande avanço ao clube, que jogava num estádio rotulado como "frio".
Dentro de campo, o talento de Alessandro Del Piero continua sendo esbanjado, mostrando que os trinta e sete anos de idade não são empecilho nenhum para alguém de sua categoria. Mesmo sem ter marcado nenhum gol na presente temporada, o lendário camisa dez juventino me parece bastante útil ao elenco não apenas pela sua personalidade, mas também pelo seu rendimento interno às quatro linhas. Uma finalização de bico pelo lado esquerdo que passou pertinho do ângulo, uma cobrança de falta colocada buscando o canto direito que foi defendida pelo arqueiro Samir Ujkani e uma investida que só não terminou em gol graças à intervenção sensacional do defensor Massimo Paci nos mostram que Del Piero, por detalhes, não saiu de campo com um hat-trick. Eu tiro o chapéu pra ele assim mesmo.
Outra figura de larga experiência que dá gosto de ver atuar é o ótimo goleiro Gianluigi Buffon: aos trinta e três anos, o dono da camisa um foi pouco acionado, mas sempre preciso quando exigido. Uma defesa no segundo tempo após cabeceio de Raffaele Rubino no canto direito foi daquelas para ficarem na memória.
Na meiuca, Simone Pepe foi bastante participativo, caindo por ambos os flancos do campo e sempre avançando em direção ao gol. O placar foi aberto através dele, logo aos três minutos: Paolo De Ceglie cruzou a partir do lado esquerdo e Pepe apareceu na pequena área para completar. Na comemoração, sua tradicional tacada de golfe.
Não podemos esquecer que essa Juve de Antonio Conte conta também com Andrea Pirlo, figura que dá equilíbrio ao setor de meio-campo, e Fabio Quagliarella, daqueles atacantes que a qualquer momento pode deixar sua marca. E a combinação Pirlo-Quagliarella mexeu no placar aos vinte e nove minutos da etapa final: o meio-campista ex-Milan cobrou escanteio pela direita e o avante ex-Napoli cabeceou de pouco a frente da marca do pênalti, mandando no canto direito de Ujkani, goleiro albanês e nascido no Kosovo.
O que também me agradou no jogo foi a atuação do time do Novara. Tudo bem que a líder Juventus venceu a partida e mereceu o resultado, mas a equipe atual vice-lanterna mostrou qualidades técnicas e principalmente táticas que devem ajudar o time comandado por Attilio Tesser a sair da zona de despromoção.
O vídeo a seguir mostra os dois gols do jogo, a linda defesa de Buffon mencionada alguns parágrafos acima, além de um lance de quase-gol do Del Piero que não foi narrado na postagem (perceba que belo passe de Pepe, que ainda viria a colocar uma bola na trave).
Na partida disputada em Torino, algumas coisas chamaram atenção do blogueiro. Podemos começar falando do belo estádio da "Vecchia Signora", nos moldes daqueles que vemos na Inglaterra: a Juventus Arena mantém a torcida próxima do campo e parece ser um grande avanço ao clube, que jogava num estádio rotulado como "frio".
Dentro de campo, o talento de Alessandro Del Piero continua sendo esbanjado, mostrando que os trinta e sete anos de idade não são empecilho nenhum para alguém de sua categoria. Mesmo sem ter marcado nenhum gol na presente temporada, o lendário camisa dez juventino me parece bastante útil ao elenco não apenas pela sua personalidade, mas também pelo seu rendimento interno às quatro linhas. Uma finalização de bico pelo lado esquerdo que passou pertinho do ângulo, uma cobrança de falta colocada buscando o canto direito que foi defendida pelo arqueiro Samir Ujkani e uma investida que só não terminou em gol graças à intervenção sensacional do defensor Massimo Paci nos mostram que Del Piero, por detalhes, não saiu de campo com um hat-trick. Eu tiro o chapéu pra ele assim mesmo.
Outra figura de larga experiência que dá gosto de ver atuar é o ótimo goleiro Gianluigi Buffon: aos trinta e três anos, o dono da camisa um foi pouco acionado, mas sempre preciso quando exigido. Uma defesa no segundo tempo após cabeceio de Raffaele Rubino no canto direito foi daquelas para ficarem na memória.
Na meiuca, Simone Pepe foi bastante participativo, caindo por ambos os flancos do campo e sempre avançando em direção ao gol. O placar foi aberto através dele, logo aos três minutos: Paolo De Ceglie cruzou a partir do lado esquerdo e Pepe apareceu na pequena área para completar. Na comemoração, sua tradicional tacada de golfe.
Não podemos esquecer que essa Juve de Antonio Conte conta também com Andrea Pirlo, figura que dá equilíbrio ao setor de meio-campo, e Fabio Quagliarella, daqueles atacantes que a qualquer momento pode deixar sua marca. E a combinação Pirlo-Quagliarella mexeu no placar aos vinte e nove minutos da etapa final: o meio-campista ex-Milan cobrou escanteio pela direita e o avante ex-Napoli cabeceou de pouco a frente da marca do pênalti, mandando no canto direito de Ujkani, goleiro albanês e nascido no Kosovo.
O que também me agradou no jogo foi a atuação do time do Novara. Tudo bem que a líder Juventus venceu a partida e mereceu o resultado, mas a equipe atual vice-lanterna mostrou qualidades técnicas e principalmente táticas que devem ajudar o time comandado por Attilio Tesser a sair da zona de despromoção.
O vídeo a seguir mostra os dois gols do jogo, a linda defesa de Buffon mencionada alguns parágrafos acima, além de um lance de quase-gol do Del Piero que não foi narrado na postagem (perceba que belo passe de Pepe, que ainda viria a colocar uma bola na trave).
domingo, 18 de dezembro de 2011
Um Campeão Como Deve Ser: Viva O Barcelona De Guardiola
Hoje o mundo da bola aprendeu uma lição. A sala de aula era o estádio Nissan, em Yokohama, que registrou 68.166 alunos presentes nas arquibancadas. Outras centenas de milhões de pessoas acompanharam o aulão à distância, em todos os continentes do planeta.
Ministrando a aula estava o Barcelona de Josep Guardiola, com mais uma demonstração de que o futebol, esse tão apaixonante esporte inventado pelos bretões, vai muito além da mera prática esportiva - é uma manifestação artística. E, com atores do mais alto nível como são esses personagens que compõem o elenco barcelonista, o resultado só poderia ser um espetáculo.
Parabéns e obrigado, Barcelona. O domingo futebolístico foi agraciado com mais essa encantadora performance de um grupo que encanta o mundo há algum tempo. E é um prazer viver nesse tempo.
O jogo (leia-se "A aula")
O domínio azul-grená foi do primeiro ao último instante de partida. O melhor jogador santista em campo começou a se destacar com duas defesas em seqüência, aos doze minutos: primeiro espalmando chute cruzado de Lionel Messi e depois rebatendo a finalização de Thiago Alcântara, se redimindo do rebote proporcionado no lance. Ainda aos doze, Andrés Iniesta chutou de fora da área e mandou à direita.
O Santos descolou sua primeira finalização aos catorze minutos: Borges caiu em disputa com Gerard Piqué e o árbitro uzbeque Ravshan Irmatov apitou falta na proximidade da área. Na cobrança, Neymar rolou para Paulo Henrique Ganso e o chute do meio-campista saiu à esquerda, sem assustar. Dois minutos depois, aos dezesseis, o placar seria aberto com um golaço no estilo Barcelona. Troca de passes de um time que valoriza a posse de bola sem abrir mão da objetividade, domínio de bola e assistência dignas de um Xavi Hernández e finalização com o selo Messi de qualidade. Prefiro mostrar em vídeo do que narrar com palavras esse primor de jogada.
Com vinte minutos de aula, o Barcelona detinha 74% da posse de bola. Envolvia o Santos como quem enfrentasse um time qualquer, podendo fazer-nos esquecer que do outro lado haviam jogadores do nível de Arouca, Ganso e Neymar (naquele momento, Elano estava no banco). Aos vinte e três, tome 2a0 Barça: após intensa troca de passes, Daniel Alves recebeu na direita e deu a bola para Xavi, que dominou e, praticamente da marca do pênalti, chutou para a rede.
Dois minutos após marcar o segundo, quase saiu o terceiro: Messi tabelou com Francesc Fàbregas e Edu Dracena apareceu para evitar que a bola retornasse ao craque argentino, cortando em escanteio. No minuto seguinte, o Santos ensaiou um momento condizente com aquilo que se esperava da equipe campeã da Libertadores: de Henrique para Ganso, de Ganso para Borges e de Borges para defesa de Victor Valdés. Valdés voltaria a fazer uma defesa no minuto posterior, aos vinte e sete, recolhendo em dois tempos o que parecia ser uma tentativa de cruzamento de Borges (mas a julgar pela falta de companheiros na área adversária, talvez tenha sido um chute ao gol).
Organizado, bem postado, veloz, envolvente e algo mais, o Barcelona respondeu - se é que posso chamar de resposta, até porque em alguns momentos parecia só haver um time em campo. Aos vinte e oito minutos, Cesc Fàbregas apareceu livre e em posição legal na área oponente e finalizou mandando no poste direito. Aos trinta quem chutou foi Dani Alves, mas a bola passou à direita. O desenho do jogo era claro como um mais um são dois: se as coisas seguissem naquele rumo, sem maiores alterações, teríamos uma goleada histórica em plena decisão do Mundial de Clubes. Contundido, o lateral-direito Danilo deu lugar para o meio-campista Elano com meia hora de aula barcelonista.
Aos trinta e três, uma troca de passes envolvendo Xavi, Messi, Iniesta e Fàbregas bagunçou aquilo que muitos chamariam de defesa, mas o impedimento marcado parou o ataque. Só que nada nem ninguém pararia o terceiro gol, aos quarenta e quatro: uma avanlanche bicolor envolvendo Messi, Daniel Alves e Thiago terminou na conclusão de Cesc. Se nas palavras é difícil transmitir tamanha intensidade, tome vídeo-aula.
Pausa para o intervalo. E não demorou meio minuto para vermos que o segundo tempo de aula nos ajudaria a recordar a magia do primeiro: Cesc recuperou a bola às custas de Edu Dracena, passou para Messi, recebeu de volta e chutou. Rafael Cabral conseguiu fazer bonita defesa no canto esquerdo.
Com um minuto, o Santos chegou ao ataque: Borges recebeu de Ganso na direita, cruzou e Neymar cabeceou por cima. Tanto Borges era acompanhado de perto por Eric Abidal como Neymar era seguido por Daniel Alves, em mais uma mostra que atacar com freqüência combina com marcação bem realizada. Aliás, a impressionante disciplina tática dos comandados de "Pep" Guardiola no jogo sem bola também são um capítulo importante nessa aula de futebol ensinada pelo Barcelona: sem cometer sequer mais faltas que o adversário, o time catalão consegue dificultar a troca de passes oponente e rapidamente voltar a ter a bola consigo.
E a pressão voltou a se estabelecer. Aos seis, Messi arrancou escapando de Neymar e também de Durval, abriu na esquerda, Thiago Alcântara cruzou, Daniel Alves chegou de peixinho e a defesa santista quase marcou contra. Aos oito, Cesc acionou Messi com belo cruzamento, a fera argentina dominou e chutou, mas o goleiro Rafael conseguiu bloquear. O Santos tentou aos nove, com Borges, mas o chute foi bloqueado pela correta marcação do melhor time do mundo. Aos dez, tome Barça de volta ao ataque: Iniesta recebeu de Xavi, tabelou com Cesc Fàbregas e chutou cruzado, mandando à direita. Naquele mesmo minuto, Guardiola trocaria Piqué por Javier Mascherano.
O Santos teve boa chegada aos onze: Ganso deu ótimo passe para Neymar que, de frente pro gol, parou em bela defesa de Valdés. Com quinze minutos, Arouca iniciou contra-ataque que passou também por Léo, Neymar e Elano, sendo que a conclusão deste último foi desviada em escanteio.
Com o cronômetro indicando vinte minutos no segundo tempo, veio a informação de que naquele momento 73% do tempo da posse de bola era de um time só. Ou seja, praticamente 3 vezes mais que o time que assistia a aula.
Aos vinte e três, Messi surgiu de frente com Rafael com tamanha velocidade na jogada barcelonista que pode parecer que o camisa dez se teletransportou para aquele local onde se encontrava no momento em que foi marcado impedimento. Novo impedimento foi anotado aos vinte e seis minutos, com Messi recebendo de Iniesta e passando para Daniel. Aos trinta e dois, sem impedimento, quem interviu para evitar o que poderia ser mais um gol catalão foi o goleiro Rafael, cortando o passe que ia de Thiago para Cesc. Foi o último momento de Thiago Alcântara, que deu lugar para Pedro Rodríguez aos trinta e dois minutos - naquele mesmo instante, o Santos trocava Borges por Alan Kardec. Tudo isso sob um cenário onde o tempo de posse de bola estava em 72% pró-Barcelona e o placar em 3a0.
Um minuto depois de entrar em campo, Pedro acertou a trave direita santista, quase marcando o quarto. Se não saiu naquele chute, aconteceu dois minutos mais tarde: aos trinta e seis, um contra-ataque fulminante barcelonista teve passe de Daniel Alves para conclusão do melhor jogador do mundo, driblando o goleiro e mandando pra dentro. Um gran finale para uma grande atuação.
Perceba que no vídeo acima, enquanto o Barça celebrava o quarto gol, o treinador do Santos optava por trocar Paulo Henrique Ganso por Íbson. Aos trinta e nove minutos, o capitão Carles Puyol deu lugar para Andreu Fontás, defensor de vinte e dois anos. A goleada já estava consumada, o apito iria soar como aquele alarme que indica o final da aula, mas o Barcelona, insaciável, teria mais um ataque: aos quarenta e três, Dani - muito mais um ponta do que um lateral - tabelou com Pedro e chutou por cima da barra horizontal. Irmanov deu apenas um minuto de acréscimo. Um estraga-prazer, seria muito mais saboroso se tivéssemos mais tempo de jogo, digo, de aula. Mas a lição foi passada. Que todos tenham aprendido.
Encerro esse texto transcrevendo o que disseram Neymar e Walter Casagrande Júnior após o término do espetáculo.
Ministrando a aula estava o Barcelona de Josep Guardiola, com mais uma demonstração de que o futebol, esse tão apaixonante esporte inventado pelos bretões, vai muito além da mera prática esportiva - é uma manifestação artística. E, com atores do mais alto nível como são esses personagens que compõem o elenco barcelonista, o resultado só poderia ser um espetáculo.
Parabéns e obrigado, Barcelona. O domingo futebolístico foi agraciado com mais essa encantadora performance de um grupo que encanta o mundo há algum tempo. E é um prazer viver nesse tempo.
O jogo (leia-se "A aula")
O domínio azul-grená foi do primeiro ao último instante de partida. O melhor jogador santista em campo começou a se destacar com duas defesas em seqüência, aos doze minutos: primeiro espalmando chute cruzado de Lionel Messi e depois rebatendo a finalização de Thiago Alcântara, se redimindo do rebote proporcionado no lance. Ainda aos doze, Andrés Iniesta chutou de fora da área e mandou à direita.
O Santos descolou sua primeira finalização aos catorze minutos: Borges caiu em disputa com Gerard Piqué e o árbitro uzbeque Ravshan Irmatov apitou falta na proximidade da área. Na cobrança, Neymar rolou para Paulo Henrique Ganso e o chute do meio-campista saiu à esquerda, sem assustar. Dois minutos depois, aos dezesseis, o placar seria aberto com um golaço no estilo Barcelona. Troca de passes de um time que valoriza a posse de bola sem abrir mão da objetividade, domínio de bola e assistência dignas de um Xavi Hernández e finalização com o selo Messi de qualidade. Prefiro mostrar em vídeo do que narrar com palavras esse primor de jogada.
Com vinte minutos de aula, o Barcelona detinha 74% da posse de bola. Envolvia o Santos como quem enfrentasse um time qualquer, podendo fazer-nos esquecer que do outro lado haviam jogadores do nível de Arouca, Ganso e Neymar (naquele momento, Elano estava no banco). Aos vinte e três, tome 2a0 Barça: após intensa troca de passes, Daniel Alves recebeu na direita e deu a bola para Xavi, que dominou e, praticamente da marca do pênalti, chutou para a rede.
Dois minutos após marcar o segundo, quase saiu o terceiro: Messi tabelou com Francesc Fàbregas e Edu Dracena apareceu para evitar que a bola retornasse ao craque argentino, cortando em escanteio. No minuto seguinte, o Santos ensaiou um momento condizente com aquilo que se esperava da equipe campeã da Libertadores: de Henrique para Ganso, de Ganso para Borges e de Borges para defesa de Victor Valdés. Valdés voltaria a fazer uma defesa no minuto posterior, aos vinte e sete, recolhendo em dois tempos o que parecia ser uma tentativa de cruzamento de Borges (mas a julgar pela falta de companheiros na área adversária, talvez tenha sido um chute ao gol).
Organizado, bem postado, veloz, envolvente e algo mais, o Barcelona respondeu - se é que posso chamar de resposta, até porque em alguns momentos parecia só haver um time em campo. Aos vinte e oito minutos, Cesc Fàbregas apareceu livre e em posição legal na área oponente e finalizou mandando no poste direito. Aos trinta quem chutou foi Dani Alves, mas a bola passou à direita. O desenho do jogo era claro como um mais um são dois: se as coisas seguissem naquele rumo, sem maiores alterações, teríamos uma goleada histórica em plena decisão do Mundial de Clubes. Contundido, o lateral-direito Danilo deu lugar para o meio-campista Elano com meia hora de aula barcelonista.
Aos trinta e três, uma troca de passes envolvendo Xavi, Messi, Iniesta e Fàbregas bagunçou aquilo que muitos chamariam de defesa, mas o impedimento marcado parou o ataque. Só que nada nem ninguém pararia o terceiro gol, aos quarenta e quatro: uma avanlanche bicolor envolvendo Messi, Daniel Alves e Thiago terminou na conclusão de Cesc. Se nas palavras é difícil transmitir tamanha intensidade, tome vídeo-aula.
Pausa para o intervalo. E não demorou meio minuto para vermos que o segundo tempo de aula nos ajudaria a recordar a magia do primeiro: Cesc recuperou a bola às custas de Edu Dracena, passou para Messi, recebeu de volta e chutou. Rafael Cabral conseguiu fazer bonita defesa no canto esquerdo.
Com um minuto, o Santos chegou ao ataque: Borges recebeu de Ganso na direita, cruzou e Neymar cabeceou por cima. Tanto Borges era acompanhado de perto por Eric Abidal como Neymar era seguido por Daniel Alves, em mais uma mostra que atacar com freqüência combina com marcação bem realizada. Aliás, a impressionante disciplina tática dos comandados de "Pep" Guardiola no jogo sem bola também são um capítulo importante nessa aula de futebol ensinada pelo Barcelona: sem cometer sequer mais faltas que o adversário, o time catalão consegue dificultar a troca de passes oponente e rapidamente voltar a ter a bola consigo.
E a pressão voltou a se estabelecer. Aos seis, Messi arrancou escapando de Neymar e também de Durval, abriu na esquerda, Thiago Alcântara cruzou, Daniel Alves chegou de peixinho e a defesa santista quase marcou contra. Aos oito, Cesc acionou Messi com belo cruzamento, a fera argentina dominou e chutou, mas o goleiro Rafael conseguiu bloquear. O Santos tentou aos nove, com Borges, mas o chute foi bloqueado pela correta marcação do melhor time do mundo. Aos dez, tome Barça de volta ao ataque: Iniesta recebeu de Xavi, tabelou com Cesc Fàbregas e chutou cruzado, mandando à direita. Naquele mesmo minuto, Guardiola trocaria Piqué por Javier Mascherano.
O Santos teve boa chegada aos onze: Ganso deu ótimo passe para Neymar que, de frente pro gol, parou em bela defesa de Valdés. Com quinze minutos, Arouca iniciou contra-ataque que passou também por Léo, Neymar e Elano, sendo que a conclusão deste último foi desviada em escanteio.
Com o cronômetro indicando vinte minutos no segundo tempo, veio a informação de que naquele momento 73% do tempo da posse de bola era de um time só. Ou seja, praticamente 3 vezes mais que o time que assistia a aula.
Aos vinte e três, Messi surgiu de frente com Rafael com tamanha velocidade na jogada barcelonista que pode parecer que o camisa dez se teletransportou para aquele local onde se encontrava no momento em que foi marcado impedimento. Novo impedimento foi anotado aos vinte e seis minutos, com Messi recebendo de Iniesta e passando para Daniel. Aos trinta e dois, sem impedimento, quem interviu para evitar o que poderia ser mais um gol catalão foi o goleiro Rafael, cortando o passe que ia de Thiago para Cesc. Foi o último momento de Thiago Alcântara, que deu lugar para Pedro Rodríguez aos trinta e dois minutos - naquele mesmo instante, o Santos trocava Borges por Alan Kardec. Tudo isso sob um cenário onde o tempo de posse de bola estava em 72% pró-Barcelona e o placar em 3a0.
Um minuto depois de entrar em campo, Pedro acertou a trave direita santista, quase marcando o quarto. Se não saiu naquele chute, aconteceu dois minutos mais tarde: aos trinta e seis, um contra-ataque fulminante barcelonista teve passe de Daniel Alves para conclusão do melhor jogador do mundo, driblando o goleiro e mandando pra dentro. Um gran finale para uma grande atuação.
Perceba que no vídeo acima, enquanto o Barça celebrava o quarto gol, o treinador do Santos optava por trocar Paulo Henrique Ganso por Íbson. Aos trinta e nove minutos, o capitão Carles Puyol deu lugar para Andreu Fontás, defensor de vinte e dois anos. A goleada já estava consumada, o apito iria soar como aquele alarme que indica o final da aula, mas o Barcelona, insaciável, teria mais um ataque: aos quarenta e três, Dani - muito mais um ponta do que um lateral - tabelou com Pedro e chutou por cima da barra horizontal. Irmanov deu apenas um minuto de acréscimo. Um estraga-prazer, seria muito mais saboroso se tivéssemos mais tempo de jogo, digo, de aula. Mas a lição foi passada. Que todos tenham aprendido.
Encerro esse texto transcrevendo o que disseram Neymar e Walter Casagrande Júnior após o término do espetáculo.
"Hoje, aqui, aprendemos a jogar futebol" (Neymar)
"É o futebol arte que joga e que ganha. É só se espelhar nisso daí" (Casagrande)
sábado, 17 de dezembro de 2011
Na Bola Parada, Milan Passa Pelo Siena: 2a0
No estádio Giuseppe Meazza - que os milanistas preferem chamar de San Siro - a equipe da casa venceu o Siena pelo placar de 2a0, com ambos os gols saindo no segundo tempo. Líder provisório com trinta e um pontos, o "Rossonero" pode ser alcançado nessa rodada por Juventus (trinta, recebe o Novara no domingo), Udinese (também com trinta pontos) e Lazio (vinte e oito), sendo que esses dois times se enfretam em Roma. O Siena, em décimo sétimo lugar com catorze pontos ganhos, corre o risco de terminar esta jornada integrando a zona de rebaixamento.
O jogo
Formado com uma linha de quatro homens na defesa e cinco no meio, o time dirigido por Giuseppe Sannino logo mostrou para que veio a Milão: para se defender. Acontece que do outro lado estava um time comandado por Massimiliano Allegri, figura nada adepta de montar equipes que priorizem o ataque. Assim sendo, quem teve a primeira chance clara de gol foi... o Siena. Aos vinte e dois minutos, uma rápida tabela no miolo da defesa colocou Francesco Bolzoni na cara do gol. Só que o goleiro Marco Amelia foi esperto e agiu bem para minimizar os espaços ao meio-campista, com o chute do camisa trinta e seis passando a centímetros da trave esquerda (a arbitragem marcou tiro-de-meta, mas é bem capaz que Amelia tenha conseguido fazer um sutil desvio na bola).
Robinho, Zlatan Ibrahimovic, Kevin-Prince Boateng e Clarence Seedorf procuravam jogo e a todo momento trocavam de posição para tentar se desvencilhar da congestionada defesa adversária. Antonio Nocerino também entrava na roda, mas o fato é que foram poucas as oportunidades criadas. Precisou vir a segunda etapa e, com ela, um lance de bola parada para o Milan finalmente abrir o placar no San Siro. No nono minuto, Robinho recebeu uma cobrança rasteira de escanteio, protegeu a bola e rolou atrás para Nocerino, que chutou firme e rasteiro uma bola que enganou o goleiro sérvio Zeljko Brkic após ser desviada durante o trajeto. Também pudera: era tanta gente defendendo que ficava praticamente impossível a bola seguir seu percurso sem alterações.
Em desvantagem no placar, o Siena decidiu sair para o jogo e passou a ceder espaços que com o placar zerado simplesmente não foram disponíveis. E, num contra-ataque ligeiro, Robinho avançou e passou no capricho para Boateng, que fintou o arqueiro e se jogou no gramado. O árbitro Mauro Bergonzi caiu na do ganês e marcou a penalidade máxima, aplicando cartão amarelo ao camisa um. Na cobrança, Ibrahimovic mandou no canto direito e estufou a rede, com Brkic acertando o canto mas sem conseguir fazer a defesa.
Allegri, então, tratou de "matar" o contra-ataque milanista, tirando de campo Robinho e Boateng para colocar Alexandre Pato e Urby Emmanuelson. Amelia até apareceria fazendo uma bela defesa em chute no canto direito, mas no geral o Milan teve poucos sustos: além de o Siena não aparentar muita qualidade com a bola nos pés, uma defesa com Thiago Silva e Philippe Mexès além de Mark van Bommel na proteção (o holandês foi talvez o melhor jogador em campo) é difícil de ser transposta.
O jogo
Formado com uma linha de quatro homens na defesa e cinco no meio, o time dirigido por Giuseppe Sannino logo mostrou para que veio a Milão: para se defender. Acontece que do outro lado estava um time comandado por Massimiliano Allegri, figura nada adepta de montar equipes que priorizem o ataque. Assim sendo, quem teve a primeira chance clara de gol foi... o Siena. Aos vinte e dois minutos, uma rápida tabela no miolo da defesa colocou Francesco Bolzoni na cara do gol. Só que o goleiro Marco Amelia foi esperto e agiu bem para minimizar os espaços ao meio-campista, com o chute do camisa trinta e seis passando a centímetros da trave esquerda (a arbitragem marcou tiro-de-meta, mas é bem capaz que Amelia tenha conseguido fazer um sutil desvio na bola).
Robinho, Zlatan Ibrahimovic, Kevin-Prince Boateng e Clarence Seedorf procuravam jogo e a todo momento trocavam de posição para tentar se desvencilhar da congestionada defesa adversária. Antonio Nocerino também entrava na roda, mas o fato é que foram poucas as oportunidades criadas. Precisou vir a segunda etapa e, com ela, um lance de bola parada para o Milan finalmente abrir o placar no San Siro. No nono minuto, Robinho recebeu uma cobrança rasteira de escanteio, protegeu a bola e rolou atrás para Nocerino, que chutou firme e rasteiro uma bola que enganou o goleiro sérvio Zeljko Brkic após ser desviada durante o trajeto. Também pudera: era tanta gente defendendo que ficava praticamente impossível a bola seguir seu percurso sem alterações.
Em desvantagem no placar, o Siena decidiu sair para o jogo e passou a ceder espaços que com o placar zerado simplesmente não foram disponíveis. E, num contra-ataque ligeiro, Robinho avançou e passou no capricho para Boateng, que fintou o arqueiro e se jogou no gramado. O árbitro Mauro Bergonzi caiu na do ganês e marcou a penalidade máxima, aplicando cartão amarelo ao camisa um. Na cobrança, Ibrahimovic mandou no canto direito e estufou a rede, com Brkic acertando o canto mas sem conseguir fazer a defesa.
Allegri, então, tratou de "matar" o contra-ataque milanista, tirando de campo Robinho e Boateng para colocar Alexandre Pato e Urby Emmanuelson. Amelia até apareceria fazendo uma bela defesa em chute no canto direito, mas no geral o Milan teve poucos sustos: além de o Siena não aparentar muita qualidade com a bola nos pés, uma defesa com Thiago Silva e Philippe Mexès além de Mark van Bommel na proteção (o holandês foi talvez o melhor jogador em campo) é difícil de ser transposta.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Liga Europa: Definidos Duelos Que Levam Às Oitavas
Além do sorteio que definiu os jogos pela fase oitavas-de-final na Liga dos Campeões da Europa, tivemos, também em Nyon, Suíça, o sorteio envolvendo as trinta e duas equipes que disputam a Liga Europa 2011-2. Os jogos de ida estão marcados para o dia 16 de fevereiro e as partidas de volta para o dia 23.
Gostaria de destacar três desses dezesseis cruzamentos. [1] O Porto, atual campeão na competição, enfrenta o Manchester City, equipe que lidera a Premiership. [2] Outro duelo que coloca frente a frente duas equipes eliminadas na fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa é o entre Ajax e Manchester United, dois clubes tradicionais do futebol europeu (o United é atual vice-campeão continental). [3] Lazio (que recentemente teve um jogo publicado neste blógui) e Atlético de Madrid (campeão na Liga Europa temporada retrasada) fazem outro duelo que tem tudo para ser interessante.
Dois times que também podem ir longe nessa competição são os espanhóis Valencia e Athletic Bilbao. Acontece que os cruzamentos dessas duas boas equipes não são dos mais simples: se o Valencia passar pelo inglês Stoke City, pega na seqüência o vencedor entre o turco Trabzonspor e o holandês PSV; o Athletic, passando pelo russo Lokomotiv de Moscou, terá pela frente o vencedor entre Ajax e Manchester United. Ou seja, não é apenas a Liga dos Campeões que reserva grandes partidas a nós, amantes do futebol. Olho na Liga Europa!
Gostaria de destacar três desses dezesseis cruzamentos. [1] O Porto, atual campeão na competição, enfrenta o Manchester City, equipe que lidera a Premiership. [2] Outro duelo que coloca frente a frente duas equipes eliminadas na fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa é o entre Ajax e Manchester United, dois clubes tradicionais do futebol europeu (o United é atual vice-campeão continental). [3] Lazio (que recentemente teve um jogo publicado neste blógui) e Atlético de Madrid (campeão na Liga Europa temporada retrasada) fazem outro duelo que tem tudo para ser interessante.
Dois times que também podem ir longe nessa competição são os espanhóis Valencia e Athletic Bilbao. Acontece que os cruzamentos dessas duas boas equipes não são dos mais simples: se o Valencia passar pelo inglês Stoke City, pega na seqüência o vencedor entre o turco Trabzonspor e o holandês PSV; o Athletic, passando pelo russo Lokomotiv de Moscou, terá pela frente o vencedor entre Ajax e Manchester United. Ou seja, não é apenas a Liga dos Campeões que reserva grandes partidas a nós, amantes do futebol. Olho na Liga Europa!
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Liga Dos Campeões Da Europa: Definidos Duelos Das Oitavas
Sorteio realizado hoje em Nyon, Suíça, definiu os cruzamentos na fase oitavas-de-final na mais forte competição interclubes do futebol mundial. As partidas de ida estão agendadas para os dias 14, 15, 21 e 22 de fevereiro; os jogos de volta, marcados para 6, 7, 13 e 14 de março de 2012.
Vamos agora analisar cada um dos oito duelos. Entre parênteses, as probabilidades de cada equipe se classificar na análise do blogueiro.
Lyon (70%) e Apoel (30%)
A equipe francesa avançou em segundo lugar num grupo que teve o Real Madrid como líder absoluto. A classificação, por sinal, foi rodeada de polêmica: será que o Dínamo Zagreb facilitou as coisas para levar uma virada de 7a1, dentro de casa, com direito a meia dúzia de gols no segundo tempo? O adversário do atual 4º colocado no Campeonato Francês será o chipriota Apoel, líder na sua liga nacional e líder no grupo que tinha Zenit, Porto e Shakhtar Donetsk. Será que a equipe comandada pelo sérvio Ivan Jovanovic continuará aprontando?
Napoli (40%) e Chelsea (60%)
Os napolitanos, de volta à Liga dos Campeões após vinte e um anos, chegam até aqui após conseguirem avançar no grupo mais forte da fase anterior (ficaram atrás do Bayern de Munique e na frente de Manchester City e Villarreal). Em quinto lugar no Campeonato Italiano, o Napoli é aquele tipo de time que funciona melhor exatamente quando enfrenta equipes fortes e de vocação ofensiva - caso do Chelsea. Em 3º na Premiership, os comandados de André Villas-Boas avançaram como líderes num grupo com Bayer Leverkusen, Valencia e Genk. Para alívio de um treinador que, cerca de cinco meses depois de assumir, já estava sob pressão.
Milan (40%) e Arsenal (60%)
O atual 3º colocado no Campeonato Italiano passou de fase em 2º lugar no grupo do Barcelona. Na temporada passada, os comandados de Massimiliano Allegri foram eliminados exatamente na fase oitavas-de-final e exatamente para um londrino (o Tottenham). O Arsenal, que está numa ascendente na temporada, encontra-se em 5º lugar na Premiership e se classificou com folgas num grupo que tinha Olympique de Marseille, Olympiakos e Borussia Dortmund.
Basel (10%) e Bayern de Munique (90%)
O surpreendente Basel (equipe da semana neste blógui), avançou na Liga dos Campeões superando ninguém menos que o Manchester United na fase de grupos. O Bayern, líder no fortíssimo grupo com Napoli, City e Villarreal, sonha jogar a final continental dentro de seu estádio e conta com um elenco bastante qualificado para correr atrás desse sonho.
Bayer Leverkusen (5%) e Barcelona (95%)
Vice-líder no grupo do Chelsea e 6º colocado na Bundesliga, o Bayer tem a dificílima missão de medir forças com a melhor equipe de futebol do planeta, o Barcelona de Josep Guardiola. Diria que os comandados de Robin Dutt deveriam aproveitar o cruzamento mais como um aprendizado do que como uma competição por vaga nas quartas-de-final.
CSKA Moscou (20%) e Real Madrid (80%)
Vice-líder no grupo da Internazionale e atrás somente do Zenit no Campeonato Russo, o CSKA Moscou tem pela frente a forte equipe do Real Madrid, que temporada passada superou o "trauma das oitavas". E a tendência é que os comandados de José Mourinho sigam em frente, notadamente pela diferença técnica flagrante entre os elencos.
Zenit (50%) e Benfica (50%)
O duelo entre o líder no Campeonato Russo e o vice-líder no Campeonato Português é daqueles onde fica difícil apontar um favorito. Para chegarem até aqui, os comandados do italiano Luciano Spaletti conseguiram segurar o Porto no estádio do Dragão (0a0) e avançaram em segundo lugar no grupo do Apoel. Já o Benfica, líder no grupo que mandou o Manchester United para a Liga Europa, perdeu somente um jogo na temporada (para o Marítimo, pela Taça de Portugal).
Olympique de Marseille (40%) e Internazionale (60%)
O clube francês, 8º colocado na liga nacional, avançou na fase de grupos graças a uma virada espetacular na rodada derradeira, quando venceu o Borussia, em Dortmund, por 3a2. A Internazionale, que se classificou como líder no grupo do CSKA Moscou, não vem conseguindo jogar bem na temporada, aparecendo em 7º lugar no Campeonato Italiano. Com o time completo, porém, deverá conseguir a classificação.
Vamos agora analisar cada um dos oito duelos. Entre parênteses, as probabilidades de cada equipe se classificar na análise do blogueiro.
Lyon (70%) e Apoel (30%)
A equipe francesa avançou em segundo lugar num grupo que teve o Real Madrid como líder absoluto. A classificação, por sinal, foi rodeada de polêmica: será que o Dínamo Zagreb facilitou as coisas para levar uma virada de 7a1, dentro de casa, com direito a meia dúzia de gols no segundo tempo? O adversário do atual 4º colocado no Campeonato Francês será o chipriota Apoel, líder na sua liga nacional e líder no grupo que tinha Zenit, Porto e Shakhtar Donetsk. Será que a equipe comandada pelo sérvio Ivan Jovanovic continuará aprontando?
Napoli (40%) e Chelsea (60%)
Os napolitanos, de volta à Liga dos Campeões após vinte e um anos, chegam até aqui após conseguirem avançar no grupo mais forte da fase anterior (ficaram atrás do Bayern de Munique e na frente de Manchester City e Villarreal). Em quinto lugar no Campeonato Italiano, o Napoli é aquele tipo de time que funciona melhor exatamente quando enfrenta equipes fortes e de vocação ofensiva - caso do Chelsea. Em 3º na Premiership, os comandados de André Villas-Boas avançaram como líderes num grupo com Bayer Leverkusen, Valencia e Genk. Para alívio de um treinador que, cerca de cinco meses depois de assumir, já estava sob pressão.
Milan (40%) e Arsenal (60%)
O atual 3º colocado no Campeonato Italiano passou de fase em 2º lugar no grupo do Barcelona. Na temporada passada, os comandados de Massimiliano Allegri foram eliminados exatamente na fase oitavas-de-final e exatamente para um londrino (o Tottenham). O Arsenal, que está numa ascendente na temporada, encontra-se em 5º lugar na Premiership e se classificou com folgas num grupo que tinha Olympique de Marseille, Olympiakos e Borussia Dortmund.
Basel (10%) e Bayern de Munique (90%)
O surpreendente Basel (equipe da semana neste blógui), avançou na Liga dos Campeões superando ninguém menos que o Manchester United na fase de grupos. O Bayern, líder no fortíssimo grupo com Napoli, City e Villarreal, sonha jogar a final continental dentro de seu estádio e conta com um elenco bastante qualificado para correr atrás desse sonho.
Bayer Leverkusen (5%) e Barcelona (95%)
Vice-líder no grupo do Chelsea e 6º colocado na Bundesliga, o Bayer tem a dificílima missão de medir forças com a melhor equipe de futebol do planeta, o Barcelona de Josep Guardiola. Diria que os comandados de Robin Dutt deveriam aproveitar o cruzamento mais como um aprendizado do que como uma competição por vaga nas quartas-de-final.
CSKA Moscou (20%) e Real Madrid (80%)
Vice-líder no grupo da Internazionale e atrás somente do Zenit no Campeonato Russo, o CSKA Moscou tem pela frente a forte equipe do Real Madrid, que temporada passada superou o "trauma das oitavas". E a tendência é que os comandados de José Mourinho sigam em frente, notadamente pela diferença técnica flagrante entre os elencos.
Zenit (50%) e Benfica (50%)
O duelo entre o líder no Campeonato Russo e o vice-líder no Campeonato Português é daqueles onde fica difícil apontar um favorito. Para chegarem até aqui, os comandados do italiano Luciano Spaletti conseguiram segurar o Porto no estádio do Dragão (0a0) e avançaram em segundo lugar no grupo do Apoel. Já o Benfica, líder no grupo que mandou o Manchester United para a Liga Europa, perdeu somente um jogo na temporada (para o Marítimo, pela Taça de Portugal).
Olympique de Marseille (40%) e Internazionale (60%)
O clube francês, 8º colocado na liga nacional, avançou na fase de grupos graças a uma virada espetacular na rodada derradeira, quando venceu o Borussia, em Dortmund, por 3a2. A Internazionale, que se classificou como líder no grupo do CSKA Moscou, não vem conseguindo jogar bem na temporada, aparecendo em 7º lugar no Campeonato Italiano. Com o time completo, porém, deverá conseguir a classificação.
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Tottenham Se Despede Da Liga Europa Com "Goleada Magra"
O Tottenham Hotspur fez a viagem da capital inglesa Londres até a capital irlandesa Dublin levando um time reserva e sem sequer completar o banco de suplentes. Indicativos de uma equipe não muito preocupada com a Liga Europa: precisando de uma vitória sua e também do grego PAOK para tirar uma diferença de cinco gols no saldo em relação ao russo Rubin Kazan, os comandados de Harry Redknapp venceram a fraca equipe do Shamrock Rovers por "apenas" 4a0 e, mesmo que alcançassem mais gols, nada adiantaria em termos de classificação, já que o Rubin Kazan conseguiu o empate na Grécia.
O jogo
Atravessando grande momento na Premiership (onde perdeu somente uma de suas últimas doze partidas, ocupando atualmente a quarta colocação na classificação), o Tottenham iniciou a partida no estádio Tallaght de maneira decepcionante: se alguém imaginou que o time londrino fosse partir pro ataque na busca pelos gols, o que acabou vendo foi um time burocrático e em alguns momentos sendo incomodado pela limitada equipe da casa, que tinha no camisa dez Karl Sheppard, de vinte anos, o seu elemento mais participativo no campo ofensivo.
O Shamrock Rovers, empurrado por uma torcida que fazia bastante barulho no modesto estádio com capacidade para 8.513 espectadores, procurava encerrar o ano da melhor forma possível, até porque o Campeonato Irlandês já fora concluído e este era o último compromisso oficial dos comandados de Michael O'Neill no ano (o treinador norte-irlandês não permanece no cargo para 2012). Os primeiros minutos do time campeão irlandês até foram interessantes, mas o passar do tempo e a aproximação do Tottenham da meta defendida pelo inglês Richard Brush foram explicitando as fraquezas da equipe da casa.
O mexicano Giovani dos Santos esbanjava disposição e causava reboliço pelo flanco direito de ataque, encarando a marcação e fazendo a bola correr no ataque dos Spurs. O primeiro gol saiu exatamente por aquele setor, mas foi marcado pelo sul-africano Steven Pienaar: aos vinte e oito minutos, o meia fez a tabela e, da entrada da área, chutou rasteiro. A bola desviou num defensor e tomou o rumo do canto direito, passando pelo goleiro e abrindo o placar em Dublin.
O Tottenham nem fazia grande partida, mas as oporutnidades iam aparecendo e os gols acontecendo. Aos trinta e sete, Andros Townsend recebeu pelo lado esquerdo e chutou bonito, cruzado, mandando no ângulo esquerdo. O terceiro gol inglês saiu aos quarenta e quatro, com o atacante Jermain Defoe, que até tinha a opção do passe mas preferiu seguir seu insitinto de goleador e marcou ele próprio.
Os jogos foram para o intervalo com o PAOK vencendo o Rubin Kazan por 1a0 e com um jogador a mais (o goleiro Sergei Ryzhikov foi expulso com doze minutos e o gol de Vieirinha saiu aos quinze, em cobrança de pênalti). Ou seja, tudo o que o Tottenham precisava era que o PAOK confirmasse a vitória dentro de casa e aí era só marcar mais dois gols pra cima do Shamrock Rovers e garantir a classificação. Só que as coisas no futebol muitas vezes tomam um rumo diferente do que a lógica sugere: no começo do segundo tempo, Nelson Valdez marcou o gol de empate para o Rubin Kazan e o Tottenham sequer conseguia se impôr para aumentar a goleada. Para se ter uma idéia, o jogo terminou com igualdade percentual no tempo de posse de bola e o goleiro italiano Carlo Cudicini ainda fez bela defesa saltando ao canto esquerdo. Nos acréscimos, Harry Kane (que entrou no lugar de Defoe aos trinta minutos), marcou o último gol da partida com uma finalização da risca da pequena área. O placar de 4a0, no final das contas, não daria a classificação ao Tottenham nem em caso de o PAOK marcar o segundo gol na Grécia. Aliás, se é pra levar a Liga Europa com time reserva e banco incompleto, preferível dar adeus à competição e permitir que equipes mais entusiasmadas permaneçam na disputa.
O sorteio da próxima fase, que juntará 24 equipes classificadas na Liga Europa com 8 eliminadas na Liga dos Campeões, será realizado nessa sexta-feira. E este blógui, é claro, estará informado. E informando.
O jogo
Atravessando grande momento na Premiership (onde perdeu somente uma de suas últimas doze partidas, ocupando atualmente a quarta colocação na classificação), o Tottenham iniciou a partida no estádio Tallaght de maneira decepcionante: se alguém imaginou que o time londrino fosse partir pro ataque na busca pelos gols, o que acabou vendo foi um time burocrático e em alguns momentos sendo incomodado pela limitada equipe da casa, que tinha no camisa dez Karl Sheppard, de vinte anos, o seu elemento mais participativo no campo ofensivo.
O Shamrock Rovers, empurrado por uma torcida que fazia bastante barulho no modesto estádio com capacidade para 8.513 espectadores, procurava encerrar o ano da melhor forma possível, até porque o Campeonato Irlandês já fora concluído e este era o último compromisso oficial dos comandados de Michael O'Neill no ano (o treinador norte-irlandês não permanece no cargo para 2012). Os primeiros minutos do time campeão irlandês até foram interessantes, mas o passar do tempo e a aproximação do Tottenham da meta defendida pelo inglês Richard Brush foram explicitando as fraquezas da equipe da casa.
O mexicano Giovani dos Santos esbanjava disposição e causava reboliço pelo flanco direito de ataque, encarando a marcação e fazendo a bola correr no ataque dos Spurs. O primeiro gol saiu exatamente por aquele setor, mas foi marcado pelo sul-africano Steven Pienaar: aos vinte e oito minutos, o meia fez a tabela e, da entrada da área, chutou rasteiro. A bola desviou num defensor e tomou o rumo do canto direito, passando pelo goleiro e abrindo o placar em Dublin.
O Tottenham nem fazia grande partida, mas as oporutnidades iam aparecendo e os gols acontecendo. Aos trinta e sete, Andros Townsend recebeu pelo lado esquerdo e chutou bonito, cruzado, mandando no ângulo esquerdo. O terceiro gol inglês saiu aos quarenta e quatro, com o atacante Jermain Defoe, que até tinha a opção do passe mas preferiu seguir seu insitinto de goleador e marcou ele próprio.
Os jogos foram para o intervalo com o PAOK vencendo o Rubin Kazan por 1a0 e com um jogador a mais (o goleiro Sergei Ryzhikov foi expulso com doze minutos e o gol de Vieirinha saiu aos quinze, em cobrança de pênalti). Ou seja, tudo o que o Tottenham precisava era que o PAOK confirmasse a vitória dentro de casa e aí era só marcar mais dois gols pra cima do Shamrock Rovers e garantir a classificação. Só que as coisas no futebol muitas vezes tomam um rumo diferente do que a lógica sugere: no começo do segundo tempo, Nelson Valdez marcou o gol de empate para o Rubin Kazan e o Tottenham sequer conseguia se impôr para aumentar a goleada. Para se ter uma idéia, o jogo terminou com igualdade percentual no tempo de posse de bola e o goleiro italiano Carlo Cudicini ainda fez bela defesa saltando ao canto esquerdo. Nos acréscimos, Harry Kane (que entrou no lugar de Defoe aos trinta minutos), marcou o último gol da partida com uma finalização da risca da pequena área. O placar de 4a0, no final das contas, não daria a classificação ao Tottenham nem em caso de o PAOK marcar o segundo gol na Grécia. Aliás, se é pra levar a Liga Europa com time reserva e banco incompleto, preferível dar adeus à competição e permitir que equipes mais entusiasmadas permaneçam na disputa.
O sorteio da próxima fase, que juntará 24 equipes classificadas na Liga Europa com 8 eliminadas na Liga dos Campeões, será realizado nessa sexta-feira. E este blógui, é claro, estará informado. E informando.
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Parabéns, Universidad De Chile!
Oitenta e quatro anos depois de sua fundação (em 24.05.1927), o Club Universidad de Chile chegou à sua primeira final continental. E ontem, 14.12.2011, com uma goleada por 3a0 sobre a Liga Deportiva Universitária, "La U" sagrou-se campeã na Copa Sul-Americana.
Os parabéns que dão o título ao presente texto não se restringem ao troféu conquistado, mas permeiam sobretudo a performance da equipe comandada pelo argentino Jorge Sampaoli: regular no sentido de não oscilar no jogo, eficiente no sentido de aproveitar as chances criadas, intensa no sentido de constantemente buscar o gol, vistosa no sentido em que trabalha a posse de bola e artística pela combinação de todos aqueles ítens anteriores. Essa é a Universidad de Chile, invicta há trinta e cinco jogos e campeã incontestável na Copa Sul-Americana 2011.
Tive o prazer de assistir alguns jogos desse time, e em todos eles gostei do que vi. A goleada por 4a0 sobre o Flamengo no Rio de Janeiro foi um dos desempenhos mais bonitos que vi de um time em 2011. Nos duelos semifinais com o Vasco, a equipe chilena teve o mérito de arrancar um empate no Rio de Janeiro e depois fez-se valer do fator campo, sufocando os vascaínos e jogando com inteligência, embora sem necessariamente brilhar na vitória por 2a0. Infelizmente, nenhuma emissora aberta da televisão brasileira se prestou a transmitir a final, mas o blogueiro já imaginava que o desfecho seria com um título dos "Azules". Aliás, tempos difíceis para o futebol brasileiro: os únicos personagens da partida derradeira nascidos em terras tupiniquins eram aqueles que formavam o quarteto de arbitragem (Wilson Luiz Seneme no apito, Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Emerson Augusto de Carvalho nas flâmulas, e Leandro Pedro Vuaden como quarto árbitro).
Agora fica a torcida para que o "Barcelona das Américas" dê seqüência a esse belo trabalho e a essa conseqüente bela série invicta. A Copa Libertadores da América 2012 não perde por esperar.
Os parabéns que dão o título ao presente texto não se restringem ao troféu conquistado, mas permeiam sobretudo a performance da equipe comandada pelo argentino Jorge Sampaoli: regular no sentido de não oscilar no jogo, eficiente no sentido de aproveitar as chances criadas, intensa no sentido de constantemente buscar o gol, vistosa no sentido em que trabalha a posse de bola e artística pela combinação de todos aqueles ítens anteriores. Essa é a Universidad de Chile, invicta há trinta e cinco jogos e campeã incontestável na Copa Sul-Americana 2011.
Tive o prazer de assistir alguns jogos desse time, e em todos eles gostei do que vi. A goleada por 4a0 sobre o Flamengo no Rio de Janeiro foi um dos desempenhos mais bonitos que vi de um time em 2011. Nos duelos semifinais com o Vasco, a equipe chilena teve o mérito de arrancar um empate no Rio de Janeiro e depois fez-se valer do fator campo, sufocando os vascaínos e jogando com inteligência, embora sem necessariamente brilhar na vitória por 2a0. Infelizmente, nenhuma emissora aberta da televisão brasileira se prestou a transmitir a final, mas o blogueiro já imaginava que o desfecho seria com um título dos "Azules". Aliás, tempos difíceis para o futebol brasileiro: os únicos personagens da partida derradeira nascidos em terras tupiniquins eram aqueles que formavam o quarteto de arbitragem (Wilson Luiz Seneme no apito, Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Emerson Augusto de Carvalho nas flâmulas, e Leandro Pedro Vuaden como quarto árbitro).
Agora fica a torcida para que o "Barcelona das Américas" dê seqüência a esse belo trabalho e a essa conseqüente bela série invicta. A Copa Libertadores da América 2012 não perde por esperar.
Fanática torcida chilena vibra com o time: essas pessoas não sabem o que é perder há trinta e cinco jogos.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Lazio Consegue Os Dois Resultados E Avança Na Liga Europa
O estádio Olímpico de Roma esteve longe da sua lotação (ao contrário, viam-se muitos assentos disponíveis nas arquibancadas), a situação da Lazio não era das mais confortáveis (dependia de resultado alheio para poder se classificar), mas o fato é que a equipe italiana conseguiu a vitória e o tropeço do concorrente romeno Vaslui na rodada derradeira pelo grupo D na Liga Europa (ambos os jogos terminaram 2a0). Com isso, os comandados de Edoardo Reja avançam no torneio - o Sporting, que já tinha a liderança na chave assegurada, também está classificado.
O jogo
Não sei o quão diferente seria a partida se o treinador Domingos Paciência (atual vice-campeão na competição com o Sporting Braga) optasse por escalar a equipe titular, mas o fato é que, com a liderança já garantida, o Sporting Lisboa de certa forma facilitou o trabalho da Lazio em solo italiano ao jogar com um time misto e sem a mesma motivação do adversário.
Reja abriu mão do habitual sistema tático 4-4-2 em losango e utilizou-se de dois volantes (o albanês nascido no Kosovo Lorik Cana e o italiano nascido na Argentina Cristian Ledesma), um meia centralizado (o brasileiro nascido no Recife Ânderson Hernanes) e três homens de frente (o francês Djibril Cissé aberto pela direita, Giuseppe Sculli aberto pela esquerda e o tcheco Libor Kozák como referência na área).
Cissé e Sculli participavam bastante das jogadas ofensivas, até porque os volantes pouco avançavam e Hernanes era facilmente neutralizado pelo sistema defensivo oponente - talvez faltasse ao brasileiro cair para os lados do campo em vez de "aceitar" a marcação adversária. De toda forma, a Lazio conseguiu abrir o placar ainda no primeiro tempo: aos quarenta e um minutos, Sculli cruzou no capricho do lado esquerdo e, livre de marcação, Kozák cabeceou no contrapé do goleiro brasileiro Marcelo Boeck, marcando 1a0 para os donos da casa. Kozák, pouco antes, havia desperdiçado uma jogada de ataque a ponto da gente se perguntar o que é que o polonês-alemão Miroslav Klose fazia sentado no banco de reservas - coisas da vida de um atacante, às vezes um erro que denota fraqueza técnica é sucedido por um belo gol de cabeça.
O Sporting voltou melhor do intervalo, conseguindo maiores aproximações da meta defendida pelo argentino Albano Benjamín Bizarri. Mas acabou sofrendo o segundo gol aos nove minutos: o francês Mobido Diakité se mandou para o ataque, escapou da marcação e serviu Sculli que, próximo à marca do pênalti, dominou e chutou para a rede. Embora o resultado de 2a0 não seja necessariamente seguro, a boa atuação do angolano naturalizado belga Luis Pedro Cavanda foi uma das pilastras de sustentação da equipe celeste, mostrando firmeza na marcação e qualidade no toque de bola. Curiosamente, três dos destaques da Lazio eram jogadores fenotipicamente pretos - Cissé, Diakité e Cavanda -, algo bastante interessante se recordarmos do histórico nada amigável que uma determinada facção de torcedores tem em relação com jogadores de pele escura.
Mas a alegria da torcida da Lazio só foi completa com o anúncio dos gols do Zurique sobre o Vaslui, num placar de 2a0 que confirmou a classificação "biancocelesti". Sporting (líder no grupo) e Lazio (vice-líder), avançam na Liga Europa e aguardam o sorteio para conhecerem seus futuros adversários na competição continental (sorteio esse que será realizado nessa sexta-feira). Agora, podem retornar suas atenções para as competições nacionais: a Lazio, quarta colocada no Italiano, recebe a vice-líder Udinese e pode terminar a rodada em primeiro (está a dois pontos tanto de Udinese quanto de Juventus). Já o Sporting Lisboa, que visita a Académica, não pode ganhar posições nessa rodada: está em terceiro no Português com quatro pontos de distância dos dois times que se encontram na frente, os invictos Porto (líder) e Benfica (vice-líder) - em compensação, também não poderá ser ultrapassado, já que o time imediatamente atrás é o Sporting Braga, com quatro pontos de desvantagem.
O jogo
Não sei o quão diferente seria a partida se o treinador Domingos Paciência (atual vice-campeão na competição com o Sporting Braga) optasse por escalar a equipe titular, mas o fato é que, com a liderança já garantida, o Sporting Lisboa de certa forma facilitou o trabalho da Lazio em solo italiano ao jogar com um time misto e sem a mesma motivação do adversário.
Reja abriu mão do habitual sistema tático 4-4-2 em losango e utilizou-se de dois volantes (o albanês nascido no Kosovo Lorik Cana e o italiano nascido na Argentina Cristian Ledesma), um meia centralizado (o brasileiro nascido no Recife Ânderson Hernanes) e três homens de frente (o francês Djibril Cissé aberto pela direita, Giuseppe Sculli aberto pela esquerda e o tcheco Libor Kozák como referência na área).
Cissé e Sculli participavam bastante das jogadas ofensivas, até porque os volantes pouco avançavam e Hernanes era facilmente neutralizado pelo sistema defensivo oponente - talvez faltasse ao brasileiro cair para os lados do campo em vez de "aceitar" a marcação adversária. De toda forma, a Lazio conseguiu abrir o placar ainda no primeiro tempo: aos quarenta e um minutos, Sculli cruzou no capricho do lado esquerdo e, livre de marcação, Kozák cabeceou no contrapé do goleiro brasileiro Marcelo Boeck, marcando 1a0 para os donos da casa. Kozák, pouco antes, havia desperdiçado uma jogada de ataque a ponto da gente se perguntar o que é que o polonês-alemão Miroslav Klose fazia sentado no banco de reservas - coisas da vida de um atacante, às vezes um erro que denota fraqueza técnica é sucedido por um belo gol de cabeça.
O Sporting voltou melhor do intervalo, conseguindo maiores aproximações da meta defendida pelo argentino Albano Benjamín Bizarri. Mas acabou sofrendo o segundo gol aos nove minutos: o francês Mobido Diakité se mandou para o ataque, escapou da marcação e serviu Sculli que, próximo à marca do pênalti, dominou e chutou para a rede. Embora o resultado de 2a0 não seja necessariamente seguro, a boa atuação do angolano naturalizado belga Luis Pedro Cavanda foi uma das pilastras de sustentação da equipe celeste, mostrando firmeza na marcação e qualidade no toque de bola. Curiosamente, três dos destaques da Lazio eram jogadores fenotipicamente pretos - Cissé, Diakité e Cavanda -, algo bastante interessante se recordarmos do histórico nada amigável que uma determinada facção de torcedores tem em relação com jogadores de pele escura.
Mas a alegria da torcida da Lazio só foi completa com o anúncio dos gols do Zurique sobre o Vaslui, num placar de 2a0 que confirmou a classificação "biancocelesti". Sporting (líder no grupo) e Lazio (vice-líder), avançam na Liga Europa e aguardam o sorteio para conhecerem seus futuros adversários na competição continental (sorteio esse que será realizado nessa sexta-feira). Agora, podem retornar suas atenções para as competições nacionais: a Lazio, quarta colocada no Italiano, recebe a vice-líder Udinese e pode terminar a rodada em primeiro (está a dois pontos tanto de Udinese quanto de Juventus). Já o Sporting Lisboa, que visita a Académica, não pode ganhar posições nessa rodada: está em terceiro no Português com quatro pontos de distância dos dois times que se encontram na frente, os invictos Porto (líder) e Benfica (vice-líder) - em compensação, também não poderá ser ultrapassado, já que o time imediatamente atrás é o Sporting Braga, com quatro pontos de desvantagem.
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Copa Sul-Americana 2011: La U Ou LDU?
Nessa quarta-feira, catorze de dezembro de dois mil e onze, a Copa Sul-Americana chega ao seu jogo derradeiro. Duelando no estádio Santa Laura, na capital chilena Santiago, estarão a Universidad de Chile e a Liga Deportiva Universitária, também conhecidas pelas respectivas alcunhas de La U e LDU.
Embora cada time viva um momento diferente nesse momento (La U faz campanha memorável no Campeonato Chileno, sem perder jogo nenhum para ninguém; LDU é apenas quinta colocada no Campeonato Equatoriano), uma final de campeonato deve ser tratada como um jogo diferente (na acepção mais mística do termo).
Falando em "final de campeonato", nesse ponto a LDU carrega uma vantagem em relação ao adversário: foi campeã na Copa Libertadores da América em 2008 e na Copa Sul-Americana em 2009. Isto é, chega à sua terceira final continental nos últimos quatro anos. La U, por sua vez, está disputando a sua primeira final sul-americana em toda a história do clube.
No primeiro jogo, na altitude da capital equatoriana Quito, a Universidad de Chile conseguiu vencer por 1a0. Desta forma, será campeã na Copa Sul-Americana em caso de empate dentro de casa. Uma vantagem considerável, sobretudo se lembrarmos que essa equipe está invicta há trinta e quatro partidas.
O palpite do blogueiro vai para um título dos comandados de Jorge Sampaoli. E essa opinião se baseia em diversos aspectos: o ótimo desempenho da equipe em partidas nessa mesma Copa Sul-Americana (a exibição na goleada de 4a0 sobre o Flamengo, no Engenhão, foi formidável), o ótimo momento recente que o time atravessa, o apoio da fanática torcida e o desejo de continuar fazendo história. Mas, sem dúvidas, essa mesma "história" orienta-nos a não duvidar da força da Liga Deportiva Universitária.
Embora cada time viva um momento diferente nesse momento (La U faz campanha memorável no Campeonato Chileno, sem perder jogo nenhum para ninguém; LDU é apenas quinta colocada no Campeonato Equatoriano), uma final de campeonato deve ser tratada como um jogo diferente (na acepção mais mística do termo).
Falando em "final de campeonato", nesse ponto a LDU carrega uma vantagem em relação ao adversário: foi campeã na Copa Libertadores da América em 2008 e na Copa Sul-Americana em 2009. Isto é, chega à sua terceira final continental nos últimos quatro anos. La U, por sua vez, está disputando a sua primeira final sul-americana em toda a história do clube.
No primeiro jogo, na altitude da capital equatoriana Quito, a Universidad de Chile conseguiu vencer por 1a0. Desta forma, será campeã na Copa Sul-Americana em caso de empate dentro de casa. Uma vantagem considerável, sobretudo se lembrarmos que essa equipe está invicta há trinta e quatro partidas.
O palpite do blogueiro vai para um título dos comandados de Jorge Sampaoli. E essa opinião se baseia em diversos aspectos: o ótimo desempenho da equipe em partidas nessa mesma Copa Sul-Americana (a exibição na goleada de 4a0 sobre o Flamengo, no Engenhão, foi formidável), o ótimo momento recente que o time atravessa, o apoio da fanática torcida e o desejo de continuar fazendo história. Mas, sem dúvidas, essa mesma "história" orienta-nos a não duvidar da força da Liga Deportiva Universitária.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Entre o sábado (dia 3) e o domingo (dia 11), o Fussballclub Basel realizou três partidas oficiais. Na primeira delas, uma vitória por 1a0 sobre o Luzern (gol de Marco Streller) foi relevante na Axpo Super League (o nome dado ao Campeonato Suíço): com o resultado, a equipe abriu quatro pontos de vantagem sobre o vice-líder e garantiu o título nacional de inverno com uma rodada de antecipação. Na terceira e mais recente dessas partidas, os comandados do alemão Heiko Vogel empataram fora de casa com o Neuchâtel Xamax (1a1, gol de novo dele: Streller).
Mas o grande feito da equipe da Basiléia ocorreu na Liga dos Campeões da Europa. Na quarta-feira, dia 7, o Basel recebeu o Manchester United, atual campeão inglês e vice-campeão europeu. O cenário era o seguinte: Basel se classifica às oitavas com vitória, Manchester se classifica às oitavas com vitória ou empate. E o estádio St. Jakob-Park testemunhou um histórico 2a1 para o clube suíço. Marco Streller, sempre ele, abriu a contagem aos oito minutos de partida. Aos trinta e nove minutos do segundo tempo, Alexander Frei deixou o dele e ampliou a vantagem para 2a0. No final, aos quarenta e três, Phil Jones descontou. Mas a vaga ficou mesmo com o Basel, no que pode ser considerado o desfecho mais surpreendente nessa fase de grupos no mais forte torneio interclubes do mundo.
Uma curiosidade que considero interessante é a análise dos times titulares de Basel e Manchester United naquela jornada: enquanto o United foi a campo com somente quatro jogadores nacionais (isto é, ingleses), o Basel iniciou o jogo com quatro jogadores estrangeiros (ou seja, não-suíços). Bem, de toda forma é verdadeiro afirmar que nem todos esses "suíços" nasceram em território suíço, caso por exemplo do jovem meio-campista Xherdan Shaqiri: de vinte anos e nascido no Kosovo, foi dele a assistência para o gol de Frei.
Fica aqui registrada nossa parabenização ao Basel pelo título de inverno e também pelo respeitável feito de passar pelo Manchester United (empatou por 3a3 em Old Trafford antes dessa vitória na derradeira sexta rodada na fase de grupos). Muitos tratam o 2a1 na Basiléia como um "vexame do United". Até posso concordar. Mas devemos também colocar os vencedores como protagonistas. Então, eis um "grande feito do Basel". Em tempo: o Basel está há onze jogos invicto na temporada.
Jogada da semana
Marco Streller marcou gol em todos os últimos três jogos do Basel (como vocês puderam ver nos parágrafos acima). Então, vamos ilustrar a jogada da semana com o segundo desses gols, que foi justamente o que abriu caminho para a vitória diante do Manchester United, na sexta rodada da fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa. O camisa nove recebeu cruzamento vindo do lado esquerdo e emendou um chute de canhota para estufar a rede adversária.
Mas o grande feito da equipe da Basiléia ocorreu na Liga dos Campeões da Europa. Na quarta-feira, dia 7, o Basel recebeu o Manchester United, atual campeão inglês e vice-campeão europeu. O cenário era o seguinte: Basel se classifica às oitavas com vitória, Manchester se classifica às oitavas com vitória ou empate. E o estádio St. Jakob-Park testemunhou um histórico 2a1 para o clube suíço. Marco Streller, sempre ele, abriu a contagem aos oito minutos de partida. Aos trinta e nove minutos do segundo tempo, Alexander Frei deixou o dele e ampliou a vantagem para 2a0. No final, aos quarenta e três, Phil Jones descontou. Mas a vaga ficou mesmo com o Basel, no que pode ser considerado o desfecho mais surpreendente nessa fase de grupos no mais forte torneio interclubes do mundo.
Uma curiosidade que considero interessante é a análise dos times titulares de Basel e Manchester United naquela jornada: enquanto o United foi a campo com somente quatro jogadores nacionais (isto é, ingleses), o Basel iniciou o jogo com quatro jogadores estrangeiros (ou seja, não-suíços). Bem, de toda forma é verdadeiro afirmar que nem todos esses "suíços" nasceram em território suíço, caso por exemplo do jovem meio-campista Xherdan Shaqiri: de vinte anos e nascido no Kosovo, foi dele a assistência para o gol de Frei.
Fica aqui registrada nossa parabenização ao Basel pelo título de inverno e também pelo respeitável feito de passar pelo Manchester United (empatou por 3a3 em Old Trafford antes dessa vitória na derradeira sexta rodada na fase de grupos). Muitos tratam o 2a1 na Basiléia como um "vexame do United". Até posso concordar. Mas devemos também colocar os vencedores como protagonistas. Então, eis um "grande feito do Basel". Em tempo: o Basel está há onze jogos invicto na temporada.
Jogada da semana
Marco Streller marcou gol em todos os últimos três jogos do Basel (como vocês puderam ver nos parágrafos acima). Então, vamos ilustrar a jogada da semana com o segundo desses gols, que foi justamente o que abriu caminho para a vitória diante do Manchester United, na sexta rodada da fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa. O camisa nove recebeu cruzamento vindo do lado esquerdo e emendou um chute de canhota para estufar a rede adversária.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Mundial De Clubes 2011
O Mundial de Clubes 2011 começou na quinta-feira, dia oito (vitória do japonês Kashiwa Reysol sobre o neo-zelandês Auckland City, 2a0) e nesse domingo conheceu os cruzamentos semifinais do torneio.
De um lado, o Santos, campeão da Copa Libertadores da América 2011, enfrenta o Kashiwa Reysol (que após eliminar o Auckland City passou pelo mexicano Monterrey nos pênaltis, depois de igualdade em 1a1 no tempo normal e na prorrogação).
De outro lado, o Barcelona, campeão da Liga dos Campeões da Europa 2010-1, enfrenta o Al Sadd: a equipe do Catar venceu o tunisiano Espérance Sportive de Tunis (2a1).
Para podermos assistir a um duelo entre o Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso com o Barcelona de Lionel Messi e Francesc Fàbregas (para só citar duas feras de um timaço que encanta o mundo), os comandados de Muricy Ramalho e Josep Guardiola terão de confirmar dentro de campo o amplo favoritismo que carregam para as partidas semifinais. Coisa que o Internacional não conseguiu no ano passado.
Mas uma coisa é certa: algum brasileiro será campeão interclubes no próximo domingo. No elenco do Kashiwa Reysol há três tupiniquins (os meio-campistas Jorge Wágner e Leandro Domingues, além do treinador Nelsinho Baptista) e o próprio Al Sadd conta com um sujeito dessas terras (o atacante Leandro, natural de São Paulo). Mas o mais provável é que veremos nomes como Daniel Alves, Adriano e Maxwell, todos laterais do Barcelona, acariciando o troféu internacional.
De um lado, o Santos, campeão da Copa Libertadores da América 2011, enfrenta o Kashiwa Reysol (que após eliminar o Auckland City passou pelo mexicano Monterrey nos pênaltis, depois de igualdade em 1a1 no tempo normal e na prorrogação).
De outro lado, o Barcelona, campeão da Liga dos Campeões da Europa 2010-1, enfrenta o Al Sadd: a equipe do Catar venceu o tunisiano Espérance Sportive de Tunis (2a1).
Para podermos assistir a um duelo entre o Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso com o Barcelona de Lionel Messi e Francesc Fàbregas (para só citar duas feras de um timaço que encanta o mundo), os comandados de Muricy Ramalho e Josep Guardiola terão de confirmar dentro de campo o amplo favoritismo que carregam para as partidas semifinais. Coisa que o Internacional não conseguiu no ano passado.
Mas uma coisa é certa: algum brasileiro será campeão interclubes no próximo domingo. No elenco do Kashiwa Reysol há três tupiniquins (os meio-campistas Jorge Wágner e Leandro Domingues, além do treinador Nelsinho Baptista) e o próprio Al Sadd conta com um sujeito dessas terras (o atacante Leandro, natural de São Paulo). Mas o mais provável é que veremos nomes como Daniel Alves, Adriano e Maxwell, todos laterais do Barcelona, acariciando o troféu internacional.
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sábado, 10 de dezembro de 2011
Com Defesa Sólida E Ataque Frágil, Internazionale Vence Fiorentina
Vinda de duas derrotas na temporada (ambas no estádio Giuseppe Meazza), a Internazionale recebeu a Fiorentina e finalmente conseguiu fazer a alegria dos interistas: com uma vitória por 2a0, a equipe "nerazzurri" saltou para a nona colocação na tabela de classificação, deixando a "Viola" para trás, em décimo quarto lugar no Campeonato Italiano.
O jogo
Enfraquecida pelas ausências de jogadores como Javier Zanetti, Dejan Stankovic, Wesley Sneijder e Diego Forlán, a equipe comandada por Claudio Ranieri mostrou severas deficiências na capacidade de criar ocasiões de gol. Porém, a defesa formada pelo brasileiro Lúcio e pelo argentino Samuel, protegida pelos respectivos compatriotas Thiago Motta (naturalizado italiano) e Esteban Cambiasso mostrava-se sólida o bastante a ponto de tornar o goleiro brasileiro Júlio César praticamente um espectador privilegiado da partida.
Lá na frente, Philippe Coutinho buscava jogo mas pouco produzia. Mas, aos quarenta minutos, o jovem meia brasileiro descolou belo lançamento nas costas da defesa e serviu Giampaolo Pazzini, que aproveitou a oportunidade com toque categórico na bola, tirando do goleiro polonês Artur Boruc. 1a0 Internazionale, para uma contida comemoração de Pazzini, que já foi jogador da Fiorentina.
No segundo tempo, um gol logo aos três minutos praticamente resolveu a parada em Milão: Pazzini fez o passe e o japonês Yuto Nagatomo tratou de correr pra disputar a bola com três adversários, incluindo o goleiro Boruc. Para alegria de Nagatomo, Manuel Pasqual tentou afastar e acabou chutando no corpo do japonês, e a redonda tomou o rumo da rede. 2a0 Internazionale e muita comemoração da equipe com o autor do gol, mostrando que Yuto é bastante querido pelos companheiros.
Com o passar do tempo, Delio Rossi e Ranieri mexeram em suas equipes, mas o fato é que pouca coisa se modificou no desenho da partida. No caso da Inter, diria até que as coisas pioraram após a saída de Coutinho para a entrada do ganês Sulley Ali Muntari, que entre um erro e outro, desperdiçou chance clara de marcar o terceiro após cruzamento certeiro do brasileiro Maicon.
Com o retorno dos jogadores ausentes, a Internazionale deverá encontrar um melhor futebol e melhorar sua posição na Série A italiana. Porém, não me parece um time para disputar o scudetto e também não colocaria essa equipe entre as favoritas por uma das três - e não mais quatro - vagas na Liga dos Campeões da Europa. Já a Fiorentina, que nessa partida teve o desfalque do montenegrino Stevan Jovetic (goleador da equipe na temporada e jogador que mais finalizou no Campeonato Italiano), dará muito trabalho ao treinador Delio Rossi, já que parece carecer intensamente de um articulador no meio-campo. Porém, justiça seja feita: Riccardo Montolivo também não atuou nessa partida diante da Inter.
O jogo
Enfraquecida pelas ausências de jogadores como Javier Zanetti, Dejan Stankovic, Wesley Sneijder e Diego Forlán, a equipe comandada por Claudio Ranieri mostrou severas deficiências na capacidade de criar ocasiões de gol. Porém, a defesa formada pelo brasileiro Lúcio e pelo argentino Samuel, protegida pelos respectivos compatriotas Thiago Motta (naturalizado italiano) e Esteban Cambiasso mostrava-se sólida o bastante a ponto de tornar o goleiro brasileiro Júlio César praticamente um espectador privilegiado da partida.
Lá na frente, Philippe Coutinho buscava jogo mas pouco produzia. Mas, aos quarenta minutos, o jovem meia brasileiro descolou belo lançamento nas costas da defesa e serviu Giampaolo Pazzini, que aproveitou a oportunidade com toque categórico na bola, tirando do goleiro polonês Artur Boruc. 1a0 Internazionale, para uma contida comemoração de Pazzini, que já foi jogador da Fiorentina.
No segundo tempo, um gol logo aos três minutos praticamente resolveu a parada em Milão: Pazzini fez o passe e o japonês Yuto Nagatomo tratou de correr pra disputar a bola com três adversários, incluindo o goleiro Boruc. Para alegria de Nagatomo, Manuel Pasqual tentou afastar e acabou chutando no corpo do japonês, e a redonda tomou o rumo da rede. 2a0 Internazionale e muita comemoração da equipe com o autor do gol, mostrando que Yuto é bastante querido pelos companheiros.
Com o passar do tempo, Delio Rossi e Ranieri mexeram em suas equipes, mas o fato é que pouca coisa se modificou no desenho da partida. No caso da Inter, diria até que as coisas pioraram após a saída de Coutinho para a entrada do ganês Sulley Ali Muntari, que entre um erro e outro, desperdiçou chance clara de marcar o terceiro após cruzamento certeiro do brasileiro Maicon.
Com o retorno dos jogadores ausentes, a Internazionale deverá encontrar um melhor futebol e melhorar sua posição na Série A italiana. Porém, não me parece um time para disputar o scudetto e também não colocaria essa equipe entre as favoritas por uma das três - e não mais quatro - vagas na Liga dos Campeões da Europa. Já a Fiorentina, que nessa partida teve o desfalque do montenegrino Stevan Jovetic (goleador da equipe na temporada e jogador que mais finalizou no Campeonato Italiano), dará muito trabalho ao treinador Delio Rossi, já que parece carecer intensamente de um articulador no meio-campo. Porém, justiça seja feita: Riccardo Montolivo também não atuou nessa partida diante da Inter.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
City Vence Líder Bayern Mas Toma O Caminho Da Liga Europa; Festa É Napolitana
Estreante em Liga dos Campeões da Europa, o "novo-rico" Manchester City não conseguiu ir além da fase de grupos na mais forte competição de clubes do mundo. Porém, isso não quer dizer que a campanha dos comandados de Roberto Mancini tenha sido um fiasco: na chave mais forte de todas nessa temporada, os Citizens somaram dez pontos, ficando atrás de Bayern de Munique (13) e Napoli (11) - o Villarreal sequer conseguiu pontuar no grupo A. Agora, a equipe que lidera a Premiership vai jogar a Liga Europa. O Bayern, que já tinha o primeiro lugar na chave assegurado, entrou em campo poupando diversos jogadores. Lembrando que a final da Liga dos Campeões nessa temporada será no estádio Allianz Arena, casa do Bayern de Munique.
O jogo
Já era de se esperar que os donos da casa fossem tomar a iniciativa no City Of Manchester Stadium (agora chamado de estádio Etihad), e a desenvoltura de jogadores como o espanhol David Silva e o argentino Sergio "Kun" Agüero facilitaram a aproximação da equipe à área adversária, notadamente com o apoio constante do marfinense Yaya Touré e do montenegrino Stefan Savic, bastante acionado pelo flanco direito.
O gol que abriu o placar saiu aos trinta e seis minutos: David Silva recebeu do bósnio Edin Dzeko e soltou bonito chute de fora da área, no canto direito. O Bayern também teve chances de balançar a rede adversária, mas falhou nas conclusões do croata Ivica Olic (méritos do goleiro Joe Hart) e do austríaco David Alaba.
Se no primeiro tempo o City tinha muito mais a bola no pé, no segundo o Bayern começou conseguindo um volume de jogo interessante, mas sem necessariamente ser perigoso no ataque. E, numa saída rápida dos Citizens, Dzeko deixou com Yaya e o volante foi astuto para chutar por baixo do goleiro Hans-Jörg Butt. 2a0 e festa da torcida local, que comemorava o gol virada de costas para o gramado (vai entender, né?).
O Manchester City ainda conseguiu algumas outras investidas, embora com menos freqüência de até então. Mas naquele momento o que era mais relevante para o time era o resultado de Villarreal e Napoli: para se classificar às oitavas-de-final, os Citizens dependiam não apenas de uma vitória sobre o Bayern, mas de um tropeço napolitano no estádio El Madrigal, casa do Villarreal. O 0a0 persistiu até os dezenove minutos no segundo tempo, quando Inler abriu o placar para a equipe italiana. Onze minutos depois foi a vez de Hamsik marcar e colocar 2a0 no placar, resultado que se manteve até o final.
Com um elenco caríssimo vestindo uma camisa que não carrega tradição, o Manchester City despede-se da atual edição da Liga dos Campeões e parte para a Liga Europa, onde fará companhia ao Manchester United, que também ficou em terceiro lugar em seu grupo. Essa, sim, uma grande surpresa. Principalmente observando que estamos falando do atual vice-campeão europeu numa chave com Benfica, Basel e Otelul Galati.
Outros resultados
Terça-feira
Grupo E: Chelsea (1º) 3a0 (3º) Valência e Genk (4º) 1a1 (2º) Bayer Leverkusen
Grupo F: Olympiakos (3º) 3a1 (1º) Arsenal e Borussia Dortmund (4º) 2a3 (2º) Olympique de Marseille
Grupo G: Porto (3º) 0a0 (2º) Zenit e APOEL (1º) 0a2 (4º) Shakhtar Donetsk
Grupo H: Barcelona (1º) 4a0 (4º) BATE Borisov e Viktoria Pilsen (3º) 2a2 (2º) Milan
Quarta-feira
Grupo A: Villarreal (4º) 0a2 (2º) Napoli
Grupo B: Lille (4º) 0a0 (3º) Trabzonspor e Internazionale (1º) 1a2 (2º) CSKA Moscou
Grupo C: Basel (2º) 2a1 (3º) Manchester United e Benfica (1º) 1a0 (4º) Otelul Galati
Grupo D: Dínamo Zagreb (4º) 1a7 (2º) Lyon e Ajax (3º) 0a3 (1º) Real Madrid
O jogo
Já era de se esperar que os donos da casa fossem tomar a iniciativa no City Of Manchester Stadium (agora chamado de estádio Etihad), e a desenvoltura de jogadores como o espanhol David Silva e o argentino Sergio "Kun" Agüero facilitaram a aproximação da equipe à área adversária, notadamente com o apoio constante do marfinense Yaya Touré e do montenegrino Stefan Savic, bastante acionado pelo flanco direito.
O gol que abriu o placar saiu aos trinta e seis minutos: David Silva recebeu do bósnio Edin Dzeko e soltou bonito chute de fora da área, no canto direito. O Bayern também teve chances de balançar a rede adversária, mas falhou nas conclusões do croata Ivica Olic (méritos do goleiro Joe Hart) e do austríaco David Alaba.
Se no primeiro tempo o City tinha muito mais a bola no pé, no segundo o Bayern começou conseguindo um volume de jogo interessante, mas sem necessariamente ser perigoso no ataque. E, numa saída rápida dos Citizens, Dzeko deixou com Yaya e o volante foi astuto para chutar por baixo do goleiro Hans-Jörg Butt. 2a0 e festa da torcida local, que comemorava o gol virada de costas para o gramado (vai entender, né?).
O Manchester City ainda conseguiu algumas outras investidas, embora com menos freqüência de até então. Mas naquele momento o que era mais relevante para o time era o resultado de Villarreal e Napoli: para se classificar às oitavas-de-final, os Citizens dependiam não apenas de uma vitória sobre o Bayern, mas de um tropeço napolitano no estádio El Madrigal, casa do Villarreal. O 0a0 persistiu até os dezenove minutos no segundo tempo, quando Inler abriu o placar para a equipe italiana. Onze minutos depois foi a vez de Hamsik marcar e colocar 2a0 no placar, resultado que se manteve até o final.
Torcedores napolitanos vão até a Espanha e fazem bonita festa no estádio El Madrigal: meses atrás, o Napoli despedia-se da Liga Europa com uma derrota exatamente nesse campo, com direito a queda do alambrado quando os italianos comemoravam o gol de sua equipe.
Com um elenco caríssimo vestindo uma camisa que não carrega tradição, o Manchester City despede-se da atual edição da Liga dos Campeões e parte para a Liga Europa, onde fará companhia ao Manchester United, que também ficou em terceiro lugar em seu grupo. Essa, sim, uma grande surpresa. Principalmente observando que estamos falando do atual vice-campeão europeu numa chave com Benfica, Basel e Otelul Galati.
Outros resultados
Terça-feira
Grupo E: Chelsea (1º) 3a0 (3º) Valência e Genk (4º) 1a1 (2º) Bayer Leverkusen
Grupo F: Olympiakos (3º) 3a1 (1º) Arsenal e Borussia Dortmund (4º) 2a3 (2º) Olympique de Marseille
Grupo G: Porto (3º) 0a0 (2º) Zenit e APOEL (1º) 0a2 (4º) Shakhtar Donetsk
Grupo H: Barcelona (1º) 4a0 (4º) BATE Borisov e Viktoria Pilsen (3º) 2a2 (2º) Milan
Quarta-feira
Grupo A: Villarreal (4º) 0a2 (2º) Napoli
Grupo B: Lille (4º) 0a0 (3º) Trabzonspor e Internazionale (1º) 1a2 (2º) CSKA Moscou
Grupo C: Basel (2º) 2a1 (3º) Manchester United e Benfica (1º) 1a0 (4º) Otelul Galati
Grupo D: Dínamo Zagreb (4º) 1a7 (2º) Lyon e Ajax (3º) 0a3 (1º) Real Madrid
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Vindo de quatro vitórias em seqüência (a última delas diante do Figueirense, em Santa Catarina, no domingo retrasado), o Corinthians não precisava de mais do que um empate no clássico com o Palmeiras, nesse último domingo, para gritar "é campeão". E a bem da verdade o pentacampeonato brasileiro da equipe do Parque São Jorge foi ratificado antes mesmo do apito final no estádio Pacaembu, pois o Vasco não conseguiu vencer o Flamengo no estádio Engenhão (1a1), em partida finalizada minutos antes do 0a0 entre corinthianos e palmeirenses.
Fica aqui registrado o parabéns ao time comandado por Tite, que disparou na frente nas rodadas iniciais mas acabou o campeonato honrando as tradições alvinegras, que dizem que "com o Corinthians tem que ser sofrido". De triste, as cenas de violência entre "jogadores", com direito a quatro expulsões na partida derradeira (duas para cada lado). De belo, as homenagens ao ex-jogador (este sim, sem aspas) Sócrates, que em homenagem póstuma teve um minuto de silêncio antes de cada partida nessa última rodada. Um ídolo da massa corinthiana e um ícone do futebol mundial, tanto pelo que fazia dentro das quatro linhas com tamanha elegância como pelo que realizara fora dos gramados, com sua postura politizada.
Apesar de o presidente do clube ter sido recentemente nomeado diretor de seleções da CBF (o que, em terra de Ricardo Teixeira, não poderia deixar de levantar suspeitas), o título nacional parece ter caído - talvez dos céus - em boas mãos.
Jogada da semana
Ainda falando da última rodada nesse Campeonato Brasileiro 2011, vamos agora até o estádio da Cidadania, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde jogaram Botafogo e Fluminense. O Alvinegro chegou ao empate com um belo gol de Felipe Menezes, em jogada bem trabalhada que fez lembrar alguns dos bons momentos do Glorioso durante a competição. Perceba como o camisa dez participa da jogada ainda nas proximidades do meio-campo, antes de aparecer para concluir o lance.
Fica aqui registrado o parabéns ao time comandado por Tite, que disparou na frente nas rodadas iniciais mas acabou o campeonato honrando as tradições alvinegras, que dizem que "com o Corinthians tem que ser sofrido". De triste, as cenas de violência entre "jogadores", com direito a quatro expulsões na partida derradeira (duas para cada lado). De belo, as homenagens ao ex-jogador (este sim, sem aspas) Sócrates, que em homenagem póstuma teve um minuto de silêncio antes de cada partida nessa última rodada. Um ídolo da massa corinthiana e um ícone do futebol mundial, tanto pelo que fazia dentro das quatro linhas com tamanha elegância como pelo que realizara fora dos gramados, com sua postura politizada.
Apesar de o presidente do clube ter sido recentemente nomeado diretor de seleções da CBF (o que, em terra de Ricardo Teixeira, não poderia deixar de levantar suspeitas), o título nacional parece ter caído - talvez dos céus - em boas mãos.
Corinthianos erguem o braço em saudação a Sócrates, que por muitas vezes repetiu este gesto: imagem que fica.
Jogada da semana
Ainda falando da última rodada nesse Campeonato Brasileiro 2011, vamos agora até o estádio da Cidadania, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde jogaram Botafogo e Fluminense. O Alvinegro chegou ao empate com um belo gol de Felipe Menezes, em jogada bem trabalhada que fez lembrar alguns dos bons momentos do Glorioso durante a competição. Perceba como o camisa dez participa da jogada ainda nas proximidades do meio-campo, antes de aparecer para concluir o lance.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Botafogo E Fluminense Empatam Em Volta Redonda: 1a1
Botafogo em Fluminense encerraram suas participações na temporada 2011 empatando o clássico Vovô em 1a1, com os dois gols saindo nos primeiros onze minutos de partida. O resultado deu ao Tricolor uma vaga direta para a fase de grupos na próxima Copa Libertadores, enquanto o Botafogo terminou o ano com seis partidas em seqüência sem vitória (cinco derrotas e este empate), pegando vaga na Copa Sul-Americana 2012.
Antes de a bola rolar, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao ex-jogador Sócrates, figura marcante dentro das quatro linhas com sua elegante maneira de jogar futebol e fora delas, com sua politizada postura que em muito fortaleceu as reivindicações para a classe. "Doutor" Sócrates desencarnou no domingo e foi citado saudosamente em muitos outros países pelo mundo. A equipe da Fiorentina, onde Sócrates atuou na década de 1980, jogou de luto e exibiu uma imagem de Sócrates no telão do estádio Artemio Franchi.
O jogo
Sob sol forte na tarde dominical em Volta Redonda (o Engenhão estava ocupado por vascaínos e flamenguistas, a mando da Confederação Brasileira de Futebol), o Botafogo começou melhor a partida e teve as primeiras aproximações do gol. Mas quem de fato inaugurou o marcador foi o Fluminense: aos quatro minutos, Diguinho recebeu livre no setor esquerdo interno à grande área e cruzou no capricho para Fred, que dominou e finalizou com frieza e categoria.
A resposta do Alvinegro não tardou a vir: aos onze minutos, Renato tocou, Elkeson saiu da bola e Felipe Menezes ficou com ela, fazendo o domínio, driblando o marcador e chutando cruzado, no canto esquerdo. Belo gol do camisa dez botafoguense e 1a1 no placar.
Dois minutos depois, Maicosuel, talvez inspirado pelo sucesso na jogada do companheiro, decidiu partir com a bola dominada e foi fazendo fila, entrando na área mas chutando para fora, rente à trave direita. O Flu até teve uma chance de desempatar aos vinte e dois minutos, com chute de Marquinho, mas a equipe passou a maior parte do tempo ou vendo o Botafogo atacar, ou tentando administrar o resultado de igualdade - o goleiro Diego Cavalieri chegou a levar cartão amarelo ainda no primeiro tempo por retardar a reposição de bola em jogo.
No segundo tempo, o domínio botafoguense foi intenso no estádio da Cidadania tanto na grama quanto nas arquibancadas. Pressionando o adversário no campo sob o incentivo de uma torcida que não cessava de fazer barulho, o time comandado interinamente pelo preparador de goleiros Flávio Tênius marcou duas vezes, mas tanto Caio (que entrara no lugar de Elkeson) quanto Sebastián "El Loco" Abreu tiveram seus gols invalidados, gerando revolta dos trocedores com o auxiliar "responsável" pelas anulações, que chegou a ser atingido na cabeça pelo que parecia ser um copo descartável.
A expulsão do volante colombiano Erwin Valencia aos trinta minutos trouxe o Fluminense mais ainda para a defesa, sofrendo diversas investidas do time adversário praticamente até o apito final. Com o 1a1, o Flu termina o ano sem vencer um único clássico no Rio de Janeiro. O Botafogo, que vencera esse adversário no Estadual e no 1º turno do Campeonato Brasileiro com duas viradas, sentiu que, não fossem as escolhas da polêmica arbitragem, poderia ter feito a trinca em 2011.
Outros resultados
São Paulo (6º) 4a1 (10º) Santos
Internacional (5º) 1a0 (12º) Grêmio
Cruzeiro (16º) 6a1 (15º) Atlético Mineiro
Atlético Goianiense (13º) 5a1 (19º) América Mineiro
Atlético Paranaense (17º) 1a0 (8º) Coritiba
Bahia (14º) 2a1 (18º) Ceará
Avaí (20º) 1a1 (7º) Figueirense
Vasco (2º) 1a1 (4º) Flamengo
Corinthians (1º) 0a0 (11º) Palmeiras
Antes de a bola rolar, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao ex-jogador Sócrates, figura marcante dentro das quatro linhas com sua elegante maneira de jogar futebol e fora delas, com sua politizada postura que em muito fortaleceu as reivindicações para a classe. "Doutor" Sócrates desencarnou no domingo e foi citado saudosamente em muitos outros países pelo mundo. A equipe da Fiorentina, onde Sócrates atuou na década de 1980, jogou de luto e exibiu uma imagem de Sócrates no telão do estádio Artemio Franchi.
O jogo
Sob sol forte na tarde dominical em Volta Redonda (o Engenhão estava ocupado por vascaínos e flamenguistas, a mando da Confederação Brasileira de Futebol), o Botafogo começou melhor a partida e teve as primeiras aproximações do gol. Mas quem de fato inaugurou o marcador foi o Fluminense: aos quatro minutos, Diguinho recebeu livre no setor esquerdo interno à grande área e cruzou no capricho para Fred, que dominou e finalizou com frieza e categoria.
A resposta do Alvinegro não tardou a vir: aos onze minutos, Renato tocou, Elkeson saiu da bola e Felipe Menezes ficou com ela, fazendo o domínio, driblando o marcador e chutando cruzado, no canto esquerdo. Belo gol do camisa dez botafoguense e 1a1 no placar.
Dois minutos depois, Maicosuel, talvez inspirado pelo sucesso na jogada do companheiro, decidiu partir com a bola dominada e foi fazendo fila, entrando na área mas chutando para fora, rente à trave direita. O Flu até teve uma chance de desempatar aos vinte e dois minutos, com chute de Marquinho, mas a equipe passou a maior parte do tempo ou vendo o Botafogo atacar, ou tentando administrar o resultado de igualdade - o goleiro Diego Cavalieri chegou a levar cartão amarelo ainda no primeiro tempo por retardar a reposição de bola em jogo.
No segundo tempo, o domínio botafoguense foi intenso no estádio da Cidadania tanto na grama quanto nas arquibancadas. Pressionando o adversário no campo sob o incentivo de uma torcida que não cessava de fazer barulho, o time comandado interinamente pelo preparador de goleiros Flávio Tênius marcou duas vezes, mas tanto Caio (que entrara no lugar de Elkeson) quanto Sebastián "El Loco" Abreu tiveram seus gols invalidados, gerando revolta dos trocedores com o auxiliar "responsável" pelas anulações, que chegou a ser atingido na cabeça pelo que parecia ser um copo descartável.
A expulsão do volante colombiano Erwin Valencia aos trinta minutos trouxe o Fluminense mais ainda para a defesa, sofrendo diversas investidas do time adversário praticamente até o apito final. Com o 1a1, o Flu termina o ano sem vencer um único clássico no Rio de Janeiro. O Botafogo, que vencera esse adversário no Estadual e no 1º turno do Campeonato Brasileiro com duas viradas, sentiu que, não fossem as escolhas da polêmica arbitragem, poderia ter feito a trinca em 2011.
Outros resultados
São Paulo (6º) 4a1 (10º) Santos
Internacional (5º) 1a0 (12º) Grêmio
Cruzeiro (16º) 6a1 (15º) Atlético Mineiro
Atlético Goianiense (13º) 5a1 (19º) América Mineiro
Atlético Paranaense (17º) 1a0 (8º) Coritiba
Bahia (14º) 2a1 (18º) Ceará
Avaí (20º) 1a1 (7º) Figueirense
Vasco (2º) 1a1 (4º) Flamengo
Corinthians (1º) 0a0 (11º) Palmeiras
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