Ponte Preta e Flamengo fizeram, na noite de quarta-feira, no estádio Moisés Lucarelli, aquela que torço ter sido a pior partida do Campeonato Brasileiro 2012. Sim, porque se houver algum jogo de menos beleza do que esse, pior para a competição.
Num gramado com trechos alagados, a partida fluiu com muitos erros de passe, confusas escolhas por parte da arbitragem e duas equipes toscas na arrumação tática. A Ponte Preta, atual vice-campeã paulista, remodelou o time para a disputa do "Brasileirão". Mas o Flamengo, eliminado tanto na Libertadores quanto no estadual fluminense de maneira considerada precoce, teve cerca de um mês para trabalhar o elenco. A julgar pelo rendimento da equipe, o período parece não ter sido nada aproveitado.
Sem Ronaldinho Gaúcho, que rompeu com o Flamengo e já assinou com o Atlético Mineiro, Joel Santana optou por escalar a equipe com quatro volantes povoando o meio-campo, deixando Deivid e Vágner Love formando dupla de ataque. Uma formação que lamento bastante, pois ignora solenemente a conexão com os homens de frente.
Em meio a tanta coisa bisonha, o primeiro gol do jogo foi absolutamente bizarro. Aos quinze minutos, Roger aproveitou corte mal-sucedido por parte de Leonardo Moura, chutou, Paulo Victor rebateu e Magal furou clamorosamente a tentativa de afastar a bola. Sobrou para Renê Júnior, que dominou e mandou para a rede, inaugurando o marcador a favor do time da casa.
Vágner Love se esforçava em meio a tantos marcadores adversários, jogando isolado no campo de ataque e explicitando defeitos táticos na equipe visitante. Mesmo assim, o atacante que veste a camisa noventa e nove dava bastante trabalho ao sistema defensivo pontepretano. Aos vinte e sete minutos, Love arrancou com a bola até sofrer falta. Renato Abreu cobrou, contou com ajuda da barreira e do goleiro Édson Bastos, e igualou a contagem de gols.
O primeiro tempo era escasso de jogadas mais elaboradas, mas ainda houve um novo gol, marcado por Léo Moura, só que o lateral foi flagrado em posição de impedimento. No segundo tempo, a Ponte Preta retomou a frente no placar logo aos cinco minutos, quando João Paulo encheu o pé em bola rebatida e estufou a rede.
Joel mudou o Flamengo, colocando o meia Bottinelli no lugar de Kléberson e Negueba no lugar de Deivid (já havia trocado Léo Moura, machucado, por Wellington Silva). Só que o conjunto rubronegro permaneceu sem poder de criação, assustando o adversário basicamente em chutes de longe, a maioria deles em cobranças de falta por parte de Renato Abreu. A Ponte teve uma ou outra chance de ampliar a vantagem, mas não aproveitou nenhuma delas. E, aos quarenta e oito minutos, Vágner Love teve seu esforço premiado com um gol, que livrou o Flamengo da derrota. Mas não de uma péssima atuação coletiva. Só para lembrar: vaiar Ronaldinho já não dá mais, torcedor rubronegro.
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