Portugal, Espanha, Alemanha e Itália são as quatro seleções remanescentes de um torneio que começou com dezesseis equipes. E esses conjuntos que compõem as semifinais continentais têm pelo menos uma coisa em comum: chegaram até aqui após jogarem preferencialmente no ataque, eliminando respectivamente a República Tcheca (
1a0), a França (
2a0), a Grécia (
4a2) e a Inglaterra (
0a0 e vitória nas penalidades).
Vamos então aos pitacos.
Portugal e Espanha.
Rivais históricos nas disputas de além-mar que datam do século XV, portugueses e espanhóis travam nessa quarta-feira um duelo muito mais nobre: em vez de usurpar a riqueza das nações alheias, vale uma vaga na final do torneio continental. Com uma trinca de meio-campistas que vem funcionando muito bem - Miguel Veloso, João Moutinho e Raul Meireles foram fundamentais para o domínio estabelecido diante dos tchecos na última eliminatória -, a equipe comandada por Paulo Bento tem nos pontas Nani e Cristiano Ronaldo um ótimo recurso para contra-atacar a Espanha. Sim, contra-atacar, porque tudo leva a crer que a posse de bola será majoritariamente dos comandados de Vicente del Bosque, favoritos para partir em direção ao bicampeonato. Será particularmente interessante ver como serão os duelos entre Cristiano e os adversários, muitos deles ou companheiros de Real Madrid, ou costumeiros oponentes de Barcelona.
Pitaco: dá Espanha.
Alemanha e Itália.
Sete títulos mundiais dentro de campo. Precisa dizer mais alguma coisa? Talvez precise: em 2006, ano do tetra italiano, a adversária na fase semifinal foi a Alemanha, anfitriã naquela Copa do Mundo. Não que necessariamente isso fomente um clima de revanche, mas sem dúvida é um atrativo a mais para um duelo que tem tudo para ser dos mais interessantes. A Itália, acostumada a basear seu jogo numa defesa forte, mostrou na última partida que a equipe comandada por Cesare Prandelli é algo mais do que um consistente sistema defensivo, criando dezenas de oportunidades diante dos ingleses. Já Joachim Löw, sujeito que considero dos mais revolucionários em atividade no futebol, mudou um time com 100% de aproveitamento e deu a ele aquela face vista ao longo da Copa 2010, na África do Sul. Face que encanta qualquer amante do futebol e que surpreende aqueles acostumados a ver, historicamente, uma Alemanha truculenta e pragmática - a equipe de Löw é rápida, entrosada e envolvente.
Pitaco: dá Alemanha.
Soham,
ResponderExcluirPortugal e Espanha tem muito mais rivalidade que somente futebol, vem desde éra das navegaçções. Hoje, é claro, Espanha é a favorita, tem mais time e conjunto, mas em clássicos como esse que envolve mais coisas que somente o futebol o favoritismo geralmente acaba quando a bola rola, mas ainda acho que da Espanha.
Italia e Alemanha devem fazer um jogo bem equilibrado, hoje os germanicos eu diria que estão melhores, mas para quem viu a medíocre Italia de Paulo Rossi vencer o Brasil de 82, não menospresaria o peso da camisa da azurra.
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