sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eurocopa 2012 - Conheça Os Grupos

A bola "Tango 12" irá rolar dia oito de junho e em primeiro de julho conheceremos o campeão da próxima Eurocopa. Mas podemos dizer que a competição européia de seleções começou nesta sexta-feira, dois de dezembro, com o sorteio das chaves realizado em Kiev, cidade que sediará a grande final da competição.

E, para quem gosta de um "grupo da morte", a chave B é para ninguém colocar defeito. Vamos analisar grupo a grupo, seleção a seleção, e ousar dar alguns pitacos sobre as expectativas para essa apaixonante competição.

Grupo A: Polônia, Grécia, Rússia e República Tcheca.

A anfitriã Polônia deu a sorte de cair em um grupo sem nenhuma grande potência, o que, aliado ao fator campo, pode dar grandes possibilidades de classificação ao time dirigido por Franciszek Smuda. No elenco há dois goleiros do Arsenal (Wojciech Szczesny e Lukasz Fabianski) e dois bons jogadores do Borussia Dortmund (o meio-campista Jakub Blaszczykowski e o atacante Robert Lewandowski).

A seleção da Grécia, campeã continental duas edições atrás sob o comando do alemão Otto Rehhagel, chega nessa Eurocopa após liderar a chave eliminatória que contava com a Croácia. No time do português Fernando Santos, alguns destaques são o goleiro Alexandros Tzorvas (do italiano Palermo), os experientes meio-campistas Giorgios Karagounis e Kostas Katsouranis (ambos do Panathinaikos) e o atacante Georgios Samaras, que atua pelo escocês Celtic desde a temporada 2007-8. Vamos ver se aprontarão novamente.

A Rússia, sensação na edição passada da Eurocopa quando dirigida pelo holandês Guus Hiddink, tem agora outro holandês como treinador: Dick Advocaat. O goleiro Igor Akinfeev (do CSKA Moscou), o meio-campista Andrey Arshavin (do Arsenal) e o atacante Roman Pavlyuchenko (do também londrino Tottenham) são figuras que merecem atenção. Me parece a maior força nesse equilibrado grupo A.

A República Tcheca não é a mesma dos tempos de Pavel Nedved, Karel Poborsky, Tomás Galasek e companhia, mas o time dirigido por Michal Bílek conta com atletas de altíssimo nível, tais como o goleiro Petr Cech (do Chelsea), o meio-campista Tomás Rosicky (do Arsenal) e o atacante Milan Baros (do Galatasaray e também com passagem pelo futebol inglês). É uma seleção que é melhor não duvidar de suas capacidades.

Grupo B: Holanda, Dinamarca, Alemanha e Portugal.

A exemplo da edição passada (quando dividiu a chave com França, Itália e Romênia), a Holanda aparece novamente no grupo mais forte da Euro. Atual vice-campeã mundial, a seleção comandada por Bert van Marwijk tem todos os motivos para acreditar no caneco continental. É um dos times que mais tenho gosto de ver jogar, e espero que vá longe no torneio.

A Dinamarca caiu num grupo dificílimo, que reúne três seleções derrotadas pela Espanha na Copa 2010 (Portugal nas oitavas, Alemanha na semifinal e Holanda na grande decisão). Mas poderá aprontar alguma coisa, afinal, conta com jogadores de qualidade em todos os setores do time - particularmente gosto muito do futebol do meia Christian Eriksen, de dezenove anos, do Ajax. E se existe alguém que conhece esse elenco, esse alguém é o experiente treinador Morten Olsen, no comando da seleção desde junho de 2000.

Agora vamos falar de uma máquina (na melhor acepção do termo) chamada Alemanha. Faltam ainda alguns meses para a competição iniciar e muita coisa pode mudar até lá, mas se a Eurocopa começasse nessa semana, diria que o time comandado pelo revolucionário Joachim Löw seria o grande favorito ao título europeu. Nos últimos quatro jogos realizados, meteu três gols na Turquia, na Bélgica, na Ucrânia e até na Holanda. É bom ficar de olho nos alemães por dois motivos: são candidatos ao título e, sobretudo, dão prazer de ver jogar.

Portugal considero uma das maiores incógnitas da competição. Há muitos valores individuais no elenco de Paulo Bento, mas é duvidoso saber se um grupo com estrelas (na acepção mais pejorativa que o termo admitir) como Cristiano Ronaldo e Nani pode vir a se converter num time. A seleção lusitana passou dificuldades nas Eliminatórias, mas é inegável que existe potencial nesse plantel. Aguardarei com dois pés atrás.

Grupo C: Espanha, Itália, Irlanda e Croácia.

Atual campeã européia e mundial, a Espanha tem tudo para seguir sua rotina de títulos. Creio que os recentes tropeços em amistosos com Inglaterra e Costa Rica não sirvam como parâmetro e tenho convicção que os comandados de Vicente Del Bosque chegarão bastante fortes para a estréia diante dos italianos. É uma seleção de futebol apreciável, que muito se assemelha ao também sensacional Barcelona de Josep Guardiola.

Claudio Cesare Prandelli assumiu a seleção italiana logo após o Mundial 2010, quando a "Azzurra" caiu ainda na fase de grupos. O elenco está envelhecido, exceto pelo ataque, que conta com o jovem - e polêmico - Mario Balotelli (de vinte e um anos, do Manchester City), além de Alessandro Matri (da Juventus) e Giampaolo Pazzini (da Internazionale), ambos de vinte e sete anos de idade - o que pros padrões italianos os tornam praticamente adolescentes. Pela camisa e pelo grupo que caiu, tem a obrigação de passar de fase. Mas não ficaria tão seguro disso...

A Irlanda do italiano Giovanni Trapattoni chega na Euro 2012 com jogadores de larga experiência e muitos atletas que atuam no Campeonato Inglês, a mais forte liga nacional de clubes. Nomes como o do goleiro Shay Given (do Aston Villa), do defensor John O'Shea (do Sunderland), do meia Damien Duff (do Fulham) e do atacante Robbie Keane (do LA Galaxy mas com várias temporadas de Premiership nas costas) mostram que não estamos falando de um time qualquer. Principalmente sendo dirigido por Trapattoni.

A terceira colocada na Copa do Mundo de 1998 (na época contando com os gols de Davor Suker) busca uma nova participação de destaque. E o time comandado por Slaven Bilic tem lá os seus motivos para acreditar em algo de interessante nessa Euro 2012, até porque essa seleção eliminou a Turquia de Guus Hiddink na repescagem, com direito a goleada por 3a0 em Istambul. O meio-campista Luka Modric (do Tottenham, e que fez ótima Eurocopa em 2008) e os atacantes Eduardo da Silva (brasileiro de nascença que atua pelo ucraniano Shakhtar Donetsk) e Ivica Olic (do Bayern de Munique) são nomes destacáveis.

Grupo D: Ucrânia, Suécia, França e Inglaterra.

A anfitriã Ucrânia não teve a mesma sorte da Polônia, caindo numa chave com três seleções de tradição. Creio que o time comandado por Oleg Blokhin deva encarar a estréia diante dos suecos como um jogo decisivo, até porque na seqüência virão franceses e ingleses. A equipe conta com jogadores de qualidade, tais como Anatoliy Timoschuk (do Bayern de Munique) e Andrey Voronin (do Dínamo Moscou), mas o grande astro é sem dúvida Andriy Shevchenko, restando saber se aos trinta e cinco anos de idade o atacante do Dynamo de Kiev será capaz de conduzir essa seleção a uma classificação para a próxima fase.

Há jogadores de qualidade no elenco de Erik Hamrén, mas vejo a seleção sueca ligeiramente enfraquecida se comparada àquela(s) que tinha(m) Henrik Larsson no ataque. O jogador mais badalado da equipe é Zlatan Ibrahimovic, atacante do Milan. E é aí que mora o perigo: técnico porém temperamental, Ibra costuma deixar na mão os times quando mais se precisa dele. Tem nessa Euro 2012 uma chance de calar os dedos do blogueiro.

Às vezes acho que pegam pesado nas críticas à seleção de Laurent Blanc. Talvez seja porque haja um reconhecimento do vasto talento presente no elenco francês, o que gera cobrança por resultados. O fato é que, mesmo sem o épico Zinedine Zidane, a França de Hugo Lloris, Mamadou Sakho, Eric Abidal, Franck Ribèry, Florent Malouda, Jérémy Ménez, Karim Benzema e companhia merece respeito. Principalmente se não houver nenhum "racha" no elenco. Desconfio que, quietinha, a França pode ir longe nessa Eurocopa.

O italiano Fabio Capello vem fazendo um trabalho de renovação frente ao "English Team", mesclando a experiência de jogadores como John Terry, Frank Lampard e Scott Parker com a jovialidade de Jack Wilshere, Theo Walcott e Danny Welbeck. Se dará resultados nessa Eurocopa, não sei. Mas é bom lembrar que a Inglaterra vem com a sede de quem sequer participou da edição de 2008 e conta com um treinador vitorioso no comando da equipe.

Agora é aguardar!

Um comentário:

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