quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Em Final No Estilo CONMEBOL, São Paulo Levanta Taça Sul-Americana


O São Paulo foi sempre superior ao Tigre. Superioridade que é técnica, pois os jogadores são flagrantemente mais habilidosos. Que é tática, pois o time de Ney Franco é visivelmente mais disposto a atacar. E isso foi abordado no Jogada De (E)feito anteriormente. Aliás, curiosamente, foi feita aqui uma espécie de previsão, quase uma profecia:
Se o Tigre se limitar a fazer o mesmo que fez em La Bombonera, já dá para selar o São Paulo campeão continental. Aliás, se o árbitro escalado para o duelo for cumpridor da regra - diferentemente do paraguaio Antonio Arias, cúmplice da violência em Buenos Aires -, a partida corre o risco de terminar antes dos noventa minutos regulamentares, por excesso de jogadores expulsos.
E a partida, de fato, terminou antes dos noventa minutos regulamentares. Terminou mais precisamente no intervalo desse jogo de volta. Ou seja, a superioridade são-paulina, que tinha tudo para ser de 180 minutos, parou nos 135. O saldo da "partida sem fim" no Morumbi foram dois belos gols tricolores (o primeiro de Lucas e o segundo de Osvaldo, em assistência de Lucas). Lucas que, melhor em campo, foi mais uma vez vítima da violência adversária, tendo inclusive sofrido agressão no rosto que rendeu um ferimento sangrento no nariz do craque.

E deixo aqui registrada a abominação a qualquer que seja a forma de violência. Desferir cotoveladas e pontapés num companheiro de profissão é condenável. Infelizmente, a figura escalada para condenar, por vezes sequer falta assinala. É triste. E, de quebra, a final entre São Paulo e Tigre teve um agravante: a denúncia de que jogadores do clube argentino foram agredidos por seguranças a serviço (?) do São Paulo Futebol Clube. Fala-se em pancadaria com sangue e revólver apontado para o peito. Gente, pelo amor de Deus, isso é qualquer coisa, menos futebol. Menos esporte. Menos segurança. Ultrapassou qualquer limite do aceitável e do tolerável. Apuração é necessária para se ver até onde a história é fantasiosa e/ou realista.

Fato é que, vendo um gramado prejudicado porque teve show da Madonna; vendo um festival de entradas desleais num jogo onde uma equipe parece não aceitar esportivamente o fato de ser inferior ao seu oponente; vendo arbitragens serem cúmplices da violência ao não punir os infratores com o rigor da regra do jogo; vendo seguranças e/ou policiais agindo de maneira criminosa e covarde; vendo a CONMEBOL não tomar qualquer atitude para corrigir esse cenário caótico, chego a uma conclusão.

Concluo que o Brasil e a América do Sul não merecem jogadores como Lucas. Menino de talento notável, negociado com o Paris Saint-Germain, desejo-lhe a sorte de encontrar pela frente técnicos de futebol que valorizem o seu encantador estilo de jogo, tal como fez e faz o Ney Franco. A sorte de sair dessa bagunça generalizada você já teve. Obrigado pela beleza de seu jogo e desculpe a nossa falha.

Um comentário: