quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Guerrero Do Parque São Jorge

Ele não estava na campanha do título na Copa Libertadores da América 2012. E, com uma contusão a algumas semanas do Mundial, tinha sua presença colocada em dúvida para essa partida semifinal. Dúvida que não habitou a cabeça dele próprio, pois sempre deu declarações de que estava bem e à disposição do treinador. E Paolo honrou o sobrenome. Saiu de sua cabeça a única bola que tomou o rumo da rede. Douglas cruzou de três dedos e o centroavante peruano cumpriu o ofício goleador.

Mas o que dizer do conjunto do Corinthians na partida diante do Al Ahly? Organizado do início ao fim, o time comandado por Tite foi timidamente superior durante um primeiro tempo equilibrado. Na etapa complementar, desabou após a entrada de Aboutrika no lugar de El Said, com menos de dez minutos. Aboutrika tem boa técnica, mostrando-se um jogador diferenciado pela simples forma como pega na bola. Tem visão. Tem categoria. Tem experiência. Mas um time como o Corinthians não pode nem deve se deixar dominar de tal maneira após uma mudança de jogadores no adversário. Nem que fosse o Lionel Messi entrando no gramado. Principalmente porque, do lado de lá, não estava nenhum Barcelona. Então fica a pergunta: até que ponto a entrada de Aboutrika melhorou o Al Ahly e até que ponto a melhora do Al Ahly fez desabar o desempenho corinthiano?

Fato é que os egípcios dominaram a etapa complementar e tiveram pelo menos três chances claras de gol. Três chances talvez mais claras do que o próprio lance do gol de Guerrero. Azar do Al Ahly que, num jogo onde vinte e oito atletas foram utilizados, quiseram os deuses do futebol que o herói na noite japonesa fosse um estrangeiro. Sorte do Corinthians que ele estava do lado brasileiro. É bem como dizem: São Jorge, santo Guerrero.

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