quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dos Gramados Para A História: O Adeus De Ronaldo

Nessa terça-feira, sete de junho de dois mil e onze, Brasil e Romênia fizeram um amistoso especial no estádio Pacaembu. O placar de 1a0, o gol de Fred, a qualidade da partida em si, o rendimento de uma ou outra seleção, nada disso importa quando o que está em evidência é a despedida de um dos maiores nomes da história do futebol: Ronaldo Luís Nazário de Lima, vulgo Fenômeno, que aos 34 anos de idade deu o adeus oficial enquanto futebolista profissional.

Ficou em campo por pouco mais de 15 minutos, participando da partida com poucos toques na bola e apresentando um deslocamento comprometido pelas condições físicas atuais. Teve três oportunidades de gol, dando um chute para fora e parando por duas vezes em intervenções providenciais do goleiro Tatarusanu. Recebeu das mãos do árbitro o apito e também a bola do primeiro tempo. Recebeu das arquibancadas os aplausos e os gritos de "Ronaldo, Ronaldo!". Recebeu da massa amante do esporte mais popular os agradecimentos pelos serviços prestados. Até o diário argentino "Olé", costumeiramente irônico com o que tange o futebol brasileiro, reconheceu a grandeza desse jogador "lendário", afirmando que, por tudo o que já fez, nem precisava se despedir com um gol. Não precisava mesmo. Apenas teria ficado mais bonito. Valeu, Ronaldo!

Um pouco sobre a carreira de Ronaldo Nazário

Cria do São Cristóvão, clube carioca situado na rua Figueira de Melo, começou a atuar profissionalmente no Cruzeiro Esporte Clube. Com 44 gols em 46 jogos, mudou-se para o futebol holandês, onde vestiu a camisa do PSV Eindhoven marcando 54 gols em 57 jogos. Depois, partiu para o Barcelona, onde encantou de vez o mundo com jogadas e gols sensacionais no clube catalão. Marcou 47 vezes em 49 partidas disputadas. Seguiu para a Internazionale, onde atuou 99 vezes e conseguiu 59 gols. De volta ao futebol espanhol, atuou 177 vezes pelo Real Madrid, onde marcou 104 gols. Retornou ao futebol italiano e à cidade de Milão para defender o Milan, com 9 gols em 20 partidas. Retornou ao Brasil para encerrar a carreira no Corinthians, com 35 gols em 69 jogos. Pela seleção brasileira, foram 97 partidas disputadas e 62 gols anotados.

Olhando para essas admiráveis estatísticas do maior goleador da história das Copas (marcou 15 vezes em Mundiais), muitos poderiam "esquecer" que durante a carreira foram muitos os problemas com lesões. Algumas dessas lesões de gravidade elevada a ponto de muitos dizerem que a carreira do atleta estaria encerrada prematuramente ou que simplesmente não havia condições de ser "o mesmo Ronaldo de antes". Resultado? Outro golaço de Ronaldo, que fez o que fez na Copa do Mundo de 2002 e virou garoto-propaganda da frase clichê "sou brasileiro e não desisto nunca". Se Ronaldo tem orgulho de ser brasileiro (conforme declarou em sua despedida), digo sem qualquer dúvida que o brasileiro tem orgulho de que um dos filhos dessa pátria mãe gentil seja esse genial e carismático indivíduo, que foi da infância pobre no bairro de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, para a galeria dos imortais do mundo da bola. Felicidades nas próximas empreitadas, Ronaldo!

Um comentário:

  1. Só valeu mesmo por R9. Mais uma vez, o Brasil deixou mt a desejar. Mesmo com Pato e Ganso, pode ter problemas na Copa América que venham prejudicar o prosseguimento do trabalho de Mano.

    Saudações!!!

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