quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vasco Conquista Inédita Copa Do Brasil. Mas Precisava Ser Assim?

O tradicional clube cruzmaltino foi ao estádio Couto Pereira representado por cerca de 4.000 vascaínos presentes nas arquibancadas e tantos milhões que acompanharam os acontecimentos através dos veículos de comunicação diversos. Quem esteve longe de representar a grandeza do Vasco da Gama, porém, foi o treinador Ricardo Gomes - antes de mergulhar na crítica ao ex-zagueiro, cabe colocar que o Vasco conseguiu uma bela sacodidela desde que Gomes assumiu o posto deixado por Paulo César Gusmão, após o pior início de temporada da história da instituição. Mas a recuperação vascaína no decorrer do Campeonato Estadual e as algumas boas exibições na Copa do Brasil não dão ao time o direito de jogar tão mal a final da competição eliminatória. Muito pelo contrário: o Vasco, que tem um nome a zelar e já provou qualidade em seu plantel (um exemplo é a vitória sobre o Avaí, no jogo de volta pela fase semifinal), apresentou um futebol medonho. Medonho por ser medroso, acovardado diante de um adversário que não tem a mesma força nem na camisa nem no material humano dentro das quatro linhas. A grande vantagem do Coritiba, no meu entender, estava no comando técnico: a figura de Marcelo Oliveira, que, embora distante de armar um time envolvente, conseguiu amplo domínio territorial por praticamente a totalidade do tempo, não saindo campeão por detalhes que competem ao mundo dos esportes. Um desses "detalhes" atende pelo nome de Sálvio Spínola Fagundes Filho, árbitro de São Paulo que negou um pênalti claro em favor do clube paranaense aos 24 minutos do segundo tempo, de Dedé em Leonardo, quando a partida já estava 3a2 para o Coritiba.

Parabéns à imensa torcida vascaína por celebrar um título inédito, que recoloca o clube na disputa da Copa Libertadores da América. Mas o Vasco é grande demais para se contentar com uma exibição covarde, que por muito pouco não custou o tão aguardado caneco. Diego Souza e Felipe, dois dos elementos mais experientes do Clube da Colina, foram substituídos na etapa derradeira e, do banco de reservas, refletiam o que era o time nessa decisão, preferindo nem olhar o que estava acontecendo dentro das quatro linhas, entregues ao nervosismo e à tensão.

Se os torcedores trocariam o título jogando como "time pequeno" por um vice-campeonato cheio de dignidade? Creio que não. Mas certamente seria mais interessante o título vir acompanhado de uma atuação à altura da história do Clube de Regatas Vasco da Gama. Isso, definitivamente, passou longe de acontecer.

A campanha

1ª rodada eliminatória

Comercial/MS 1a6 Vasco

2ª rodada eliminatória

ABC 0a0 Vasco
Vasco 2a1 ABC

Oitavas-de-final

Náutico 0a3 Vasco
Vasco 0a0 Náutico

Quartas-de-final

Atlético/PR 2a2 Vasco
Vasco 1a1 Atlético/PR

Semifinal

Vasco 1a1 Avaí
Avaí 0a2 Vasco

Final

Vasco 1a0 Coritiba
Coritiba 3a2 Vasco

3 comentários:

  1. sensacional! Ricardo Gomes não honrou a instituição a qual trabalha! Deviam fazer uma reunião para ver o que que houve!

    www.oscraquesnarede.blogspot.com

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  2. na boa velho, quero deixa logo claro que sou vascaino, você ao meu ver está desvalorizando totalmente o coriba, será que o vasco tinha a obrigação de vencer e jogam bem contra esse time ? porra, não vamos esquecer que é uma final, estão dos dois times ai por méritos, o coritiba, um time que deu de 6 no couto pereira no palmeiras, time de tradição, time que ganhou se não me engano 21 jogos seguidos, que foi campeão paranaense invicto, será mesmo a obrigação do vasco ganhar lá dentro do couto pereira lotado ? O Coritiba jogou demais, e o Vasco como é de se esperar tava jogando no regulamento, conseguiu um gol no inicio, vai atacar mais ? Depois de está perdendo por 3 x 2 é normal que o time da casa encurrale o adversário pq está precisando da vitória, e sobre o penalte do Dedé que voce diz claro, hoje assistir arena sportv, redação sportv, jogo aberto e as opiniões estavam empatadas, é um lance interpretativo. E sobre Felipe e Diego Souza, pra mim imagem histórica aquela, nao mostrou o que o jogo era, mostrou a tensão que eles tavam, mostrou a preucupação deles, mostrou como eles queria aquele titulo. Enfim, parabenizo meu vasco, foi campeão em cima de um time pequeno, mas que foi um gigante na final.

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  3. Não é desvalorizar o Coritiba (embora ache que o time alvi-verde tenha atacado muito mais na base do "abafa" do que de jogadas mais elaboradas), mas, sim, valorizar o que o Vasco apresentou nos últimos jogos e deu certo. Não foi jogando encolhido e acovardado que o Vasco chegou onde chegou. Embora a conquista até possa justificar a euforia, eu preferia que o time encerrasse a competição com uma exibição como aquela vista na Ressacada. Seria para não deixar dúvidas. E por falar em dúvidas, para mim não ficou nenhuma no lance entre Dedé e Leonardo!

    Abraços, valeu pela participação.

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