A Eslovênia conseguiu ir para o intervalo com uma vantagem de 2a0, mas a impressionante determinação vista na seleção dos Estados Unidos na volta do intervalo foi premiada com um empate por 2a2, conquistado através de um futebol dinâmico e corajoso. Bob Bradley chegou a trocar um zagueiro por um atacante, 2 minutos depois a equipe chegou ao empate e 3 minutos após o gol alcançaria a virada, mas o árbitro malinês Koman Coulibaly fez uma lambança e anulou a vitória estadunidense marcando falta num lance em que, se houve infração, seria pênalti para os EUA. A Eslovênia, por sua vez, lamenta a oportunidade perdida de se classificar com antecipação.
O jogo
A partida começou com um desentendimento em tempo recorde: aos 10 segundos, Clint Dempsey subiu para dividir com Zlatan Ljubijankic e deixou o cotovelo na face do esloveno. A bola só voltaria a rolar mais de 90 segundos depois.
Aos 6 minutos, a seleção européia cobra falta jogando a bola na área e Ljubijankic cabeceou por cima. O início da Eslovência era superior: aos 8', Valter Birsa cruzou e Milivoje Novakovic quase conseguiu alcançar com o pé direito para jogar pra dentro. Na marca de 12 minutos, veio o gol da equipe que se postava melhor. Se não dava com cruzamentos na área, Birsa recebeu a Jabulani e tratou de resolver a parada sozinho: o camisa 10 olhou pro gol e bateu consciente, na gaveta, com Tim Howard apenas acompanhando a trajetória da bola.
Sentindo a necessidade de sair mais, os Estados Unidos criaram sua primeira chance dois minutos depois, quando Landon Donovan, de bola parada, jogou na área e Samir Handanovic mergulhou para afastar. Na falta de outros "Birsas" no gramado e num jogo faltoso, as jogadas mais agudas seguiam sendo as de bola parada. Aos 21 minutos, o 10 esloveno levantou a bola na área, ninguém desviou e Howard fez a defesa. Aos 35', José Francisco Torres Mezzell bateu falta pela direita com precisão e força - Handanovic apareceu bem para espalmar. No escanteio, a sobra ficou com Jay DeMerit, que deu forte cabeceio de fora da área e a bola saiu próxima à trave direita.
Os EUA chegaram com bola rolando pela primeira vez aos 38': Donovan roubou a bola na intermediária ofensiva, ligou Robbie Findley, que tentou servir Josmer Volmy Altidore, mas a zaga eslovena evitou que a bola chegasse no atacante norte-americano e mandou pra linha-de-fundo. Aos 40', mais Estados Unidos: Altidore passou para Findley, que encontrou Dempsey. O camisa 8 cruzou rasteiro na direção de Donovan, mas Miso Brecko surgiu para evitar um gol certo.
Os norte-americanos cresciam no jogo, mas o futebol deu-lhe um duro golpe no minuto seguinte: Ljubijankic recebeu passe certeiro de Novakovic, ajeitou e chutou na saída de Howard, ampliando a vantagem.
Bob Bradley promoveu duas trocas no intervalo: Findley e Torres por Benny Feilhaber e Maurice Edu.
Não apenas as mexidas, mas o papo no intervalo também parece ter sido proveitoso. Com 2 minutos, Donovan recebeu na direita graças ao vacilo de Botjan Cesar, avançou livre, invadiu a área, ameaçou cruzar mas soltou uma pancada direto pro gol, da risca da pequena área, com a rede sendo estufada e Handanovic escapando de levar uma senhora bolada.
Animados, os americanos seguiram a pressão: aos 4', Donovan cobrou falta da intermediária cruzando na área e Oguchi Onyewu não alcançou por pouco. Aos 12 minutos, lindo e limpo desarme providencial de Marko Suler quando Altidore partia em direção ao gol. Aos 23', Suler acabou não conseguindo desarmar Altidore, cometeu falta com um agarrão e recebeu cartão amarelo. Na cobrança, Donovan mandou rasteiro e Altidore chutou a sobra de primeira para defesa de Handanovic.
Com 26 minutos, o amarelado da vez foi Andraz Kirm, que deu carrinho por trás em Steven Cherundolo. Nova bola mandada pra área e Feilhaber desviou com a direita para nova defesa de Handanovic.
Matjaz Kek via a iminência do gol de empate e decidiu tirar um homem de frente, colocando o meio-campo Nejc Pecnik no lugar de Ljubijankic, aos 28'.
Bob Bradley caminhava na direção oposta e ousou: trocou o zagueiro Onyewu pelo atacante Hérculez Gómez Hurtado, aos 34'.
E tome pressão! Aos 35', Feilhaber passou para Michael Bradley - filho do técnico - chutar de fora, mas Handanovic encaixou. Na marca de 36 minutos, a recompensa pelo esforço: Altidore escorou caprichosamente bola levantada na área, Bradley apareceu cara-a-cara com Handanovic e chutou alto para superar o goleiro esloveno.
Os Estados Unidos queriam a vitória. Aos 39', Donovan cobrou falta na área (perdi a conta de quantas vezes digitei algo dessa natureza), Edu surgiu incrivelmente livre no meio do amontoado de jogadores que disputavam espaço e escorou para fazer 3a2. A arbitragem de Coulibaly aprontou e anulou alegando falta. Em nenhuma das repetições, de variados ângulos, foi possível detectar algum jogador norte-americano cometendo alguma infração no lance.
Possivelmente abalado com a injustiça, os EUA passaram susto por pelo menos duas vezes antes do apito final. Aos 42', Howard defendeu finalização de Novakovic no jogo aéreo. Aos 43', Alexander Radosavljevic soltou uma bomba e Howard espalmou para o lado.
Após o apito final, jogadores dos Estados Unidos cercaram o árbitro malinês. Particularmente, gostaria de saber se houve algum pronunciamento do apitador ou se o mesmo foi "blindado" pela FIFA. A interferência no resultado da partida foi tão grave quanto alguns "frangos" de goleiros. Goleiros esses que vieram a ser execrados e barrados nas suas respectivas seleções. Afinal, quem seleciona os árbitros?
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