Duas nações que cruzavam oceanos séculos atrás na busca por riquezas de além-mar hoje estão aportadas na África do Sul. O objeto cobiçado por espanhóis e portugueses é dourado, mas não pode - ou pelo menos não deve - ser conquistado através da negociação com os nativos: para alcançar o troféu de campeão mundial, Espanha e Portugal precisarão jogar bola. Muita bola.
A partida de hoje na Cidade do Cabo, extremo sul de um continente explorado e colonizado pelos "desbravadores", reúne duas seleções de respeito no futebol internacional. A portuguesa conta com o talento de Cristiano Ronaldo para avançar às quartas-de-finais e tentar, pelo menos, repetir a boa performance obtida na Copa 2006, quando terminou em 4º lugar. A espanhola, atual campeã européia, conta com um elenco deslumbrante e tem todas as credenciais para buscar o título inédito.
Se futebol fosse uma ciência exata, ficaria à vontade para cravar um triunfo espanhol - e com boa margem de gols. Mas tudo se decide em 90 minutos (às vezes precisa-de de mais tempo) e, certamente, nem espanhóis nem portugueses trocariam o sonho da Copa do Mundo pelas especiarias da Índia nem pelo ouro da África. O que eles mais querem descobrir, atualmente, é o gosto de levantar a taça: o percurso tem a etapa de hoje e ainda outras 3, mas somente um sobreviverá para seguir a viagem pelos gramados sul-africanos. Retornar para as suas pátrias? Hoje não, obrigado.
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