A ousadia do técnico argentino Gerardo Martino ao escalar o Paraguai com 3 atacantes aliada à atuação absolutamente apagada de Marek Hamsik foram dois dos fatores que ajudaram a construir mais uma vitória sul-americana nessa Copa do Mundo 2010. Contando com uma aplicação tática e disposição impressionantes por parte de Enrique Daniel Vera Torres, os paraguaios não tiveram dificuldades em superar os eslovacos e chegam na última rodada podendo empatar com a Nova Zelândia que mesmo assim avançam para a próxima fase. A Eslováquia, por sua vez, terá de vencer a Itália para seguir na competição. Mas não será com o futebol apresentado hoje que conseguirão esse feito.
O jogo
Aos 2 minutos, Roque Santa Cruz - novidade entre os titulares, tendo entrado no 2º tempo na partida de estréia - chutou de perto da área, a bola desviou em Peter Pekarík e depois foi espalmada por Jan Mucha.
Aos 17', Claudio Marcelo Morel Rodríguez cobrou falta levantando a bola na área e Antolín Alcáraz Viveros, autor do gol paraguaio na estréia com os italianos, quase alcançou. No minuto seguinte, Cristian Miguel Riveros Núñez chegou chutando de fora da área, para nova defesa do goleiro Mucha.
Com 22 minutos, bonita jogada paraguaia: Justo Wilmar Villar Viveros chuta forte e acaba fazendo lançamento que chega em Lucas Ramón Barrios Arioli. O camisa 19 passa de calcanhar para Vera, recebe de volta, avança e chuta perto do ângulo esquerdo. Aos 24 minutos, Nelson Antonio Haedo Valdez recebe e, mesmo marcado por dois adversários, não se intimida, faz a finta e chuta cruzado, à esquerda.
O domínio paraguaio e o acúmulo de chances foi traduzido em gol aos 27 minutos. Após bola recuperada no campo de ataque, Barrios foi acionado e deu lindo passe para Vera chutar no canto direito, antes da chegada de Jan Durica.
A única chance eslovaca na primeira etapa rendeu uma bronca por parte do goleiro Villar, que não gostou da defesa ter permitido o cabeceio adversário após cobrança de escanteio, em bola que saiu por cima, aos 36 minutos. 2 minutos depois, a Eslováquia volta a vacilar em troca de passes no campo de defesa, Vera leva a melhor na dividida com Kornel Salata e Mucha acaba salvando com o pé direito uma finalização frontal de Roque Santa Cruz.
O segundo tempo veio sem qualquer substituição e a Eslováquia seguia sem oferecer perigo, apesar de ter 51% da posse de bola. A única coisa de diferente que aconteceu na primeira metade da segunda etapa foi a entrada dura de Vladimir Weiss em Roque Santa Cruz, aos 20', com o árbitro Eddy Maillet deixando o jogo seguir. Depois, uma substituição para cada lado: aos 22', Valdez por Aureliano Torres; e aos 24', Stanislav Sestak por Filip Holosko.
Com 26 minutos, Roque Santa Cruz recebeu passe de Torres, cruzou para trás e Vera apareceu para cabecear rente à trave direita. No minuto seguinte, Torres recebeu na esquerda, avançou e chutou por cima.
Se a Eslováquia não chegava no ataque, pelo menos conseguiu uma jogada de efeito no campo de defesa, quando aos 34 minutos Weiss limpou o lance com um 360º ao estilo Zinedine Zidane. Seguiram-se mais duas substituições, novamente uma para cada lado: Barrios por Óscar René Cardozo Marín e Salata por Miroslav Stoch.
Aos 40 minutos, bola parada a favor dos paraguaios. Após o levantamento na área, Paulo César da Silva Barrios "roubou" a bola do companheiro Cardozo, mas sabia o que estava fazendo: rolou atrás para Riveros, que, da entrada da área, deu chute colocado no canto direito para fazer 2a0.
Com o jogo resolvido, Martino fez sua 3ª substituição aos 42': Vera, o melhor jogador em campo, saiu para dar lugar a Édgar Osvaldo Barreto Cáceres. Nos acréscimos, o "espectador privilegiado" Villar foi convidado a mostrar serviço: Robert Vittek recebeu no comando de ataque, arrumou pro pé direito e chutou de fora para bonita defesa do goleiro.
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