A Coréia do Sul usou e abusou da velocidade que lhe é característica mas acabou vencendo o jogo aproveitando-se das falhas da Grécia.
Com 2 minutos de jogo, a primeira chance clara de gol: escanteio cobrado pelo capitão Giorgos Karagounis e conclusão de Vasilis Torosidis para fora. Aos 6', o gol sul-coreano: em cobrança de falta realizada próxima a marca de escanteio, a bola viajou para dentro da pequena área da Grécia. Lá estavam 5 jogadores europeus e 3 asiáticos, mas a Jabulani chegou limpinha para Lee Jung Soo, livre, escorar para dentro e abrir o placar.
Depois, 3 erros consecutivos da arbitragem do neo-zelandês Michael Hester. Aos 14' ele ignorou pênalti a favor da Coréia; aos 21', empurrão na meia-lua que daria falta perigosa para a Grécia, também ignorado; e aos 24' Park Ji-Sung ficou cara-a-cara com o goleiro Alexandros Tzorvas, mas o árbitro enxergou falta no lance.
Aos 27', em lance não atrapalhado pelo juíz, a Coréia do Sul encaixou rápido contra-ataque, que só não foi mortal pois Tzorvas defendeu a finalização de Park Chu-Young.
No intervalo, Rehhagel trocou Karagounis por Christos Patsatzoglou, passando a braçadeira de capitão para o atacante Angelos Charisteas.
Novamente na marca de 6 minutos, gol da Coréia: Loukas Vyntra vacilou no domínio de bola ainda no campo de defesa, Park Ji-Sung recuperou a bola e avançou para fazer belo gol.
Insatisfeito com a inoperância dos seus atacantes, Rehhagel mexeu mais duas vezes nos homens de frente: saíram Georgios Samaras e Charisteas para as entradas de Dimitris Salpingidis e Pantelis Kapetanos. A braçadeira de capitão rumou para o 3º dono, o meia Kostas Katsouranis.
E aos 17' a Coréia chegou muito perto do 3º gol, com o camisa 10 Park Chu-Young cabeceando rente ao ângulo outro cruzamento certeiro.
A partir daí, a seleção grega finalmente conseguiu pressionar e foi pra cima do adversário. Aos 22', Gekas recebeu lançamento dominando no peito e emendando uma bicicleta que saiu por cima do gol. 2 minutos depois, Salpingidis cabeceou para defesa de Jung Sung-Ryong. Na seqüência, Salpingidis limpou a jogada e rolou para Kapetanos, que finalizou por cima. A Grécia era só ataque e aos 25' Giorgios Seitaridis cruzou em altura baixa na direção de Salpingidis, que chutou mas viu a bola ser desviada para escanteio no meio do caminho.
Na marca de 35 minutos, a grande chance grega: Seitaridis passou para Theofanis Gekas, que chutou para bela defesa do goleiro, dando origem ao 11º escanteio da Grécia na partida.
Após esse lance, a Coréia do Sul retomou o controle do jogo. Sem conseguir penetrar na defesa adversária, Park Chu-Young chutou de fora da área para defesa de Tzorvas, aos 36'. Com 40 minutos, foi a vez do goleiro grego defender chute de Lee Chung-Young.
Cada time teve suas chances de gol, 50% da posse de bola, mas a Coréia acabou conseguindo ser mais organizada e produtiva do que a Grécia, que vai sentindo o peso de um tabu: ainda não marcou gol em Copa.
Argentina 1a0 Nigéria
O jogo foi eletrizante, com ambas as seleções mantendo o foco em atacar o adversário. Logo aos 2 minutos, Victor Obinna avançou nas costas de Martin Demichelis para soltar um foguete cruzado, mas sem direção. No minuto seguinte, a resposta: Lionel Messi arrancou em velocidade e rolou para Gonzalo Higuaín, que chutou para fora. Aos 5', Messi mirou o ângulo, a bola tinha o endereço exato, mas Vincent Enyeama vôou para mandar para escanteio. E foi após cobrança de escanteio que veio o gol do jogo: Juan Sebastián Verón fez o cruzamento e Gabriel Heinze mergulhou, livre, para mandar a bola no ângulo.
Com 9 minutos, Walter Samuel errou na saída de bola, armou o contra-ataque adversário, mas recuperou-se na jogada mandado para escanteio. A outra chance nigeriana na primeira etapa deu-se em chute cruzado de Chinedu Obasi, para fora, aos 27'. De resto, tudo o que se via era pressão argentina e grandes defesas de Enyeama: aos 20', Messi deu passe açucarado para Higuaín parar em defesa do goleiro e aos 36' Messi cobrou falta para Ángel Dí Maria, recebeu de volta e chutou com precisão, buscando o ângulo,para nova defesaça de Enyeama.
Na segunda etapa, o jogo incrivelmente seguia um ritmo frenético, com chances para ambos os lados. Destaques para um veloz contra-ataque argentino, aos 19', quando Carlitos Tévez avançou de uma intermediária até a outra, rolou para Messi que chutou raspando a trave. 6 minutos depois, Taye Taiwo chutou cruzado rente à trave esquerda de Sergio Romero - o jogador nigeriano sentiu uma contusão após o lance e saiu substituído por Kalu Uche. Na marca de 36', tanto a Argentina teve a chance de garantir a vitória quanto a Nigéria de alcançar o empate. Primeiro, linda tabela entre Dí Maria e Messi, que parou novamente em defesa de Enyeama. Na seqüência, triangulação entre Obafemi Martins, Yakubu Aiyegbeni e Uche, que chutou para fora.
Sentindo o perigo, Diego Armando Maradona trocou, aos 40', Di María por Nicolas Burdisso. E a última chance nigeriana deu-se no minuto seguinte, de fora da área, quando Aiyegbeni arriscou e quase colocou a Jabulani onde a coruja dorme.
A Argentina demonstrou forte poder ofensivo e só não saiu do estádio Ellis Park com uma chuvarada de gols porque a atuação de Vincent Enyeama foi simplesmente espetacular. A Nigéria, embora muitas vezes bombardeada, mostrou qualidades que a credenciam a buscar a vitória nos dois próximos compromissos.
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