Holanda e Eslováquia tem tudo para ser uma partida das mais interessantes nessa Copa do Mundo 2010. As equipes que terminaram na liderança do grupo E e na vice-liderança do grupo F, respectivamente, têm vocação ofensiva e costumam demonstrar mais qualidades com a bola no ataque do que quando submetidos à pressão adversária.
A seleção holandesa chega nessa oitavas-de-final com uma campanha de 100% de aproveitamento na fase de grupos, algo inédito na respeitável história da equipe laranja, duas vezes finalista de Copa do Mundo e introdutora do revolucionário esquema de "futebol total", que agraciou o mundo com o "Carrossel Holandês", sob a batuta de Rinus Michels, em 1974. Porém, o encanto do futebol-arte que a Holanda costuma reservar aos amantes do futebol ainda não aterrisou na África do Sul. Não que isso seja pré-requisito para o sucesso, mas é certamente um tempero especial, ainda mais se tratando de uma seleção especialista em preparar pratos saborosos.
A seleção eslovaca, pela primeira vez num Mundial como nação independente, fez um jogão de bola diante da Itália e parece ter aprendido a amarga lição que o futebol lhe deixou no empate de 1a1 com a Nova Zelândia, na estréia. Naquela ocasião, a equipe fez 1a0, tinha condições de partir para um segundo gol, mas passou a aceitar o jogo do adversário - nitidamente mais fraco - e levou o empate nos acréscimos da partida. Porém, diante dos italianos, mesmo vencendo por 1a0, 2a0, 2a1 ou 3a1, a equipe manteve uma postura de atacar o adversário, tornando o jogo absolutamente eletrizante e merecendo a classificação.
Essas nações estarão se enfrentando pela primeira vez, mas são velhas conhecidas quando da existência da antiga Tchecoslováquia. E, veja só, a Holanda é freguesa daquela seleção: em nove partidas, seis vitórias para os tchecoslovacos, dois empates e uma vitória holandesa.
Para a partida dessa segunda-feira, no belo estádio de Durban, os destaques das seleções vestem a camisa de número 11.
Arjen Robben, dando sinais de estar plenamente recuperado de uma lesão na coxa esquerda, talvez seja escalado pela primeira vez na condição de titular. A fera não precisou de muito tempo para entrar em campo na 3ª rodada, fazer bela jogada individual e participar do gol que deu a vitória por 2a1 sobre Camarões.
Róbert Vittek é vice-artilheiro do Mundial, com 3 gols marcados. Jogador com boa presença na área, onde demonstra oportunismo, também consegue trabalhar a bola com qualidade para permitir que outros companheiros fiquem em condições de marcar. A atuação diante dos italianos foi de alto nível, sendo determinante no triunfo por 3a2.
Evidente que ambos os conjuntos não dependem desses atletas. Robin van Persie, Wesley Sneijder, Vladimir Weiss e Marek Hamsik são apenas alguns dos nomes de grande qualidade que servem de exemplo. Mas, sem dúvida, são dois jogadores que aumentam as chances do jogo ganhar ares de espetáculo.
Abaixo, as prováveis - mas não confirmadas - escalações para o jogão que se aproxima.
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