Estreante enquanto nação independente mas com a tradição das participações da antiga Tcheco-eslováquia e com a moral de uma boa campanha nas Eliminatórias européias, a Eslováquia vinha fazendo uma boa estréia na Copa, abriu o placar no segundo tempo, mas em vez de sufocar a frágil seleção adversária e buscar mais gols, deixou a Nova Zelândia tentar a sorte na base do chuveirinho. E, aos 47 minutos da segunda etapa, pintou o gol de empate neo-zelandês. Foi o primeiro ponto dessa nação da Oceania na história das Copas.
Com 2 minutos de jogo, erro eslovaco na saída de bola e Christopher Killen avançou mas chutou para fora. Aos 4 minutos, cruzamento para Killen, que cabeceia para defesa de Jan Mucha. A Eslováquia respondeu de imediato: o habilidoso Vladimir Weiss fintou o marcador e bateu cruzado, mas Mark Paston defendeu.
A Eslováquia passou a ter o controle da partida e começou a chegar mais vezes. Aos 16', Robert Vittek recebeu cobrança de lateral, avançou e chutou para fora. Aos 21', Marek Hamsik deu o ar de sua graça ligando contra-ataque pela esquerda com Weiss, que se livrou da marcação com habilidade e devolveu para Hamsik, mas o jovem capitão acabou chutando para fora. Na marca de 27 minutos, Weiss acionou Stanislav Sestak, que devolveu de primeira pasa Weiss e recebeu de volta para chutar perto da trave esquerda neo-zelandesa. 2 minutos depois, quase sai um gol idêntico ao de ontem da Itália: escanteio pelo lado esquerdo, o goleiro Paston saiu mal e a bola sobrou para Sestak, que não foi feliz no cabeceio.
Esmagada pelo toque de bola eslovaco, a Nova Zelândia chegou ao ataque aos 31', quando Killen tentou resolver sozinho com chute de longa distância, sem direção. No minuto seguinte, mais Eslováquia: Paston erra bisonhamente com os pés, deixa a bola para Vittek, que avança e tenta o passe para trás, mas é bloqueado e a bola sai em escanteio. Com 34', Vittek vê espaço para chutar e tenta de fora da área, mandado à esquerda do gol. 3 minutos depois, a Nova Zelândia encaixou linda tabelinha no ataque: de Rory Fallon para Shane Smeltz e de volta para Fallon chutar, com Mucha defendendo lindamente.
O primeiro amarelo da partida aconteceu aos 41', quando Tony Lochhead deu pisão em Erik Jendrisek. Na cobrança da falta, bola rolada para Hamsik chegar batendo de primeira e Paston espalmar para fora.
Na primeira chance na volta do intervalo, a Eslováquia abriu o placar. Aos 4 minutos, cruzamento de Sestak na cabeça de Vittek, que mandou no cantinho, consciente, sem chances para o goleiro. A velocidade do lance e o deslocamento dos atletas também não deu qualquer chance para que o assistente flagrasse o impedimento de alguns centímetros, em irregularidade captada apenas pelo recurso tecnológico.
Aos 23', a Eslováquia encaixou o primeiro contra-ataque da partida: em velocidade, Hamsik serviu Sestak, que passou para Vittek, mas a jogada terminou em escanteio. 3 minutos depois veio a primeira mexida: o neo-zelandês Richard Herbert trocou Killen por Chris Wood. Aos 30 minutos, Jendrisek carregou a bola e, marcado pelo capitão Ryan Nelsen, o chute cruzado de fora da área saiu torto. O treinador Vladimir Weiss, pai do camisa 7 e filho de ex-jogador tcheco-eslovaco que também atuou em Copa, realizou duas substituições: aos 35', saiu Sestak para entrada de Filip Holosko e aos 38' foi a vez de Vittek dar lugar a Miroslav Stoch.
A Eslováquia passou a parecer satisfeita com o resultado e abriu mão de ser incisiva quando tinha a bola nos pés, deixando a Nova Zelândia mais à vontade no gramado do estádio Royal Bafokeng. Aos 42 minutos pintou grande chance do empate: Lochhead caprichou no cruzamento e a Jabulani encontrou Smeltz livre, mas o cabeceio foi para fora. Aos 45', a última substituição européia: saiu o filho do técnico, destaque da partida, para a entrada de Juraj Kucka. O árbitro sul-africano Jerome Damon indicava 3 minutos de acréscimos e a impressão que dava era que a Eslováquia já via o jogo como terminado e a vitória assegurada. A seleção da Nova Zelândia mostrou o contrário: aos 47', novo cruzamento. Dessa vez, a bola partiu dos pés de Smeltz e viajou na direção de Winston Wiremu Reid, que desviou de cabeça com semelhante precisão à do gol da Eslováquia, deixando tudo igual num empate de sabores distintos para eslovacos e neo-zelandeses.
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