De volta ao estádio Ellis Park - onde venceu a Coréia do Norte por 2a1 na estréia -, o Brasil foi convidado pelo Chile a fazer um jogo franco e, como era de se esperar, teve espaços para desenvolver um futebol mais próximo daquele que se imagina da seleção brasileira. A tarefa foi também facilitada pelos desfalques chilenos - que atuou sem os zagueiros titulares - e pela presença de Ramires no lugar de Felipe Melo, dando maior fluidez na saída do meio para o ataque.
O adversário nas quartas-de-finais será a Holanda, numa reedição do duelo de 1994, quando se encontraram na mesma altura do torneio. O Chile volta para casa com duas vitórias e quatro boas atuações na bagagem - parabéns aos comandados de Marcelo Bielsa e também ao técnico argentino pelo belo papel que desempenharam na Copa 2010. Foi muito prazeroso ver o Chile jogar.
Jogando e deixando jogar, Chile paga o preço da baixa estatura de seus defensores
Logo no início da partida já era possível ver a face de Bielsa na postura chilena: o time detinha a posse de bola no campo de ataque e procurava através da movimentação e da troca de passes uma chance de chegar ao gol.
Aos 3 minutos, boa trama pelo setor direito colocou Humberto Suazo na linha-de-fundo, mas o goleiro Júlio César recolheu o cruzamento rasteiro.
Marcando a saída de bola brasileira por pressão, o Chile já deixava campo para o contragolpe: aos 4 minutos, Luís Fabiano recebeu bom lançamento de Daniel Alves e chutou cruzado, à direita, sem levar perigo.
Com 8 minutos, Gilberto Silva recebeu, ajeitou e chutou de fora, à meia-altura, mandando uma bola cruzada que foi espalmada pelo goleiro Claudio Bravo. No minuto seguinte, Kaká recebeu centralizado e chutou à direita da meta.
Na marca de 12 minutos, Suazo recebe enfiada e dá um tapa na bola, com Júlio César encaixando quase no limite da pequena área. 2 minutos depois, Ramires chuta de fora da área e Claudio Bravo encaixa inclinando-se para a direita.
Aos 20' foi a vez do Chile tentar de fora da área, mas o chute de Gonzalo Jara saiu à direita. 2 minutos depois, o Brasil conseguiu algo diferente: Kaká fez jogada individual pela esquerda e passou para Robinho, que teve a tentativa de devolver de letra interceptada pela marcação chilena. No minuto seguinte, bom ataque do Chile: Carlos Carmona passa para Jean Beausejour, que chuta ao gol, a bola desvia em Maicon e sai por cima do travessão.
Com 26 minutos, Lúcio disputa bola na área adversária, é atingido por Pablo Contreras - que estava deitado - e pula antes de cair. No entendimento do árbitro inglês Howard Webb, nem pênalti e nem simulação, escanteio para o Brasil.
Na marca de 29 minutos, Arturo Vidal dribla Kaká e é derrubado - cartão amarelo para o brasileiro, que já recebeu três nessa Copa (dois deles diante da Costa do Marfim, o que lhe rendeu expulsão e suspensão da partida com Portugal). Na cobrança, Suazo fica na barreira.
Aos 33 minutos, escanteio pelo lado direito para a seleção brasileira. Maicon cobra, Juan sobe e cabeceia com precisão, estufando a rede do goleiro Bravo, que até tentou defender.
4 minutos depois já viria o segundo gol. Robinho carrega pela esquerda, passa para Kaká e o camisa 10 entrega de primeira para Luís Fabiano, que dribla Claudio Bravo e completa para o gol.
Atordoado pelos gols em pequeno intervalo de tempo, o Chile nem por isso mudava sua filosofia de jogo. Aos 39', Mark González recebe pelo flanco esquerdo, trás pra dentro mas chuta torto e longe do gol. No minuto seguinte, Michel Bastos chuta cruzado e manda à esquerda. Aos 43', Kaká dá para Maicon na direita, que cruza pra área e Luís Fabiano cabeceia por cima.
Com jogo resolvido após o 3º gol, Dunga resolve fazer experiências
Bielsa trocou González por Jorge Valdívia no intervalo, diminuindo a velocidade mas dando maior precisão no último passe, algo que fez bastante falta na primeira etapa.
Com 1 minuto, Kaká e Vidal invertem os papéis e o brasileiro sofre falta que rende amarelo para o camisa 8. Na cobrança, Daniel Alves chuta direto e manda por cima.
Na marca de 13 minutos, Ramires faz grande jogada ao avançar com a bola a partir do meio do campo e passar para Robinho já perto da área, que chuta colocado tirando qualquer chance de defesa para Bravo: 3a0.
2 minutos depois, Ramires passou para Daniel Alves, que decidiu chutar de longe e mandou à esquerda do gol.
O Chile mudava pela 2ª vez: Mauricio Isla por Rodrigo Millar.
Aos 20 minutos, Valdivia recebe na meia-lua passe de Beausejour, chuta e a bola descai acima do travessão. Com 22 minutos, Ismael Fuentes derruba Luís Fabiano e recebe cartão amarelo. No minuto seguinte, Michel Bastos desce pela esquerda e passa atrás para Kaká, que coloca à direita do gol.
Na marca de 25 minutos aconteceu o que pode ser considerado o maior revés para a seleção brasileira no jogo: Ramires deu o bote faltosamente em Alexi Sánchez, recebeu cartão amarelo e cumprirá suspensão automática.
Com 28 minutos, Robinho recebe de Daniel Alves pela direita, chuta cruzado e Bravo espalma. No minuto seguinte, Beausejour vai à linha-de-fundo, passa para Suazo, o camisa 9 se livra de Lúcio com um drible, chuta e Júlio César espalma.
Aos 30 minutos, a primeira mexida brasileira: Luís Fabiano por Nilmar.
Na marca de 32 minutos, escanteio pelo lado esquerdo de ataque chileno, a bola viaja alto e Suazo pega de primeira chutando para o chão: a Jabulani quica no travessão e assusta Júlio César.
3 minutos depois, Kaká dava lugar a Kléberson, estreando na Copa 2010.
Aos 37', Bastos cruza da esquerda e Nilmar cabeceia fora. No minuto posterior, bela troca de passe no ataque chileno: Valdivia passa para Millar, recebe de volta e toca para Beausejour que, pela esquerda da área, chuta cruzado para fora.
Sucedendo o lance, a 3ª e última troca no Brasil: Robinho por Gilberto, outro que estréia no Mundial 2010.
Com 44 minutos, Bastos carrega a bola, passa para Ramires e o camisa 18 chuta longe. Aos 45', Vidal lança, Lúcio corta mal, Valdivia pega de primeira e manda a bola à direita. Aos 46', Bastos, em sua melhor atuação na Copa, faz bela jogada pelo lado esquerdo, se livra de dois mas acaba chutando torto, muito à esquerda da meta.
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