quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Chutaço De Marcos Assunção Aproxima Palmeiras Da Final

No estádio Serra Dourada, mais de 14.000 alvi-verdes pagaram para ver Goiás e Palmeiras, pelo jogo de ida na fase semifinal da Copa Sul-Americana 2010. O triunfo visitante deu-se contando, fundamentalmente, com dois acontecimentos. O primeiro foi o chute preciso de Marcos Assunção, aos 2 minutos da etapa complementar, marcando 1a0. O segundo foi a marcação de impedimento no que seria o gol de empate da equipe da casa, nos acréscimos da partida, em lance difícil e que foi assinalado corretamente pelo auxiliar Márcio Santiago.

O jogo

Se geralmente é o time da casa que costuma tomar a iniciativa em partidas eliminatórias, no Serra Dourada foi o Palmeiras que conseguiu ditar o ritmo da partida. Cadenciando a posse de bola e buscando os chutes de Marcos Assunção, os comandados de Luiz Felipe Scolari deram alguns sustos no goleiro Harlei, que teve dificuldade para intervir em pelo menos duas oportunidades.

Se o Verdão tentava nos remates de longa distância, o Esmeraldino buscava o gol nas jogadas aéreas, mas sem conseguir levar vantagem sobre o goleiro Deola e os defensores Maurício Ramos e Danilo. Com a bola no chão, o Goiás conseguiu sua melhor chance na etapa inicial: aos 30 minutos, Felipe ficou cara-a-cara com Deola mas chutou para fora.

Na volta do intervalo, o que o Palmeiras tanto tentou nos 45 minutos iniciais acabou surtindo efeito logo aos 2 minutos, quando Marcos Assunção acertou um petardo indefensável, que estufou o quadrante 4 de Harlei e inaugurou o marcador em Goiânia.

Ambos os times não apresentavam jogadas mais trabalhadas, restando saber se isso se dava por limitações técnicas, táticas, ou se a idéia era tentar tirar proveito das condições do gramado, que encontrava-se molhado.

A busca pelo empate esbarrava nessa falta de organização, mas nos instantes finais surgiram, na base do abafa, duas chances incríveis. Aos 44 minutos, Deola defendeu uma finalização de bicicleta de Otacílio Neto após bate-rebate originado em lance de bola parada. Aos 47 minutos, nova falta para o Goiás no campo ofensivo, nova promessa de bola na área palmeirense e nova irritação de Felipão, que parecia ter ciência de que uma falta cometida naquela região intermediária levaria perigo. E lá foi a bola. Após um desvio no meio do caminho, Rafael Moura e Otacílio Neto ficaram em posição de impedimento e foram em direção a uma bola que iria parar dentro do gol de Deola. Acertadamente, foi levantada a bandeira indicando a irregularidade. Difícil é convencer os torcedores goianos disso: passou a chover novamente no Serra Dourada. Mas não eram águas vindas das nuvens, e sim objetos arremessados das arquibancadas. Um deles, um radinho de pilha, atingiu a cabeça de Scolari enquanto dava entrevista ao repórter Fernando Fernandes. Sem negar o seu estilo, Felipão retribuiu a gentileza com um gesto pouco amigável. Mas o comandante palmeirense pareceu tranqüilo, dando a entender que o que o irrita mesmo são os resultados negativos, o que não foi o caso ali.

Na partida de volta, em São Paulo, o Goiás joga com a obrigação de vencer para poder avançar à final. Os palmeirenses carregam a vantagem conquistada em Goiânia, podendo até empatar diante de seus torcedores. Em caso de vitória goiana por 1a0, a vaga na decisão será definida nas penalidades.

A outra semifinal da competição tem sua primeira partida na noite de hoje e será jogada entre a Liga Deportiva Universitária (a LDU, do Equador) e o Independiente, da Argentina. Se o campeão sair desse jogo, o Campeonato Brasileiro levará o 4º colocado à próxima Copa Libertadores da América. Do contrário, será feita a alegria de Palmeiras ou Goiás. Vamos aguardar os próximos capítulos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário