Nem em Moça Bonita nem no Engenhão: o estádio que sediou a partida entre Bangu e Botafogo pelo Campeonato Estadual foi o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, que recebeu um público de 5.635 presentes. E o que se viu em campo foi quase uma "inversão de papéis": o Bangu parecia o dito time grande enfrentando uma equipe de menor porte. Não fosse a exibição sensacional do goleiro Jéfferson (que estava combinando perfeitamente com o traje verde e amarelo por ele vestido), o Bangu teria conseguido mais do que o empate por 1a1.
O jogo
Fazendo uma retrospectiva do que foi o primeiro tempo de partida, pode-se dizer que a única chegada botafoguense aconteceu no lance de onde saiu seu gol: Sebastián "El Loco" Abreu foi ligeiramente agarrado em disputa na área e o árbitro Rodrigo Nunes de Sá apitou aquele tipo de penalidade que, se for levada em conta todas as vezes que acontece, a média de gols do futebol mundial seria aumentada. A cobrança deu-se aos 25 minutos e "Loco" Abreu mandou a redonda no quadrante 11, chegando ao seu 5º gol na competição e igualando-se ao tricolor Fred no topo da lista de goleadores.
Antes disso, Jéfferson já tinha se tornado o personagem-chave da partida. Aos 15 minutos, o camisa 1 defendeu finalizações seqüenciais de Leandro Costa e Thiago Galhardo. Aos 20 minutos, nova intervenção ao rebater chute de China. Após o Botafogo obter a vantagem no placar, o cenário pouco mudou e o Bangu seguia no ataque. Aos 36 minutos, um erro de saída de bola permitiu que André Barreto tivesse a oportunidade de empatar a partida, mas o jogador banguense desperdiçou dois chutes, mandando um em cima da marcação e outro à esquerda da meta. Na marca de 46 minutos, Thiago Galhardo escapou de Antônio Carlos pela direita, deu de lado para Ricardinho e este emendou chute que passou perto da trave esquerda.
Em outras palavras: o jogo foi para o intervalo com um placar enganoso. Aos 14 minutos da etapa complementar, Joel Santana trocou Renato Cajá por Caio. Nem daria tempo para o jovem atacante fazer alguma coisa e lá viria o Bangu para buscar o empate: aos 16 minutos, Fabiano Silva foi derrubado por Fahel e Rodrigo Nunes de Sá apitou nova penalidade máxima. A cobrança ocorreu aos 18 minutos. Gol de empate? Que nada: nova defesa de Jéfferson, que foi ao canto direito e não permitiu que a bola chutada por Thiago Galhardo encontrasse a rede. Thiago Galhardo, por sinal, foi substituído oito minutos depois, dando lugar para Allan Posatto.
Aos 27 minutos, Caio conduziu contra-ataque alvinegro em velocidade e passou na direita para Abreu, que marcou um golaço após finalização no ângulo direito. Marcou não, marcaria, pois a arbitragem flagrou impedimento do atacante uruguaio. No minuto seguinte, Joel trocou Germán Herrera por Alexsander. Só que mexer lá na frente era pouco funcional, pois a bola raramente chegava aos atacantes botafoguenses.
Com 32 minutos, o Bangu chegou ao ataque através de uma bola alçada que contou com um desvio de cabeça. Livre de marcação e em posição aparentemente legal (difícil garantir), Pipico ficou cara-a-cara com Jéfferson, chutou rasteiro e testemunhou nova defesaça do camisa 1. No rebote, para intensificar a covardia, Abílio também estava absolutamente em liberdade para mandar a bola pra rede e empatar a partida.
3 minutos depois de sofrer o gol, o Botafogo teve uma chance de voltar a liderar o placar: após bola lançada da defesa, Alex conseguiu dominar, tocou atrás e Caio chutou por cima. Percebendo a escassez de criação, Joel promoveu a estréia do meio-campista Everton, que entrou aos 36 minutos no lugar de Fahel (outros que estrearam foram o lateral-esquerdo Márcio Azevedo e o volante uruguaio Arévalo Ríos, que atuaram o jogo inteiro). O treinador Gabriel Vieira também mexeu novamente, trocando China por Gedeílson. Mas a inoperância criativa do Botafogo aliada à performance fantástica de Jéfferson não permitiriam novos gols em Volta Redonda.
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