O Brasil estreou no hexagonal final do Sul-Americano Sub-20 dando importante passo em direção aos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Com grande atuação no segundo tempo, os comandados de Ney Franco aplicaram uma goleada de 5a1 sobre o Chile.
O jogo (confirma como foi a transmissão da partida em tempo real)
Muito pouco era criado nos primeiros minutos de partida. Enquanto o Chile era tímido com a bola nos pés, a seleção brasileira buscava algo de diferente mas era grande parte das vezes parada com falta. Como castigo ao infrator, o 1º gol do jogo veio exatamente em lance de bola parada: após falta sofrida por Lucas (que fazia fila quando avançava em direção à grande área), Neymar cobrou próximo do meio do gol e viu a bola tocar no travessão antes de tomar o caminho da rede: 1a0 Brasil aos 17 minutos.
Os meninos brasileiros comemoraram o gol de forma dançante, mas logo na saída de bola chilena veio a resposta: aos 18 minutos, em vacilo generalizado da marcação brasileira, a bola atravessou a área a partir de um lançamento da esquerda e chegou no lado direito. Coube a Bryan Carrasco chutar paralelamente à linha-de-fundo e contar com o desvio do goleiro Gabriel para deixar tudo igual no placar.
As falhas do sistema defensivo foram se repetindo e o primeiro tempo terminou em 1a1 porque a trave direita, o goleiro Gabriel e a pontaria chilena assim quiseram. A "conversa no vestiário" parece ter surtido efeito e o Brasil voltou mais atento e desenvolto, já desempatando a partida aos 2 minutos em novo gol de Neymar: Oscar cruzou da esquerda, Bruno cabeceou centralizando a partir do lado direito e Neymar desviou de primeira, estufando a rede.
Na marca de 19 minutos, um golaço para colocar 3a1 no placar: após bola lançada, Willian José desviou de cabeça, Lucas avançou ganhando de Jose Martinez na velocidade e encobriu o goleiro Carlos Alfaro com toque categórico.
Superior técnica, tática e também fisicamente, o time brasileiro já não era mais ameaçado pelo Chile, a não ser quando a marcação chilena distribuía pontapés. O árbitro equatoriano Omar Ponce Manzo poderia, sem muito esforço, expulsar dois jogadores do Chile, mas, quando muito, aplicou o cartão amarelo. Um dos jogadores que apanhou no jogo foi Lucas, mas o lance em que se machucou não foi originado por jogada violenta adversária: aos 33 minutos, o camisa 10 avançou e chutou de fora da área, com Alfaro realizando a defesa. Após o movimento da finalização, Lucas caiu no gramado, foi atendido e Ney Franco optou por colocar Diego Maurício em seu lugar.
E veja só: aos 36 minutos, isto é, dois minutos após entrar em campo, Diego Maurício deixaria o seu. Tudo começou quando Cristian Magaña errou passe no próprio campo, dando justamente nos pés do Neymar. O atacante santista avançou e deu passe convidando Diego Maurício a estufar a rede - e ele topou o convite, finalizando para fazer 4a1.
Se aos 36 minutos Diego foi presentado, aos 43 minutos foi a vez dele presentear alguém: após receber aberto na direita, o camisa 18 escapou de Martinez e cruzou sob medida para Willian, livre dentro da área, cabecear no alto e colocar 5a1 no marcador.
Se na partida derradeira pela fase de grupos "valeu pelo resultado, não pelo futebol", dessa vez a convincente performance brasileira leva-me a dizer que valeu tanto pelo placar quanto pela apresentação. Se a atuação no segundo tempo também fosse vista na etapa inicial, poderíamos ter um placar ainda mais elástico em Arequipa.
Outros resultados
Uruguai 1a0 Colômbia
Argentina 0a1 Equador
O Brasil lidera com 4 gols de saldo e os mesmos 3 pontos de Uruguai e Equador, que se enfrentam na 2ª rodada. Enquanto o Brasil pega a Colômbia visando conservar a liderança, Argentina e Chile fazem jogo onde qualquer tropeço já dramatizaria os planos olímpicos dessas seleções.
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