segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mercado Agitado: Janela De Janeiro Fecha Com Estilo

O encerramento da janela de transferências de janeiro foi agitadaço na Europa, sobretudo na Inglaterra. Chelsea e Liverpool protagonizaram as negociações mais bombásticas e terão caras novas bastante cobiçadas pelo futebol internacional.

O zagueiro brasileiro David Luiz, de 23 anos, trocou o Benfica pelos Azuis de Londres em um negócio girando em torno de 25 milhões de euros (aproximadamente 57 milhões de reais). Nemanja Matic, jogador do Chelsea, deverá atuar no estádio da Luz a partir da próxima temporada como parte da negociação, que também envolve um amistoso entre as equipes.
O Benfica aceitou a proposta dos "Blues" e negociou o zagueiro David Luiz com o clube inglês, onde deverá formar dupla de zaga com John Terry.

Vamos agora dar uma chegada na Terra dos Beatles (prometo retornar à Londres): por 35 milhões de libras (cerca de 93 milhões de reais), o atacante Andy Carroll, que vinha se destacando no Newcastle a ponto de ser convocado por Fabio Capello para o "English Team", junta-se ao elenco do Liverpool em transferência que considero vantajosa ao clube que o vendeu (com todo o respeito ao futebol de Carroll, mas 35 milhões de libras?).
Andy Carroll, centroavante que vinha se destacando com a camisa do Newcastle United, foi contratado pelo Liverpool por 35 milhões de libras.

E não é apenas Carroll que está chegando para Anfield Road. O atacante uruguaio Luis Suárez acertou com os Vermelhos após uma negociação que renderá ao Ajax 26,5 milhões de euros (aproximadamente 60 milhões de reais). Na minha opinião, é mais jogador que Carroll (e acabou saindo "mais barato"). A camisa a ser vestida por "Luisito" será a de número 7, mesmo número que foi usado pelo atual treinador da equipe, o lendário Kenny Dalglish.
O uruguaio Luis Suárez, um dos destaques da "Celeste" no Mundial 2010, trocou o Ajax pelo Liverpool e vestirá a mesma camisa 7 que já foi de Kenny Dalglish.

O leitor deve se perguntar: ué... de onde veio tanta grana para os "Reds" fazerem duas aquisições desse impacto?

E a resposta é a transferência mais bombástica do mercado internacional. Faltando 13 minutos para o encerramento da janela de janeiro, o espanhol Fernando Torres, de 26 anos, assinou contrato que o levará para Stamford Bridge. É isso mesmo, senhoras e senhores: "El Niño" trocou o Liverpool pelo Chelsea e poderá formar uma dupla de ataque arrebatadora ao lado do marfinense Didier Drogba. O preço? 50 milhões de libras, nessa que é a maior cifra envolvendo dois clubes ingleses (a 6ª maior compra da história do futebol mundial).
Fernando Torres sendo perseguido por Terry, Lampard e Mikel. Agora os jogadores de azul correrão atrás de Torres para comemorar os gols do espanhol.

Gosto de dizer que "recordar é viver". E vem a calhar recordar como foi o último encontro entre Liverpool e Chelsea. Após dar uma clicada na partida, confira também o tópico de "equipe e jogada da semana" daquela ocasião.

Os torcedores do Chelsea devem estar se deliciando nesse momento. Os do Liverpool devem estar com um misto de sentimentos que poucos seriam capazes de ponderar: comemorar as chegadas de Carroll e Suárez ou lamentar a saída de Torres, ainda mais para o Chelsea?

A resposta para essa eventual questão eu não tenho. Mas estou ansioso para ver as próximas partidas dessas equipes, principalmente o confronto direto pela "Premiership".

Equipe E Jogada Da Semana

Na 21ª rodada, o Napoli venceu o lanterna Bari por 2a0 (gols do argentino Ezequiel Lavezzi e do uruguaio Edinson Cavani) e tornou-se a única equipe visitante a triunfar naquele final de semana pela Série A italiana (os outros resultados da rodada terminaram em 3 empates e 5 vitórias dos mandantes).

Três dias depois, os napolitanos receberam a Internazionale no estádio San Paolo para compromisso eliminatório valendo vaga nas semifinais da Copa da Itália. O resultado de 0a0 persistiu por todo o tempo de bola rolando e o duelo teve de ser decidido nos pênaltis. Com o desperdício de Lavezzi (o argentino mandou a bola para fora), o Napoli acabou eliminado e a Copa da Itália seguirá com as presenças de Milan, Palermo, Roma e Inter.

Nesse domingo (ontem), a equipe comandada por Walter Mazzarri teve de superar a recente eliminação e entrar em campo diante da Sampdoria, novamente dentro de casa. Com a presença de 54.000 torcedores, os napolitanos contaram com um "hat-trick" de Cavani e de um gol do eslovaco Marek Hamsik para aplicar a maior goleada da 22ª rodada na Série A. Com o resultado, a equipe segue ocupando a 2ª colocação e pronta para encostar no Milan, mantendo-se a quatro pontos de distância do líder.

Nas palavras do goleador do Campeonato Italiano (17 gols marcados até o momento),
“Hoje era um jogo muito importante depois da desilusão na Copa da Itália. A força para esta partida veio dali”.
Sobre chances de título, Cavani é reticente:
“De classificação e essas coisas falamos muito pouco. São coisas que se começa a ver mais à frente”.
Bom, mais à frente veremos onde estará o Napoli na tabela de classificação. O fato é que essa equipe mostra-se forte o bastante para conquistar o Scudetto.

Jogada da semana

A seleção venezuela sub-20 foi eliminada na fase de grupos e não marcará presença no hexagonal final da competição. Quem saiu perdendo nessa foram os espectadores, que não poderão ver jogadas como essa de Yohandry José Orozco Cujía, meia canhoto de 19 anos que foi o autor do gol de empate na partida com o Peru, segunda-feira passada. E que golaço marcou Orozco!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Quem Vira Por Último, Ri Melhor

A Cabofriense até chegou a assustar o Fluminense (vencia a partida por 2a1, de virada, até os 20 minutos do 2º tempo), mas no final das contas o atual campeão brasileiro confirmou o favoritismo, manteve os 100% de aproveitamento no Campeonato Estadual 2011 e, com a vitória por 4a2, segue na segunda colocação no grupo 2 da Taça Guanabara, atrás somente do Botafogo, equipe que tem melhor saldo de gols. A partida foi realizada no mesmo campo onde a Cabofriense havia perdido de 5a0 para o Botafogo, no estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé. As maiores diferenças daquele jogo para esse foram a ausência do volante Goeber (personagem que marcou dois gols contra naquela ocasião) e o comando técnico: Waldemar Lemos assumiu a equipe na sexta-feira (Luiz Antônio Zaluar e seu auxiliar Lucas Gonçalves foram demitidos) e logo na estréia acabou expulso após invadir o campo aos 28 minutos do 2º tempo, com a partida então empatada em 2a2.

O jogo

O Fluminense iniciou a partida tomando a iniciativa e se mandando para o ataque. Na primeira chegada mais aguda, Mariano encarou a marcação adversária e sofreu falta pela direita, perto da grande área. Aos 5 minutos, Souza cobrou rasteiro e Fred pegou de primeira, mandando no canto esquerdo e abrindo o placar em Macaé.

Com Fred bastante participativo e os laterais Mariano e Carlinhos apoiando constantemente, o Fluminense dava sinais de que estava ali para ampliar o saldo de gols. Mas foi surpreendido aos 34 minutos: Zotti levantou no capricho a partir do lado esquerdo, Capixaba acompanhou o quique da bola e chutou no canto direito, mandando no contrapé do goleiro Diego Cavalieri e deixando tudo igual no marcador.

Aos 42 minutos, o zagueiro Leandro Euzébio apareceu no ataque canetando o adversário, deixou a bola com Mariano na direita, o lateral cruzou rasteiro da linha final, Fred deixou passar, Rodriguinho chutou acertando o defensor que impediu o gol e, no rebote, Tartá tinha a baliza aberta mas acabou conseguindo chutar por cima do travessão.

A posse de bola na primeira etapa foi de 61% para o Fluminense e desperdícios como aquele de Tartá devem ter motivado o treinador Muricy Ramalho a mudar o time no intervalo. Tartá deu lugar para Marquinho enquanto Rodriguinho foi substituído para entrada do argentino Darío Conca, jogador que realizou uma artroscopia no joelho esquerdo no dia 27 de dezembro de 2010, retornando aos jogos oficiais praticamente um mês depois da intervenção cirúrgica.

Aos 3 minutos, Diego Sales tratou de resolver sozinho um lance de ataque da Cabofriense: o jogador passou por André Luís, deixou Souza para trás e, quando ia fintando a marcação de Diguinho, foi puxado por Souza dentro da área. Felipe Gomes da Silva apontou a penalidade máxima e o próprio Diego Sales pediu a bola. Cobrou no quadrante 14, Diego Cavalieri foi pro lado direito e estava decretada a virada da Cabofriense.

O Fluminense voltou a controlar as ações e, pelas minhas contas, teve entre os 6 e os 18 minutos do segundo tempo um total de quatro chances de gol. Mas a bola somente foi entrar aos 20 minutos, em novo lance de bola parada: Souza cobrou escanteio pela direita, André Luís subiu bem e cabeceou melhor ainda, direcionando a bola para o canto direito, acertando a trave e também a rede, empatando a partida.

Na volta da parada técnica, Waldemar Lemos trocou de atacante: saiu Capixaba para a entrada de Assumpção. Figura que transmite um ar de tranqüilidade, Waldemar Lemos ia conseguindo conduzir a Cabofriense ao empate, algo muito bacana se levarmos em consideração a força do adversário e o fato de a equipe da Região dos Lagos não ter marcado um único gol nas 3 primeiras rodadas da competição (Goeber marcou dois, mas lembremos que foram contra). Aos 28 minutos, toda a dita tranqüilidade do treinador foi subitamente substituída por um momento de fúria quando Leandro Euzébio deu-lhe uma bolada em lance na linha lateral: Waldemar deixou a área a ele destinada, invadiu o campo e foi tirar satisfação com o agressor. Coube ao árbitro expulsar o treinador, que retornou ao gramado irritado e rumou para o vestiário esbravejando para os microfones que estivessem por perto: "jogador de merda" (referindo-se a Euzébio, que saiu impune do lance).

Dois minutos após o incidente, Muricy Ramalho também agiu. Mas não para invadir o campo e sim para promover sua última mexida no time tricolor: saiu Souza para a entrada de Willians. O negócio piorou para a Cabofriense quando Allyson recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso de campo após puxar Fred. O Flu tirou proveito do momento de fragilidade emocional adversária e também da vantagem numérica para resolver a partida. Aos 36 minutos, Willians, de dentro da área, tocou rasteiro para Fred - o camisa 9, centralizado na meia-lua, chutou de primeira, da entrada da área, e colocou a bola no canto esquerdo, marcando seu 5º gol em quatro jogos e isolando-se como goleador na competição.

Logo após sofrer o gol, a Cabofriense trocou um atacante (Allan) por um zagueiro (Bené). E o negócio deu resultado: em jogada pelo flanco esquerdo, Marquinho recebeu de Carlinhos, cruzou e Willians completou com o gol aberto. 4a2 Fluminense.

Aos 44 minutos, Alexandre Calango entrou no lugar de Zotti, e o máximo que a Cabofriense conseguiu produzir foi um chute de fora da área defendido tranqüilamente por Diego Cavalieri.

Em Milão, Jogão Com Virada E Atuação De Campeão

Possíveis leitores que aqui estão, digo-lhes o seguinte: Internazionale e Palermo fizeram hoje, em San Siro, uma das melhores partidas de futebol que já assisti. Provavelmente, não houve e nem haverá um jogo como esse na presente temporada italiana.

Com ambos os times focados em ações ofensivas, a partida foi dinâmica e repleta de alternativas do começo ao fim. O Palermo chegou a abrir uma vantagem de 2a0 no placar, resultado que persistiu até o intervalo. No segundo tempo, uma incontestável virada interista que teve um ingrediente de nome e sobrenome: Giampaolo Pazzini, atacante contratado da Sampdoria e que fazia sua estréia no "Nerazzurri".

O goleiro brasileiro Júlio César, que retornou após período afastado por lesão, defendeu um pênalti quando a partida estava em 2a1 para o adversário e, aos 42 minutos do segundo tempo, realizou defesa impressionante, impedindo o empate.

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

Chegadas de Javier Pastore e Maicon, cada um pelo lado direito do seu respectivo ataque, deram indícios de que a intenção de Palermo e Internazionale era atuar no campo do oponente. Aos 4 minutos essa estratégia trouxe resultado prático quando Pastore iniciou jogada, fez bonito corta-luz para a bola seguir em direção a Mattia Cassani e o lateral direito cruzar sob medida para Fabrizio Miccoli completar estufando a rede interista e abrir o marcador.

Sem se abalar, a Internazionale mostrava consciência no modo como trabalhava a bola, e criou chances de empatar com chegadas por ambos os flancos do campo e também pela zona central. As investidas dos donos da casa mostravam que o sistema defensivo da equipe visitante se comportava muito bem sob pressão, notadamente pela grande atuação da dupla de zaga composta por Ezequiel Muñoz (olho nesse argentino) e Cesare Bovo. Se lá atrás a defesa dava conta do recado, coube ao ataque "Rosanero" dar novas mostras de seu repertório para aumentar a diferença. E isso aconteceu aos 35 minutos: com Javier Pastore e Fabrizio Miccoli se movimentando e distribuindo passes, o Palermo desmontou a defesa da Internazionale, a bola chegou na direita com Cassani e o lateral voltou a dar bela assistência, dessa vez para Antonio Nocerino, que deixou Maicon no chão antes de chutar rasteiro e mandar por baixo de Júlio César. 2a0 Palermo.

Aos 39 minutos Samuel Eto'o estufou a rede, mas a posição de impedimento foi corretamente assinalada e o lance invalidado (o camaronês tirou proveito de posição adiantada para chegar no rebote do goleiro Salvatore Sirigu, que havia espalmado chute forte do brasileiro Thiago Motta). Ainda antes do apito de intervalo, o jogo teve mais um lance sensacional: aos 46 minutos, o Palermo encaixou preciso contra-ataque e Pastore foi lançado em liberdade pelo lado direito. O argentino avançou e carimbou a trave esquerda de Júlio César, ficando perto de colocar 3a0 no placar.

No intervalo, Leonardo realizou duas substituições, em ambas promovendo as estréias de jogadores recém-contratados. Saíram Davide Santon (que falhou no lance do primeiro gol) e Philippe Coutinho (que fora um balãozinho que iniciou contra-ataque quando a partida estava 1a0, pouquíssimo criou) e entraram Houssine Kharja (contratado por empréstimo junto ao Genoa) e Giampaolo Pazzini (contratado por 12 milhões de euros, além da cessão dos direitos de Jonathan Biabiany para a Sampdoria).

E esse último nome foi fundamental para uma virada espetacular que aconteceria. Aos 11 minutos, o novo camisa 7 interista recebeu passe de Maicon e, de costas para o gol, desempenhou de maneira irretocável o papel de pivô: mesmo marcado de perto por Muñoz, conseguiu movimentar-se trazendo a bola para o seu lado esquerdo e descolando chute cruzado no canto direito para superar Sirigu e diminuir a desvantagem no placar.

O Palermo respondeu com lances que por muito pouco não resultaram no 3º gol da equipe visitante. Aos 14 minutos, uma bola cruzada da direita quase terminou em gol contra de Andrea Ranocchia, mas felizmente para o zagueiro de 22 anos a bola recuada com o peito passou à direita da trave. Na cobrança de escanteio, a bola viajou fechada e após desvio na defesa interista só não entrou no gol porque Júlio César agiu na base do reflexo para impedir. Na seqüência, o camisa 1 contou com a sorte, pois limitou-se a fazer "golpe-de-vista" em finalização que passou perto da trave direita.

Com 16 minutos, Delio Rossi mexeu pela primeira vez, trocando Miccoli por Pajtim Kasami. E o próprio Kasami apareceria no minuto seguinte dentro da área para ser derrubado por Thiago Motta e sofrer pênalti, corretamente marcado pelo árbitro Nicola Rizzoli. Pastore realizou a cobrança aos 18 minutos mandando a bola pro lado esquerdo e Júlio César conseguiu defender. No rebote, o próprio Pastore cabeceou alto e lá estava Júlio César para ficar com ela.
Momento em que o goleiro Júlio César defende o pênalti cobrado por Javier Pastore: na seqüência, o camisa 1 ainda conseguiu segurar o cabeceio do argentino.

Aos 27 minutos, o zagueiro Lúcio protagonizou jogada de pura raça no campo de ataque: após ganhar dividida com um carrinho no tempo exato, o brasileiro levantou-se, preparou um drible curto sobre o adversário e foi derrubado. A falta foi marcada. Na cobrança, Maicon cruzou com precisão e Pazzini apresentou-se para cabecear e estufar a rede, empatando a partida, marcando seu segundo gol em plena estréia com a camisa 7 da Inter e levando o público presente ao delírio.

Dois minutos depois, Pazzini apareceu para receber bola enfiada e ficar cara-a-cara com Sirigu. Antes que pudesse finalizar e tentar o "hat-trick", Muñoz tratou de agarrá-lo e cometer pênalti indiscutível. Sirigu até acertou o canto, esticou-se, mas a cobrança de Samuel Eto'o teve velocidade e colocação que tornaram o chute praticamente indefensável, lá no quadrante 11. Era a virada da Internazionale e euforia generalizada no estádio Giuseppe Meazza. A própria vibração de Eto'o com o gol foi de arrepiar: o camaronês jogou a camisa na grama e movimentou os braços alucinadamente, recebendo o que deve ter sido o cartão amarelo que menos o incomodou em toda a sua carreira.

Aos 32 minutos, Eto'o recebeu bola de Esteban Cambiasso, limpou o lance e chutou perto da trave esquerda. O quarto gol naquele momento era pedir pra camisa de Eto'o ir parar no Mar Mediterrâneo. Dois minutos depois, Leonardo efetuou sua última substituição, trocando Cambiasso por Joel Obi (esse, apesar de pouco utilizado, não era estreante).

Na marca de 42 minutos, um dos lances mais incríveis da partida. Na íntegra, a tuitada da jogada.
87'# Quase gol do Palermo! Impressionante! Pastore cruza da direita, Balzaretti bate de 1ª, bola desvia em Maicon e Júlio César defende!
A defesa que Júlio César realizou nessa finalização de Federico Balzaretti foi algo formidável. Era a ratificação de que o camisa 1 estava de volta para o gol da Internazionale e que Mano Menezes fez bem em voltar a convocar o arqueiro para a seleção brasileira.

Sob fortes cantos da torcida interista, a partidaça em San Siro rumou para o apito final. Foi um jogo onde, independentemente do resultado, houve um grande vencedor: o futebol. Aplausos para Leonardo e Delio Rossi pelas propostas de jogo e também aos jogadores, que proporcionaram um espetáculo para amante desse esporte nenhum botar defeito.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Botafogo Segue 100% Rumo Ao Bi Estadual

Atuando diante de um modesto público de pouco mais de 2.500 presentes no estádio Olímpico João Havelange, o Botafogo venceu o Madureira por 4a1 e manteve-se com 100% de aproveitamento após três jogos disputados no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro 2011. O Tricolor Suburbano segue sem pontuar na competição.

O jogo

Com menos de 1 minuto de bola rolando - mais precisamente com 33 segundos no cronômetro -, um jogador que viria a ser um dos destaques da partida já começou o seu repertório de belas jogadas. Refiro-me ao volante Marcelo Mattos, que logo de cara aplicou dois balõezinhos pra cima de dois adversários e emendou um chute que passou à direita da meta.

Aos 5 minutos, o lateral direito Lucas colocou na área e Antônio Carlos cabeceou perto da trave direita. Ia amadurecendo o gol alvinegro. Aos 10 minutos, Somália passou para o argentino Germán Herrera na esquerda e o chute do camisa 17 passou perto do travessão. No minuto seguinte, Renato Cajá cruzou da esquerda, o zagueiro Edmílson ficou marcando o vento na grande área e permitiu que Herrera cabeceasse em liberdade, mas a finalização saiu torta. Na 3ª chance de Herrera, aos 14 minutos, foi aberto o placar: Lucas cruzou rasteiro da direita, o zagueiro Victor Silva e o goleiro Cléber rebateram a bola e ela sobrou para Herrera empurrá-la para a rede.

Se o Botafogo dominava a partida até o momento em que marcou 1a0, os minutos seguintes foram o oposto, com o Madureira freqüentando o campo de ataque e criando chances de chegar ao empate. Houve finalizações aos 19 minutos (chute de Rodrigo que desviou na marcação de Antônio Carlos e saiu em escanteio), aos 20 minutos (Victor Silva cruzou da direita e Adriano Margrão, acompanhado de perto por Lucas, cabeceou à direita), aos 31 minutos (Jéfferson espalmou na trave direita um chute forte de da Costa, sendo que na seqüência Maciel mandou um novo chute forte que saiu à esquerda) e também aos 38 minutos, quando Valdir foi lançado na direita, cruzou da linha final, Adriano Magrão recebeu de costas pro gol, fez o giro e chutou no canto direito uma bola que só não entrou porque o goleiro Jéfferson realizou defesa espetacular. No escanteio aí originado, Douglas Assis cabeceou a bola no travessão.

O Botafogo precisou de uma chegada aos 41 minutos para ganhar tranqüilidade na partida: após cruzamento da direita, o atacante uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu cabeceou da esquerda, Herrera também escorou com um cabeceio e a bola chegou em Antônio Carlos, que finalizou com um voleio, mandando a redonda no braço de Douglas Assis. Se por um lado a bola ia parar no fundo da rede, por outro pareceu-me claro que Douglas não teve qualquer intenção de levar o braço até a bola. Mas o árbitro Péricles Bassols marcou pênalti e expulsou o jogador do Madureira. Dois minutos depois, "Loco" Abreu cobrou no quadrante 8 e colocou 2a0 no placar.

Antes do apito de intervalo, Abreu tratou de dar uma caneta em Michel aos 45 minutos, para delírio da galera. Veio o intervalo, e com ele ambos os treinadores promoveram substituições. Joel Santana trocou o zagueiro João Filipe pelo atacante Caio enquanto Antônio Carlos Roy tirou de campo Michel e Adriano Magrão para as entradas de Abedi e Caio Cezar.

Se no lance aos 41 minutos do primeiro tempo não houve toque intencional que carcterizasse pênalti, aos 18 minutos da etapa complementar o braço de da Costa estava totalmente aberto e evitou que o cabeceio de Abreu tomasse o endereço do gol. Dessa vez, foi marcado escanteio. Aos 20 minutos, Caio puxou contra-ataque em velocidade pelo centro e passou para Renato Cajá na esquerda, com o camisa 10 finalizando à meia-altura e vendo Cléber espalmar a bola. No minuto seguinte, Roy realizou sua última substituição por direito: da Costa por Alcenil Soares Filho (vulgo Nil).

Um lance aos 24 minutos me obriga a voltar a falar de "mão na bola": Somália cruzou da esquerda e o braço esquerdo projetado pela marcação do Madureira (novamente dentro da área, diga-se) cortou a bola para escanteio. Talvez tenha sido o mais claro dos "pênaltis", mas Péricles Bassols indicou córner.

Não bastasse a grande proteção que dava à defesa, Marcelo Mattos também se apresentou ao ataque para chutar forte da intermediária aos 25 minutos, no canto direito, dificultando o trabalho do goleiro Cléber, que bateu-roupa no lance. Aos 29 minutos, porém, nem Marcelo Mattos nem ninguém do sistema defensivo botafoguense foi capaz de impedir uma bela trama de jogada do Tricolor Suburbano: Rodrigo tocou curto com Valdir, se mandou pra área e recebeu de volta uma enfiada de bola que o deixou na cara de Jéfferson - com um chute na paralela, estufou a rede botafoguense e diminuiu a desvantagem para um gol.

Joel já tinha uma dupla substiuição preparada antes mesmo do gol acontecer, e ela acabou se comensurando dois minutos após o placar ser alterado para 2a1. Durante as trocas de Lucas por Alessandro e de Herrera por Alexssander (vulgo Alex), foi possível ouvir gritos que desaprovavam a intervenção do treinador que completava um ano à frente do Botafogo, nessa que é sua 3ª passagem por General Severiano. Não gosto de fazer apostas, mas tenho a nítida sensação de que o público estava insatisfeito, basicamente, pela entrada do lateral direito Alessandro, jogador muito criticado por alguns torcedores (geralmente sem qualquer justificativa plausível). E eis que, 5 minutos após entrar em campo, olha só quem faria o 3º gol do Botafogo... ele, Alessandro: aos 36 minutos, Renato Cajá tinha a bola consigo e rolou para Caio, que deu belo passe abrindo na direita com Alessandro - o lateral direito chutou firme e mandou a bola por baixo das pernas de Cléber, estufando a rede e indo comemorar com o treinador.

Veja como são as coisas: daí em diante, cada roubada de bola, cada passe, cada participação de Alessandro no jogo arrancava gritos eufóricos das arquibancadas. Aos 39 minutos, Somália rolou atrás e Marcelo Mattos pegou de primeira, com Cléber espalmando no alto. Na marca de 43 minutos, Cajá (que vinha sendo vaiado) recebeu livre na esquerda. Tão livre que parou. Pensou. Olhou. Cruzou. E Caio completou para a rede. Na comemoração, o garoto de 20 anos teve maturidade de sábio, indo em direção ao autor da assistência, apontando para ele e praticamente decretando uma definitiva relação de paz entre arquibancadas e gramado. Para alegria de Cajá, para festa do time de melhor campanha na Taça Guanabara.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Valeu Pela Vitória, Não Pelo Futebol

A seleção brasileira sub-20 fechou sua participação no grupo B com uma vitória por 1a0 sobre o Equador, em partida onde a equipe comandada pelo técnico Ney Franco passou longe de apresentar um futebol convincente. Com a cabeça voltada para o hexagonal final - que terá início dia 31 de janeiro -, Ney optou por escalar o time com diversos reservas (foram nove no total) e com isso evitar suspensões disciplinares para a próxima partida.

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

Liguei o televisor aos 18 minutos do primeiro tempo, desafiei o sono e fui assistir a partida entre Equador e Brasil. Aos 24 minutos, me senti premiado: com uma sensacional triangulação pela zona central, Oscar desmontou a marcação equatoriana com um toque de calcanhar e Henrique, que já havia participado da jogada anteriormente, apareceu para finalizar com um chute cruzado no canto esquerdo, fazendo 1a0 em grande estilo.

Oscar, dois minutos depois da assistência, abusou da habilidade: em lance próximo da linha lateral esquerda, o camisa 11 colocou a bola entre as pernas de Arroyo. Mais três minutos corridos no cronômetro e o árbitro argentino Diego Abal - que vestia camisa, calção e meiões vermelhos - incorporou o espírito do seu uniforme monocromático, expulsando o camisa 10 equatoriano Cazares.

Um belo gol brasileiro, jogadas de efeito e vantagem numérica dentro de campo induziam a pensar que a parada seria fácil e que o jogo se encaminharia para mais uma goleada tupiniquim. Engano. A partida foi para o intervalo e voltou dele com a seleção apresentando um futebol de pouco empenho para ampliar a diferença no placar. Lucas, que havia entrado em campo aos 8 minutos da etapa complementar, logo recebeu um cartão amarelo e acabou substituído aos 18 minutos, seguindo aquele raciocínio de preservar o elenco para a estréia no hexagonal.

Aos 28 minutos, Henrique recebeu sobra de bola pelo lado direito e, cara-a-cara com o goleiro, chutou firme e Jaramillo realizou grande defesa. Na marca de 30 minutos, resposta do Equador: Montaño chutou de fora da área, a bola teve leve desvio na marcação brasileira, encobriu o goleiro Aleksander e carimbou o travessão. Susto maior viria dois minutos depois quando o mesmo Montaño foi lançado, arrancou livre de marcação, driblou Aleksander, perdeu o ângulo, retornou com a bola dominada e chutou com força, para fora.

Após essas duas chances que iriam render o segundo empate concedido consecutivamente (o Brasil já havia permitido a igualdade à Bolívia na rodada passada), parece que os comandados de Ney Franco deram uma acordada no jogo. Aos 33 minutos, Diego Maurício, um dos jogadores mais apagados da seleção brasileira, arrancou pela esquerda e soltou chute cruzado, que passou não muito longe da trave esquerda. Dois minutos mais tarde, Willian José - que entrou no segundo tempo no lugar de Zé Eduardo -, deu chute forte de perto da meia-lua e mandou a bola pertinho da trave esquerda. A seleção equatoriana tentou estabelecer uma pressão e chegou a colocar a sufocar a defesa do Brasil aos 40 minutos, mas a última chance de gol foi brasileira: aos 47 minutos, Diego Maurício fez jogada individual pela esquerda, chutou rasteiro e Jaramillo rebateu. Impedido, Willian José cabeceou no travessão.

Creio que o time considerado titular por Ney Franco irá jogar muito mais do que isso no hexagonal que se aproxima. Digo isso porque confio no potencial desses jogadores e também porque trata-se de uma necessidade da equipe, pois com essa performance vista com o Equador, a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, estará em risco.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Goleiro César Decide E Flamengo Conquista Copa SP

Com uma vitória por 2a1 no estádio Pacaembu, o Flamengo conquistou pela 2ª vez a Copa São Paulo de Juniores (a 1ª havia ocorrido em 1990, com um time que contava com o talento de jogadores como Djalminha, Nélio e Marcelinho Carioca). O Bahia, primeiro nordestino a figurar na final da competição, criou mais chances que o time carioca mas acabou esbarrando na memorável atuação do goleiro César, que realizou diversas defesas difíceis, tornando-se o principal personagem da partida.

O jogo

Se as finais de campeonato costumam ser caracterizadas por jogos tensos e estudados, essa decisão entre Flamengo e Bahia fugiu da regra, o que eu particularmente achei ótimo: os dois times adotaram, desde o início, uma postura ofensiva, procurando atacar o adversário. No Bahia, desfalcado de alguns jogadores, a ausência do lateral direito Mádson (autor dos dois gols da equipe na semifinal diante do América Mineiro) foi possivelmente a mais sentida. O treinador improvisou na posição um jogador com características mais voltadas para o ataque do que para a marcação, e acabou possibilitando espaços para o Flamengo trabalhar por ali, sobretudo com o habilidoso camisa 10 Adryan, que rotineiramente contava com a aproximação do lateral esquerdo Ânderson. Na marca de 6 minutos, um escanteio cobrado pelo lado esquerdo teve duas escoradas de cabeça até chegar aos pés do zagueiro e capitão rubro-negro Frauches, que ajeitou com a perna direita e chutou com a esquerda, estufando a rede no quadrante 3 e abrindo o placar.

Aos 10 minutos, João Marcos (meiocampista improvisado na lateral direita) sentiu uma lesão (ele já fora escalado sem estar em plena forma) e precisou ser substituído. A mexida do treinador Laélson Lopes foi ousada, trazendo para campo o atacante Válson. A primeira chance de empate aconteceria aos 21 minutos: após cruzamento vindo da esquerda, Laércio desviou de cabeça, a bola chegou na direita até Rafael mas o goleador da equipe não conseguiu encaixar o voleio como gostaria. Cinco minutos depois, o goleiro César começaria a aparecer: após novo cruzamento da esquerda, Rafael cabeceou livre e o camisa 1 espalmou no alto, evitando a igualdade. Igualdade que viria 3 minutos após o lance: Rafael, que se deslocava pra pegar sobra de bola originada de cobrança de escanteio, acabou virando o recheio de um sanduíche onde as fatias de pão eram Frauches e Marllon. Acertadamente, o árbitro Vinícius Furlan marcou penalidade máxima, convertida pelo próprio Rafael, que mandou a bola no quadrante 6 para empatar a partida.

O Bahia poderia virar o jogo ainda no primeiro tempo, quando Válson chutou de fora da área e viu César espalmar a bola no canto esquerdo. O Flamengo respondeu em dois momentos: aos 38 minutos, Adryan rolou em diagonal para trás e Alex chutou à esquerda; e aos 41 minutos foi a vez de Muralha arriscar de longe e parar em defesa de Renan, que foi buscar a bola no canto esquerdo. Ainda antes do intervalo, César realizou nova grande defesa ao alcançar, no canto direito, um chute de Brendon em cobrança de falta que sofreu desvio no meio do caminho.

O "Tricolor de Aço" voltou melhor para o segundo tempo, já tendo boa chance com 1 minuto: Fábio chegou à linha final pelo lado esquerdo, tocou atrás e Rafael chutou para fora. No minuto seguinte, uma aproximação da imagem televisiva flagrou um pisão de Muralha na cabeça de Fábio, em agressão digna de expulsão. Mas, ao que tudo indica, nenhum dos árbitros conseguiu ver o fato. Aos 4 minutos, mais Bahia: após bola lançada, Rafael recebeu em liberdade, chutou buscando o canto direito e César voltou a defender, dando bronca na defesa, muito mal posicionada no lance. Na marca de 13 minutos, Brendon rabiscou Adryan com uma caneta, chutou de fora da área e César saltou para defender na direita. No minuto seguinte, o árbitro deu seqüência a um lance onde particularmente achei falta do Ânderson flamenguista no xará adversário - o zagueiro Dudu parou o contra-ataque rubro-negro com um carrinho e recebeu cartão amarelo ao derrubar Lucas. Contundido em função do lance, Lucas deixou o campo aos 18 minutos, dando lugar para Thomas.

O Bahia seguia melhor em campo, mas veja como é o futebol: aos 22 minutos, Muralha recuperou a posse de bola, deu enfiada precisa para Thomas, e o jogador que acabara de entrar foi puxado dentro da área por Dudu - pênalti e segundo amarelo para o defensor, deixando o time com um a menos. O atacante Negueba, sumido da partida, foi pra cobrança e mandou no quadrante 1, recolocando o Flamengo em vantagem no placar.

As substituições seguintes escancararam a diferença dos objetivos dos treinadores. Enquanto Paulo Henrique Júnior reforçou o meio-campo trocando Adryan por Pedrinho, Laélson Lopes mandou o time definitivamente pra frente, colocando Rodrigo e Joélinton nos lugares de Brendon e Fernando.

Com muito espaço no campo de ataque, o Flamengo só não ampliou a diferença aos 27 minutos porque Renan defendeu finalização de Thomas quando o atacante estava cara-a-cara com o goleiro. Mesmo com a vantagem numérica, o treinador Paulo Henrique Júnior decidiu fechar de vez o time e, aos 44 minutos, trocou Rafinha pelo zagueiro China. E lá veio o Bahia ao ataque na busca pelo empate. Aos 46 minutos, um bate-rebate sobrou limpinho para Laércio, que chutou forte e César fez grande defesa. Aos 47 minutos, Fábio recebeu inversão na esquerda, chutou, e adivinhe quem deu um tapa no alto para evitar o gol...

Imediatamente após o apito final, a presidenta Patrícia Amorim explodiu de emoção e chorou. Deixo a dica para Patrícia: arrumar um espaço na Gávea para a instalação de um busto do goleiro César.
Elenco comemora a 2ª conquista do Flamengo na história da Copa São Paulo de Juniores: na 1ª, em 1990, nenhum dos jogadores campeões em 2011 era nascido.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Equipe E Jogada Da Semana

Se nas duas últimas semanas falamos da Internazionale, dessa vez sairemos de Milão mas sem abandonar a Itália. A capital do "País da Bota" tem hoje duas equipes nas quatro primeiras posições na Série A. A Lazio, que já foi líder, aparece na 4ª posição. E sua arquirrival Roma, que freqüentou a parte de baixo da tabela, assumiu a 3ª colocação após uma seqüência de vitórias.

No domingo, dia 16, o "Giallorossi" foi até Cesena e arrancou uma vitória suada por 1a0, com gol contra do argentino Maximiliano Pellegrino pra lá dos 43 minutos do segundo tempo. Na quarta-feira, o estádio Olímpico de Roma sediou o clássico romano pelas oitavas-de-final da Copa da Itália. Cobrando pênalti, Marco Borriello abriu o placar para a Roma. Cinco minutos depois, porém, um pênalti cometido pelo brasileiro Juan foi convertido pelo também brasileiro Hernanes, deixando o placar igualado em 1a1. E se é pra falar de brasileiro, a Roma conseguiu o desempate e a classificação com um gol de Fábio Simplício, aos 31 minutos da etapa complementar. O atacante Adriano, escalado como titular, figurou a nota triste das atuações brasileiras: com uma lesão no ombro, o "Imperador" tem previsão de retorno estimada para o final de fevereiro. Mas a semana romana não acabou: no último sábado, uma vitória por 3a0 sobre o Cagliari (Francesco Totti, Simone Perrotta e Jérémy Menez marcaram) manteve a ascensão da equipe na Série A italiana. Se algumas semanas atrás o treinador Claudio Ranieri tinha o trabalho contestado (o nome de Leonardo chegou a ser especulado em dezembro), parece que a atmosfera no clube agora é outra.

Jogada da semana

Pode parecer um lance banal - não houve um drible desconcertante, nem teve uma finalização arrebatadora. Mas a jogada ensaiada do Nova Iguaçu que abriu o placar em Volta Redonda na partida em que o time da Baixada Fluminense venceu o Vasco da Gama por 3a2 foi uma novidade para este que aqui blogueia. Cobranças de escanteio costumam ocorrer com um levantamento na área (muitas vezes "rifando" a bola). Às vezes, vemos aquele toque curto, visando uma aproximação do jogador que pretende cruzar em relação ao "alvo". Mas o que o Nova Iguaçu fez foi uma mistura dessas duas coisas: um toque rasteiro pra dentro da grande área. A bola acabou chegando aos pés do zagueiro Alex Moraes, que concluiu com ares de centroavante. O vídeo abaixo mostra os 5 gols do jogo, mas é o 1º deles a jogada da semana.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ruim Com Goeber, Pior Sem Ele

O Botafogo aplicou nesse domingo a maior goleada da atual edição do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: 5a0 sobre a Cabofriense. A partida foi realizada no estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé, pois o estádio Alair Corrêa, campo da Cabofriense, foi vetado após o Corpo de Bombeiros permitir o acesso ao contingente máximo de 300 torcedores. Talvez tenha sido melhor para o jogo, pois o estado do gramado no "Moacyrzão" era muito satisfatório, aparentemente não devendo em nada para os campos mais bem cuidados desse país.

O jogo

Rapidamente, o Botafogo já mostrou um volume de jogo e uma postura interessantes, partindo ao ataque e envolvendo a frágil equipe da Cabofriense. Com 24 segundos, uma bola lançada na área encontrou o atacante uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu, que só não anotou um "gol-relâmpago" porque o goleiro Fábio saltou para a direita e conseguiu espalmar o cabeceio dado pelo camisa 13 alvinegro. Na marca de 1 minuto uma bela trama ofensiva botafoguense: o argentino Germán Herrera tocou cavado para "Loco" Abreu, o uruguaio amorteceu na coxa e, mantendo a bola no ar, recuou para Renato Cajá. O camisa 10 chegou chutando e mandou a bola por cima do travessão.

A parceria sul-americana entre Abreu e Herrera continuou atormentando a defesa da Cabofriense, como em lances aos 12 e aos 21 minutos. Mas havia ainda a presença ativa de Renato Cajá: aos 23 minutos, o meia cabeceou no travessão um cruzamento dado por Somália a partir do lado esquerdo. No minuto seguinte, a insistência ofensiva deu resultado: Lucas cruzou da direita e Goeber cabeceou para trás, mandando pra própria rede e dando a vantagem de 1a0 para o Botafogo.

Agora vamos a um acontecimento o qual faço questão de dedicar um parágrafo: aos 27 minutos, Allyson foi no meio do corpo de Bruno Tiago, comentendo falta grosseira. Só que quem levou a pior no choque foi o jogador da Cabofriense, que precisou sair de campo na maca. O árbitro Luís Antônio Silva Santos, que poderia até expulsar o jogador, deu cartão amarelo. Mas o que me chamou a atenção não foi a punição, e sim o fato de ela ter sido dada com o jogador deitado na maca, o que é contra a regra. Foi talvez a primeira de algumas trapalhadas da arbitragem, em atuação que não comprometeu o andamento da partida porque o domínio do Botafogo foi flagrante. Voltemos ao jogo.

Tão lembrados que Goeber havia marcado um gol contra aos 24 minutos? Eis que 6 minutos depois, o capitão da equipe voltou a "entrar em ação": na tentativa de interceptar um cruzamento de Renato Cajá - que dessa vez buscava "Loco" Abreu -, Goeber esticou a perna e estufou a própria rede. Fosse uma finalização diante da meta adversária, diria que teria sido um golaço. Mas não era. Caído no gramado, Goeber devia estar pensando que, naquela noite, "o raio caiu duas vezes no mesmo lugar". Na tentativa de reanimá-lo, Abreu e Antônio Carlos foram solidários e esticaram os braços para erguer o jogador, que também foi amparado pelo goleiro Fábio. Mas Goeber não voltaria para o segundo tempo: no intervalo de jogo, Luiz Antônio Zaluar optou por colocar Diego Sales em seu lugar. Antes disso, aos 36 minutos, o atacante Felipe (que teve passagem pelo Botafogo) entrou no lugar de Grafite, que saiu machucado.

Com 14 minutos na etapa complementar, Felipe aproveitaria uma batida de roupa do goleiro Jéfferson para mandar a bola pro fundo do gol. Mas a posição de impedimento foi corretamente detectada pelo auxiliar, em lance que até com a imagem congelada gerou-me dúvidas.

Aos 19 minutos, Joel Santana promoveu sua primeira substiuição na partida, trocando Herrera por Caio. Mas quem atacava era a Cabofriense: aos 23 minutos, Allan canetou Lucas pela direita, tocou atrás e o chute de Felipe foi bloqueado pela marcação de Antônio Carlos. Daí em diante, não seria leviano afirmar que só deu Botafogo.

Com 24 minutos, Caio teve sua primeira chance quando recebeu em velocidade, arrancou escapando da marcação e, na tentativa de encobrir Fábio, acabou vendo o goleiro espalmar a bola, que ainda voltou no seu corpo antes de sair pela linha final. 5 minutos depois, o 3º gol alvinegro, dessa vez marcado por um jogador da equipe: Cajá tabelou com Caio, Matheus vacilou na tentativa de afastar e Cajá deu um chute forte, rasteiro, cruzado, no canto esquerdo do gol. 3a0 Botafogo.

2 minutos após o gol, Lucas lançou Somália que, livre, cabeceou à direita da meta. Aos 35 minutos não houve desperdício: Cajá cruzou aberto, Abreu ajeitou usando a cabeça e Caio completou pra rede. A confortável vantagem convidou Joel a trocar o zagueiro João Filipe pelo atacante Alex aos 36 minutos. 3 minutos depois, a situação ficou ainda mais facilitada quando Allyson recebeu o segundo cartão amarelo após entrada de carrinho (o primeiro amarelo foi aquele recebido quando o jogador estava deitado na maca). No minuto seguinte, Bruno Tiago deixou o campo e deu lugar a Fahel. E, passado mais um minutinho, novo gol do Botafogo: Marcelo Mattos recebeu passe curto em cobrança de falta (a falta que resultou na expulsão, isto é, o cronômetro corria mas o jogo nem tanto) e cruzou, ou melhor, colocou a bola na cabeça de Antônio Carlos, que mandou no canto esquerdo para fechar a conta. Conta essa que poderia ter sido ampliada aos 46 minutos, quando Alex recebeu passe de Renato Cajá, avançou, cortou a marcação e chutou perto da trave esquerda quando haviam pelo menos três companheiros livres acompanhando o lance. Mas o 5a0 no placar minimizou a bronca ao jovem atacante, que devia estar cheio de vontade de também deixar o seu. Não foi dessa vez.

"Laranja Da Baixada" Vence O Vasco E O Apito

O estádio Raulino de Oliveira sediou o que pode ser considerada a segunda surpresa no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro 2011. Pior para o Vasco da Gama: a equipe, que já havia sido surpreendida na rodada inaugural ao perder para o Resende por 1a0 em São Januário, dessa vez foi superada pelo Nova Iguaçu pelo placar de 3a2, permanecendo sem pontuar no grupo 1 da Taça Guanabara e já tendo a classificação à fase semifinal ameaçada.

O jogo

Foi depressa, muito depressa que o time do Nova Iguaçu começou a envolver o Vasco e a se sobressair dentro de campo. Aos 3 minutos, o placar foi aberto com um belo gol: o escanteio pelo lado direito foi cobrado rasteiro e já na área a bola foi passada para Alex Moraes. Embora zagueiro, o camisa 4 agiu como um típico centroavante escapando da marcação com uma finta para o lado direito e chutando rasteiro. 1a0 Nova Iguaçu.

Se aos 9 minutos o goleiro Fernando Prass pegou finalização de Mossoró no canto esquerdo, aos 18 minutos o arqueiro vascaíno nada pôde fazer quando Alex Faria desceu pela direita, cruzou baixo e Maycon apareceu para completar pro fundo da rede.

Com a desvantagem de 2a0 no placar, a parada técnica aos 21 minutos teve como música de fundo um cântico que partia de torcedores vascaínos: "vergonha, vergonha, vergonha... time sem vergonha". E olha que aos 23 minutos o negócio parecia que ia piorar: em contra-ataque veloz, Alex Faria avançou, cortou a marcação de Allan, chutou buscando o contrapé do goleiro, mas Fernando Prass conseguiu realizar difícil defesa. 5 minutos depois, o Vasco conseguiu uma chegada perigosa: Felipe cobrou escanteio pelo lado direito e Fernando cabeceou no travessão.

O Vasco naquela altura tinha cerca de 62% do tempo de posse de bola sobre seus domínios, mas parecia incapaz de produzir algo que pudesse complicar o trabalho do bem postado sistema defensivo montado pelo treinador Josué Teixeira.

Aos 36 minutos, uma cotovelada de Paulo Henrique em Ramón rendeu ao jogador do Nova Iguaçu um cartão vermelho. Quem também poderia ter sido expulso no primeiro tempo foi o vascaíno Fágner: aos 45 minutos, o lateral direito deu um pisão em Bruno Cortês quando o camisa seis já estava caído. Mas dessa vez o árbitro Rodrigo Nunes de Sá não deu qualquer punição.

A reação "cruzmaltina" somente aconteceria na etapa complementar. Aos 7 minutos, Felipe lançou com precisão, Cesinha escorou de cabeça e Rômulo finalizou enchendo o pé, estufando a rede e diminuindo o prejuízo. 3 minutos depois, porém, o Nova Iguaçu quase voltou a colocar a diferença em dois gols: Fágner saiu jogando errado, Luan - que entrou aos 5 minutos do 2º tempo no lugar de Alex Faria - recolheu a bola e soltou um chute cruzado que foi espalmado por Fernando Prass no canto esquerdo.

Na marca de 12 minutos, o Nova Iguaçu se atrapalhou na tentativa de afastar a bola da área, Carlos Alberto chegou nela e caiu no gramado sem ser derrubado. Rodrigo Nunes de Sá, porém, apitou pênalti e ainda deu cartão amarelo para Alex Moraes. Marcel cobrou no quadrante 15 e empatou a partida: 2a2.

Com a vantagem numérica no número de jogadores, a aparente ajuda da arbitragem, a igualdade no marcador e o apoio que passou a vir das arquibancadas, o Vasco passou parecer acreditar que a virada aconteceria, afinal, "o Vasco é o time da virada". E no minuto seguinte ao gol de empate, Éder Luís teve a chance de marcar quando recebeu passe de Fágner, mas a finalização de frente com o goleiro Diogo Silva foi para fora. Aos 17 minutos, Carlos Alberto tentou chute de fora da área e Diogo Silva defendeu em dois tempos - na seqüência do lance, Carlos Alberto já gesticulou propondo substituição e deixou o campo aplaudido pela torcida, dando lugar a Enrico. O Vasco teria nova oportunidade aos 23 minutos: Marcel apareceu livre para cabecear e Diogo Silva saltou para encaixar no canto esquerdo.

Percebendo que o momento lhe era adverso, Josué Teixeira efetuou duas substituições no Nova Iguaçu: aos 28 minutos, saiu Mossoró para a entrada de Maylhor; e aos 32 minutos foi a vez de Uallace dar lugar para William Barbo. 3 minutos após essa segunda alteração, o "Laranja da Baixada" chegou ao 3º gol através do próprio William: ele recebeu pelo lado esquerdo, dominou e ajeitou com o lado externo do pé e concluiu o lance com um chute cruzado. Bonito gol, em jogada característica do futebol de salão.

Na tentativa de chegar mais uma vez ao empate e amenizar a ira da torcida, o Vasco da Gama se lançou ao ataque e, se por um lado criou oportunidades, por outro levou alguns sustos nos contra-ataques do Nova Iguaçu. A melhor chance vascaína aconteceu aos 50 minutos, quando Diogo Silva conseguiu realizar grande defesa ao espalmar chute de Enrico que tinha o endereço do canto esquerdo. Um minuto antes, Ramón deu um pontapé em Amaral e poderia ter ido para o vestiário mais cedo. Mas acabou permanecendo até o apito final, compartilhando o vexame com os companheiros.

Um 0a0 Sob Medida Para Sampdoria E Juventus

Numa partida de poucas emoções e muitos cartões, o placar de 0a0 no estádio Comunale Luigi Ferraris refletiu bem o que foi o jogo disputado entre Sampdoria e Juventus, pela Série A do Campeonato Italiano.

O ponto conquistado em Gênova coloca a Juve no limite da zona das competições européias, na 6ª colocação com 35 pontos. Já a Samp aparece oito pontos e três posições abaixo, mas com um jogo a menos que a "Vecchia Signora".

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

Antes da bola rolar, árbitros e jogadores ficaram em torno do círculo central prestando um minuto de silêncio. Parecia que estavam anunciando a morte do futebol, já que a partida entre Sampdoria e Juventus foi muito mais combativa do que criativa, repleta de entradas duras e escassa de lances de ataque. Para se ter uma idéia, a primeira vez que um dos goleiros tocou na bola foi aos 31 minutos, quando Gianluca Curci fez bonita defesa saltando ao canto esquerdo para segurar uma bola cabeceada por Leonardo Bonucci. Gianluigi Buffon, por sua vez, foi para o vestiário sem sujar as luvas.

Se não haviam finalizações, o jogo teve fatos raros: logo com 1 minuto de partida, o francês Armand Traoré deixou o campo sendo substituído por Fabio Grosso. Dez minutos depois, foi a vez de Stefano Lucchini sair para a entrada de Pietro Accardi: Lucchini deixou o campo na maca após levar cotovelada do braso-italiano Amauri, que usava uma máscara de proteção quando na verdade pareciam ser seus oponentes aqueles que deveriam estar com equipamentos de segurança.

Houve bola na rede aos 33 minutos, mas o chute de Simone Pepe para o fundo do gol da Sampdoria rendeu ao juventino um cartão amarelo: é que o árbitro Paolo Valeri havia apitado marcando um toque de mão do jogador.

O jogo ficou ligeiramente melhor na etapa complementar (talvez porque o visto antes do intervalo fosse o limite da falta de futebol). Aos 4 minutos, Giorgio Chiellini não conseguiu cortar um chute cruzado e a bola chegou limpa em Giampaolo Pazzini que, livre, chutou à direita do gol defendido por Buffon, desperdiçando chance clara de abrir o placar.

O sérvio Milos Krasic, que vez ou outra conseguia emplacar uma jogada pelo lado direito, acabou sendo substituído aos dez minutos, entrando Alessandro Del Piero. Quatro minutos depois, Pazzini deixou o campo machucado para a entrada de Nicola Pozzi.

Na marca de 19 minutos, Chiellini deu um tranco duro em Federico Macheda (aquele mesmo, emprestado pelo Manchester United à Sampdoria). O lance ocorreu dentro da área e era passível de marcação de pênalti, mas Valeri optou por deixar o jogo seguir, afinal, era "ombro no ombro"...

Aos 21 minutos, Alessandro Del Piero começou a dar sinais de que a Juventus cresceria com sua presença em campo: o camisa 10 avançou pelo lado esquerdo, escapou de Andrea Poli com um drible curto, cruzou à meia-altura mas Simone Pepe não alcançou e a bola saiu pela linha final. Por falar em "presença em campo", Nicola Pozzi ficou dez minutos no gramado: após entrar no lugar de Pazzini, foi substituído para dar lugar ao volante argentino Fernando Damian Tissone. Com essa mexida, Domenico Di Carlo condenava a Sampdoria a passar o resto do jogo se defendendo das investidas juventinas. E as chances apareceram para o "Bianconero". Aos 30 minutos, um corte de Tissone foi providencial para evitar que a bola cruzada da direita por Marco Motta chegasse em Alberto Aquilani, que movimentou o corpo preparando a finalização na pequena área.

Percebendo que o jogo seria de ataque contra defesa, Luigi Del Neri, treinador ex-Sampdoria, trocou Aquilani pelo meio-campista uruguaio Jorge Andrés Barrios Martínez aos 39 minutos. Aos 43 minutos, Jorge Martínez desceu pelo lado direito, passou para Del Piero, o camisa 10 entrou na área com a bola dominada e chutou parando em defesa de Curci, que rebateu a finalização. Com 45 minutos no cronômetro, Pepe cruzou aberto da esquerda, Martínez ajeitou de cabeça e Amauri finalizou, sendo bloqueado por Luciano Zauri. No minuto seguinte, a oportunidade derradeira caiu nos pés do craque - mas Del Piero acabou isolando por cima do travessão quando recebeu livre na área, mostrando que era mesmo um dia para não sair do 0a0.

Outros resultados

Sábado

Palermo (7º) 1a0 (19º) Brescia
Parma (12º) 2a0 (16º) Catania
Roma (3º) 3a0 (10º) Cagliari

Domingo

Udinese (8º) 3a1 (5º) Internazionale
Chievo (14º) 0a0 (15º) Genoa
Bologna (13º) 3a1 (4º) Lazio
Fiorentina (11º) 1a1 (17º) Lecce
Bari (20º) 0a2 (2º) Napoli

Completam a rodada Milan e Cesena, que se enfrentam a partir das 17:30h desse domingo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Bahia Se Impõe, Vence América Mineiro E Chega Pela Primeira Vez Numa Final De Copa São Paulo

Jogando melhor que o mesmo adversário para o qual foi derrotado na estréia (1a0, pelo grupo R), o Bahia conseguiu um feito histórico: com a vitória por 2a1 sobre o América Mineiro, tornou-se a primeira equipe nordestina a garantir vaga na final da competição desde que a Copa São Paulo de Juniores começou a ser disputada, em 1969.

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

O "Tricolor de Aço" começou bem a partida, conseguindo criar chances em chutes de fora da área e em jogadas de penetração. A mais aguda delas aconteceu aos 28 minutos: após cruzamento feito a partir do lado esquerdo, Brendon apareceu na pequena área e completou desviando por cima do travessão. Era o prenúncio de que o placar seria logo inaugurado: aos 30 minutos, Mádson entrou na área e lá foi derrubado por Bryan. O próprio Mádson foi para a cobrança e estufou o quadrante 11 para fazer 1a0.

Porém, em lance isolado, o América Mineiro chegou ao empate aos 36 minutos: Fred recuperou a posse de bola no campo de ataque, avançou, Jaílson se apresentou pela direita, Fred insistiu na jogada individual e capou o chute. Eis que a bola acabou chegando em Caleb, que com uma finalização rasteira no canto direito deixou tudo igual no placar.

Com 42 minutos, Fábio avançou pelo lado direito, escapou de dois marcadores e colocou a bola dentro do gol. Mas o assistente Ânderson José Moraes Coelho teve grande poder de percepção ao observar que a bola entrou pela rede externa, alertando corretamente o árbitro.

O Bahia voltou do intervalo colocando pressão na equipe mineira. Brendon, em menos de dois minutos, descolou duas finalizações - a primeira saindo à esquerda e a segunda passando à direita da meta defendida por Matheus.

Apesar de tantas investidas, o gol de desempate sairia em lance raro. Na realidade, não diria raro de acontecer, mas raríssimo de ser assinalado pela arbitragem. Aos 18 minutos, Sérgio Soares da Rocha parou o jogo e marcou "tiro livre indireto" dentro da área americana. Motivo? O goleiro Matheus ter ficado por mais de seis segundos com a bola em seu domínio manual. E a cobrança baiana foi realizada com sucesso: Mádson recebeu o passe curto e chutou cruzado, no canto direito, marcando seu segundo gol no jogo e recolocando o Bahia em vantagem no marcador.

Cinco minutos depois, a troca do volante Washington pelo meia João Darcy dava sinais de que o "Coelho" viria para cima na busca pelo empate. Talvez temendo por isso, o Bahia veio a mexer seis minutos mais tarde, trocando o meia Brendon pelo zagueiro Carioca, o que achei precipitado (para não dizer estúpido, pois Brendon era uma das figuras que mais aparecia no campo de ataque).

Mas o domínio territorial do Bahia era amplo, só permitindo ao América três chances de empatar: aos 32 minutos, Fred dominou no peito e, sem deixar a bola quicar, chutou para fora, à direita; aos 44 minutos, Rentería deu um chute colocado mas fraco o suficiente para o goleiro Renan chegar na bola e defender tranqüilamente no canto direito; e a melhor delas aconteceu na marca de 46 minutos, quando Hindian (que entrou dois minutos antes no lugar de Rentería, em substituição que poderia ter sido feita antes) apareceu no lado direito da área para finalizar para fora após uma bola alçada da esquerda em lance de bola parada.

O apito derradeiro no estádio Professor Luiz Augusto de Oliveira colocou o Bahia como adversário do Flamengo na disputa pelo título na terça-feira, no Pacaembu, naquela que será uma final inédita de Copa São Paulo de Juniores.

Flamengo Garante Vaga Na Final Da Copa SP Nos Pênaltis

Após duelo sem gol no tempo regulamentar, o Flamengo precisou da disputa por pênaltis para superar o Desportivo Brasil e garantir, pela segunda vez, uma vaga na decisão da Copa São Paulo de Juniores (o clube foi campeão em 1990, ganhando da Juventus).

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

Num gramado de estado lamentável (mais parecendo um pasto com intensos sinais de processos erosivos do que um campo para a prática do futebol), a partida entre Flamengo e Desportivo Brasil foi bastante disputada. Chutes de fora da área eram as principais chegadas de ambos os times.

O cenário melhoraria para o Rubro-Negro Carioca após a entrada de Rafinha no lugar de Maicon, aos 6 minutos do segundo tempo, em substituição que havia dado certo na partida anterior (uma vitória por 6a2 sobre o Coritiba, na fase de quartas-de-final). Uma enfiada de bola para Lucas que o goleiro interceptou aos 15 minutos e um cruzamento consciente que terminou num cabeceio para fora aos 31 minutos foram duas das belas jogadas de Rafinha. Outro a ter atuação destacada era Adryan, que se movimentava bastante e aparecia dando passes ou mesmo finalizando.

A grande chance da equipe do Desportivo Brasil aconteceria em contra-ataque veloz aos 42 minutos: Luan (que entrou em campo seis minutos antes) foi acionado na esquerda, avançou escapando da marcação na base da velocidade, cruzou na área e Gladstone chegou nela de carrinho mas mandou à esquerda da meta. Por falar em Gladstone, o camisa 5 do Desportivo Brasil foi vítima em uma cena inusitada: aos 19 minutos, Muralha o atingiu com uma solada (difícil garantir se foi proposital) e Gladstone caiu no gramado sentindo dores. Vieram os maqueiros encaminhá-lo para fora do campo e um deles, na tentativa de levantar o jogador, acabou caindo com as nádegas em cima do rosto do atleta. Passado o "susto", o jogador retornou ao campo e quase conseguiu marcar o gol da vitória, como citado anteriormente.

Excetuando esse lance pouco mais duro de Muralha em Gladstone, o jogo foi limpo. O árbitro sequer precisou tirar o cartão amarelo do bolso, algo admirável tratando-se de uma semifinal de campeonato.

Na disputa por pênaltis, o Desportivo Brasil conseguiu a proeza de não marcar um único gol: Diego (chute por cima do travessão), Dellatorre (defesa do goleiro César) e Luan (chute por cima do travessão) foram os autores dos desperdícios. O Flamengo também perdeu uma cobrança, e justo a inaugural (Thomas isolou mandando por cima do travessão), mas conseguiu converter as outras três: Adryan (que mandou no meio do gol e viu a bola ser espalmada antes de entrar devagarzinho), Ânderson (que mandou bola no canto esquerdo enquanto o goleiro foi para o lado direito) e o capitão Frauche (cenário semelhante ao de Ânderson) marcaram os gols da classificação que garante a segunda presença flamenguista na final da Copa São Paulo de Juniores, 21 anos depois da primeira.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fluminense Começa 2011 Como Terminou 2010: 1a0

Dando seqüência à rodada dupla de quinta-feira no Engenhão (mais cedo jogaram Botafogo e Duque de Caxias), o Fluminense passou por momentos adversos (tomando pressão do adversário e ficando por cerca de 20 minutos com um jogador a menos) mas acabou contando com um gol de Fred e com a própria trave para garantir a vitória por 1a0 sobre o Bangu. Foi o mesmo placar do triunfo tricolor na última vez em que atuou no estádio, em partida que será recordada por gerações de torcedores da equipe.

O jogo

O Fluminense começou a partida com maior volume de jogo, criando algumas chances. Mas foi o ataque banguense que conseguiu os principais lances da primeira etapa: com um time ágil nos contra-ataques e demonstrando talento nas tentativas de jogadas individuais, o Alvirrubro da Zona Oeste passou a pressionar o Tricolor das Laranjeiras (por pelo menos duas vezes tendo ficado perto de abrir o placar, sem contar o lance em que me pareceu haver pênalti a favor dos banguenses, negado pelo árbitro Péricles Bassols). Um chute de Ricardinho aos 37 minutos, por exemplo, passou muito perto da trave esquerda. Pouco depois, Ricardo Berna precisou agir rápido para interceptar uma enfiada de bola buscando Somália.

A preponderância do Bangu ocorria dentro e fora das quatro linhas: no Setor Norte do Engenhão, torcedores botafoguenses que decidiram permanecer no estádio apoiavam o time com fervor, silenciando a torcida tricolor (que, embora em maior número, não conseguia responder à altura). Aos 38 minutos, Souza cometeu nova falta e foi expulso pelo segundo cartão amarelo. O apito de intervalo parece ter vindo em boa hora para o Fluminense: Muricy Ramalho teria um tempinho para tentar reordenar a casa.

Durante o intervalo, a torcida do Fluminense manifestou-se de uma forma não vista em momento algum no primeiro tempo. Washington, atacante recém-aposentado, saudou os torcedores e foi ovacionado com cânticos como "Coração Valente, guerreiro tricolor... Washington é matador" e um emocionante "Ô ô ô... ô ô ô ô... muito obrigado".
Washington teve duas passagens pelo Fluminense: aposentado, foi homenageado pelos tricolores no estádio Olímpico João Havelange, local onde conquistou o Campeonato Brasileiro 2010.

Lá dos vestiários os jogadores não devem ter conseguido ouvir esse bonito momento que ocorria no gramado, mas parece que a ocasião contagiou o Fluminense, que veio forte para a etapa complementar e passou a controlar a partida. Em 17 minutos, Muricy já havia realizado as 3 substituições a que tinha direito: Júlio César por Carlinhos, Mariano por Marquinhos e Deco por Rodriguinho. Vale colocar que, aos 12 minutos, o zagueiro Raphael foi expulso de campo também pelo segundo cartão amarelo, reestabelecendo a igualdade numérica entre os times.

Na volta da parada técnica (tempo de 60 segundos concedido por volta dos 21 minutos), Gum completou de cabeça uma cobrança de escanteio e mandou a bola perto da trave direita. A resposta banguense foi ainda mais contundente: Thiago Galhardo apareceu na área completando de cabeça uma bola cruzada e mandou no travessão tricolor.

Com 27 minutos, nova chance do Bangu: Pipico escapou de três adversários, chutou e Ricardo Berna evitou o gol que abriria o placar. Aos 36 minutos, o gol do jogo: Tartá carregou a bola pela esquerda, cruzou no segundo pau e a bola encontrou-se com o goleador Fred, que com um cabeceio no contrapé de Thiago Leal conseguiu tirar o zero do placar.

Abatido com o gol sofrido, por pouco o Bangu não concedeu o segundo: aos 42 minutos, Fred cobrou falta pela esquerda e só não estufou a rede mais uma vez porque Thiago realizou grande defesa, espalmando o chute.

Reação Alvinegra Começa Nas Arquibancadas

O detentor do título estadual estreou com vitória no Rio de Janeiro. Atuando no estádio Olímpico João Havelange, a equipe do Botafogo foi para o intervalo perdendo por 1a0 para o Duque de Caxias - placar que persistiu até os 33 minutos do segundo tempo - mas num intervalo de 5 minutos conseguiu os dois gols que lhe deram a vitória na abertura de uma rodada dupla que contou também com a vitória do Fluminense sobre o Bangu (1a0).

O jogo

Na quente tarde no bairro do Engenho de Dentro, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, Botafogo e Duque de Caxias faziam uma partida sem grandes emoções. Eram poucas as chegadas perigosas ao ataque, destacando-se um chute de Ari, que não entrou porque Jéfferson realizou grande defesa no canto esquerdo. Se faltavam emoções ao jogo, o árbitro Marcelo de Lima Henrique tratou de dar sua "contribuição", flagrando o braço de Lucas em Geovane Maranhão e marcando pênalti a favor do Duque de Caxias. A cobrança de Somália nem foi das melhores, mas a bola estufou o quadrante 7 e inaugurou o marcador aos 40 minutos.

Com 3 zagueiros, 2 volantes e pouquíssima criatividade, Joel Santana mexeu no time durante o intervalo: saíram João Filipe e Guilherme para as entradas de Bruno Tiago e Alex. Mais leve e arisco, o Botafogo passou a dominar a partida e a criar chances. Mas o que efetivamente mudou o panorama do jogo dentro das quatro linhas teve influência direta das arquibancadas: é que a torcida do Fluminense, que chegava ao Engenhão no aguardo do jogo de fundo, passou a gritar no Setor Leste do estádio e imediatamente arrancou reações dos alvinegros. Houve provocações entre os clubes e, o mais importante, incentivos ao time que até aquele momento perdia a partida. Empurrados pelos gritos e cânticos que enfim preenchiam o campo de jogo, os jogadores conseguiram a virada em um intervalo de cinco minutos.

Aos 33 minutos, um bate-rebate danado na área caxiense terminou com um chute forte de Caio estourando na marcação de Lugão, que no entender de Marcelo de Lima Henrique colocou a mão intencionalmente na bola: pênalti. Sebastián "El Loco" Abreu cobrou alto, no meio, mandando a bola no travessão e na rede. Comemorou seu primeiro gol na temporada pegando a redonda e levando consigo para a reposição da bola em jogo.

A alegria botafoguense se intensificou e o segundo gol não tardou em vir: aos 37 minutos, "Loco" Abreu tocou atrás para Renato Cajá e o meia deu belo passe para Caio, que apareceu em liberdade pelo lado direito e virou o placar com um chute firme, sem chances para Erivélton.

A torcida naquela altura era pura euforia. E o time, deixando as arquibancadas guiarem-no, seguiu atacando na busca pelo terceiro gol. Mas o apito final soou e o placar ficou mesmo 2a1. Como na seqüencia havia Bangu e Fluminense, alguns botafoguenses permaneceram no estádio para fortalecer os incentivos ao Alvirrubro da Zona Oeste. Afinal, a festa não pode parar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E Segue A Segunda Rodada Do Paulista

Além dos jogos citados pelo blog, o Paulista seguiu com boas opções de partida para quem gosta do futebol do interior.

Em Campinas, a Ponte Preta surpreendeu negativamente e mostrou que se não se acertar, ano que vem temos clássico contra o Guarani na A2. Um jogo lastimável por parte da Macaca ocasionou em uma partida de pura disciplina e oportunismo da parte do Mogi Mirim. O Sapão venceu por 2 x 0, mostrando que tem muito a crescer na competição, e jogou o time de Campinas para o fundo da tabela.

Em São Paulo, a Portuguesa alcançou o primeiro triunfo. Kempes marcou o único gol da partida contra o bom time do Oeste de Itápolis, colocando a Briosa junto ao time do interior na classificação. Jogo que mostrou que os 2 times têm totais chances de avançar na competição.

Quem não dá perspectiva nenhuma de ânimo é o São Caetano. Jogando em casa perdeu para o Americana por 1 x 0, em uma falha bisonha do goleiro Luiz em cobrança de falta de Élton. O time do ABC está também amargando o fundo da tabela com 2 derrotas em 2 jogos, e o pior... para 2 times do interior que teoricamente não têm nada a dar em critério de perigo no campeonato.

O melhor jogo entre times do interior foi Santo André 1 x 1 Linense. Não interprete isto como um jogo em que o Santo André demonstrou incapacidade. Pelo contrário, o Ramalhão mostrou que pode chegar pela sua solidez dentro de campo. Porém, o Linense mostrou que o jogo contra o Santos foi atípico e só não levou 3 pontos pra casa porque Juan fez um golaço para o Santo André aos 48 do segundo tempo. Uma bela partida.

O que apenas lamentamos é que 2 destes jogos foram com os estádios fechados (em São Caetano e em Santo André). Culpa da displicência da federação paulista em impôr regras e condições nas vésperas dos jogos, impossíveis de serem realizadas em tempo hábil dependendo da cidade. Esperamos que a partir da 3ª rodada todos os 20 estádios estejam em condições de receber partidas, e o público, que é o maior patrimônio do futebol, possa torcer por seu time do coração sem problemas.

(Lançado por Soham mas de autoria de Lucas Vinícius)

Corinthians Não Consegue Mais Que Um Empate Em Bragança Paulista

O torcedor corinthiano, assim como os jogadores, falam que o time não está com a cabeça mais no Paulista.

Eu particularmente vi um Corinthians bem centrado na partida de ontem, correndo como nunca pela vitória e se empolgando com os lances da partida.

Ao que parece o empate foi realmente o máximo que o Corinthians tiraria na noite de ontem do Bragantino em quaisquer circunstâncias.

O time de Bragança, que fez uma boa jogada de marketing, contratando um show sertanejo para antes da partida, proporcionou um estádio lotado de torcedores a seu favor, o que é raro hoje em dia nos estádios do interior.

O Nabi Chedid virou um caldeirão, literalmente falando pois as arquibancadas ficam muito próximas, quase em cima do banco de reservas, e a pressão da torcida deu resultado. O Bragantino apresentou um volume de jogo de quem veio para brigar pra chegar muito longe no campeonato.

Envolveu a defesa do Timão várias vezes, e imprimiu velocidade pelos lados que causou um trabalho tremendo aos laterais corinthianos. Em um lance pela direita, por exemplo, saiu o gol. Nas costas de Roberto Carlos, Júlio César cruzou forte e rasteiro para a área. Chicão tentou cortar mas matou o goleiro Júlio César e provocou o primeiro gol contra do campeonato.

E é aí que digo que o Corinthians estava sim com a cabeça totalmente no Braga. Brigando sorrateiramente por cada bola, o Timão conseguiu o empate em um cruzamento de Moacir para o sempre salvador Jorge Henrique.

No segundo tempo o Bragantino jogava com ares de quem enfrentava um time muito mais fraco. Não respeitava o Timão, causava lances de efeito, e perdeu gols impressionantes.

Custaram 2 pontos. Nem a entrada de Finazzi na segunda etapa tirou o placar do que já estava.

O Timão volta sábado ao Pacaembu para enfrentar o Noroeste. Agora sim podemos afirmar que o Tolima já está na cabeça dos jogadores do Parque São Jorge. Mesmo assim tem a obrigação de vencer, até porque terminará esta rodada um pouco longe da ponta.

O Bragantino joga sábado contra o Santo André, novamente em Bragança. Pela campanha até o momento do Ramalhão, a vitória também deverá ser obrigação do Braga.

(Lançado por Soham mas de autoria de Lucas Vinícius)

Vitória Santista Com Gosto De "Não Se Vá..."

O torcedor santista viveu 2 sentimentos interessantes ontem. O primeiro é ver seu time misto atropelando mais um adversário. Elano voltando e organizando o meio campo, Adílson com o total controle da equipe e do adversário nas mãos e a alegria de ver seu time novamente visitando o Pacaembu.

Ao mesmo tempo bateu o sentimento de saber que o promissor Maykon Leite seria o atacante que o time da Vila precisaria para toda a temporada e talvez para as próximas. Seria... pois prematuramente o atacante assinou um pré contrato com o Palmeiras para o meio do ano.

E foi interessante ver expressões de dúvidas durante o gol do garoto. Comemoro ou não comemoro? Peço pra ficar ou mando sair?

Um dilema atrapalhado pela emoção do santista apaixonado, que só não se tornou um dilema homérico pois Zé Eduardo também estava arrasador.

Fez 2 gols no segundo tempo, sendo o último um golaço, e fez o torcedor pensar que ao menos não ficaria completamente órfão com a saída de Maykon Leite. O Santos está bem servido.

E nunca é tarde pra lembrar: Ganso e Neymar vêm vindo...

(Lançado por Soham mas de autoria de Lucas Vinícius)

São Paulo 3a0 São Bernardo - Só Aquecendo...

O torcedor que foi ao Morumbi esperando a emoção de uma partida... se decepcionou. Mas o torcedor que foi ao Morumbi esperando uma vitória do seu time sem sustos... este sim saiu satisfeito. Isto porque o São Paulo não deu a mínima chance ao São Bernardo. Em nenhum momento os espectadores da partida ousariam apostar que o time do ABC aprontaria das suas no Morumbi.

Logo aos 3 minutos de jogo Marlos deixou Dagoberto em condição de efetuar um chute despretensioso que morreu no cantinho do goleiro Marcelo Pitol.

Lance que assustou o São Bernardo. Parecia que toda a motivação que o time do ABC teria ao entrar em campo havia fugido desesperadamente. E se alguma motivação ainda houvesse, ela seria eliminada por Dagoberto.

Inspiradíssimo, endiabrou a defesa do adversário, obrigou Marcelo Pitol a trabalhar muito, e a rezar muito como em um chute que cara a cara com o goleiro, chutou por cobertura e viu a bola triscar a trave.

E se não bastasse apenas os lances de Dagoberto, a velocidade implantada por Ilsinho pela direita preocupava muito o adversário do Tricolor.

Mesmo assim o São Bernardo nada pôde fazer quando Ilsinho avançou e cruzou para trás. Marlos estava lá para completar para o gol.

Como um time de garotos, mas experiente que é, o Tricolor voltou para o segundo tempo com o pé no freio. Até que freou demais.

O São Bernardo, dentro de suas limitações, passou a gostar do jogo, e protagonizou bons minutos da segunda etapa jogando no ataque e recuando o time da casa. Até que Carpeggiani decidiu trocar. Além de Xandão, Fernandinho entrou.

E entrou pra matar a partida. Enfrentando a já cansada defesa adversária, penetrou com rapidez na área e tocou por baixo das pernas do goleiro.

O São Bernardo volta pra sua próxima cidade com 1 vitória e 1 derrota na competição. E a vantagem de já ter deixado um grande para trás. Mostra novamente a que veio no campeonato em uma partida dura no domingo: Paulista em Jundiaí.

O São Paulo tem 2 dias para descansar pois no sábado tem a chance de deslanchar. Pega a desacreditada Ponte Preta no Morumbi novamente. E se o time de Campinas deixar... a impressionante velocidade do meio campo do tricolor vai encobrir a duvidosa defesa de Campinas.

(Lançado por Soham mas de autoria de Lucas Vinícius)

Flamengo Estréia No Estadual 2011 Vencendo Volta Redonda

Não foi uma exibição empolgante, mas a vitória por 2a0 sobre o Volta Redonda, no estádio Olímpico João Havelange, fez a alegria dos flamenguistas na estréia da equipe na temporada 2011, pelo Campeonato Estadual. Vander (a bem da verdade o gol marcado aos 40 minutos do primeiro tempo não foi exatamente dele) e Wanderley (que não forma com o primeiro uma dupla sertaneja) tiveram seus nomes na súmula do árbitro Pathrice Maia, que conduziu o jogo sem maiores transtornos, aplicando somente um cartão amarelo (para Fabinho, do Volta Redonda, aos 38 minutos da etapa complementar).

O jogo

Flamengo e Volta Redonda ensaiavam algumas tramas de jogadas, mas a falta de ritmo de jogo era perceptível e determinante para a repetição de erros de passes que acabavam dificultando a penetração na defesa adversária. Para que os goleiros fossem acionados, cada time tratou de mandar um chute de longa distância: Mauro Mestriner defendeu em dois tempos uma finalização forte de Renato Abreu enquanto Felipe rebateu remate de Lopes, que vestia a camisa 35 em referência ao próximo aniversário do clube (em 9 de fevereiro o "Voltaço" completará 35 anos de fundação).

A impressão de que as equipes iriam zeradas para o intervalo foi desfeita aos 40 minutos: Vander desceu pelo lado direito, pedalou diante da marcação de Radamés, deixou o adversário pra trás, tocou de lado e o zagueiro Padovani acabou fazendo o resto do trabalho, mandando contra o próprio patrimônio. Liga não, Padovani, nessa mesma noite o zagueiro Chicão, do Corinthians, também não foi feliz ao tentar interceptar um lance de ataque do Bragantino pelo Campeonato Estadual de São Paulo.

Na volta para o segundo tempo, a simples presença de Gláuber no lugar de Lopes parece ter aumentado significativamente a movimentação do Volta Redonda. O gol de empate somente não ocorreu porque o goleiro Felipe conseguiu praticar duas grandes defesas: a primeira saltando no canto direito e espalmando de mão trocada; e a segunda caindo no canto esquerdo para bloquear cabeceio do zagueiro Ávalos, após cobrança de escanteio originada exatamente naquele lance anterior.

Vanderlei Luxemburgo - que, na quente noite de verão carioca, abriu mão do terno para usar um traje menos calorento - promoveu duas substituições simultâneas aos 12 minutos: saíram o chileno Gonzalo Fierro e o atacante Deivid para as entradas de Marquinhos e Wanderley. E, 3 minutos depois de entrar em campo, o xará do treinador apareceu para completar de cabeça um cruzamento de Leonardo Moura e colocar 2a0 no placar.

A partida que já não apesentava muitas variações de jogadas rumou ao apito final em ritmo mais lento. Aos 45 minutos, ecoou um terceiro grito de gol rubro-negro no estádio. Mas era um alarme falso, pois o chute de Marquinhos estufou a rede pelo lado externo. Nada que impedisse a alegria dos torcedores e que tirasse o sorriso dos rostos de Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, figuras presentes num camarote e que foram por diversas vezes flagradas pelas câmeras televisivas. Aliás, a alegria rubro-negra começou antes de a bola rolar, pois mais cedo, em São Januário, o Vasco foi derrotado pelo Resende (1a0).

Os próximos compromissos de Flamengo e Volta Redonda na Taça Guanabara estão marcados para sábado: América e Boavista, que empataram entre si por 1a1 na primeira rodada, serão os respectivos adversários.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que Comece O Campeonato Carioca 2011!

Terá início nessa quarta-feira o Campeonato Carioca 2011, disputado por 16 clubes distribuídos em dois grupos. Com o tradicional formato onde a final estadual é jogada em ida-e-volta entre o campeão da Taça Guanabara e o campeão da Taça Rio (em 2010 o vencedor de ambos os torneios foi o Botafogo, o que dispensou a realização desses jogos), o Estadual promete fortes emoções até o jogo derradeiro, seja ele quando for. O que sabemos é que o troféu será erguido no estádio Olímpico João Havelange, vulgo Engenhão, o que é um fato inédito. O estádio Jornalista Mário Filho, vulgo Maracanã, é hoje um autêntico canteiro de obras se preparando para a Copa do Mundo em 2014 e, antes disso, a Copa das Confederações em 2013.

Essa postagem analisa todos os clubes, dividindo-os nos dois grupos sugeridos pelo regulamento e dando a eles uma seqüência em ordem alfabética. Bom proveito e que tenhamos um bom campeonato, onde reine a paz nas arquibancadas e o espetáculo nos gramados.

Grupo 1


América

O "Mequinha" vem para o Estadual 2011 com modificações dentro e fora das quatro linhas. Edu Coimbra, um dos maiores ídolos da história do clube, assume o cargo de diretor técnico. O treinador da equipe passa a ser Gílson Gênio, em substituição à Artur Bernardes. Entre os jogadores, um nome que participou do título na Série B estadual em 2009 retorna ao clube dois anos depois: é Diguinho, meio-campista que pertence ao Botafogo e que na temporada passada também vestiu a camisa do Atlético Goianiense. Se o goleiro Luís Cetim acertou com o Vila Nova, o América tratou de trazer Marcos Leandro para a posição. Um (sobre)nome conhecido do futebol carioca e que também teve passagem pelo Botafogo é o de Felipe Adão, uma das maiores esperanças de gols dos alvirrubros.

Provável time-base: Mota; Édson, Luiz Antônio, Ronan e Felipe Assis; Rodolpho Fukamati, Ives, Leandro e Diguinho; Felipe Adão e Gustavo Corrêia.

Pitaco do blogueiro: a equipe (considerada o "2º time" de muitos cariocas) tem todo o direito de sonhar com uma vaguinha para a fase semifinal de algum dos turnos, mas será difícil surpreender a esse ponto. Por outro lado, parece que o time não deverá enfrentar problemas para se manter na primeira divisão, onde teria como uma meta atingível a disputa da próxima edição da Copa do Brasil.

Americano

Desde a queda de Eduardo Vianna (o "Caixa D'água"), o Americano passa longe de ser aquele clube que incomodava os grandes. Alguns dos nomes trazidos para essa temporada são o lateral/meia Flávio Medina, o meia Wellington Jacaré, os zagueiros Carlão (passagens por Flamengo e Vasco) e Élson, além dos atacantes Vandinho e Diego. O treinador Paulo Marcos teve a baixa do zagueiro Nirley (revelação do clube), que decidiu deixar a equipe e procurar uma nova agremiação.

Provável time-base: Jéfferson; Jéfferson Capixaba, Élson e Carlão; Catatau, Índio, Guaçuí, Wellington Jacaré e Ayrton; Diego e Felipe.

Pitaco do blogueiro: não gosto da história do Americano (será difícil esquecer os tempos do "Caixa D'água", que descanse em paz), acho tenebroso o gramado do estádio Godofredo Cruz e acho que o "Cano" pode fazer um favor ao futebol carioca se conseguir o rebaixamento nesse ano. Com todo o respeito aos torcedores, claro.

Boavista

Contando com o retorno de diversos nomes emprestados ao Duque de Caxias (casos dos zagueiros Gustavão e Pessanha, do lateral Paulo Rodrigues, dos volantes Thiaguinho e Roberto Lopes e do atacante André Luís), o Boavista conseguiu também acertar com atletas de nome conhecido no futebol nacional, como por exemplo Erick Flores (ex-Flamengo) e Joílson (que passou por Botafogo, São Paulo e Grêmio). Mas o que seria a contratação mais badalada (ainda) não aconteceu: o italiano Christian Vieri, figura de renome internacional, é especulado na equipe de Saquarema. O treinador da equipe é Alfredo Sampaio, vice-campeão estadual com o Madureira e com passagem também pelo Vasco.

Provável time-base: Thiago Schmidt; Gustavão, Pessanha e Santiago; Joílson, Thiaguinho, Roberto Lopes, Tony Carvalho e Paulo Rodrigues; André Luís e Frontini.

Pitaco do blogueiro: deverá desempenhar um papel de respeito, tentando um lugar na próxima edição da Copa do Brasil.

Flamengo

Com as vindas de Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, os flamenguistas já sacodiram a poeira do decepcionante ano de 2010 e voltaram a pensar alto na possibilidade de novas conquistas. Outro meio-campista trazido pelo clube foi o argentino Dario Bottinelli, que deixou boa impressão ao anotar bonito gol de falta na vitória por 2a1 em amistoso com o América Mineiro. O polêmico goleiro Felipe (ex-Corinthians e vindo do português Braga) chega carregando consigo a expectativa de resolver os "problemas no gol". Resta torcer para que não lembre o camisa 1 anterior no que tange aos assuntos extra-campo.

Provável time-base: Felipe; Léo Moura, David, Ronaldo Angelim e Egídio; Maldonado, Willians, Bottinelli, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho; Deivid.

Pitaco do blogueiro: o próprio time-base acima posto pode sofrer variações. Diz-se que o Flamengo corre atrás de um lateral esquerdo (após a saída de Juan, parece que o retorno de Egídio não inspirou confiança), isso sem esquecer que Renato Abreu pode jogar naquela posição. Com Ronaldinho em campo (em forma parece que ele está, restando saber quando atuará), é um time com potencial para ganhar dando espetáculo. Aliás, será um time. A tarefa de Vanderlei Luxemburgo é, inicialmente, transformar esse grupo num time.

Nova Iguaçu

Clube que se orgulha por ter revelado jogadores como Schwenck, Marcos Denner, Deivid e, mais recentemente, Aírton (ex-Flamengo e atualmente no Benfica, de Portugal), o "Laranja da Baixada" vem novamente apostando na prata da casa, campeão de juniores na Taça Otávio Pinto Guimarães. A tarefa de comandar a molecada ficou para Josué Teixeira, que já treinou Flamengo e Fluminense.

Provável time-base: Diogo Silva; Felipe Foca, Leonardo Luiz, Naylhor e Bruno Cortês; Amaral, Paulo Henrique, Marcos Vinícius e Alex Faria; Maycon e Lukian.

Pitaco do blogueiro: gosto do investimento nas divisões de base e creio que aí está a semente para um crescimento no clube. Mas não acho que o Nova Iguaçu tenha mesclado muito bem os garotos da base com atletas "já formados", o que talvez deixe a equipe de fora da disputa por uma vaga na Copa do Brasil, que poderia ser uma meta mais próxima.

Resende

Contando com o experiente treinador Paulo Campos (que esteve no Fluminense e foi auxiliar de Vanderlei Luxemburgo), a equipe do Sul Fluminense trouxe contratações modestas. Um dos nomes mais conhecidos é o do atacante Alexsandro, que retorna à equipe após uma experiência no Botafogo, seu time do coração.

Provável time-base: Eduardo; Wellington, Ânderson Conceição, Rogério e Kim; Leonardo, Gabriel, Valdeir e Marcel; Alexsandro e Fábio Penchel.

Pitaco do blogueiro: sabe a Cabofriense? Então, tá aí um concorrente (dá uma lida lá que você vai entender).

Vasco

Se alguns meios de comunicação midiáticos davam conta de que PC Gusmão não permaneceria no "Cruzmaltino", o treinador está aí, dirigindo o time para essa temporada 2011. A manutenção dele e de figuras como Carlos Alberto e Felipe talvez seja o principal reforço para a equipe (isso sem esquecer de um dos destaques do Brasileirão 2010, o zagueiro Dedé). Dos contratados, os nomes mais comentados são os de Eduardo Costa (com passagem pela seleção brasileira) e o do atacante Misael, de 23 anos, vindo do Ceará. O lateral-esquerdo Márcio Careca, que começou 2010 no Vasco e terminou no Guarani, está de volta.

Provável time-base: Fernando Prass; Fágner, Ânderson Martins, Dedé e Ramón; Eduardo Costa, Rômulo, Felipe e Carlos Alberto; Éder Luís e Marcel.

Pitaco do blogueiro: sem ganhar a competição desde 2003, o Vasco tem a chance de repetir o Botafogo, que em 2006 voltou a faturar o Estadual depois de 8 anos de jejum. Acho que o destino do time está muito vinculado ao rendimento da dupla Felipe-Carlos Alberto, sobretudo deste último. Vejo-o um pouco atrás dos outros 3 "favoritos", mas com um elenco mais forte do que aquele que foi vice-campeão na Taça Guanabara 2010.

Volta Redonda

Um dos primeiros clubes a iniciar preparação para o Carioca 2011, o "Voltaço" abriu os cofres para trazer nomes como os de Jean (atacante com passagens por Flamengo, Fluminense e Vasco), Jonílson (volante que já atuou por Botafogo, Cruzeiro e Vasco) e Radamés (ex-Fluminense e que estava "fazendo dinheiro" no Oriente Médio). O treinador é Márcio Bittencourt, que conseguiu bons resultados quando dirigiu o Corinthians.

Provável time-base: Mauro Mestriner; Thiago Maciel, Ávalos, Fernando Lombardi e Fabinho; Jonílson, Radamés, Gláuber e Lopes; Jean e Tássio.

Pitaco do blogueiro: olhando nome por nome, se o time conseguir um esquema de jogo onde os jogadores consigam render algo perto do seu potencial, o Volta Redonda pode inclusive dar uma canseira nos "quatro grandes". Outro nome forte por vaga na Copa do Brasil 2012.

Grupo 2

Bangu


Pelo vice-campeonato conquistado na Copa Rio 2010, o Bangu obteve o direito de dar as caras na Copa do Brasil 2011. A equipe comandada por Gabriel Vieira tem no habilidoso meio-campista Tiano, de 33 anos, o que pode ser um diferencial para a criação de jogadas. Asprilla (zagueiro, ex-Botafogo) é o nome mais conhecido do sistema defensivo.

Provável time-base: Thiago Leal; China, Raphael Azevedo, Asprilla e Fabiano Silva; André Barreto, Joziel, Thiago Galhardo e Tiano; Somália e Charles Chad.

Pitaco do blogueiro: a pré-temporada banguense aponta para alguns resultados interessantes, como por exemplo as goleadas aplicadas sobre a seleção da Nicarágua (3a0) e sobre a Portuguesa da Ilha do Governador (8a1). Porém, entre uma partida e outra, houve espaço para levar de 7a3 do Paulista. E é algo assim que espero do Bangu: uma campanha irregular, que não o levará a lugar algum (nem pra bem, nem pra mal).

Botafogo

Finalista do Estadual desde 2006 (2010 não porque faturou os dois turnos e dispensou a decisão em ida-e-volta), o Botafogo conta com Joel Santana, considerado por muitos um especialista em Estaduais, para faturar o bicampeonato consecutivo. Se por um lado o clube acabou vendo a saída de Leandro Guerreiro e Marcelo Cordeiro, por outro as chegadas do uruguaio Egídio Raúl Arévalo Ríos e de Márcio Azevedo prometem manter o nível nas posições. Carecendo de um meia-de-ligação diferenciado (Maicosuel não deve atuar nesse Estadual enquanto Lúcio Flávio, negociado com os mexicanos do Atlas, não deverá deixar saudades), o ataque formado pelo uruguaio Sebastián "El Loco" Abreu e pelo argentino Germán Herrera é novamente a maior esperança dos alvinegros. Outros nomes que alicerçam o clube de General Severiano são o goleiro Jéfferson, o zagueiro Antônio Carlos e o volante Marcelo Mattos, invicto com a camisa botafoguense.

Provável time-base: Jéfferson; Lucas, Antônio Carlos, João Filipe e Márcio Azevedo; Arévalo, Marcelo Mattos, Somália e Renato Cajá; Herrera e "Loco" Abreu.

Pitaco do blogueiro: vai disputar o tri da Taça Guanabara, o bi da Taça Rio e, conseqüentemente, o bi do Estadual. É um time semelhante ao que triunfou na edição passada, restando saber se Joel insistirá numa formação cautelosa ou se soltará mais a equipe.

Cabofriense

Com os cofres reforçados pela venda de André ao Dínamo de Kiev, o campeão da Série B estadual em 2010 foi às compras para montar um time para o Cariocão 2011. Houve, porém, alguns inconvenientes na pré-temporada: a equipe se apresentou sem que houvesse um treinador contratado e, quando Ernesto Paulo foi anunciado, não durou duas semanas até ser substituído por Luiz Antônio Zaluar (ex-Americano). Pra piorar, foram quatro partidas na preparação, com um empate, três derrotas e somente um gol marcado.

Provável time-base: Fábio; Schneider, Mateus Hansen, Alysson e Éverton; Marcelo Cardoso, Goéber, Rafael Ueta e Assumpção; Allan Barreto e Alexandre Calango.

Pitaco do blogueiro: se não voltar pra onde veio, deve agradecer.

Duque de Caxias

O único representante do estado do Rio de Janeiro na Série B brasileira precisou se movimentar para formar o time que jogará o Estadual 2011. Muitos jogadores deixaram o clube (casos, por exemplo, de Lopes, Bruno Costa e Léo Guerreiro), alguns permaneceram (Lenílson, Somália e Geovane Maranhão estão entre eles) e os novos nomes na equipe caxiense vêem majoritariamente de jogadores revelados no futebol carioca. Do Botafogo, chegaram Felipe Lima, Rodrigo Dantas, Gabriel, Alex Lopes e Júnior; do Vasco vieram Ari, Genílson, Lipe e Adílson; do Flamengo chegaram Lucas Galdino, Lenon e Antônio; enquanto do Fluminense veio Felipe Canavan. O negócio agora é agilizar os documentos junto à FERJ para que a estréia dos recém-contratados possa ocorrer o quanto antes. O técnico é Artur Bernardes (que estava no América em 2010), em substituição à Gílson Kleina (que acertou com a Ponte Preta).

Provável time-base: Erivélton; Gerônimo, Marlon, Fábio Bráz e Hamílton; Jougle, Bruno Moreno, Juninho e Lenílson; Geovane Maranhão e Somália.

Pitaco do blogueiro: me parece ser a 5ª força no Rio de Janeiro, mas a tarefa de entrosar esse monte de cara nova talvez demore um tempo maior do que a duração do campeonato seja capaz tolerar.

Fluminense

Atual campeão brasileiro, o Tricolor das Laranjeiras é o único representante carioca na Copa Libertadores da América. Mantendo a base triunfante sob o comando de Muricy Ramalho em 2010, o Fluminense ainda acertou duas contratações impactantes: a do goleiro Diego Cavalieri e a do meio-campista Souza. Edinho e Araújo também foram duas contratações importantes. O repentino anúncio de aposentadoria do atacante Washington (talvez para evitar que Muricy o convidasse a atuar como zagueiro) foi a única "baixa" no elenco. Darío Conca, em processo de recuperação de uma intervenção cirúrgica, deve voltar no andamento da competição.

Provável time-base: Diego Cavalieri; Mariano, Leandro Euzébio, Gum e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Deco e Conca; Emerson e Fred.

Pitaco do blogueiro: dando prioridade à Libertadores, o Fluminense terá de mostrar bastante força para ter gás de também correr atrás do título estadual. A equipe conseguiu, em 2009, jogar no limite tanto na reta final do Brasileiro quanto na Copa Sul-Americana (na época ganhando o apelido "Time de Guerreiros", então dirigido por Cuca). Apesar de eu achar pouco provável o sucesso em ambas as competições, não devemos descartar as possibilidades de um time com tantos nomes de qualidade como esse Fluminense. O amante do futebol bem jogado deve, isso sim, torcer para que Muricy deixe o jogo desse time fluir, sem aprisioná-lo em convicções defensivistas que impedem a arte de se manifestar.

Macaé

O Macaé esteve muito perto de ser mais um representante fluminense na Série B nacional, mas no final acabou não conseguindo o acesso. A permanência de jogadores como Lugão, Bill, Gedeíl, Daniel Melo, André Gomes e Bruno Luiz, além do treinador Dário Lourenço, devem facilitar as coisas para a equipe, que manteve a base e contratou pontualmente.

Provável time-base: Éverton; Marcos Tamandaré, Eduardo Luiz, Daniel Melo e Bill; Gedeíl, Claudiney Rincón, André Gomes e Danilo Cintra; Luis Mário e Róbson.

Pitaco do blogueiro: é um forte candidato para vaga na próxima edição da Copa do Brasil. No último amistoso preparatório, a equipe foi até Rio das Ostras e sapecou 10a0 no Riostrense. Não que esse time da simpática cidade da Região dos Lagos sirva de referência, mas o trabalho que vem sendo feito no Macaé parece pronto para colher bons frutos.

Madureira

Recém-promovido à Série C do Campeonato Brasileiro, o Tricolor Suburbano vem para a disputa do Carioca com algumas contratações interessantes: chegaram ao clube de Conselheiro Galvão nomes como o do meio-campista Abedi e os dos atacantes Marcelo Ramos, Maciel Lima, Edivaldo e Adriano Magrão.

Provável time-base: Cléber Moura; Douglas Assis, Victor Silva e Edmílson; Valdir, Vinícius Freitas, Rodrigo, Abedi e Nil; Maciel Lima e Adriano Magrão.

Pitaco do blogueiro: último finalista de Campeonato Carioca que não os habituais clubes da Série A nacional (perdeu para o Botafogo em 2006), os tempos são outros em Conselheiro Galvão. Mas se por um lado é pouco razoável supôr o Madureira numa decisão nessa edição, por outro ele deverá passar longe da zona de descenso.

Olaria

O clube da Rua Bariri conservou a política de apostar naquilo que tem em casa e contratar o mínimo necessário. Entre os reforços, 3 são estrangeiros: Cesar Mena (zagueiro, colombiano), Nicolas Vallafane (meia, argentino) e Gonzalo Gil (atacante, também argentino). O treinador é Luiz Antônio Ferreira, com passagens pelas divisões de base do Vasco da Gama.

Provável time-base: Renan Moura; Ivan, Thiago Eleutério, Diego Rodrigues e Amarildo; David, Victor, Vinícius e Renan Silva; Renatinho e Carlos Antônio.

Pitaco do blogueiro: achei interessante o futebol apresentado pelo Olaria no último Estadual (então comandado por Dé). Se a postura for semelhante àquela, o time terá condições de aprontar novamente, tirando alguns pontos dos ditos favoritos. Mas não acho que vá além disso (se chegar nisso).

Esse tópico provavelmente nem existiria não fosse o texto-base disponível em Futebol Interior (veja também o blógui do Roberto Silva).