Se a temporada barcelonista já tinha começado muito bem (o clube faturara a Supercopa Espanhola em cima do Real Madrid), a semana passada confirmou que as coisas prometem caminhar maravilhosamente no time comandado por Josep Guardiola.
Na segunda-feira, dia 22, o Barcelona aplicou uma goleada por 5a0 no Napoli e faturou o troféu Joan Gamper, competição amistosa de um único jogo que costuma marcar presença no início de temporada azul-grená. Placar elástico que se repetiu na segunda-feira seguinte, dessa vez na estréia pela Liga Espanhola. A vítima foi o Villarreal, esmagado pelos 71% de posse de bola e envolvido pelo melhor time na atualidade. O simples ato de assistir os gols da partida já traz encantamento aos amantes do futebol arte.
Mas o mais importante aconteceu entre essas duas segundas-feiras: na sexta, 26, o Barça enfrentou o Porto no duelo entre os atuais campeões de competições européias. E quem levou a melhor foi o vencedor da Liga dos Campeões, que com um triunfo por 2a0 garantiu a taça da Supercopa Européia, no estádio Louis II, em Mônaco. É só o começo!
Jogada da semana
Vamos continuar falando de Barcelona (coisa que é até fácil, afinal, quem não gosta de falar de coisa boa?). A vitória por 2a0 sobre o Porto foi construída com gols de Lionel Messi (que recebeu um presente de Fredy Guarín) e com esse gol que pode ser visto a seguir. Veja que beleza de parceria entre Messi e Francesc Fàbregas. Sem esquecer da condução de bola de Andrés Iniesta, que ainda aparece na área como opção. Entrega a taça ao Barça!
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Vazio De Gol, Cheio De Emoção
Na rodada em que os clássicos tomaram conta do final-de-semana, o Engenhão recebeu os quatro clubes de maior torcida no Rio de Janeiro. Se no sábado o Botafogo venceu o Fluminense por 2a1 em jogo bastante movimentado, no domingo Flamengo e Vasco não saíram do 0a0 em partida também muito disputada. Com isso, o Rubronegro segue na vice-liderança enquanto o Cruzmaltino conserva a quarta colocação na competição.
O jogo
Com duas formações recheadas de volantes (dá para enumerar pelo menos meia dúzia deles: Luiz Antônio, Renato Abreu, Willians; Eduardo Costa, Juninho Pernambucano e Rômulo), uma das características da partida foi o alto teor de combatividade. Às vezes num excesso que obrigava o árbitro Péricles Bassols Pegado Cortez a tomar medidas mais enérgicas, embora nem sempre à altura do que as disputas efetivamente pareciam exigir.
Em termos de futebol, os talentos individuais de Leonardo Moura e Ronaldinho Gaúcho eram a mola propulsora do Flamengo ao campo de ataque, enquanto o Vasco tinha mais facilidade em se aproximar da baliza adversária através da precisão nos chutes de Juninho e nas investidas de Diego Souza. Com cinco minutos, Léo Moura se apresentou pelo meio, recebeu belo passe de Ronaldinho e, na cara de Fernando Prass, chutou rasteiro uma bola que foi bloqueada pelo goleiro vascaíno.
A primeira chance mais clara do Clube da Colina deu-se aos treze: Fágner cruzou da direita, Alecsandro cabeceou e o goleiro Felipe conseguiu espalmar em escanteio. Na cobrança aí originada, Juninho cruzou e Rômulo cabeceou para nova intervenção de Felipe, que estava bem posicionado e nem precisava dar o salto mirabolante para realizar a defesa. O Vasco crescia no jogo e quase abriu o placar em cobrança de falta de Juninho, mas a bola chutada aos vinte e quatro minutos passou rente ao ângulo direito de um imóvel Felipe, que talvez tenha defendido com o poder da mente.
Ronaldinho era acompanhado de perto por Eduardo Costa, mas mesmo assim conseguia vez ou outra descolar algum lançamento interessante. O maior problema era que o destino de alguns desses passes do camisa 10 era o atacante Deivid, longe de ter a mesma intimidade que o Gaúcho com a bola. Se Deivid se atrapalhava lá na frente, o zagueiro Welinton tratou de fazer parecido lá atrás: em saída de bola onde aparentemente o defensor tentou dar um passe de trivela, a bola bateu em Diego Souza e deixou o Flamengo em apuros. A "solução" encontrada por Welinton foi derrubar o adversário e receber o correto cartão vermelho da arbitragem, deixando o Flamengo com um homem a menos ainda no primeiro tempo.
Talvez tenha passado pela cabeça do treinador Vanderlei Luxemburgo que, no clássico com o Botafogo, o Flamengo conseguiu segurar um 0a0 atuando cerca de 70 minutos com um homem a menos (naquela oportunidade quem havia sido expulso era o meia argentino Dario Bottinelli). E se Luxemburgo já havia feito uma substituição com nove minutos de partida (Alex Silva, contundido, deu lugar para Ronaldo Angelim), tratou de gastar as outras duas já no intervalo: saíram Bottinelli e Deivid, entraram Luiz Philipe e Negueba. Era a opção por dar maior velocidade ao time, que passava a ter uma zaga composta por Willians e Angelim.
Tratando de tentar tirar proveito da vantagem numérica, o Vasco foi ao ataque e conseguiu oportunidades de abrir o placar. Aos cinco minutos, assustou em cabeceio de Dedé, após cobrança de escanteio. Aos dez, Diego Souza chutou e Felipe fez a defesa. Ricardo Gomes, então, trocou o pouco participativo Alecsandro pelo também atacante Élton, que poucos minutos depois de entrar já apareceria dando um cabeceio que foi espalmado por Felipe. Mesmo melhor, o Vasco ainda tinha dificuldades de conter os avanços de Léo Moura, e aos vinte e cinco minutos o lateral-direito apareceu como elemento-surpresa no miolo da área, recebendo cruzamento de Negueba com um cabeceio que passou à direita. Entre um desperdício cá e outro lá, a chance derradeira do jogo deveria acontecer nos acréscimos. Deveria. Não aconteceu porque Péricles Bassols negou pênalti ao Vasco, ignorando o carrinho faltoso de Léo Moura em Bernardo, dentro da área.
A nota triste da partida fica por conta de Ricardo Gomes. O treinador, por volta dos vinte minutos no segundo tempo, sentiu um mal estar e solicitou uma ambulância. Mais tarde, veio a informação de que Ricardo sofrera um acidente vascular cerebral hemorrágico, e no momento dessa postagem a notícia que corre na imprensa é a de que já foi realizada uma cirurgia e que ele ficará em observação nas próximas setenta e duas horas. Que Deus abençoe!
O jogo
Com duas formações recheadas de volantes (dá para enumerar pelo menos meia dúzia deles: Luiz Antônio, Renato Abreu, Willians; Eduardo Costa, Juninho Pernambucano e Rômulo), uma das características da partida foi o alto teor de combatividade. Às vezes num excesso que obrigava o árbitro Péricles Bassols Pegado Cortez a tomar medidas mais enérgicas, embora nem sempre à altura do que as disputas efetivamente pareciam exigir.
Em termos de futebol, os talentos individuais de Leonardo Moura e Ronaldinho Gaúcho eram a mola propulsora do Flamengo ao campo de ataque, enquanto o Vasco tinha mais facilidade em se aproximar da baliza adversária através da precisão nos chutes de Juninho e nas investidas de Diego Souza. Com cinco minutos, Léo Moura se apresentou pelo meio, recebeu belo passe de Ronaldinho e, na cara de Fernando Prass, chutou rasteiro uma bola que foi bloqueada pelo goleiro vascaíno.
A primeira chance mais clara do Clube da Colina deu-se aos treze: Fágner cruzou da direita, Alecsandro cabeceou e o goleiro Felipe conseguiu espalmar em escanteio. Na cobrança aí originada, Juninho cruzou e Rômulo cabeceou para nova intervenção de Felipe, que estava bem posicionado e nem precisava dar o salto mirabolante para realizar a defesa. O Vasco crescia no jogo e quase abriu o placar em cobrança de falta de Juninho, mas a bola chutada aos vinte e quatro minutos passou rente ao ângulo direito de um imóvel Felipe, que talvez tenha defendido com o poder da mente.
Ronaldinho era acompanhado de perto por Eduardo Costa, mas mesmo assim conseguia vez ou outra descolar algum lançamento interessante. O maior problema era que o destino de alguns desses passes do camisa 10 era o atacante Deivid, longe de ter a mesma intimidade que o Gaúcho com a bola. Se Deivid se atrapalhava lá na frente, o zagueiro Welinton tratou de fazer parecido lá atrás: em saída de bola onde aparentemente o defensor tentou dar um passe de trivela, a bola bateu em Diego Souza e deixou o Flamengo em apuros. A "solução" encontrada por Welinton foi derrubar o adversário e receber o correto cartão vermelho da arbitragem, deixando o Flamengo com um homem a menos ainda no primeiro tempo.
Talvez tenha passado pela cabeça do treinador Vanderlei Luxemburgo que, no clássico com o Botafogo, o Flamengo conseguiu segurar um 0a0 atuando cerca de 70 minutos com um homem a menos (naquela oportunidade quem havia sido expulso era o meia argentino Dario Bottinelli). E se Luxemburgo já havia feito uma substituição com nove minutos de partida (Alex Silva, contundido, deu lugar para Ronaldo Angelim), tratou de gastar as outras duas já no intervalo: saíram Bottinelli e Deivid, entraram Luiz Philipe e Negueba. Era a opção por dar maior velocidade ao time, que passava a ter uma zaga composta por Willians e Angelim.
Tratando de tentar tirar proveito da vantagem numérica, o Vasco foi ao ataque e conseguiu oportunidades de abrir o placar. Aos cinco minutos, assustou em cabeceio de Dedé, após cobrança de escanteio. Aos dez, Diego Souza chutou e Felipe fez a defesa. Ricardo Gomes, então, trocou o pouco participativo Alecsandro pelo também atacante Élton, que poucos minutos depois de entrar já apareceria dando um cabeceio que foi espalmado por Felipe. Mesmo melhor, o Vasco ainda tinha dificuldades de conter os avanços de Léo Moura, e aos vinte e cinco minutos o lateral-direito apareceu como elemento-surpresa no miolo da área, recebendo cruzamento de Negueba com um cabeceio que passou à direita. Entre um desperdício cá e outro lá, a chance derradeira do jogo deveria acontecer nos acréscimos. Deveria. Não aconteceu porque Péricles Bassols negou pênalti ao Vasco, ignorando o carrinho faltoso de Léo Moura em Bernardo, dentro da área.
A nota triste da partida fica por conta de Ricardo Gomes. O treinador, por volta dos vinte minutos no segundo tempo, sentiu um mal estar e solicitou uma ambulância. Mais tarde, veio a informação de que Ricardo sofrera um acidente vascular cerebral hemorrágico, e no momento dessa postagem a notícia que corre na imprensa é a de que já foi realizada uma cirurgia e que ele ficará em observação nas próximas setenta e duas horas. Que Deus abençoe!
domingo, 28 de agosto de 2011
Melhor No Campo E Nas Arquibancadas, Botafogo Vence Fluminense
A 19ª rodada do Campeonato Brasileiro 2011 está recheada de clássicos. E se isso traz a expectativa de um final-de-semana emocionante para os torcedores, Fluminense e Botafogo confirmaram tal suposição após fazerem partida bastante movimentada no estádio Engenhão. Com maioria dominante nas arquibancadas, maior volume de jogo, maior organização tática e muito mais envolvente nas jogadas de ataque, o Alvinegro de General Severiano fez por merecer a vitória conquistada e ingressou na zona de classificação para a Copa Libertadores da América 2012. Já o Tricolor, nove pontos distante do adversário, está apenas sete acima da zona de descenso.
O jogo
Desde o início ficaram claras as propostas de Abel Braga e Caio Júnior. Quer dizer, a julgar pela tamanha desorganização tricolor, prefiro imaginar que aquilo proposto por Abel não foi correspondido dentro das quatro linhas, embora haja no futebol alguns treinadores que efetivamente acreditam num estilo de jogo baseado quase que exclusivamente em chuveirinhos (o que acho uma lástima). Pois então, se o Flu insistia em levantar a bola na direção de Fred e Rafael Moura, o Botafogo valorizava a posse de bola e chegava ao ataque na base da visão de jogo de Renato, da velocidade de Maicosuel e da insistência do argentino Germán Herrera. As coisas talvez não tenham sido melhores para o Alvinegro porque Elkeson atuava muito mal, bem abaixo do nível de seus companheiros. Com a persistência do 0a0 até o intervalo, veio o segundo tempo e, com ele, os gols.
Aos 10 minutos, Souza cobrou escanteio a partir do lado esquerdo e Fred mostrou-se mais esperto que Herrera, subindo para cabecear no canto esquerdo e abrir o placar. Foi um dos raros momentos em que pôde-se ouvir a torcida tricolor, mas logo os botafoguenses abafaram a euforia adversária e entoaram o cântico "vamos virar, Fogo". E a admirável postura dos torcedores foi premiada no minuto seguinte: Elkeson recebeu, avançou, escapou de Gum com extrema facilidade e chutou cruzado para empatar a partida. Passados mais sete minutos e veio a virada: em contra-ataque fulminante puxado por Sebastián "El Loco" Abreu, o lateral-direito Lucas recebeu do camisa 13 uruguaio e concluiu com chute cruzado. Para euforia generalizada nos setores Norte e Oeste do estádio.
Com Martinuccio e Ciro nos lugares de Diogo e Souza, Abel Braga convidou o Fluminense a invadir a área do Botafogo do jeito que fosse possível. Sem um toque de bola decente, o jeito que dava era basicamente por bolas alçadas, mas Antônio Carlos e Fábio Ferreira conseguiam dar conta de afastar o perigo que rondava a área botafoguense. Isso sem falar no goleiro Jéfferson, que não vacilava quando era exigido e chegava soberano nas bolas que lhe cabiam. Apostando nos contra-ataques, o Botafogo teve grande chance de ampliar a diferença aos 36 minutos, quando Maicosuel foi lançado em liberdade mas cabeceou por cima do travessão. A atuação do camisa 7 foi celebrada pelos botafoguenses no momento em que o jogador deu lugar para Cidinho, quando ouviram-se os gritos de "o Maicosuel voltou". Quem também parece estar de volta é o Botafogo de Futebol e Regatas, que faturou o Brasileirão em 1995 e não vê a hora de voltar a conquistar a competição, vencida ano passado pelo Tricolor das Laranjeiras.
O jogo
Desde o início ficaram claras as propostas de Abel Braga e Caio Júnior. Quer dizer, a julgar pela tamanha desorganização tricolor, prefiro imaginar que aquilo proposto por Abel não foi correspondido dentro das quatro linhas, embora haja no futebol alguns treinadores que efetivamente acreditam num estilo de jogo baseado quase que exclusivamente em chuveirinhos (o que acho uma lástima). Pois então, se o Flu insistia em levantar a bola na direção de Fred e Rafael Moura, o Botafogo valorizava a posse de bola e chegava ao ataque na base da visão de jogo de Renato, da velocidade de Maicosuel e da insistência do argentino Germán Herrera. As coisas talvez não tenham sido melhores para o Alvinegro porque Elkeson atuava muito mal, bem abaixo do nível de seus companheiros. Com a persistência do 0a0 até o intervalo, veio o segundo tempo e, com ele, os gols.
Aos 10 minutos, Souza cobrou escanteio a partir do lado esquerdo e Fred mostrou-se mais esperto que Herrera, subindo para cabecear no canto esquerdo e abrir o placar. Foi um dos raros momentos em que pôde-se ouvir a torcida tricolor, mas logo os botafoguenses abafaram a euforia adversária e entoaram o cântico "vamos virar, Fogo". E a admirável postura dos torcedores foi premiada no minuto seguinte: Elkeson recebeu, avançou, escapou de Gum com extrema facilidade e chutou cruzado para empatar a partida. Passados mais sete minutos e veio a virada: em contra-ataque fulminante puxado por Sebastián "El Loco" Abreu, o lateral-direito Lucas recebeu do camisa 13 uruguaio e concluiu com chute cruzado. Para euforia generalizada nos setores Norte e Oeste do estádio.
Com Martinuccio e Ciro nos lugares de Diogo e Souza, Abel Braga convidou o Fluminense a invadir a área do Botafogo do jeito que fosse possível. Sem um toque de bola decente, o jeito que dava era basicamente por bolas alçadas, mas Antônio Carlos e Fábio Ferreira conseguiam dar conta de afastar o perigo que rondava a área botafoguense. Isso sem falar no goleiro Jéfferson, que não vacilava quando era exigido e chegava soberano nas bolas que lhe cabiam. Apostando nos contra-ataques, o Botafogo teve grande chance de ampliar a diferença aos 36 minutos, quando Maicosuel foi lançado em liberdade mas cabeceou por cima do travessão. A atuação do camisa 7 foi celebrada pelos botafoguenses no momento em que o jogador deu lugar para Cidinho, quando ouviram-se os gritos de "o Maicosuel voltou". Quem também parece estar de volta é o Botafogo de Futebol e Regatas, que faturou o Brasileirão em 1995 e não vê a hora de voltar a conquistar a competição, vencida ano passado pelo Tricolor das Laranjeiras.
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Intenso, Liverpool Vence Bolton Por 3a1 Em Anfield Road
O Liverpool recebeu o Bolton em Anfield Road e não decepcionou os 44.725 espectadores presentes nas arquibancadas: com grande volume de jogo e objetividade para chegar ao ataque, a equipe de Kenneth Mathieson Dalglish venceu por 3a1 e assumiu, pelo menos provisoriamente, a liderança na Premiership 2011-2, com sete pontos em três partidas disputadas. Já o Bolton permanece com os três pontos ganhos na estréia, quando goleara, fora de casa, o Queens Park Rangers pelo placar de 4a0.
O jogo
Se Owen Coyle planejava um time para segurar o empate e, quem sabe, conseguir o gol num eventual contra-ataque, a idéia de focar na defesa teve duro revés aos 14 minutos, quando Jordan Henderson abria o placar em favor dos donos da casa. Com o uruguaio Luis Suárez e o holandês Dirk Kuyt atuando de forma intensa, parecia que a qualquer momento poderia pintar o segundo gol dos "Reds", que em momento algum dava sinais de sentir as ausências dos contundidos Steven Gerrard e Raul Meireles. Numa das boas jogadas entre "Luisito" Suárez e Kuyt, o uruguaio recebeu do holandês em posição legal, ficou de frente com o experiente goleiro finlandês Jussi Jääskeläinen e, por excesso de capricho, desperdiçou a chance ao encobrir o arqueiro e mandar a bola na rede externa, logo acima do travessão.
O 1a0 persistiu até o intervalo, resultado que não refletia a ampla superioridade do Liverpool no jogo e que deixava em dúvida se os três pontos seriam ou não efetivamente conquistados. Mas aos seis minutos as coisas ficaram mais tranqüilas para os mandantes do campo e do jogo: Charlie Adam cobrou escanteio pela direita e o zagueiro eslovaco Martin Skrtel (que entrara no primeiro tempo no lugar do lesionado xará de sobrenome Kelly) cabeceou com precisão para ampliar a vantagem. E já no minuto seguinte o Liverpool chegaria ao terceiro gol: Kuyt tocou para Adam e o escocês tratou de mandar pra rede. 3a0, parada resolvida e muita festa entre os torcedores.
As entradas do argentino Maximiliano Rodríguez e do atacante Andrew Carroll nos lugares de Henderson e Suárez não diminuíram o ímpeto ofensivo da equipe de Kenny Dalglish, mas é fato que sem Suárez em campo o jogo perdeu muito de sua intensidade. Talvez quem tenha gostado dessa substituição tenha sido o árbitro Lee Probert, que entre acertos e erros ouviu um bocado de reclamação do camisa 7, que reivindicou pênalti com tamanha veemência que parecia disposto a expulsar um dos auxiliares. Nos acréscimos da partida, um lançamento nas costas da defesa foi apenas parcialmente afastado por Jamie Carragher e acabou chegando no croata Ivan Klasnic, que descontou e chegou ao seu terceiro gol na competição.
Anfield Road esperará pelo Liverpool até 24 de setembro, data que a equipe retornará ao estádio para receber o Wolverhampton. Até lá, serão três compromissos consecutivos como visitante: pela Premier, a equipe pega o Stoke City e o Tottenham Hotspur enquanto pela Copa da Liga enfrenta o Brighton & Hove Albion FC. Já o Bolton terá pela frente dois jogos no Reebok Stadium, onde duelará com Manchester United e Norwich City.
O jogo
Se Owen Coyle planejava um time para segurar o empate e, quem sabe, conseguir o gol num eventual contra-ataque, a idéia de focar na defesa teve duro revés aos 14 minutos, quando Jordan Henderson abria o placar em favor dos donos da casa. Com o uruguaio Luis Suárez e o holandês Dirk Kuyt atuando de forma intensa, parecia que a qualquer momento poderia pintar o segundo gol dos "Reds", que em momento algum dava sinais de sentir as ausências dos contundidos Steven Gerrard e Raul Meireles. Numa das boas jogadas entre "Luisito" Suárez e Kuyt, o uruguaio recebeu do holandês em posição legal, ficou de frente com o experiente goleiro finlandês Jussi Jääskeläinen e, por excesso de capricho, desperdiçou a chance ao encobrir o arqueiro e mandar a bola na rede externa, logo acima do travessão.
O 1a0 persistiu até o intervalo, resultado que não refletia a ampla superioridade do Liverpool no jogo e que deixava em dúvida se os três pontos seriam ou não efetivamente conquistados. Mas aos seis minutos as coisas ficaram mais tranqüilas para os mandantes do campo e do jogo: Charlie Adam cobrou escanteio pela direita e o zagueiro eslovaco Martin Skrtel (que entrara no primeiro tempo no lugar do lesionado xará de sobrenome Kelly) cabeceou com precisão para ampliar a vantagem. E já no minuto seguinte o Liverpool chegaria ao terceiro gol: Kuyt tocou para Adam e o escocês tratou de mandar pra rede. 3a0, parada resolvida e muita festa entre os torcedores.
As entradas do argentino Maximiliano Rodríguez e do atacante Andrew Carroll nos lugares de Henderson e Suárez não diminuíram o ímpeto ofensivo da equipe de Kenny Dalglish, mas é fato que sem Suárez em campo o jogo perdeu muito de sua intensidade. Talvez quem tenha gostado dessa substituição tenha sido o árbitro Lee Probert, que entre acertos e erros ouviu um bocado de reclamação do camisa 7, que reivindicou pênalti com tamanha veemência que parecia disposto a expulsar um dos auxiliares. Nos acréscimos da partida, um lançamento nas costas da defesa foi apenas parcialmente afastado por Jamie Carragher e acabou chegando no croata Ivan Klasnic, que descontou e chegou ao seu terceiro gol na competição.
Anfield Road esperará pelo Liverpool até 24 de setembro, data que a equipe retornará ao estádio para receber o Wolverhampton. Até lá, serão três compromissos consecutivos como visitante: pela Premier, a equipe pega o Stoke City e o Tottenham Hotspur enquanto pela Copa da Liga enfrenta o Brighton & Hove Albion FC. Já o Bolton terá pela frente dois jogos no Reebok Stadium, onde duelará com Manchester United e Norwich City.
É Só O Começo
O Barcelona deu mais uma mostra aos amantes do futebol arte de que a temporada 2011-2 tem tudo para ser bonita de se assistir quando a equipe de Josep Guardiola estiver em campo. Com uma vitória por 2a0 sobre o Porto, os catalães celebraram o título na Supercopa Européia, competição que coloca frente a frente os atuais campeões de Liga dos Campeões e de Liga Europa.
O jogo
O Barcelona estava desfalcado de sua dupla de zaga titular (o volante argentino Javier Mascherano e o lateral-esquerdo francês Eric Abidal atuaram no setor que costumeiramente é preenchido por Carles Puyol e Gerard Piqué). Pelo lado portista, os desfalques em relação à vitoriosa temporada passada eram o do atacante colombiano Falcao García, que foi negociado com o Atlético de Madrid, e o de André Villas-Boas, novo treinador do Chelsea. No banco de reservas, Vítor Pereira seguia os passos de seu antecessor e levava o time a campo com uma postura ofensiva, colocando três homens de frente e pressionando a saída de bola barcelonista com cerca de meio time ocupando o campo de ataque. Algumas chances apareceram para a equipe lusitana, mas a falta de um goleador como Falcao García foi sentida pelo time azul-e-branco, principalmente se levarmos em consideração a pífia atuação do centroavante brasileiro Kléber. O Barcelona foi crescendo na partida, mas só abriu o placar porque contou com um presentaço do colombiano Fredy Guarín: o meio-campista portista recuou uma bola forte demais para ser alcançada pelo romeno Cristian Sapunaru e acabou servindo ninguém mais, ninguém menos que o craque argentino Lionel Messi. O camisa 10 foi até a bola, fintou o goleiro Hélton na base do jogo de corpo e completou pra rede, aos 38 minutos.
O segundo tempo teve início e o Porto mostrava muita vontade de buscar o resultado. João Moutinho era figura que se aproximava com freqüência dos atacantes e fortalecia o poder-de-fogo da equipe, com direito a um chute que passou perto, aos cinco minutos. Aberto pela direita e dando uma canseira em quem o marcasse, Hulk esbarrava nas próprias limitações técnicas para não ser mais efetivo, embora vez ou outra conseguisse produzir algo de interessante. Mas quem mais comprometia o ataque do Porto era Kléber, que não conseguia dar seqüência a praticamente nenhuma jogada, chegando inclusive a irritar o compatriota recém-convocado por Mano Menezes. Com o chileno Alexis Sánchez no lugar de David Villa e com o brasileiro Adriano dando lugar para Sergio Busquets, Guardiola colocava Abidal na sua posição de origem e formava a dupla de zaga com dois volantes, o que aumentava ainda mais a qualidade da já boa saída de bola azul-grená. Vítor Pereira foi procurando alternativas para tentar reequilibrar o tempo de posse de bola entre os dois times e realizou suas três substituições num intervalo de nove minutos: saíram o uruguaio Cristian Rodríguez e os brasileiros Souza e Kléber para as entradas de Silvestre Varela, do brasileiro Fernando (habitualmente titular na campanha da Tríplice Coroa) e do argentino Fernando Belluschi.
Se o Barcelona mexera duas vezes e o Porto três, restava uma última substituição por direito. E Guardiola fez uso com grande capricho, colocando Francesc Fàbregas no lugar de Pedro Rodríguez. Desta forma, Messi era ligeiramente adiantado e formava uma ágil dupla de ataque com Sánchez, contando com o apoio do trio Xavi Hernández, Andrés Iniesta e Cesc Fàbregas para lhe dar apoio. Precisava de mais que isso? Para facilitar as coisas, Rolando recebeu o cartão vermelho pelo acúmulo de dois cartões amarelos (o primeiro aconteceu aos 19 minutos do segundo tempo, por falta cometida em Messi, e o segundo aos 39, também por falta em Messi). Aos 42 minutos, Messi deu passe genial para Fàbregas, que ajeitou no peito e, mantendo a bola no ar, completou com chute belíssimo, estufando a rede e definindo a vitória com um golaço, envolvendo aqueles que considero os dois melhores jogadores na atualidade - ou dois dos quatro melhores, afinal, há também Xavi e Iniesta...
Mais pro final do jogo, um carrinho grosseiro de Guarín em Mascherano rendeu a segunda expulsão na partida, deixando apenas nove atletas portistas para serem envolvidos no baile barcelonista. A temporada está apenas começando. E como é gostoso pensar que ainda há muito Barcelona para entrar em campo...
O jogo
O Barcelona estava desfalcado de sua dupla de zaga titular (o volante argentino Javier Mascherano e o lateral-esquerdo francês Eric Abidal atuaram no setor que costumeiramente é preenchido por Carles Puyol e Gerard Piqué). Pelo lado portista, os desfalques em relação à vitoriosa temporada passada eram o do atacante colombiano Falcao García, que foi negociado com o Atlético de Madrid, e o de André Villas-Boas, novo treinador do Chelsea. No banco de reservas, Vítor Pereira seguia os passos de seu antecessor e levava o time a campo com uma postura ofensiva, colocando três homens de frente e pressionando a saída de bola barcelonista com cerca de meio time ocupando o campo de ataque. Algumas chances apareceram para a equipe lusitana, mas a falta de um goleador como Falcao García foi sentida pelo time azul-e-branco, principalmente se levarmos em consideração a pífia atuação do centroavante brasileiro Kléber. O Barcelona foi crescendo na partida, mas só abriu o placar porque contou com um presentaço do colombiano Fredy Guarín: o meio-campista portista recuou uma bola forte demais para ser alcançada pelo romeno Cristian Sapunaru e acabou servindo ninguém mais, ninguém menos que o craque argentino Lionel Messi. O camisa 10 foi até a bola, fintou o goleiro Hélton na base do jogo de corpo e completou pra rede, aos 38 minutos.
O segundo tempo teve início e o Porto mostrava muita vontade de buscar o resultado. João Moutinho era figura que se aproximava com freqüência dos atacantes e fortalecia o poder-de-fogo da equipe, com direito a um chute que passou perto, aos cinco minutos. Aberto pela direita e dando uma canseira em quem o marcasse, Hulk esbarrava nas próprias limitações técnicas para não ser mais efetivo, embora vez ou outra conseguisse produzir algo de interessante. Mas quem mais comprometia o ataque do Porto era Kléber, que não conseguia dar seqüência a praticamente nenhuma jogada, chegando inclusive a irritar o compatriota recém-convocado por Mano Menezes. Com o chileno Alexis Sánchez no lugar de David Villa e com o brasileiro Adriano dando lugar para Sergio Busquets, Guardiola colocava Abidal na sua posição de origem e formava a dupla de zaga com dois volantes, o que aumentava ainda mais a qualidade da já boa saída de bola azul-grená. Vítor Pereira foi procurando alternativas para tentar reequilibrar o tempo de posse de bola entre os dois times e realizou suas três substituições num intervalo de nove minutos: saíram o uruguaio Cristian Rodríguez e os brasileiros Souza e Kléber para as entradas de Silvestre Varela, do brasileiro Fernando (habitualmente titular na campanha da Tríplice Coroa) e do argentino Fernando Belluschi.
Se o Barcelona mexera duas vezes e o Porto três, restava uma última substituição por direito. E Guardiola fez uso com grande capricho, colocando Francesc Fàbregas no lugar de Pedro Rodríguez. Desta forma, Messi era ligeiramente adiantado e formava uma ágil dupla de ataque com Sánchez, contando com o apoio do trio Xavi Hernández, Andrés Iniesta e Cesc Fàbregas para lhe dar apoio. Precisava de mais que isso? Para facilitar as coisas, Rolando recebeu o cartão vermelho pelo acúmulo de dois cartões amarelos (o primeiro aconteceu aos 19 minutos do segundo tempo, por falta cometida em Messi, e o segundo aos 39, também por falta em Messi). Aos 42 minutos, Messi deu passe genial para Fàbregas, que ajeitou no peito e, mantendo a bola no ar, completou com chute belíssimo, estufando a rede e definindo a vitória com um golaço, envolvendo aqueles que considero os dois melhores jogadores na atualidade - ou dois dos quatro melhores, afinal, há também Xavi e Iniesta...
Mais pro final do jogo, um carrinho grosseiro de Guarín em Mascherano rendeu a segunda expulsão na partida, deixando apenas nove atletas portistas para serem envolvidos no baile barcelonista. A temporada está apenas começando. E como é gostoso pensar que ainda há muito Barcelona para entrar em campo...
Lionel Messi comemora o primeiro gol: argentino abriu o placar e deu linda assistência para o gol de Fàbregas.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Arsenal Vira Em Udine E Está Na Fase De Grupos
Em boa partida realizada no estádio Communale Friuli, o Arsenal virou o jogo pra cima dos donos da casa e garantiu a classificação para a fase de grupos na Liga dos Campeões da Europa. A Udinese ingressa na Liga Europa, segunda competição clubística mais importante no continente europeu.
O jogo
Uma Udinese sem o chileno Alexis Sánchez e um Arsenal sem o espanhol Francesc Fàbregas (ambos negociados com o Barcelona) foram a campo em Udine mostrando muita vontade de atacar o adversário. Para os donos da casa, nada mais que o natural, afinal, a equipe havia perdido o jogo de ida por 1a0 em Londres e necessitava de gols para avançar. Para o Arsenal, o cumprimento de uma filosofia de jogo adotada pelo técnico francês Arsène Wenger, que monta equipes jovens e com vocação ofensiva, valorizando a posse de bola e buscando pressionar o oponente.
A maior estrela da equipe italiana era o atacante Antonio Di Natale, que atuava justificando a idolatria que lhe é prestada pelos torcedores alvinegros: o camisa 10 de 33 anos de idade teve gol anulado, mandou bola na trave e, de tanto insistir, abriu o placar aos 38 minutos, cabeceando consciente após bonito lançamento de Giampiero Pinzi. Os goleiros Samir Handanovic e Wojciech Szczesny foram responsáveis diretos por não termos mais gols antes do intervalo, uma vez que oportunidades não faltaram para uma partida bastante movimentada.
No intervalo, Arsène Wenger promoveu uma troca: saiu o jovem Emmanuel Yaw Frimpong (ganês naturalizado inglês de 19 anos) e entrou o tcheco Tomas Rosicky, de 30 e no clube desde 2006. Além da mexida em si já ter proporcionado um efeito benéfico ao Arsenal, as trocas de posição entre Theo Walcott e Gervinho também foram relevantes para o crescimento de produção do time, que conseguia levar vantagem pelos flancos e atuava preferencialmente pelo lado esquerdo, dessa vez explorando as investidas de Walcott, que na etapa inicial se movimentava mais pelo lado direito. Porém, quem apareceria pela esquerda para fazer a jogada do gol de empate seria exatamente o marfinense Gervinho: ele foi à linha-de-fundo escapando da marcação e serviu o holandês Robin van Persie, que completou pra rede, aos 9 minutos.
Aquele placar de 1a1 obrigava a Udinese a buscar uma vitória por pelo menos dois gols de diferença, já que o Arsenal passava a levar vantagem no número de gols marcados fora de casa. E nada como uma penalidade máxima para reacender a esperança italiana no confronto: o belga Thomas Vermaelen supostamente colocou a mão na bola dentro da área (pelo menos foi isso que aparentou acusar um dos auxiliares). Aos 13 minutos, Di Natale foi pra cobrança, mandou forte e eis que Szczesny realizou defesa sensacional, conseguindo esticar o braço para cima e desviar uma bola que ainda tocou no travessão antes de sair em escanteio - muito mais um pênalti defendido pelo goleiro do que perdido pelo atacante.
Mesmo com o colombiano Pablo Armero se apresentando no campo de ataque e com o ganês Emmanuel Agyemang-Badu tendo destacável atuação no meio-campo italiano, o fato é que o Arsenal a cada momento se aproximava mais da virada, explorando a velocidade de Gervinho e Walcott, que se lançavam nas costas dos laterais e tinham bastante campo para percorrer em alta velocidade. Aos 24 minutos, Bacary Sagna, que jogou na lateral-esquerda, tabelou com Walcott colocando o camisa 14 de frente com Handanovic, situação que não teve perdão: com um chute no contrapé do arqueiro esloveno, Walcott virou o jogo praticamente definindo a classificação inglesa. O italiano Fabio Capello, técnico do "English Team", não tinha muitos ingleses para ver em campo, mas deve ter se deliciado com a partida e com a decisiva performance de Walcott, que tem tudo para ser titular na seleção num futuro não muito distante.
Handanovic ainda realizou outras belas defesas, incluindo chutes frontais, e evitou que a derrota fosse maior. No final, ecoaram sons de aplausos da torcida local durante uma belíssima troca de passes dos comandados de Wenger, com direito a toque de letra de van Persie. É fato que, após negociar Cesc Fàbregas e Samir Nasri, faz-se necessário o investimento em um ou outro reforço na equipe. Mas o mais importante é que o futebol arte segue firmemente representado por essa equipe londrina. Os dois jogadores, aliás, parabenizaram a equipe pela classificação e mostraram admiração pela performance do agora ex-clube.
O jogo
Uma Udinese sem o chileno Alexis Sánchez e um Arsenal sem o espanhol Francesc Fàbregas (ambos negociados com o Barcelona) foram a campo em Udine mostrando muita vontade de atacar o adversário. Para os donos da casa, nada mais que o natural, afinal, a equipe havia perdido o jogo de ida por 1a0 em Londres e necessitava de gols para avançar. Para o Arsenal, o cumprimento de uma filosofia de jogo adotada pelo técnico francês Arsène Wenger, que monta equipes jovens e com vocação ofensiva, valorizando a posse de bola e buscando pressionar o oponente.
A maior estrela da equipe italiana era o atacante Antonio Di Natale, que atuava justificando a idolatria que lhe é prestada pelos torcedores alvinegros: o camisa 10 de 33 anos de idade teve gol anulado, mandou bola na trave e, de tanto insistir, abriu o placar aos 38 minutos, cabeceando consciente após bonito lançamento de Giampiero Pinzi. Os goleiros Samir Handanovic e Wojciech Szczesny foram responsáveis diretos por não termos mais gols antes do intervalo, uma vez que oportunidades não faltaram para uma partida bastante movimentada.
No intervalo, Arsène Wenger promoveu uma troca: saiu o jovem Emmanuel Yaw Frimpong (ganês naturalizado inglês de 19 anos) e entrou o tcheco Tomas Rosicky, de 30 e no clube desde 2006. Além da mexida em si já ter proporcionado um efeito benéfico ao Arsenal, as trocas de posição entre Theo Walcott e Gervinho também foram relevantes para o crescimento de produção do time, que conseguia levar vantagem pelos flancos e atuava preferencialmente pelo lado esquerdo, dessa vez explorando as investidas de Walcott, que na etapa inicial se movimentava mais pelo lado direito. Porém, quem apareceria pela esquerda para fazer a jogada do gol de empate seria exatamente o marfinense Gervinho: ele foi à linha-de-fundo escapando da marcação e serviu o holandês Robin van Persie, que completou pra rede, aos 9 minutos.
Aquele placar de 1a1 obrigava a Udinese a buscar uma vitória por pelo menos dois gols de diferença, já que o Arsenal passava a levar vantagem no número de gols marcados fora de casa. E nada como uma penalidade máxima para reacender a esperança italiana no confronto: o belga Thomas Vermaelen supostamente colocou a mão na bola dentro da área (pelo menos foi isso que aparentou acusar um dos auxiliares). Aos 13 minutos, Di Natale foi pra cobrança, mandou forte e eis que Szczesny realizou defesa sensacional, conseguindo esticar o braço para cima e desviar uma bola que ainda tocou no travessão antes de sair em escanteio - muito mais um pênalti defendido pelo goleiro do que perdido pelo atacante.
Mesmo com o colombiano Pablo Armero se apresentando no campo de ataque e com o ganês Emmanuel Agyemang-Badu tendo destacável atuação no meio-campo italiano, o fato é que o Arsenal a cada momento se aproximava mais da virada, explorando a velocidade de Gervinho e Walcott, que se lançavam nas costas dos laterais e tinham bastante campo para percorrer em alta velocidade. Aos 24 minutos, Bacary Sagna, que jogou na lateral-esquerda, tabelou com Walcott colocando o camisa 14 de frente com Handanovic, situação que não teve perdão: com um chute no contrapé do arqueiro esloveno, Walcott virou o jogo praticamente definindo a classificação inglesa. O italiano Fabio Capello, técnico do "English Team", não tinha muitos ingleses para ver em campo, mas deve ter se deliciado com a partida e com a decisiva performance de Walcott, que tem tudo para ser titular na seleção num futuro não muito distante.
Handanovic ainda realizou outras belas defesas, incluindo chutes frontais, e evitou que a derrota fosse maior. No final, ecoaram sons de aplausos da torcida local durante uma belíssima troca de passes dos comandados de Wenger, com direito a toque de letra de van Persie. É fato que, após negociar Cesc Fàbregas e Samir Nasri, faz-se necessário o investimento em um ou outro reforço na equipe. Mas o mais importante é que o futebol arte segue firmemente representado por essa equipe londrina. Os dois jogadores, aliás, parabenizaram a equipe pela classificação e mostraram admiração pela performance do agora ex-clube.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Como De Hábito, Botafogo Vence Atlético Mineiro E Se Classifica
Botafogo e Atlético Mineiro se encontraram pela terceira vez em treze dias e, novamente, deu Alvinegro Carioca: com a vitória por 1a0 no estádio Engenhão, a equipe de General Severiano garantiu classificação para a fase oitavas-de-final na Copa Sul-Americana 2011 (já havia vencido o jogo de ida por 2a1) e agora retorna as atenções à liga nacional, onde fará sábado clássico com o Fluminense. O Galo, em péssimo momento na temporada, tem no clássico com o Cruzeiro a chance de tentar dar a volta por cima e esquecer essa eliminação no torneio continental, buscando sair da zona de descenso na competição doméstica.
O jogo
Mesmos clubes, porém jogos diferentes. Tamanha foi a superioridade atleticana no primeiro tempo dessa partida de volta pela Copa Sul-Americana que nem parecia que estamos falando de um jogo entre dois clubes que tinham acabado de se enfrentar três dias atrás, em duelo de desenho bem diferente. Se no sábado o Botafogo construiu a vitória com relativa facilidade, na terça-feira o que se via no Rio de Janeiro era um Atlético mais eficaz com a posse de bola e chegando em pelo menos três ocasiões com reais condições de abrir o placar. Afinal, o time visitante já entrava em campo com débito de dois gols, e não havia muito o que fazer se não atacar o adversário e tentar a classificação. Mesmo o contratempo da lesão de Dudu Cearense, que aos 15 minutos precisou sair dando lugar para o veterano Mancini, não diminuiu o ímpeto mineiro. Mas quem acabou tirando o zero do placar foram os donos da casa: quando o primeiro tempo dava pinta de terminar sem gol, o Botafogo chegou ao ataque com o argentino Germán Herrera e eis que o camisa 17 caiu na área ao se atracar com o zagueiro Leonardo Silva, em pênalti duvidoso marcado pela confusa arbitragem de Wilson Luiz Seneme. A torcida pediu e o próprio Herrera foi pra bola, colocando no canto esquerdo e dando maior tranqüilidade a um Botafogo que não fazia boa partida, mas aumentava a vantagem no confronto.
No intervalo, Caio Júnior mexeu duas vezes: na lateral-esquerda, Bruno Cortês deu lugar para Márcio Azevedo; mais à frente, o meia Felipe Menezes saiu para a entrada do atacante Alex. E o time pareceu reagir em campo, conseguindo alguns bons momentos e quase chegando ao segundo gol. Cuca, então, fez suas duas últimas mexidas às quais tinha direito: primeiro, Magno Alves entrou no lugar de Jhonata Obina; três minutos depois, aos dez, o irregular Richarlyson deu vaga para Daniel Carvalho. Os atleticanos melhoraram, reassumiram o domínio nas ações ofensivas e não chegaram ao gol basicamente devido às intervenções do goleiro Jéfferson, que novamente confirmou porque vem sendo convocado regularmente para a seleção brasileira. Ainda houve tempo para Alessandro entrar no lugar de Lucas e de ambos os times terem uma ou outra chance de mexer no placar, mas persistiu o 1a0 e a conseqüente classificação botafoguense.
O jogo
Mesmos clubes, porém jogos diferentes. Tamanha foi a superioridade atleticana no primeiro tempo dessa partida de volta pela Copa Sul-Americana que nem parecia que estamos falando de um jogo entre dois clubes que tinham acabado de se enfrentar três dias atrás, em duelo de desenho bem diferente. Se no sábado o Botafogo construiu a vitória com relativa facilidade, na terça-feira o que se via no Rio de Janeiro era um Atlético mais eficaz com a posse de bola e chegando em pelo menos três ocasiões com reais condições de abrir o placar. Afinal, o time visitante já entrava em campo com débito de dois gols, e não havia muito o que fazer se não atacar o adversário e tentar a classificação. Mesmo o contratempo da lesão de Dudu Cearense, que aos 15 minutos precisou sair dando lugar para o veterano Mancini, não diminuiu o ímpeto mineiro. Mas quem acabou tirando o zero do placar foram os donos da casa: quando o primeiro tempo dava pinta de terminar sem gol, o Botafogo chegou ao ataque com o argentino Germán Herrera e eis que o camisa 17 caiu na área ao se atracar com o zagueiro Leonardo Silva, em pênalti duvidoso marcado pela confusa arbitragem de Wilson Luiz Seneme. A torcida pediu e o próprio Herrera foi pra bola, colocando no canto esquerdo e dando maior tranqüilidade a um Botafogo que não fazia boa partida, mas aumentava a vantagem no confronto.
No intervalo, Caio Júnior mexeu duas vezes: na lateral-esquerda, Bruno Cortês deu lugar para Márcio Azevedo; mais à frente, o meia Felipe Menezes saiu para a entrada do atacante Alex. E o time pareceu reagir em campo, conseguindo alguns bons momentos e quase chegando ao segundo gol. Cuca, então, fez suas duas últimas mexidas às quais tinha direito: primeiro, Magno Alves entrou no lugar de Jhonata Obina; três minutos depois, aos dez, o irregular Richarlyson deu vaga para Daniel Carvalho. Os atleticanos melhoraram, reassumiram o domínio nas ações ofensivas e não chegaram ao gol basicamente devido às intervenções do goleiro Jéfferson, que novamente confirmou porque vem sendo convocado regularmente para a seleção brasileira. Ainda houve tempo para Alessandro entrar no lugar de Lucas e de ambos os times terem uma ou outra chance de mexer no placar, mas persistiu o 1a0 e a conseqüente classificação botafoguense.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
A seleção brasileira sub-20 iniciou a semana com uma classificação apertada: no domingo, dia catorze, os comandados de Ney Franco passaram pela Espanha no desempate por pênaltis (a partida teve um gol para cada lado nos primeiros noventa minutos e mais um gol para cada lado na meia hora de prorrogação). Veio a fase semifinal e, na quarta-feira, dia dezessete, o Brasil passou por 2a0 pelo México, a única equipe que havia avançado a esta fase sem necessidade de disputar prorrogação. Sábado, dia vinte, colonizados e colonizadores de séculos atrás se encontraram na disputa pelo título. E deu Brasil pra cima de Portugal: 3a2, com "hat-trick" de Oscar, que não havia marcado gol até então na competição em solo colombiano. O último deles deu-se aos cinco minutos no segundo tempo na prorrogação, em bola que surpreendeu o goleiro Mika e provavelmente o próprio Oscar, já que a impressão que ficou é que houve uma idéia original de cruzar a bola na área. Após a grande campanha no Sul-Americano, o Mundial vem para coroar de vez o trabalho do competente Ney Franco e preparar o terreno para uma inédita conquista olímpica. São feitos que aumentam a responsabilidade de Mano Menezes para Londres-2012. Isto é, se Mano for o treinador olímpico.
Jogada da semana
Internacional e Flamengo jogavam no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, uma partida válida pela 18ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011, domingo, dia vinte e um de agosto. Naquele momento em que os donos da casa se mandavam ao ataque, o adversário vencia por 2a1 e tinha um jogador a mais dentro de campo. Mas o Colorado mostrou que com o trio Andrezinho-Dellatorre-Damião não precisava de onze jogadores para buscar o placar. Veja a jogada iniciada pelo meio-campista e que, após passar por Dellatorre, chegou redondinha no camisa nove, que fez bonito na hora de finalizar o lance.
Jogada da semana
Internacional e Flamengo jogavam no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, uma partida válida pela 18ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011, domingo, dia vinte e um de agosto. Naquele momento em que os donos da casa se mandavam ao ataque, o adversário vencia por 2a1 e tinha um jogador a mais dentro de campo. Mas o Colorado mostrou que com o trio Andrezinho-Dellatorre-Damião não precisava de onze jogadores para buscar o placar. Veja a jogada iniciada pelo meio-campista e que, após passar por Dellatorre, chegou redondinha no camisa nove, que fez bonito na hora de finalizar o lance.
domingo, 21 de agosto de 2011
Com Um A Menos, Inter Busca O Empate Duas Vezes Diante Do Flamengo
Internacional e Flamengo jogaram no estádio Beira-Rio na tarde desse domingo, em partida válida pela 18ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011. E o empate por 2a2 parece ter sido mais saboroso aos donos da casa do que ao atual vice-líder na competição: atuando com um homem a menos desde antes do intervalo (Guiñazú foi expulso nos acréscimos da etapa inicial), o Colorado conseguiu buscar o empate por duas vezes e evitou um revés diante de um adversário que teve chance clara de abrir 3a1 e, naquela altura, praticamente consolidar a vitória.
O jogo
Ronaldinho Gaúcho, mas não gremista, retornou a Porto Alegre para enfrentar um adversário com o qual não duelava desde 2006, quando foi superado na final do Mundial de Clubes vestindo a camisa barcelonista. E o camisa dez até atuou em bom nível: buscou o jogo, descolou alguns passes caprichados e deu trabalho ao sistema defensivo alvirrubro. Logo aos três minutos, o craque revelado pelo Grêmio quase abriu o placar, aproveitando-se de vacilo na defesa colorada e encobrindo o goleiro Muriel, mas mandando para fora. Se aquela bola não entrou, aos vinte e quatro minutos o camisa dez conseguiu inaugurar o marcador com uma cobrança de falta certeira, que foi parar no canto esquerdo, escapando de uma barreira que foi deslocada por Willians na base da falta de esportividade, em irregularidade não acusada pela arbitragem.
A partida, recheada de lances polêmicos e que sugeriam a necessidade de uma repetição para minimizar as dúvidas, ganhou novo ingrediente nos instantes finais do primeiro tempo: Guiñazú, que já havia recebido cartão amarelo, levou o segundo ao cair na área oponente. Não sei se houve a penalidade, mas o argentino foi ao gramado de forma mais teatral do que meramente por uma lei de ação-e-reação, o que condiz com uma simulação. Com um homem a menos e desvantagem no placar, Dorival Júnior promoveu uma dupla troca no vestiário: saíram Tinga e Jô, entraram Andrezinho e Dellatorre. E foi exatamente Andrezinho, jogador revelado no Flamengo, que acabou se destacando na etapa complementar: esbanjando visão de jogo, passando com qualidade, imprimindo velocidade e convidando o Internacional a atacar a todo momento, o meio-campista foi figura fundamental no resultado final da partida. O gol de empate saiu aos quatro: Zé Mário levantou da esquerda, Leandro Damião ajeitou com um toque de calcanhar e o defensor-goleador Índio completou pra rede, marcando seu primeiro gol na temporada e o 28ª com a camisa do Inter.
Não parecia que o Flamengo tinha um homem a mais dentro de campo, e Vanderlei Luxemburgo resolveu tentar uma reação à subida de produção dos donos da casa promovendo duas mexidas: saíram Luiz Antônio e o argentino Bottinelli para as entradas de Luiz Philipe (vulgo "Muralha") e Jael. Não que o Rubronegro tenha necessariamente melhorado com essas substituições, mas o fato é que não demorou a sair o gol de desempate da equipe carioca: aos catorze, Jael abriu na direita com Deivid, a bola foi pra área e acabou retornando em Jael, que recebeu de Júnior César e pegou mal na bola, mas acabou tendo a alegria de vê-la entrar no canto direito. Aquela típica finalização que se ele quisesse, dificilmente conseguiria.
O jogo não era fácil, mas poderia ter sido praticamente resolvido aos trinta minutos: em jogada cheia de erros, a sorte parecia sorrir para o Flamengo, mas o cruzamento certeiro de Ronaldinho Gaúcho e a liberdade de Deivid para cabecear ao gol escancarado não foram suficientes para que o camisa nove marcasse. Desperdício que cobrou um preço dois minutos mais tarde: Andrezinho avançou pela direita, pôs na área, Dellatorre deu belo toque pelo alto para o lado e Leandro Damião concluiu de bicicleta. Golaço. Após o término da partida, Andrezinho declarou que as palavras de Dorival Júnior no intervalo foram importantes, quando o treinador teria dito que, mesmo com um homem a menos, o Inter podia buscar a virada. Não rolou a virada, mas bem que o empate teve um gostinho de ponto conquistado.
O jogo
Ronaldinho Gaúcho, mas não gremista, retornou a Porto Alegre para enfrentar um adversário com o qual não duelava desde 2006, quando foi superado na final do Mundial de Clubes vestindo a camisa barcelonista. E o camisa dez até atuou em bom nível: buscou o jogo, descolou alguns passes caprichados e deu trabalho ao sistema defensivo alvirrubro. Logo aos três minutos, o craque revelado pelo Grêmio quase abriu o placar, aproveitando-se de vacilo na defesa colorada e encobrindo o goleiro Muriel, mas mandando para fora. Se aquela bola não entrou, aos vinte e quatro minutos o camisa dez conseguiu inaugurar o marcador com uma cobrança de falta certeira, que foi parar no canto esquerdo, escapando de uma barreira que foi deslocada por Willians na base da falta de esportividade, em irregularidade não acusada pela arbitragem.
A partida, recheada de lances polêmicos e que sugeriam a necessidade de uma repetição para minimizar as dúvidas, ganhou novo ingrediente nos instantes finais do primeiro tempo: Guiñazú, que já havia recebido cartão amarelo, levou o segundo ao cair na área oponente. Não sei se houve a penalidade, mas o argentino foi ao gramado de forma mais teatral do que meramente por uma lei de ação-e-reação, o que condiz com uma simulação. Com um homem a menos e desvantagem no placar, Dorival Júnior promoveu uma dupla troca no vestiário: saíram Tinga e Jô, entraram Andrezinho e Dellatorre. E foi exatamente Andrezinho, jogador revelado no Flamengo, que acabou se destacando na etapa complementar: esbanjando visão de jogo, passando com qualidade, imprimindo velocidade e convidando o Internacional a atacar a todo momento, o meio-campista foi figura fundamental no resultado final da partida. O gol de empate saiu aos quatro: Zé Mário levantou da esquerda, Leandro Damião ajeitou com um toque de calcanhar e o defensor-goleador Índio completou pra rede, marcando seu primeiro gol na temporada e o 28ª com a camisa do Inter.
Não parecia que o Flamengo tinha um homem a mais dentro de campo, e Vanderlei Luxemburgo resolveu tentar uma reação à subida de produção dos donos da casa promovendo duas mexidas: saíram Luiz Antônio e o argentino Bottinelli para as entradas de Luiz Philipe (vulgo "Muralha") e Jael. Não que o Rubronegro tenha necessariamente melhorado com essas substituições, mas o fato é que não demorou a sair o gol de desempate da equipe carioca: aos catorze, Jael abriu na direita com Deivid, a bola foi pra área e acabou retornando em Jael, que recebeu de Júnior César e pegou mal na bola, mas acabou tendo a alegria de vê-la entrar no canto direito. Aquela típica finalização que se ele quisesse, dificilmente conseguiria.
O jogo não era fácil, mas poderia ter sido praticamente resolvido aos trinta minutos: em jogada cheia de erros, a sorte parecia sorrir para o Flamengo, mas o cruzamento certeiro de Ronaldinho Gaúcho e a liberdade de Deivid para cabecear ao gol escancarado não foram suficientes para que o camisa nove marcasse. Desperdício que cobrou um preço dois minutos mais tarde: Andrezinho avançou pela direita, pôs na área, Dellatorre deu belo toque pelo alto para o lado e Leandro Damião concluiu de bicicleta. Golaço. Após o término da partida, Andrezinho declarou que as palavras de Dorival Júnior no intervalo foram importantes, quando o treinador teria dito que, mesmo com um homem a menos, o Inter podia buscar a virada. Não rolou a virada, mas bem que o empate teve um gostinho de ponto conquistado.
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Botafogo Vence Atlético No Engenhão: 3a1
O Botafogo fez valer o mando de campo e conquistou a quarta vitória seguida atuando no estádio Engenhão, dessa vez superando o Atlético Mineiro por 3a1, pela 18ª rodada no Campeonato Brasileiro 2011. O próximo compromisso dessas duas equipes é novamente em confronto direto e nesse mesmo campo: terça-feira, o Alvinegro Carioca e o Galo Mineiro decidem uma vaga na próxima fase na Copa Sul-Americana 2011 (a partida de ida, em Ipatinga, terminou em 2a1 para o Glorioso, que se classifica mesmo em caso de derrota por 1a0).
O jogo
Como característica dos times dirigidos por Cuca, o Atlético Mineiro iniciou a partida parecendo não se intimidar com o fato de o adversário atuar em seus domínios e atravessar melhor momento na temporada: tocando a bola, fazendo inversões e se movimentando para buscar espaços, a equipe visitante esteve perto de abrir o placar no Rio de Janeiro. Bernard, que se aproximava constantemente da dupla de atacantes formada por Magno Alves e Guilherme, chutou para fora a primeira grande oportunidade da partida, assustando os torcedores botafoguenses. Mas, para alegria da maioria dos 11.100 presentes na platéia, quem saiu na frente foi o Botafogo: aos 17 minutos, Bruno Cortês abriu na direita com Lucas e o camisa dois cruzou caprichosamente na cabeça de Elkeson, que mandou no contrapé de Renan Ribeiro para inaugurar o marcador.
O Atlético até tinha mais a bola consigo, mas os sucessivos erros de passes e de domínio de bola facilitaram o trabalho dos comandados de Caio Júnior, que conseguiam se defender com relativa tranqüilidade. Mais objetivo e funcional quando no campo de ataque, o Botafogo ampliou a vantagem aos 35 minutos: Renato cobrou arremesso lateral pelo lado direito entregando para Felipe Menezes, o camisa dez tabelou com Elkeson e chutou de fora da área, rasteiro, cruzado, no canto direito. Daí foi só alegria na comemoração com o treinador e festa nas arquibancadas.
Cuca buscou alternativas e preparou duas mexidas no intervalo, colocando André e Triguinho nos lugares de Mancini e Richarlyson. Mas quem atuava melhor era o Botafogo, que, mais solto em campo, chegou ao terceiro gol aos dez minutos: Maicosuel desceu pela direita e, mesmo perdendo o equilíbrio, conseguiu cruzar rasteiro para a área. Alex chegou na bola e ajeitou para que Felipe Menezes finalizasse a jogada com um chute firme, de primeira, estufando a rede mais uma vez.
O time da casa tinha tudo para construir uma nova goleada - a exemplo do que fizera diante do Vasco -, mas diminuiu o ritmo e permitiu que o Atlético crescesse na partida. A equipe visitante encontrou três gols: enquanto os dois primeiros foram anulados sob alegação de impedimento, o último foi validado e a equipe diminuiu a desvantagem após bonita finalização de André, que pegou de primeira a bola lançada por Daniel Carvalho, no último ato antes do apito final de Wilton Pereira Sampaio.
Se na terça-feira esses times voltam a duelar pela Sul-Americana, no final-de-semana o Campeonato Brasileiro reserva um clássico para cada um no encerramento do primeiro turno: sábado, Botafogo e Fluminense; domingo, Atlético e Cruzeiro. Seriam vitórias muito bem-vindas para dar moral para a segunda metade dos compromissos na competição.
O jogo
Como característica dos times dirigidos por Cuca, o Atlético Mineiro iniciou a partida parecendo não se intimidar com o fato de o adversário atuar em seus domínios e atravessar melhor momento na temporada: tocando a bola, fazendo inversões e se movimentando para buscar espaços, a equipe visitante esteve perto de abrir o placar no Rio de Janeiro. Bernard, que se aproximava constantemente da dupla de atacantes formada por Magno Alves e Guilherme, chutou para fora a primeira grande oportunidade da partida, assustando os torcedores botafoguenses. Mas, para alegria da maioria dos 11.100 presentes na platéia, quem saiu na frente foi o Botafogo: aos 17 minutos, Bruno Cortês abriu na direita com Lucas e o camisa dois cruzou caprichosamente na cabeça de Elkeson, que mandou no contrapé de Renan Ribeiro para inaugurar o marcador.
O Atlético até tinha mais a bola consigo, mas os sucessivos erros de passes e de domínio de bola facilitaram o trabalho dos comandados de Caio Júnior, que conseguiam se defender com relativa tranqüilidade. Mais objetivo e funcional quando no campo de ataque, o Botafogo ampliou a vantagem aos 35 minutos: Renato cobrou arremesso lateral pelo lado direito entregando para Felipe Menezes, o camisa dez tabelou com Elkeson e chutou de fora da área, rasteiro, cruzado, no canto direito. Daí foi só alegria na comemoração com o treinador e festa nas arquibancadas.
Cuca buscou alternativas e preparou duas mexidas no intervalo, colocando André e Triguinho nos lugares de Mancini e Richarlyson. Mas quem atuava melhor era o Botafogo, que, mais solto em campo, chegou ao terceiro gol aos dez minutos: Maicosuel desceu pela direita e, mesmo perdendo o equilíbrio, conseguiu cruzar rasteiro para a área. Alex chegou na bola e ajeitou para que Felipe Menezes finalizasse a jogada com um chute firme, de primeira, estufando a rede mais uma vez.
O time da casa tinha tudo para construir uma nova goleada - a exemplo do que fizera diante do Vasco -, mas diminuiu o ritmo e permitiu que o Atlético crescesse na partida. A equipe visitante encontrou três gols: enquanto os dois primeiros foram anulados sob alegação de impedimento, o último foi validado e a equipe diminuiu a desvantagem após bonita finalização de André, que pegou de primeira a bola lançada por Daniel Carvalho, no último ato antes do apito final de Wilton Pereira Sampaio.
Se na terça-feira esses times voltam a duelar pela Sul-Americana, no final-de-semana o Campeonato Brasileiro reserva um clássico para cada um no encerramento do primeiro turno: sábado, Botafogo e Fluminense; domingo, Atlético e Cruzeiro. Seriam vitórias muito bem-vindas para dar moral para a segunda metade dos compromissos na competição.
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sábado, 20 de agosto de 2011
Série A 2011: 18ª Rodada E Seus Pitacos
Os vinte times participantes na primeira divisão do Campeonato Brasileiro 2011 entram em campo nesse final-de-semana. Desses, dezessete fazem seu décimo oitavo jogo no torneio - Fluminense e Grêmio têm um jogo a menos enquanto o Santos possui duas partidas de débito em relação à maioria das equipes. Aos pitacos.
Corinthians (1º) e Figueirense (10º)
Invicto há cinco jogos, o líder Corinthians recebe o Figueirense, que não vence há duas partidas e vem de derrota por 3a0 para o Fluminense. Dá Corinthians.
Botafogo (5º) e Atlético Mineiro (18º)
Os alvinegros de Rio e Minas fazem o segundo de três duelos num intervalo de dez dias. Pela Sul-Americana, o Botafogo venceu fora de casa a partida de ida por 2a1, na estréia de Cuca no Galo. Agora é uma outra competição, onde o Bota tenta entrar na zona da Libertadores e o Atlético sair da zona de descenso. Dá Botafogo.
Cruzeiro (12º) e Ceará (11º)
Com cinco derrotas nos últimos seis compromissos, o Cruzeiro de Joel Santana não pode pensar em outro resultado que não seja a vitória, até porque o jogo seguinte é um clássico diante do Atlético Mineiro. O Ceará, invicto há três partidas e vindo de um 3a0 sobre o Grêmio, porém, pode aprontar (recentemente empatou com o Corinthians, fora de casa). Dá Cruzeiro.
Internacional (7º) e Flamengo (2º)
Após estrear Dorival Júnior com vitória por 1a0 sobre o Botafogo, o Internacional tenta novo triunfo no Beira-Rio diante de mais um adversário carioca. O Flamengo, que perdeu a invencibilidade na competição na rodada passada (vexatório 4a1 para o Atlético Goianiense, no Engenhão), tenta manter-se invicto fora de casa (não perdeu nenhuma vez longe de seus domínios na presente temporada e no Brasileirão soma 4 empates e 4 vitórias na condição de visitante). Dá empate.
Avaí (19º) e Coritiba (9º)
Após dispensar o treinador Alexandre Gallo, que não resistiu ao revés de 2a0 para o Vasco, na Ressacada, o Avaí tenta interromper uma seqüência de três derrotas consecutivas diante do Coritiba, que vem de duas vitórias seguidas. Dá Coritiba.
Atlético Goianiense (14º) e Grêmio (15º)
Com a moral de quem, na rodada passada, derrubou o último invicto no torneio, o Dragão busca a terceira vitória consecutiva na competição. O Grêmio, que venceu somente um nos últimos sete jogos, corre o risco de entrar na zona de descenso nas proximidades de um clássico Gre-Nal. Dá Atlético Goianiense.
São Paulo (3º) e Palmeiras (6º)
As equipes vão para o clássico no Morumbi sem atravessar um grande momento: o Tricolor não vence há três partidas enquanto o Palmeiras soma cinco jogos sem vitória. Palpites em jogos dessa natureza costumam ser mais complicados (vide o recente 4a0 do Botafogo pra cima do dito favorito Vasco), mas vamos lá. Dá empate.
Vasco (4º) e Fluminense (8º)
O Vasco da Gama nos últimos dez jogos teve somente uma derrota (exatamente aquele 4a0 para o Botafogo). Talvez seja nesse resultado do clássico que o Flu deva se apoiar para acreditar nas suas possibilidades de sair vitorioso, até porque o adversário aparece como favorito para o duelo. Dá Vasco.
Atlético Paranaense (16º) e América Mineiro (20º)
É o jogo mais da parte debaixo da tabela: enquanto os donos da casa não querem saber de entrar na zona de descenso (têm um ponto porém dois jogos a mais que o 17º colocado, o Santos), a equipe visitante, se não pode sair daquela seção indesejável nessa rodada, pretende pelo menos deixar a lanterna para outro concorrente. Dá Atlético Paranaense.
Bahia (13º) e Santos (17º)
O Bahia demorou a conquistar a primeira vitória dentro de casa na Série A 2011, mas depois que isso aconteceu são três jogos de invencibilidade em Pituaçu. O Santos, que não ganha um jogo há três partidas e não soma um ponto há dois jogos, vai até Salvador com o intuito de voltar de lá fora da zona de descenso. Dá Bahia.
Corinthians (1º) e Figueirense (10º)
Invicto há cinco jogos, o líder Corinthians recebe o Figueirense, que não vence há duas partidas e vem de derrota por 3a0 para o Fluminense. Dá Corinthians.
Botafogo (5º) e Atlético Mineiro (18º)
Os alvinegros de Rio e Minas fazem o segundo de três duelos num intervalo de dez dias. Pela Sul-Americana, o Botafogo venceu fora de casa a partida de ida por 2a1, na estréia de Cuca no Galo. Agora é uma outra competição, onde o Bota tenta entrar na zona da Libertadores e o Atlético sair da zona de descenso. Dá Botafogo.
Cruzeiro (12º) e Ceará (11º)
Com cinco derrotas nos últimos seis compromissos, o Cruzeiro de Joel Santana não pode pensar em outro resultado que não seja a vitória, até porque o jogo seguinte é um clássico diante do Atlético Mineiro. O Ceará, invicto há três partidas e vindo de um 3a0 sobre o Grêmio, porém, pode aprontar (recentemente empatou com o Corinthians, fora de casa). Dá Cruzeiro.
Internacional (7º) e Flamengo (2º)
Após estrear Dorival Júnior com vitória por 1a0 sobre o Botafogo, o Internacional tenta novo triunfo no Beira-Rio diante de mais um adversário carioca. O Flamengo, que perdeu a invencibilidade na competição na rodada passada (vexatório 4a1 para o Atlético Goianiense, no Engenhão), tenta manter-se invicto fora de casa (não perdeu nenhuma vez longe de seus domínios na presente temporada e no Brasileirão soma 4 empates e 4 vitórias na condição de visitante). Dá empate.
Avaí (19º) e Coritiba (9º)
Após dispensar o treinador Alexandre Gallo, que não resistiu ao revés de 2a0 para o Vasco, na Ressacada, o Avaí tenta interromper uma seqüência de três derrotas consecutivas diante do Coritiba, que vem de duas vitórias seguidas. Dá Coritiba.
Atlético Goianiense (14º) e Grêmio (15º)
Com a moral de quem, na rodada passada, derrubou o último invicto no torneio, o Dragão busca a terceira vitória consecutiva na competição. O Grêmio, que venceu somente um nos últimos sete jogos, corre o risco de entrar na zona de descenso nas proximidades de um clássico Gre-Nal. Dá Atlético Goianiense.
São Paulo (3º) e Palmeiras (6º)
As equipes vão para o clássico no Morumbi sem atravessar um grande momento: o Tricolor não vence há três partidas enquanto o Palmeiras soma cinco jogos sem vitória. Palpites em jogos dessa natureza costumam ser mais complicados (vide o recente 4a0 do Botafogo pra cima do dito favorito Vasco), mas vamos lá. Dá empate.
Vasco (4º) e Fluminense (8º)
O Vasco da Gama nos últimos dez jogos teve somente uma derrota (exatamente aquele 4a0 para o Botafogo). Talvez seja nesse resultado do clássico que o Flu deva se apoiar para acreditar nas suas possibilidades de sair vitorioso, até porque o adversário aparece como favorito para o duelo. Dá Vasco.
Atlético Paranaense (16º) e América Mineiro (20º)
É o jogo mais da parte debaixo da tabela: enquanto os donos da casa não querem saber de entrar na zona de descenso (têm um ponto porém dois jogos a mais que o 17º colocado, o Santos), a equipe visitante, se não pode sair daquela seção indesejável nessa rodada, pretende pelo menos deixar a lanterna para outro concorrente. Dá Atlético Paranaense.
Bahia (13º) e Santos (17º)
O Bahia demorou a conquistar a primeira vitória dentro de casa na Série A 2011, mas depois que isso aconteceu são três jogos de invencibilidade em Pituaçu. O Santos, que não ganha um jogo há três partidas e não soma um ponto há dois jogos, vai até Salvador com o intuito de voltar de lá fora da zona de descenso. Dá Bahia.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Na Estréia De Dorival, Inter Vence Botafogo Com Gol De Damião
Internacional e Botafogo se enfrentaram no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e fizeram um jogo equilibrado. Apesar do time visitante parecer melhor organizado dentro de campo, os donos da casa conseguiram uma vitória por 1a0 na estréia de seu mais novo treinador: Dorival Júnior, ex-Atlético Mineiro.
O jogo
Desfalques de Oscar e Zé Roberto de um lado, de Elkeson e "Loco" Abreu de outro. Com ausências desse impacto, podemos pegar um pouco mais leve nas críticas ao nível de jogo de cada uma das equipes. E, de fato, as atuações de Inter e Fogo passaram longe de empolgar. O Alvinegro até chegou ao gol aos 15 minutos, mas foi correta a anulação: Antônio Carlos, que cabeceou pra rede, estava impedido no lance. A maior investida colorada na primeira etapa deu-se aos 35', e Jô só não abriu o placar naquele momento porque o goleiro Jéfferson fez defesa sensacional após cabeceio do atacante.
Veio o segundo tempo e o Inter parecia mais arisco. Aos 10 minutos, o argentino D'Alessandro pareceu querer lançar a bola na área e acabou foi direcionando a redonda até a proximidade do ângulo esquerdo, para nova intervenção mágica de Jéfferson. Aos 12', Zé Mário cruzou da esquerda, Jô desviou e Leandro Damião completou para, agora sim, tirar o zero no placar. O Inter, então, passou a administrar o resultado. O Botafogo, com o argentino Germán Herrera incansável (o que não chega a ser uma novidade), buscava de alguma forma penetrar na defesa vermelha. E, aos 30', conseguiu: Herrera encontrou Alex na proximidade da pequena área e o atacante descolou bonito chute, que explodiu com força na trave esquerda, para sorte de Muriel, que nada poderia fazer para evitar o empate botafoguense. Empate que também poderia ter ocorrido após cobrança de escanteio: Fábio Ferreira subiu bem, cabeceou com estilo digno de sua exótica cabeleira e mandou a bola perto do travessão. Sorte do Inter, talvez pegando carona naquela máxima de que troca de treinador costuma dar resultado.
O jogo
Desfalques de Oscar e Zé Roberto de um lado, de Elkeson e "Loco" Abreu de outro. Com ausências desse impacto, podemos pegar um pouco mais leve nas críticas ao nível de jogo de cada uma das equipes. E, de fato, as atuações de Inter e Fogo passaram longe de empolgar. O Alvinegro até chegou ao gol aos 15 minutos, mas foi correta a anulação: Antônio Carlos, que cabeceou pra rede, estava impedido no lance. A maior investida colorada na primeira etapa deu-se aos 35', e Jô só não abriu o placar naquele momento porque o goleiro Jéfferson fez defesa sensacional após cabeceio do atacante.
Veio o segundo tempo e o Inter parecia mais arisco. Aos 10 minutos, o argentino D'Alessandro pareceu querer lançar a bola na área e acabou foi direcionando a redonda até a proximidade do ângulo esquerdo, para nova intervenção mágica de Jéfferson. Aos 12', Zé Mário cruzou da esquerda, Jô desviou e Leandro Damião completou para, agora sim, tirar o zero no placar. O Inter, então, passou a administrar o resultado. O Botafogo, com o argentino Germán Herrera incansável (o que não chega a ser uma novidade), buscava de alguma forma penetrar na defesa vermelha. E, aos 30', conseguiu: Herrera encontrou Alex na proximidade da pequena área e o atacante descolou bonito chute, que explodiu com força na trave esquerda, para sorte de Muriel, que nada poderia fazer para evitar o empate botafoguense. Empate que também poderia ter ocorrido após cobrança de escanteio: Fábio Ferreira subiu bem, cabeceou com estilo digno de sua exótica cabeleira e mandou a bola perto do travessão. Sorte do Inter, talvez pegando carona naquela máxima de que troca de treinador costuma dar resultado.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Entre o domingo e o sábado que passaram, o Botafogo conseguiu 3 vitórias nos 3 jogos disputados naquele período. Tudo começou com um clássico diante do dito favorito Vasco da Gama, partida que o Alvinegro de General Severiano teve atuação sensacional e sapecou um inapelável 4a0 pra cima do Clube da Colina. Três dias depois, o time foi até Minas Gerais enfrentar o Atlético Mineiro, equipe que estreava o técnico Cuca, ex-Cruzeiro e com passagem marcante pelo Botafogo. E o time comandado por Caio Júnior conseguiu estrear com vitória na Copa Sul-Americana, vencendo por 2a1 e podendo avançar na competição mesmo perdendo por 1a0 no jogo de volta. E se o assunto é clube mineiro, a equipe retornou ao Rio de Janeiro e, de virada, venceu o América por 4a2, ocupando a 5ª colocação no Campeonato Brasileiro 2011. Foram 10 gols marcados e 100% de aproveitamento na semana em que completou 107 anos de fundação futebolística. Poderia ser melhor para o Botafogo?
Jogada da semana
Sabe aquele toque de bola envolvente que, historicamente, definiu o futebol arte por muito tempo praticado pela seleção brasileira? Ele deu o ar de sua graça em Stuttgart, no amistoso em que o Brasil de Mano Menezes enfrentou a Alemanha de Joachim Löw. E a jogada da semana é alemã, veja que grande performance da equipe anfitriã, finalizada por Mario Götze.
Jogada da semana
Sabe aquele toque de bola envolvente que, historicamente, definiu o futebol arte por muito tempo praticado pela seleção brasileira? Ele deu o ar de sua graça em Stuttgart, no amistoso em que o Brasil de Mano Menezes enfrentou a Alemanha de Joachim Löw. E a jogada da semana é alemã, veja que grande performance da equipe anfitriã, finalizada por Mario Götze.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Quem Seria O País Do Futebol?
O Brasil de Mano Menezes muito se parece com o Brasil de Dunga. Na partida de ontem, diante da Alemanha, a seleção brasileira voltou a jogar focada em contra-ataques. Contra-atacava bem, mas não tinha nem de longe a mesma qualidade no toque de bola que a apresentada pelos alemães. A julgar pela tradição futebolística dessas duas escolas, a conclusão que chego é que o Brasil de Ricardo Teixeira anda para trás, enquanto a Alemanha, comandada pelo competente e revolucionário Joachim Löw, avança a passos largos e de mãos dadas ao ideal do futebol arte, algo impensável uma década atrás.
Saímos da "Era Dunga", época em que os resultados apareceram mas o futebol, não. Em um ano de "Era Mano", não tivemos nem uma coisa, nem outra. Mudança no comando se faz necessário? Talvez. Mas o que deve ser modificado, sem dúvidas, é a forma de pensar o futebol da seleção brasileira. Figuras como André Santos não combinam com a história de uma camisa que já foi vestida por Nilton Santos. E o que dizer de vestir Fernandinho com a camisa 11, deixando Paulo Henrique Ganso como opção no banco e sequer convocando jogadores qualificados como Kaká e Ronaldinho Gaúcho? Alguma coisa está fora de ordem...
O jogo
A partida teve em seu início - mais precisamente na primeira terça parte do primeiro tempo - um domínio alemão. Domínio esse que invertia aquilo que conhecemos de Alemanha e Brasil: a seleção européia com a bola nos pés, trocando passes e atacando, enquanto o selecionado sul-americano respirava em esporádicos contra-ataques. A qualidade de jogadores como Lúcio, Thiago Silva e Ramires foram relevantes para, diante de cerca de 80% de tempo de posse de bola com os adversários, o Brasil ter conseguido resistir ao 0a0 até os 15 minutos do segundo tempo. A partir dali, o jogo passou a ter no placar uma maior afinidade com os acontecimentos internos às quatro linhas. Após mais uma boa troca de passes, a Alemanha entrou na área brasileira e lá ocorreu um choque entre Lúcio e Toni Kroos, em lance onde a interpretação de pênalti é altamente subjetiva. Para o húngaro Viktor Kassai, houve a penalidade. Para o ótimo Bastian Schweinsteger foi a oportunidade de abrir o placar, que ele aproveitou com uma cobrança bem realizada, no quadrante 11, estufando a rede e sacodindo uma câmera que estava posicionada ali por perto da trave direita.
Com 21 minutos, Schweinsteiger iniciou magistralmente a jogada que resultou no segundo gol da equipe da casa. Um gol com o "carimbo Joachim Löw de qualidade", isto é, através de toques rápidos e objetivos. O camisa 7 fez "1-2" com Miroslav Klose e serviu Mario Götze com primorosa enfiada de bola. O jovem de 19 anos, campeão alemão com o Borussia Dortmund na última temporada, driblou o goleiro Júlio César e mandou pra rede. 2a0 Alemanha, para agitação de flâmulas listradas horizontalmente em preto, vermelho e amarelo, que davam o colorido nacionalista em Stuttgart.
Quatro minutos depois, um carrinho do capitão alemão Philipp Lahm para desarmar Daniel Alves dentro da área foi interpretado equivocadamente como pênalti por Viktor Kassai. Depois de quatro cobranças desperdiçadas diante dos paraguaios, aquele que seria o quinto a cobrar naquela disputa em La Plata partiu pra bola e... fez o primeiro gol brasileiro: Robinho, mandando no canto direito.
Naquela altura, o Brasil já estava com PH Ganso no lugar de Fernandinho, jogador que apareceu mais cometendo faltas do que criando ocasiões de gol. Talvez inspirado pelo jogador escolhido como titular, uma das primeiras participações de Ganso deu-se com o meia cometendo falta dura, que resultou no primeiro e único cartão amarelo mostrado por Kassai na partida. Na marca de 34 minutos, André Santos, que não apoiava o ataque e nem neutralizava as jogadas ofensivas alemães pelo seu setor, errou na saída de bola e acabou desarmado limpamente por Schweinsteiger. E que beleza de jogador é esse meio-campista do Bayern de Munique: correto na proteção da defesa, eficaz no toque de bola, astuto nas finalizações e incansável no deslocamento, o versátil atleta de 27 anos não somente tirou a redonda de André como serviu caprichosamente o companheiro André Schürrle. A finalização do atacante de 20 anos foi muito bonita, indo parar no ângulo direito.
Se Mano já havia trocado Alexandre Pato por Fred cerca de três minutos antes de levar o terceiro gol alemão, após o 3a1 o treinador trouxe a campo dois jogadores que atuam em campos alemães: entraram o estreante Luiz Gustavo (companheiro de Schweinsteiger no Bayern) e Renato Augusto (que joga com Schürrle no Leverkusen) e saíram André Santos (tomara que para nunca mais retornar) e Robinho (um dos melhores brasileiros em campo, atuando como meia-de-ligação).
Nos acréscimos, Neymar recebeu na proximidade da área, Fred o acompanhou atraindo a marcação, e o santista resolveu o lance sozinho, finalizando rasteiro no canto direito e diminuindo a derrota para 3a2. Entre amistosos com as seleções uruguaia (2a1) e brasileira (3a2), e partidas pelas eliminatórias para a Eurocopa 2012 com Áustria (2a1) e Azerbaijão (3a1), esta foi a quarta vitória consecutiva de uma Alemanha que tem tudo para ser uma das sensações nos torneios vindouros. Com bons resultados desde 2002 e bom futebol desde que Löw assumiu após a Copa 2006, os tricampeões mundiais têm todo o direito de sonhar com uma quarta estrela na camisa no Mundial a ser disputado no Brasil: renovada, rápida, entrosada e envolvente, a Alemanha de Löw está hoje entre os times que mais gosto de ver atuar. Enquanto isso, o Brasil de Mano - que venceu somente o Equador em quatro jogos de Copa América - soma mais uma derrota em partidas com os ditos "adversários top": perdeu para a Argentina em campo neutro (1a0), para a França fora de casa (1a0), empatou em casa com a Holanda (0a0) e, se por um lado conseguiu marcar gols na Alemanha, tomou 3 e conheceu mais um revés.
Ninguém em sã consciência pediria pelo retorno de Dunga (pelo menos espero que não). Mas, analisando jogo a jogo, escalação a escalação, convocação a convocação, estimo que a passagem de Mano Menezes não esteja nada satisfatória. E a julgar pelo que venho vendo dele na seleção, não vislumbro grandes horizontes no caso de sua permanência no comando técnico canarinho.
Saímos da "Era Dunga", época em que os resultados apareceram mas o futebol, não. Em um ano de "Era Mano", não tivemos nem uma coisa, nem outra. Mudança no comando se faz necessário? Talvez. Mas o que deve ser modificado, sem dúvidas, é a forma de pensar o futebol da seleção brasileira. Figuras como André Santos não combinam com a história de uma camisa que já foi vestida por Nilton Santos. E o que dizer de vestir Fernandinho com a camisa 11, deixando Paulo Henrique Ganso como opção no banco e sequer convocando jogadores qualificados como Kaká e Ronaldinho Gaúcho? Alguma coisa está fora de ordem...
O jogo
A partida teve em seu início - mais precisamente na primeira terça parte do primeiro tempo - um domínio alemão. Domínio esse que invertia aquilo que conhecemos de Alemanha e Brasil: a seleção européia com a bola nos pés, trocando passes e atacando, enquanto o selecionado sul-americano respirava em esporádicos contra-ataques. A qualidade de jogadores como Lúcio, Thiago Silva e Ramires foram relevantes para, diante de cerca de 80% de tempo de posse de bola com os adversários, o Brasil ter conseguido resistir ao 0a0 até os 15 minutos do segundo tempo. A partir dali, o jogo passou a ter no placar uma maior afinidade com os acontecimentos internos às quatro linhas. Após mais uma boa troca de passes, a Alemanha entrou na área brasileira e lá ocorreu um choque entre Lúcio e Toni Kroos, em lance onde a interpretação de pênalti é altamente subjetiva. Para o húngaro Viktor Kassai, houve a penalidade. Para o ótimo Bastian Schweinsteger foi a oportunidade de abrir o placar, que ele aproveitou com uma cobrança bem realizada, no quadrante 11, estufando a rede e sacodindo uma câmera que estava posicionada ali por perto da trave direita.
Bastian Schweinsteiger convertendo o pênalti que abriu o placar em Stuttgart: com atuação fantástica, jogador participou diretamente dos 3 gols alemães no jogo.
Com 21 minutos, Schweinsteiger iniciou magistralmente a jogada que resultou no segundo gol da equipe da casa. Um gol com o "carimbo Joachim Löw de qualidade", isto é, através de toques rápidos e objetivos. O camisa 7 fez "1-2" com Miroslav Klose e serviu Mario Götze com primorosa enfiada de bola. O jovem de 19 anos, campeão alemão com o Borussia Dortmund na última temporada, driblou o goleiro Júlio César e mandou pra rede. 2a0 Alemanha, para agitação de flâmulas listradas horizontalmente em preto, vermelho e amarelo, que davam o colorido nacionalista em Stuttgart.
Quatro minutos depois, um carrinho do capitão alemão Philipp Lahm para desarmar Daniel Alves dentro da área foi interpretado equivocadamente como pênalti por Viktor Kassai. Depois de quatro cobranças desperdiçadas diante dos paraguaios, aquele que seria o quinto a cobrar naquela disputa em La Plata partiu pra bola e... fez o primeiro gol brasileiro: Robinho, mandando no canto direito.
Naquela altura, o Brasil já estava com PH Ganso no lugar de Fernandinho, jogador que apareceu mais cometendo faltas do que criando ocasiões de gol. Talvez inspirado pelo jogador escolhido como titular, uma das primeiras participações de Ganso deu-se com o meia cometendo falta dura, que resultou no primeiro e único cartão amarelo mostrado por Kassai na partida. Na marca de 34 minutos, André Santos, que não apoiava o ataque e nem neutralizava as jogadas ofensivas alemães pelo seu setor, errou na saída de bola e acabou desarmado limpamente por Schweinsteiger. E que beleza de jogador é esse meio-campista do Bayern de Munique: correto na proteção da defesa, eficaz no toque de bola, astuto nas finalizações e incansável no deslocamento, o versátil atleta de 27 anos não somente tirou a redonda de André como serviu caprichosamente o companheiro André Schürrle. A finalização do atacante de 20 anos foi muito bonita, indo parar no ângulo direito.
Se Mano já havia trocado Alexandre Pato por Fred cerca de três minutos antes de levar o terceiro gol alemão, após o 3a1 o treinador trouxe a campo dois jogadores que atuam em campos alemães: entraram o estreante Luiz Gustavo (companheiro de Schweinsteiger no Bayern) e Renato Augusto (que joga com Schürrle no Leverkusen) e saíram André Santos (tomara que para nunca mais retornar) e Robinho (um dos melhores brasileiros em campo, atuando como meia-de-ligação).
Nos acréscimos, Neymar recebeu na proximidade da área, Fred o acompanhou atraindo a marcação, e o santista resolveu o lance sozinho, finalizando rasteiro no canto direito e diminuindo a derrota para 3a2. Entre amistosos com as seleções uruguaia (2a1) e brasileira (3a2), e partidas pelas eliminatórias para a Eurocopa 2012 com Áustria (2a1) e Azerbaijão (3a1), esta foi a quarta vitória consecutiva de uma Alemanha que tem tudo para ser uma das sensações nos torneios vindouros. Com bons resultados desde 2002 e bom futebol desde que Löw assumiu após a Copa 2006, os tricampeões mundiais têm todo o direito de sonhar com uma quarta estrela na camisa no Mundial a ser disputado no Brasil: renovada, rápida, entrosada e envolvente, a Alemanha de Löw está hoje entre os times que mais gosto de ver atuar. Enquanto isso, o Brasil de Mano - que venceu somente o Equador em quatro jogos de Copa América - soma mais uma derrota em partidas com os ditos "adversários top": perdeu para a Argentina em campo neutro (1a0), para a França fora de casa (1a0), empatou em casa com a Holanda (0a0) e, se por um lado conseguiu marcar gols na Alemanha, tomou 3 e conheceu mais um revés.
Ninguém em sã consciência pediria pelo retorno de Dunga (pelo menos espero que não). Mas, analisando jogo a jogo, escalação a escalação, convocação a convocação, estimo que a passagem de Mano Menezes não esteja nada satisfatória. E a julgar pelo que venho vendo dele na seleção, não vislumbro grandes horizontes no caso de sua permanência no comando técnico canarinho.
Mano Menezes esbraveja enquanto Joachim Löw observa: trabalho do brasileiro vem sendo cada vez mais colocado em dúvida enquanto o futebol arte agradece os serviços prestados pelo alemão.
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
Copa Sul-Americana 2011: À Caminho Da Libertadores 2012
Começou em 2 de agosto e vai até 14 de dezembro a disputa da Copa Sul-Americana 2011, atual segunda competição mais importante no continente. A exemplo da edição passada - vencida pelo Independiente -, o campeão garante vaga na Copa Libertadores da América no ano seguinte.
O Brasil é o país com mais representantes (são oito: Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Botafogo, Ceará, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco), seguido pela Argentina (além do atual campeão Independiente, há outras seis equipes argentinas: Argentinos Juniors, Arsenal de Sarandí, Estudiantes, Godoy Cruz, Lanús e Vélez Sarsfield). Os demais oito países representados na competição levam três clubes cada: Aurora, San José, The Strongest (Bolívia), Deportes Iquique, Universidad Católica, Universidad de Chile (Chile), Deportivo Cali, La Equidad, Santa Fé (Colômbia), Deportivo Quito, Emelec, LDU (Equador), Libertad, Nacional, Olímpia (Paraguai), Juan Aurich, Universidad César Vallejo, Universitário (Peru), Bella Vista, Fênix, Nacional (Uruguai), Deportivo Anzoátegui, Trujillanos e Yaracuyanos (Venezuela).
As equipes argentinas e brasileiras iniciam sua participação a partir da segunda fase, com exceção do Independiente, que já está automaticamente garantido na fase oitavas-de-final. Eis os duelos envolvendo clubes argentinos e brasileiros na segunda fase - todos eles confrontos caseiros (partidas envolvendo um brasileiro e um argentino só poderão acontecer a partir da fase quartas-de-final).
Argentinos Juniors e Vélez Sarsfield (jogos em 1º de setembro e 8 de setembro)
Vasco e Palmeiras (jogos em 11 de agosto e 25 de agosto)
Arsenal de Sarandí e Estudiantes (jogos em 30 de agosto e 6 de setembro)
Atlético Mineiro e Botafogo (jogos em 10 de agosto e 23 de agosto)
Lanús e Godoy Cruz (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Ceará e São Paulo (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Flamengo e Atlético Paranaense (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Não é nada recomendável dar um pitaco nessa altura do campeonato. Explica-se: a Copa Sul-Americana costuma "engrenar" mais próximo de seu desfecho. Nessas primeiras fases eliminatórias, muitos clubes simplesmente priorizam suas ligas nacionais e escalam equipes recheadas de reservas na competição continental. Uma questão de prioridade, que muitas das vezes gera arrependimento a um time eventualmente eliminado, com aquela sensação de "não consegui a vaga na Libertadores através do campeonato doméstico e poderia tê-la conquistado pela Copa Sul-Americana". O fato é que argentinos e brasileiros têm, sim, algum favoritismo. Mas não se pode desprezar o peso da camisa de equipes como o Nacional do Uruguai, a Univeridad de Chile e a equatoriana LDU. Além, é claro, do fator surpresa: quem imaginaria que Argentina e Brasil cairiam na fase quartas-de-final na Copa América 2011 e Peru e Venezuela marcariam presença na fase semifinal? Coisas do futebol.
O Brasil é o país com mais representantes (são oito: Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Botafogo, Ceará, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco), seguido pela Argentina (além do atual campeão Independiente, há outras seis equipes argentinas: Argentinos Juniors, Arsenal de Sarandí, Estudiantes, Godoy Cruz, Lanús e Vélez Sarsfield). Os demais oito países representados na competição levam três clubes cada: Aurora, San José, The Strongest (Bolívia), Deportes Iquique, Universidad Católica, Universidad de Chile (Chile), Deportivo Cali, La Equidad, Santa Fé (Colômbia), Deportivo Quito, Emelec, LDU (Equador), Libertad, Nacional, Olímpia (Paraguai), Juan Aurich, Universidad César Vallejo, Universitário (Peru), Bella Vista, Fênix, Nacional (Uruguai), Deportivo Anzoátegui, Trujillanos e Yaracuyanos (Venezuela).
As equipes argentinas e brasileiras iniciam sua participação a partir da segunda fase, com exceção do Independiente, que já está automaticamente garantido na fase oitavas-de-final. Eis os duelos envolvendo clubes argentinos e brasileiros na segunda fase - todos eles confrontos caseiros (partidas envolvendo um brasileiro e um argentino só poderão acontecer a partir da fase quartas-de-final).
Argentinos Juniors e Vélez Sarsfield (jogos em 1º de setembro e 8 de setembro)
Vasco e Palmeiras (jogos em 11 de agosto e 25 de agosto)
Arsenal de Sarandí e Estudiantes (jogos em 30 de agosto e 6 de setembro)
Atlético Mineiro e Botafogo (jogos em 10 de agosto e 23 de agosto)
Lanús e Godoy Cruz (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Ceará e São Paulo (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Flamengo e Atlético Paranaense (jogos em 10 de agosto e 24 de agosto)
Não é nada recomendável dar um pitaco nessa altura do campeonato. Explica-se: a Copa Sul-Americana costuma "engrenar" mais próximo de seu desfecho. Nessas primeiras fases eliminatórias, muitos clubes simplesmente priorizam suas ligas nacionais e escalam equipes recheadas de reservas na competição continental. Uma questão de prioridade, que muitas das vezes gera arrependimento a um time eventualmente eliminado, com aquela sensação de "não consegui a vaga na Libertadores através do campeonato doméstico e poderia tê-la conquistado pela Copa Sul-Americana". O fato é que argentinos e brasileiros têm, sim, algum favoritismo. Mas não se pode desprezar o peso da camisa de equipes como o Nacional do Uruguai, a Univeridad de Chile e a equatoriana LDU. Além, é claro, do fator surpresa: quem imaginaria que Argentina e Brasil cairiam na fase quartas-de-final na Copa América 2011 e Peru e Venezuela marcariam presença na fase semifinal? Coisas do futebol.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Vindo de seis jogos sem vitória, o Figueirense conseguiu dar a volta por cima nessa última semana. Recebendo o Botafogo no estádio Orlando Scarpelli, quarta-feira, o time comandado por Jorginho (ex-auxiliar de Dunga na seleção brasileira) venceu por 2a0 com gols de Édson Silva (zagueiro que já atuou no Botafogo) e Júlio César, cobrando um pênalti que, na verdade, foi marcado equivocadamente pelo árbitro Wagner Reway (se houve alguma infração, esta deu-se fora da área). Três dias depois, o Figueira foi até o estádio João Lamego, em Ipatinga, e lá venceu o Atlético Mineiro (2a1, com Elias marcando ambos os gols da equipe visitante), no que acabou sendo o último jogo de Dorival Júnior no Galo, pois o treinador veio a ser demitido após esse revés. Foi a primeira vitória do Alvinegro Catarinense atuando fora de casa nesse Campeonato Brasileiro.
Com 22 pontos e aparecendo na 8ª colocação, o Figueirense não é uma equipe a se ter em conta nem para a disputa do título, nem para disputar uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Porém, aparece como um time que pode "arrancar" pontos de equipes consideradas favoritas e manter-se - por que não? - na primeira metade da tabela de classificação. Algo bastante bacana para um clube com passagem recente pela Série B brasileira.
Jogada da semana
A temporada está apenas começando na Europa, mas o Manchester United já conseguiu marcar um gol daqueles que indicam um grande entrosamento na equipe. Aliás, entrosamento apenas não basta para fazer o que esses jogadores fizeram diante do Manchester City, na decisão da Supercopa Inglesa: é necessário também talento. Coisa que o português Nani tem de sobra - e é legal quando o utiliza em favor do time.
Clique e veja o 2º gol do Manchester United na partida em que começaram perdendo por 2a0 para os Citizens mas acabaram conseguindo a virada e o conseqüente título na "Community Shield".
Com 22 pontos e aparecendo na 8ª colocação, o Figueirense não é uma equipe a se ter em conta nem para a disputa do título, nem para disputar uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Porém, aparece como um time que pode "arrancar" pontos de equipes consideradas favoritas e manter-se - por que não? - na primeira metade da tabela de classificação. Algo bastante bacana para um clube com passagem recente pela Série B brasileira.
Jogada da semana
A temporada está apenas começando na Europa, mas o Manchester United já conseguiu marcar um gol daqueles que indicam um grande entrosamento na equipe. Aliás, entrosamento apenas não basta para fazer o que esses jogadores fizeram diante do Manchester City, na decisão da Supercopa Inglesa: é necessário também talento. Coisa que o português Nani tem de sobra - e é legal quando o utiliza em favor do time.
Clique e veja o 2º gol do Manchester United na partida em que começaram perdendo por 2a0 para os Citizens mas acabaram conseguindo a virada e o conseqüente título na "Community Shield".
domingo, 7 de agosto de 2011
Goleada E Um Baile Como Cortesia
Botafogo e Vasco fizeram um grande jogo nessa noite de domingo. Também pudera: além de se tratar de um clássico, a partida reunia duas equipes com boas campanhas na competição. Dentro de campo, porém, o que se viu foi um amplo domínio botafoguense, que soube se impôr territorialmente, soube se defender quando necessário e, talvez principalmente, soube exatamente o que fazer com a bola para chegar aos gols. Numa única expressão: o Botafogo soube jogar futebol.
O jogo
Natural que o momento recente vivido pelas duas equipes pudesse pressupôr que o Vasco fosse favorito. Porém, mais natural ainda que, por se tratar de um clássico, qualquer prognóstico dado antes de a bola rolar possa ser considerado imprudente. Afinal, estamos falando daquelas partidas onde, mais do que nos jogos comuns, tudo pode acontecer de uma maneira um tanto diferente do "esperado". A julgar pela declaração do treinador alvinegro Caio Júnior, é capaz que ele próprio tenha se surpreendido com os acontecimentos que estavam por se desenrolar. É que Caio afirmara, pouco antes de o jogo ter início, que escalou Bruno Cortês para "segurar" Éder Luís e optou por Lucas na lateral-direita para que o Botafogo atuasse mais pelo flanco destro. Só que o que se viu foi um baile do recém-casado camisa 6, que tomou conta do lado esquerdo e ainda se aventurou pela zona central, lembrando grandes atuações de quando, no início desse ano, vestia a camisa do Nova Iguaçu (o que inclui uma performance destacável diante do próprio Vasco).
O gol inaugural, porém, saiu pela direita: aos nove minutos, Renato cobrou escanteio daquele lado e Antônio Carlos cabeceou como manda o figurino, mandando cruzado no canto direito e tirando do alcance do goleiro Fernando Prass. O Vasco ia responder na mesma moeda: cobrando escanteio. Felipe levantou a partir da esquerda, Alecsandro chegou na bola e cabeceou bem. Só que melhor ainda foi a intervenção do goleiro Jéfferson, que defendeu espetacularmente uma bola daquelas que parecem indefensáveis.
Mantendo a bola no chão e partindo com objetividade ao ataque, o Botafogo mostrava condições de ampliar a vantagem. Principalmente quando a bola passava pelos pés do cabeludo Cortês, que escapava da marcação com incrível facilidade e distribuía jogo com visível competência. Aos 24 minutos, ele fez fila, tabelou com Sebastián "El Loco" Abreu, mas a defesa vascaína conseguiu recuperar a bola. Três minutos depois, o segundo gol alvinegro: Cortês avançou pelo meio em alta velocidade, passou no espaço vazio encontrando Germán Herrera, o camisa 17 evitou a marcação de Dedé e chutou firme. Fernando até conseguiu espalmar, mas quem aparecer no local e no tempo exatos foi "Loco" Abreu. E aí, amigo, é um abraço: chute de primeira com a perna direita e 2a0 Botafogo no placar.
Havia mais guardado para o primeiro tempo: aos 40', Lucas apoiou pela direita, cruzou, Prass deu um tapa na bola e ela chegou em Elkeson. O camisa 9 tratou de escorar com um cabeceio e dessa forma serviu o homem certo para finalizar o lance: Abreu, que com a perna esquerda mandou no canto direito para transformar a vitória em goleada. 3a0 Botafogo.
Voltando com Juninho Pernambucano no lugar de Márcio Careca, Ricardo Gomes deslocou Jumar para a lateral-esquerda e ganhou mais criatividade no setor de meio-campo. Buscando o ataque para ter alguma chance na partida, o Vasco concedia espaços ao Botafogo e a equipe os explorava preferencialmente pelo lado esquerdo, onde Elkeson e Cortês costumeiramente levavam vantagem sobre a defesa oponente. E foi por ali que "nasceu" o que seria o quarto gol: aos 15 minutos, Cortês cruzou, a bola passou por Herrera e chegou em Abreu, que mandou de primeira carimbando o travessão. Capricho dos deuses do futebol, era o "hat-trick" do uruguaio que se desenhava mas que acabou ficando somente no esboço (isso porque dez minutos antes, Abreu cabeceou no ângulo esquerdo uma bola que só não entrou porque Fernando Prass conseguiu evitar).
Vieram sucessivas substituições (no Vasco, saíram Éder Luís e Felipe, entraram Julinho e Leandro; no Botafogo, Cortês deu lugar a Márcio Azevedo enquanto os meias Elkeson e Felipe Menezes deram lugares para Cidinho e Lucas Zen), mas, antes disso, quem saiu de campo foi Diego Souza, que "inventou" de ser expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique: o camisa 10 vascaíno cometeu falta em Cortês e, não satisfeito com o correto cartão amarelo que lhe coube, desrespeitou o árbitro e foi corretamente eliminado pelo segundo amarelo.
O Botafogo seguiu melhor, mas sem aquela mesma desenvoltura de antes. Só que faltava o gol de uma das figuras mais trabalhadoras em campo. E ele aconteceu nos acréscimos: aos 46, Renato recuperou a bola, carregou e passou na medida para Herrera, que dominou e chutou cruzado para estufar pela última vez a rede adversária. Um Fogão de 4 bocas, com a licença do trocadilho. Vale mais do que 3 pontos.
Nos palpites da rodada, o blogueiro acertou 50% dos pitacos. E acredita ter assistido o melhor jogo do final-de-semana.
O jogo
Natural que o momento recente vivido pelas duas equipes pudesse pressupôr que o Vasco fosse favorito. Porém, mais natural ainda que, por se tratar de um clássico, qualquer prognóstico dado antes de a bola rolar possa ser considerado imprudente. Afinal, estamos falando daquelas partidas onde, mais do que nos jogos comuns, tudo pode acontecer de uma maneira um tanto diferente do "esperado". A julgar pela declaração do treinador alvinegro Caio Júnior, é capaz que ele próprio tenha se surpreendido com os acontecimentos que estavam por se desenrolar. É que Caio afirmara, pouco antes de o jogo ter início, que escalou Bruno Cortês para "segurar" Éder Luís e optou por Lucas na lateral-direita para que o Botafogo atuasse mais pelo flanco destro. Só que o que se viu foi um baile do recém-casado camisa 6, que tomou conta do lado esquerdo e ainda se aventurou pela zona central, lembrando grandes atuações de quando, no início desse ano, vestia a camisa do Nova Iguaçu (o que inclui uma performance destacável diante do próprio Vasco).
O gol inaugural, porém, saiu pela direita: aos nove minutos, Renato cobrou escanteio daquele lado e Antônio Carlos cabeceou como manda o figurino, mandando cruzado no canto direito e tirando do alcance do goleiro Fernando Prass. O Vasco ia responder na mesma moeda: cobrando escanteio. Felipe levantou a partir da esquerda, Alecsandro chegou na bola e cabeceou bem. Só que melhor ainda foi a intervenção do goleiro Jéfferson, que defendeu espetacularmente uma bola daquelas que parecem indefensáveis.
Mantendo a bola no chão e partindo com objetividade ao ataque, o Botafogo mostrava condições de ampliar a vantagem. Principalmente quando a bola passava pelos pés do cabeludo Cortês, que escapava da marcação com incrível facilidade e distribuía jogo com visível competência. Aos 24 minutos, ele fez fila, tabelou com Sebastián "El Loco" Abreu, mas a defesa vascaína conseguiu recuperar a bola. Três minutos depois, o segundo gol alvinegro: Cortês avançou pelo meio em alta velocidade, passou no espaço vazio encontrando Germán Herrera, o camisa 17 evitou a marcação de Dedé e chutou firme. Fernando até conseguiu espalmar, mas quem aparecer no local e no tempo exatos foi "Loco" Abreu. E aí, amigo, é um abraço: chute de primeira com a perna direita e 2a0 Botafogo no placar.
Havia mais guardado para o primeiro tempo: aos 40', Lucas apoiou pela direita, cruzou, Prass deu um tapa na bola e ela chegou em Elkeson. O camisa 9 tratou de escorar com um cabeceio e dessa forma serviu o homem certo para finalizar o lance: Abreu, que com a perna esquerda mandou no canto direito para transformar a vitória em goleada. 3a0 Botafogo.
Voltando com Juninho Pernambucano no lugar de Márcio Careca, Ricardo Gomes deslocou Jumar para a lateral-esquerda e ganhou mais criatividade no setor de meio-campo. Buscando o ataque para ter alguma chance na partida, o Vasco concedia espaços ao Botafogo e a equipe os explorava preferencialmente pelo lado esquerdo, onde Elkeson e Cortês costumeiramente levavam vantagem sobre a defesa oponente. E foi por ali que "nasceu" o que seria o quarto gol: aos 15 minutos, Cortês cruzou, a bola passou por Herrera e chegou em Abreu, que mandou de primeira carimbando o travessão. Capricho dos deuses do futebol, era o "hat-trick" do uruguaio que se desenhava mas que acabou ficando somente no esboço (isso porque dez minutos antes, Abreu cabeceou no ângulo esquerdo uma bola que só não entrou porque Fernando Prass conseguiu evitar).
Vieram sucessivas substituições (no Vasco, saíram Éder Luís e Felipe, entraram Julinho e Leandro; no Botafogo, Cortês deu lugar a Márcio Azevedo enquanto os meias Elkeson e Felipe Menezes deram lugares para Cidinho e Lucas Zen), mas, antes disso, quem saiu de campo foi Diego Souza, que "inventou" de ser expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique: o camisa 10 vascaíno cometeu falta em Cortês e, não satisfeito com o correto cartão amarelo que lhe coube, desrespeitou o árbitro e foi corretamente eliminado pelo segundo amarelo.
O Botafogo seguiu melhor, mas sem aquela mesma desenvoltura de antes. Só que faltava o gol de uma das figuras mais trabalhadoras em campo. E ele aconteceu nos acréscimos: aos 46, Renato recuperou a bola, carregou e passou na medida para Herrera, que dominou e chutou cruzado para estufar pela última vez a rede adversária. Um Fogão de 4 bocas, com a licença do trocadilho. Vale mais do que 3 pontos.
Nos palpites da rodada, o blogueiro acertou 50% dos pitacos. E acredita ter assistido o melhor jogo do final-de-semana.
sábado, 6 de agosto de 2011
Série A 2011: 15ª Rodada E Seus Pitacos
Nesse final-de-semana o Campeonato Brasileiro 2011 será disputado em sua décima quinta jornada, com três jogos no sábado e os outros sete no domingo. Vale lembrar que Corinthians, Fluminense e Grêmio têm um jogo a menos que a maioria dos times, enquanto o Santos encontra-se com três partidas em débito. Hora de pitaquear.
Palmeiras (5º) e Grêmio (15º)
Tendo somado sete pontos nos últimos três jogos, o Palmeiras é favorito nesse jogo onde recebe o Grêmio, que (re)estréia o treinador Celso Roth. Além do mau momento que atravessa na temporada (não vence há quatro partidas), o Tricolor Gaúcho triunfou somente uma vez como visitante nesse Brasileirão. Dá Palmeiras.
Flamengo (2º) e Coritiba (10º)
Único invicto na competição e engrenado numa série de três vitórias consecutivas (além de ser a atual "Equipe da Semana"), o Flamengo enfrenta o vice-campeão da Copa do Brasil no estádio Engenhão com expectativa de grande público. Resta saber como se comportará este irregular Coritiba, que fez um primeiro semestre muito elogiado pela mídia mas atravessa momento de resultados nada empolgantes. Dá Flamengo.
Atlético/MG (13º) e Figueirense (9º)
Desde iniciada a Série A 2011, o Atlético Mineiro somente conseguiu em três partidas não ser vazado pelo adversário. E é aí onde estão 75% das vitórias da equipe na competição: quando não levou gol. O Figueirense, que reencontrou a vitória na rodada passada após seis duelos sem vencer, tem um dos piores ataques na competição, com média inferior a um gol por jogo (marcou 13 em 14). Dá Atlético/MG.
Santos (18º) e Ceará (12º)
Duas equipes que encontram-se em momento adverso na temporada. O Santos vem de três derrotas consecutivas e o Ceará foi goleado em seus dois últimos compromissos. Time por time, o do Santos é mais forte. Momento por momento, a concorrência está acirrada para ver quem está em pior fase. Dá Santos.
Internacional (8º) e Cruzeiro (11º)
Sem marcar gol há duas rodadas (desde que disputou dois amistosos internacionais com Barcelona e Milan), o Colorado tenta reencontrar a vitória nessa partida em que recebe o Cruzeiro, que soma três derrotas nos últimos três compromissos, sem nenhum gol marcado nesse período. Que diferença dos tempos de Cuca para os de Joel... Dá Internacional.
Atlético/PR (19º) e Corinthians (1º)
Vice-lanterna recebendo o líder na competição. Na maioria dos torneios pelo mundo, isso indicaria que o visitante é favorito para somar os três pontos. Não necessariamente quando se trata de Campeonato Brasileiro: o time que até a décima rodada não venceu ninguém, soma três vitórias nos últimos quatro jogos e tem todos os motivos para crer num novo triunfo. Até pouco tempo atrás invicto, o Timão perdeu dois jogos em seqüência e foi reencontrar a vitória diante do lanterna América. Dá empate.
América/MG (20º) e Fluminense (7º)
O Coelho estreou no Brasileiro vencendo o Bahia. Depois, nenhuma vitória. O Fluminense, único time que não empatou na competição, atravessa momento positivo com Abel Braga no comando, vencendo três de seus quatro últimos jogos. Dá Fluminense.
Botafogo (6º) e Vasco (4º)
É o clássico e também o jogo teoricamente mais forte na rodada presente. Campeão na Copa do Brasil 2011 e somando seis jogos seguidos de invencibilidade (com direito a cinco vitórias nesse período), o Vasco leva um ligeiro favoritismo para essa partida a ser disputada no estádio Engenhão. Os botafoguenses mais supersticiosos devem recordar que suas últimas duas trocas de treinador aconteceram após derrotas para esse mesmo adversário (Estevam Soares caiu após goleada de 6a0 na Taça Guanabara 2010 e Joel Santana encerrou sua passagem pelo clube após revés por 2a0 na Taça Rio 2011) - Caio Júnior deve estar atento. Dá empate.
Avaí (17º) e São Paulo (3º)
No reencontro após o duelo pelas quartas-de-final na Copa do Brasil 2011 (quando o Avaí eliminou o São Paulo), a equipe da casa busca sua terceira vitória consecutiva para pular fora da zona de descenso. O Tricolor, que vem alternando bons e maus resultados desde antes de Adílson Batista ter assumido o cargo de treinador, vai à Ressacada para manter-se na zona de Libertadores e, quem sabe, aproximar-se do topo da tabela. Dá empate.
Bahia (14º) e Atlético/GO (16º)
Duas equipes que levaram 3a0 na rodada passada (o Bahia para o São Paulo e o Atlético Goianiense para o Paranaense) fazem jogo onde o objetivo comum é o de não entrar na zona de descenso. O Bahia demorou para vencer diante de sua fanática torcida (só conseguiu isso no sexto e mais recente compromisso em Pituaçu), e agora vamos ver se aquela vitória teve um efeito de "abrir a porteira". Acho que sim. Dá Bahia.
Palmeiras (5º) e Grêmio (15º)
Tendo somado sete pontos nos últimos três jogos, o Palmeiras é favorito nesse jogo onde recebe o Grêmio, que (re)estréia o treinador Celso Roth. Além do mau momento que atravessa na temporada (não vence há quatro partidas), o Tricolor Gaúcho triunfou somente uma vez como visitante nesse Brasileirão. Dá Palmeiras.
Flamengo (2º) e Coritiba (10º)
Único invicto na competição e engrenado numa série de três vitórias consecutivas (além de ser a atual "Equipe da Semana"), o Flamengo enfrenta o vice-campeão da Copa do Brasil no estádio Engenhão com expectativa de grande público. Resta saber como se comportará este irregular Coritiba, que fez um primeiro semestre muito elogiado pela mídia mas atravessa momento de resultados nada empolgantes. Dá Flamengo.
Atlético/MG (13º) e Figueirense (9º)
Desde iniciada a Série A 2011, o Atlético Mineiro somente conseguiu em três partidas não ser vazado pelo adversário. E é aí onde estão 75% das vitórias da equipe na competição: quando não levou gol. O Figueirense, que reencontrou a vitória na rodada passada após seis duelos sem vencer, tem um dos piores ataques na competição, com média inferior a um gol por jogo (marcou 13 em 14). Dá Atlético/MG.
Santos (18º) e Ceará (12º)
Duas equipes que encontram-se em momento adverso na temporada. O Santos vem de três derrotas consecutivas e o Ceará foi goleado em seus dois últimos compromissos. Time por time, o do Santos é mais forte. Momento por momento, a concorrência está acirrada para ver quem está em pior fase. Dá Santos.
Internacional (8º) e Cruzeiro (11º)
Sem marcar gol há duas rodadas (desde que disputou dois amistosos internacionais com Barcelona e Milan), o Colorado tenta reencontrar a vitória nessa partida em que recebe o Cruzeiro, que soma três derrotas nos últimos três compromissos, sem nenhum gol marcado nesse período. Que diferença dos tempos de Cuca para os de Joel... Dá Internacional.
Atlético/PR (19º) e Corinthians (1º)
Vice-lanterna recebendo o líder na competição. Na maioria dos torneios pelo mundo, isso indicaria que o visitante é favorito para somar os três pontos. Não necessariamente quando se trata de Campeonato Brasileiro: o time que até a décima rodada não venceu ninguém, soma três vitórias nos últimos quatro jogos e tem todos os motivos para crer num novo triunfo. Até pouco tempo atrás invicto, o Timão perdeu dois jogos em seqüência e foi reencontrar a vitória diante do lanterna América. Dá empate.
América/MG (20º) e Fluminense (7º)
O Coelho estreou no Brasileiro vencendo o Bahia. Depois, nenhuma vitória. O Fluminense, único time que não empatou na competição, atravessa momento positivo com Abel Braga no comando, vencendo três de seus quatro últimos jogos. Dá Fluminense.
Botafogo (6º) e Vasco (4º)
É o clássico e também o jogo teoricamente mais forte na rodada presente. Campeão na Copa do Brasil 2011 e somando seis jogos seguidos de invencibilidade (com direito a cinco vitórias nesse período), o Vasco leva um ligeiro favoritismo para essa partida a ser disputada no estádio Engenhão. Os botafoguenses mais supersticiosos devem recordar que suas últimas duas trocas de treinador aconteceram após derrotas para esse mesmo adversário (Estevam Soares caiu após goleada de 6a0 na Taça Guanabara 2010 e Joel Santana encerrou sua passagem pelo clube após revés por 2a0 na Taça Rio 2011) - Caio Júnior deve estar atento. Dá empate.
Avaí (17º) e São Paulo (3º)
No reencontro após o duelo pelas quartas-de-final na Copa do Brasil 2011 (quando o Avaí eliminou o São Paulo), a equipe da casa busca sua terceira vitória consecutiva para pular fora da zona de descenso. O Tricolor, que vem alternando bons e maus resultados desde antes de Adílson Batista ter assumido o cargo de treinador, vai à Ressacada para manter-se na zona de Libertadores e, quem sabe, aproximar-se do topo da tabela. Dá empate.
Bahia (14º) e Atlético/GO (16º)
Duas equipes que levaram 3a0 na rodada passada (o Bahia para o São Paulo e o Atlético Goianiense para o Paranaense) fazem jogo onde o objetivo comum é o de não entrar na zona de descenso. O Bahia demorou para vencer diante de sua fanática torcida (só conseguiu isso no sexto e mais recente compromisso em Pituaçu), e agora vamos ver se aquela vitória teve um efeito de "abrir a porteira". Acho que sim. Dá Bahia.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Fases Se Confirmam: Fla Vence Outra E Zeiro Perde Novamente
Nem parecia que no passado recente o Cruzeiro acumulara 6 vitórias consecutivas em partidas com o Flamengo. Em plena Arena do Jacaré, o time da casa foi por diversas vezes envolvido pelo qualificado toque de bola rubronegro e acabou sendo derrotado diante de quase 15.000 pagantes, na segunda derrota cruzeirense dentro de casa nesse Campeonato Brasileiro (a primeira e até então única havia acontecido na rodada passada, quando foi superado pelo Botafogo também por 1a0). O Flamengo, que em 2011 não perdeu uma única partida na condição de visitante, segue como a única equipe invicta na competição e encontra-se atrás somente do Corinthians (que lidera com um ponto de frente e um jogo em débito).
O jogo
O primeiro tempo de partida mostrou claramente uma grande diferença entre os times comandados por Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo: enquanto a equipe montada por Joel atuava quase que exclusivamente no farto talento do meia argentino Walter Montillo para criar chances, o time de Luxemburgo mostrava um jogo coletivo muito bem entrosado, esbanjando trocas de passes que utilizavam muito mais do que Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, mas também figuras como o argentino Darío Bottinelli, além de Renato Abreu, Leonardo Moura e Júnior César.
Os melhores remates nos primeiros 45 minutos de partida aconteceram de fora da área. Diego Renan, aos 17 minutos, chutou uma bola que foi reta e passou perto do ângulo direito. Aos 31', Renato cobrou falta de longa distância e o chute forte só não estufou a rede porque Fábio interviu com uma bonita defesa. Mas o melhor mesmo ficou guardado para os acréscimos da primeira etapa: aos 46, Leonardo Moura acionou Thiago Neves pela direita e este passou de lado para Ronaldinho. O camisa 10 escapou rapidamente da marcação e imediatamente serviu Deivid, numa espécie de "agora é contigo, centroavante". Dominando a bola já ajeitando pro chute, o camisa 9 fez o que se esperava de alguém que atue naquela função e não vacilou, abrindo o placar em Sete Lagoas.
Veio o segundo tempo e o time da casa cresceu de rendimento - não que o jogo coletivo da equipe celeste tenha evoluído tanto assim, mas principalmente porque passou a aparecer de forma mais contundente o talento individual de Montillo. As entradas dos atacantes Ortigoza e Sebá (aos 20 minutos, nos lugares de Éverton e Reis) aumentaram o poder de penetração dos donos da casa, que seguiam contando prioritariamente com a habilidade e visão de jogo de seu camisa 10 para causar tumulto na defesa adversária. Luxa reagiu explicitando medo, trocando Deivid pelo chileno Gonzalo Fierro, depois Bottinelli por Luiz Philipe e mais tarde Léo Moura por Jean (o lateral-direito saiu por motivos clínicos). Se por um lado o Cruzeiro partiu em busca do empate e até carimbou o travessão perto do final do jogo (Montillo cobrou falta e quase fez), o Flamengo poderia muito bem ter saído de campo com um resultado mais dilatado, tendo inclusive um contra-ataque erradamente anulado pela arbitragem, que deu impedimento de Ronaldinho onde a posição era regular. Na maior das chances, Fierro chutou firme aos 40 minutos e a bola carimbou as duas traves (primeiro a esquerda e depois a direita) antes de ser afastada pela defesa cruzeirense.
O jogo
O primeiro tempo de partida mostrou claramente uma grande diferença entre os times comandados por Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo: enquanto a equipe montada por Joel atuava quase que exclusivamente no farto talento do meia argentino Walter Montillo para criar chances, o time de Luxemburgo mostrava um jogo coletivo muito bem entrosado, esbanjando trocas de passes que utilizavam muito mais do que Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, mas também figuras como o argentino Darío Bottinelli, além de Renato Abreu, Leonardo Moura e Júnior César.
Os melhores remates nos primeiros 45 minutos de partida aconteceram de fora da área. Diego Renan, aos 17 minutos, chutou uma bola que foi reta e passou perto do ângulo direito. Aos 31', Renato cobrou falta de longa distância e o chute forte só não estufou a rede porque Fábio interviu com uma bonita defesa. Mas o melhor mesmo ficou guardado para os acréscimos da primeira etapa: aos 46, Leonardo Moura acionou Thiago Neves pela direita e este passou de lado para Ronaldinho. O camisa 10 escapou rapidamente da marcação e imediatamente serviu Deivid, numa espécie de "agora é contigo, centroavante". Dominando a bola já ajeitando pro chute, o camisa 9 fez o que se esperava de alguém que atue naquela função e não vacilou, abrindo o placar em Sete Lagoas.
Veio o segundo tempo e o time da casa cresceu de rendimento - não que o jogo coletivo da equipe celeste tenha evoluído tanto assim, mas principalmente porque passou a aparecer de forma mais contundente o talento individual de Montillo. As entradas dos atacantes Ortigoza e Sebá (aos 20 minutos, nos lugares de Éverton e Reis) aumentaram o poder de penetração dos donos da casa, que seguiam contando prioritariamente com a habilidade e visão de jogo de seu camisa 10 para causar tumulto na defesa adversária. Luxa reagiu explicitando medo, trocando Deivid pelo chileno Gonzalo Fierro, depois Bottinelli por Luiz Philipe e mais tarde Léo Moura por Jean (o lateral-direito saiu por motivos clínicos). Se por um lado o Cruzeiro partiu em busca do empate e até carimbou o travessão perto do final do jogo (Montillo cobrou falta e quase fez), o Flamengo poderia muito bem ter saído de campo com um resultado mais dilatado, tendo inclusive um contra-ataque erradamente anulado pela arbitragem, que deu impedimento de Ronaldinho onde a posição era regular. Na maior das chances, Fierro chutou firme aos 40 minutos e a bola carimbou as duas traves (primeiro a esquerda e depois a direita) antes de ser afastada pela defesa cruzeirense.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Equipe E Jogada Da Semana
Com uma virada sensacional na quarta-feira (venceu o Santos por 5a4 após chegar a estar perdendo por 3a0) e uma vitória por 2a0 sobre o Grêmio no sábado, para mais de 28.000 presentes no estádio Engenhão, o Flamengo encontra-se em "estado de graça" nesse presente momento. Invicto no Campeonato Brasileiro, vice-líder na classificação e no embalo do craque Ronaldinho Gaúcho, o Rubronegro da Gávea parece pronto para disputar mais um título na temporada 2011 (já faturara no primeiro semestre a Copa São Paulo de Juniores e o Campeonato Estadual).
Jogada da semana
O final-de-semana reservou um grande momento para os cariocas no Brasileiro 2011: todos os quatro representantes da Cidade Maravilhosa venceram seus jogos, totalizando 9 gols marcados e nenhum concedido. Teve golaço de Sebastián "El Loco" Abreu, que estreou no torneio marcando o gol da vitória botafoguense sobre o Cruzeiro (quebrando um tabu de 14 anos em partidas diante desse adversário em Minas Gerais). Teve golaço de Felipe, que, com belo chute, concretizou linda jogada vascaína tramada com Diego Souza e Jumar, garantindo a vitória sobre o São Paulo no Morumbi (o time não vencia este adversário desde 2005). Teve belo gol do Fluminense através do recém-contratado Rafael Sóbis, que tabelou e concluiu com categoria na goleada tricolor por 4a0 sobre o Ceará. Mas a jogada da semana não poderia deixar de ser a obra-prima de Neymar, quarta-feira, na Vila Belmiro. Em noite onde Ronaldinho Gaúcho brilhou marcando três gols e conduzindo o Flamengo à vitória, o santista fez algo de espetacular. Digno de uma placa.
Jogada da semana
O final-de-semana reservou um grande momento para os cariocas no Brasileiro 2011: todos os quatro representantes da Cidade Maravilhosa venceram seus jogos, totalizando 9 gols marcados e nenhum concedido. Teve golaço de Sebastián "El Loco" Abreu, que estreou no torneio marcando o gol da vitória botafoguense sobre o Cruzeiro (quebrando um tabu de 14 anos em partidas diante desse adversário em Minas Gerais). Teve golaço de Felipe, que, com belo chute, concretizou linda jogada vascaína tramada com Diego Souza e Jumar, garantindo a vitória sobre o São Paulo no Morumbi (o time não vencia este adversário desde 2005). Teve belo gol do Fluminense através do recém-contratado Rafael Sóbis, que tabelou e concluiu com categoria na goleada tricolor por 4a0 sobre o Ceará. Mas a jogada da semana não poderia deixar de ser a obra-prima de Neymar, quarta-feira, na Vila Belmiro. Em noite onde Ronaldinho Gaúcho brilhou marcando três gols e conduzindo o Flamengo à vitória, o santista fez algo de espetacular. Digno de uma placa.
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