quarta-feira, 16 de junho de 2010

Com Futebol Envolvente, Chile Vence E Convence

Pela primeira vez na história da seleção chilena, uma equipe que representa as cores vermelha, azul e branca dessa nação sul-americana conseguiu estrear com vitória em Copa do Mundo. Foi também a primeira vitória do Chile em Copas desde 1962, quando sediaram a competição. O 1a0 ficou barato para os hondurenhos, que foram envolvidos pela grande movimentação dos comandados de Marcelo "El Loco" Bielsa e pouco conseguiam fazer para tirar a bola de seu campo de defesa.

Aos 2 minutos de partida, Matías Ariel Fernández cobrou falta com muito perigo, rente ao travessão, com a bola beijando a rede pelo lado de fora. O jogo, aliás, teve início bastante faltoso, talvez em função do nervosismo e ansiedade da estréia. Mas, aos poucos, a bola foi rolando com menos interrupções e o domínio chileno se acentuando.

Aos 17', Carlos Alberto Pavón Plummer recebeu a bola, limpou a marcação e bateu de fora da área, mas o chute fraco e para fora não assustou Claudio Andrés Bravo Muñoz. 4 minutos depois, Alexis Alejandro Sanchéz rolou para Jorge Luis Valdívia Toro chutar e ver a bola desviar em Amado Guevara, saindo em escanteio. Com 25', Arturo Erasmo Vidal Pardo subiu bem após cobrança de escanteio, alcançou a bola mas o cabeceio saiu por cima.

Na marca de 31', Sánchez arrancava em velocidade e, perto da área adversária, foi derrubado por Maynor Figueroa. Porém, Eddy Maillet, árbitro natural de Seychelles - como se chama alguém dessa nacionalidade? -, nada marcou.

Mas o gol chileno estava guardado e saiu dois minutos depois. Aos 33', Fernández passou a redonda para Mauricio Aníbal Isla, que cruzou rasteiro na direção de Jean André Emanuel Beausejour Coliqueo. O camisa 15 deu sorte no lance: a bola tinha passado por ele mas voltou graças ao corte do hondurenho Sergio Giovany Mendoza Escobar e foi parar dentro do gol.

Sem conseguir se aproximar do gol chileno, as chances que Honduras encontrou na primeira etapa foram em chutes de longa distância. Aos 38', Ramón Fernando Núñez Reyes chutou por cima e aos 45' o mesmo Núñez cobrou falta direto pro gol, a 33 metros de distância, para defesa de Claudio Bravo. Nesse meio tempo, o Chile teve boa chance de ampliar, aos 43 minutos, quando Jorge Valdívia passou para Rodrigo Javier Millar Carbajal, que passou para Alexis Sánchez chutar: a bomba explodiu em Figueroa e Valdívia quase marcou no rebote.

Com 1 minuto da segunda etapa a seleção de Honduras reclamou pênalti não marcado em entrada de carrinho em Figueroa, dentro da área chilena. Talvez para compensar, o árbitro também deixou de assinalar infração clara a favor do Chile a alguns centímetros da grande área.

Aos 16', Valdívia passou para Sánchez, que chutou cruzado e a bola passou muito perto da trave direita. 2 minutos depois, incrível chance para o Chile marcar o segundo gol: levantamento na área, Isla centraliza de cabeça e Waldo Alonso Ponce Carrizo, praticamente embaixo da trave, mergulha para cabecear - Noel Eduardo Valladares Bonilla realizou defesa excepcional.

Aos 29', mais sufoco chileno: Vidal chuta de fora da área, Noel Valladares dá rebote, Isla cabeceia para Valdívia marcar, mas o assistente flagra impedimento. 5 minutos depois, Valdívia passou para Sánchez e pediu de volta, mas o camisa 7 preferiu chutar ao gol e a bola saiu pelo lado, para desespero do camisa 10. Aos 37', Valdívia colocou a Jabulani na cabeça de Gary Alexis Medel Soto que, impedido, mandou para fora.

Com boa atuação mas aparentando sentir incômodo muscular, Valdívia deu lugar a Mark Dennis González Hoffmann, aos 41 minutos.

A seleção de Honduras, sem outro recurso, tentou novamente de fora da área, aos 44'. Mas Georgie Wilson Welcome Collins estava bem marcado por Beausejour e a bola foi por cima.

Aos 45', resposta chilena com duas chances, ambas nos pés de Mark González. Na primeira, tentativa de fora da área que saiu por cima do gol. Na segunda, chute cruzado que saiu à direita da meta.

Na marca de 47' o Chile teve grande oportunidade de aumentar a diferença: contra-ataque em velocidade, González demorou para dar o passe - talvez sedento por mostrar serviço -, recebeu a bola de volta e acabou chutando por cima. Era a típica bola que, nos pés de Valdívia, teria maiores chances de colocar um companheiro na cara do goleiro. Mas tudo bem, a nação chilena que tanto chorou com tremores de terra hoje sorri uma vitória e uma atuação que alimentam suas esperanças de classificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário