segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Em Jogo Parelho, United Vence Arsenal E Lidera

No jogo mais aguardado dessa segunda-feira no calendário futebolístico, o Manchester United venceu o Arsenal por 1a0 em Old Trafford, tomou a liderança que pertencia ao adversário e, com um jogo a menos, abriu dois pontos de vantagem sobre Arsenal e Manchester City.

A invencibilidade dos comandados de Alex Ferguson (9 vitórias e 7 empates na Premiership) terá nova prova-de-fogo na próxima rodada, quanto o líder vai ao Stamford Bridge enfrentar o Chelsea, 4º colocado e com 3 pontos a menos. Será o duelo entre o melhor ataque (o Manchester United marcou 36 gols na competição) e a melhor defesa (os "Blues" foram vazados 12 vezes). Buscando retomar a ponta na tabela, o Arsenal retorna ao Emirates Stadium, onde receberá o Stoke City (12º colocado, com 21 pontos).

O jogo

O Manchester United foi ao campo com a melhor campanha na condição de mandante (8 vitórias e 1 empate em Old Trafford). Mas do outro lado estava a equipe que mais pontuou enquanto visitante (17 pontos fora de seus domínios). Nesse choque de forças - que foi alimentado com polêmicas declarações durante a semana - viu-se um início de partida truncado, onde era evidente a dificuldade de ambas as equipes em se aproximarem do gol adversário. Desta forma, as finalizações aconteciam basicamente em chutes de fora da área, mas tanto o experiente holandês Edwin van der Sar, de 40 anos, quanto o jovem polonês Wojciech Szczesny, com 20, mostraram segurança para defenderem as bolas que viessem.

Apesar do time da casa apresentar maior ímpeto ofensivo, o primeiro tempo dava sinais de que terminaria sem gol. Porém, aos 40 minutos, a sorte sorriu para quem a buscou. Após ser acionado no ataque, Wayne Rooney escorou de cabeça para o lado direito de ataque e encontrou Nani. O português encarou a marcação do francês Gaël Clichy, tentou o chute mas foi travado. Não havia dito que a sorte sorriu? Pois então: esse chute travado acabou virando um cruzamento que, mesmo com trajetória esquisita acabou indo de encontro à cabeça do sul-coreano Park Ji-Sung, que acabou conseguindo, no susto, encobrir o goleiro Szczesny e ainda contar com um desvio na parte interna da trave direita que encaminhou a bola para dentro do gol. 1a0 no placar.

Nos últimos minutos do primeiro tempo nada mas foi criado, mas chamou atenção a exaltação do meio-campista escocês Darren Fletcher. 2 minutos antes do gol, ele quase expulsou o árbitro da final da Copa do Mundo, correndo alucinadamente em direção à Howard Webb reivindicando a marcação de uma falta, ignorada pela autoridade máxima do jogo. 3 minutos após o gol, se alguém achou que Fletcher ficaria mais calmo, se enganou: o jogador mostrou destempero mais uma vez ao reclamar de uma falta cometida pelo marroquino Marouane Chamakh em Nani, que rendeu cartão amarelo ao atacante do Arsenal e um princípio de confusão, logo amenizado. O apito de intervalo serviu para acalmar os ânimos de todos, especialmente o do compatriota de Alex Ferguson.

Como era de se imaginar, a partida melhorou no segundo tempo. O Arsenal, que na etapa inicial já não se intimidara com a presença dos mais de 75.000 espectadores, passou a ficar mais à vontade na etapa complementar, acertando trocas de passes que por muitas vezes envolviam o sistema defensivo do United. Aos 3 minutos, Clichy cruzou da esquerda, Jack Wilshere ajeitou de cabeça para o lado esquerdo de ataque e lá apareceu o tcheco Tomas Rosicky, que soltou um chute cruzado que passou à direita da meta.

O Manchester se apresentava com uma formação diferente daquela vista no primeiro tempo: para fortalecer a marcação, o lateral esquerdo francês Patrice Evra passou a atuar mais centralizado, formando um trio com Rio Ferdinand e com o sérvio Nemanja Vidic - Park Ji-Sung atuava mais recuado, desempenhando a função que era de Evra. Mas era exatamente por aquele setor que o Arsenal mais encontrava espaços para levar perigo, com o francês Bacary Sagna subindo constantemente. Aos 5 minutos, o russo Andrei Arshavin abriu o jogo na direita com o francês Samir Nasri: o camisa 8 foi até a linha final, cruzou rasteiro e van der Sar segurou. No minuto seguinte, Sagna recebeu livre, cruzou firme e, no segundo pau, o brasileiro Rafael cortou pela linha-de-fundo.

Aos 8 minutos, uma tabela entre Rooney e Ânderson quase acabou no segundo gol do Manchester, com Szczesny realizando belo bloqueio no chute do brasileiro. 2 minutos depois, mais Arsenal no ataque: Nasri fintou a marcação adversária, chutou cruzado da entrada da área, van der Sar espalmou, Chamakh pegou o rebote mas não teve a calma necessária para finalizar evitando o bloqueio de Vidic, que precipitou um carrinho e conseguiu cortar o chute. O ritmo do jogo era frenético: mais 3 minutos corridos, Ânderson iniciou contra-ataque com roubada de bola próximo da grande área, avançou rapidamente e abriu na direita com Nani. O português encarou a marcação de Clichy, foi desarmado mas acabou conseguindo recuperar-se no lance, ficando de frente com Szczesny e chutando firme, mandando sobre o travessão.

Para incendiar de vez a partida, Arsène Wenger chamou Francesc Fàbregas e Robin van Persie, que entraram aos 18 minutos nos lugares de Rosicky e Wilshere. Logo na primeira jogada envolvendo o espanhol e o holandês, deu para perceber que a defesa do United teria muito trabalho: com velocidade e visão de jogo, a bola passou a circular com ainda mais qualidade na beirada da área. Porém, os donos da casa ganharam um presente do auxiliar: aos 27 minutos, Nani e Clichy ficaram mais uma vez no mano-a-mano, o francês caiu no gramado e tocou com a mão na bola. Sabe-se lá como, foi acusada penalidade máxima e Howard Webb acatou. O ditado "pênalti que não é, não entra", já visto no domingo em Roma, voltou com força total nessa segunda-feira em Manchester: Rooney deu uma corridinha estranha em direção à bola e isolou a redonda, parecendo mais estar cobrando um tiro-de-meta do que um pênalti. 3 minutos após o desperdício adversário, Wenger tentou animar o Arsenal com uma última cartada na busca pelo resultado: Theo Walcott entrou no lugar de Arshavin. No minuto seguinte ao de sua entrada em campo, Walcott fugiu da marcação com agilidade e chutou de fora da área, à direita do gol.

O setor esquerdo do Manchester ficou definitivamente sob pressão e Ferguson agiu: aos 39 minutos, o técnico tirou Ânderson e colocou o experiente galês Ryan Giggs. Com essa mexida, Sagna teria suas subidas ao ataque inibidas, pois o camisa 11 foi colocado em campo para atuar exatamente por aquele flanco. Aos 40 minutos, Rooney, que havia errado o pênalti bisonhamente, quase se redimiu com o que seria um golaço: a tentativa de encobrir Szczesny só não acabou em gol pois o polonês conseguiu plástica defesa, mostrando elasticidade. Na marca de 48 minutos, o Arsenal teve a chance derradeira de evitar a derrota e conservar a liderança: bola levantada a partir da esquerda chegou limpa na direita de ataque e Walcott pegou de sem-pulo, mandando por cima da barra. Restou a Webb apitar o final e garantir a comemoração dos donos da casa.

Outros resultados

Sábado

Aston Villa (14º) 2a1 (11º) West Bromwich
Everton (15º) 0a0 (18º) Wigan
Fulham (17º) 0a0 (7º) Sunderland
Stoke City (12º) 0a1 (10º) Blackpool
West Ham (20º) 1a3 (3º) Manchester City
Newcastle (8º) 3a1 (9º) Liverpool

Domingo

Bolton (6º) 2a1 (13º) Blackburn
Wolverhampton (19º) 1a0 (16º) Birmingham
Tottenham (5º) 1a1 (4º) Chelsea

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