Nos maiores registros de público e renda no estádio Serra Dourada em 2010 (número de 35.500 pagantes e arrecadação de 912.940 reais), o Goiás fez a alegria da massa esmeraldina que compareceu às arquibancadas e venceu o Independiente por 2a0, dando largo passo em direção a um inédito título continental. Na partida de volta, no estádio de sugestivo nome Libertadores da América, o Verdão só não faturará a Copa Sul-Americana caso os donos da casa consigam uma vitória por pelo menos 3 gols de diferença (2a0 levaria a partida para as penalidades máximas).
O jogo
Antes de a bola rolar, incidentes flagrados pela transmissão televisiva passavam aquela típica imagem que abonimanos de qualquer prática esportiva: o confronto físico entre torcedores e policiais. Tudo começou, segundo informações, com um erro de organização no acesso às arquibancadas, onde adeptos de ambos os clubes puderam circular pelo mesmo setor, separado somente por um cinturão de homens da força de segurança. Mas ao que tudo indica, passados alguns minutos de tensão, a situação foi normalizada e o foco pôde ser transferido para os acontecimentos internos às quatro linhas.
As equipes foram a campo apostando no sucesso alcançado nas semifinais: Arthur Neto levou o mesmo time que venceu o Palmeiras no Pacaembu e Antonio "Turco" Mohamed só não levou todos os que superaram a LDU em Avellaneda pois precisou trocar o volante Gómez (vetado por lesão muscular) por Fernando Godoy.
E o Goiás logo impôs um ritmo de quem queria fazer-se valer do fator campo. Apresentando marcação frágil e abusando da violência, o Independiente recebeu dois cartões amarelos já nos 12 primeiros minutos (Velázquez e Galeano foram corretamente advertidos pelo árbitro Carlos Torres após entradas duras). Aos 13 minutos, não teve pontapé nem nada que impedisse Rafael Moura de abrir o placar em Goiânia: o atacante recebeu sobra de disputa de bola em boas condições e chutou para o fundo do gol de Navarro. Foi o 7º gol do "He-Man", maior goleador na atual edição da competição e que foi comemorar com a galera.
Os argentinos foram na busca pelo empate e quase conseguiram se dar bem aos 16 minutos, em lance que Harlei afastou parcialmente e a zaga quase se atrapalhou na tentativa de tirar a bola da zona de perigo. Mas era o Goiás que marcaria novamente: aos 21 minutos, Douglas deu chute lascado e Otacílio Neto estava no lugar certo para conferir e marcar 2a0.
Daí para o final do primeiro tempo, o Independiente seguia atordoado e teve sorte de não ir para os vestiários com uma desvantagem ainda maior. Percebendo que o fato de se manter no campo de defesa não era a melhor estratégia, Antonio Mohamed mexeu no time no intervalo: saiu Godoy e entrou mais um atacante, o habilidoso Patricio Rodríguez, que logo de cara mostrou que daria bastante trabalho ao sistema defensivo de Arthur Neto. Daria. No momento em que o Independiente crescia na partida, Silvera agrediu Rafael Tolói, o quarto árbitro Antonio Arias acusou e Torres tratou de expulsar o centroavante argentino de campo. O quarteto de arbitragem paraguaio trabalhou muito bem, diga-se.
A expulsão serviu mais para dar uma ducha de água fria na equipe visitante do que propriamente para incentivar o Goiás a reimprimir um ritmo acelerado. Aliás, o time da casa parecia não tirar proveito da vantagem numérica e produziu muito pouco até o apito final. Apesar do resultado que animou os torcedores alviverdes, talvez o futebol venha a cobrar um preço na quarta-feira, em Avellaneda. É para isso que torcerão gremistas e/ou botafoguenses, interessados diretos no desfecho da Copa Sul-Americana. Além do Independiente, é claro.
O Goiás mereceu a vitória,o Independiente fez uma péssima partida,nem parecia o time que ganhou da LDU.Vamos ver se o Goiás aguenta a pressão na Argentina.
ResponderExcluirabraços!
fluminensetricolorguerreiro.blogspot.com
Também achei merecida a vitória e acho que para o Independiente reverter essa situação precisará jogar muito mais do que jogou no Serra Dourada.
ResponderExcluirAbraços, valeu pela visita e continue acessando sempre que quiser.