Cá estamos, na noite de 23 de dezembro de 2013, para fazer duas coisas. Uma é comentar sobre o empate sem gol entre Arsenal e Chelsea, que deu a liderança no Campeonato Inglês ao Liverpool. Outra é desejar um Natal de felicidade e um ano novo repleto de bênçãos.
Quando digo felicidade, estou pensando em todos aqueles que têm interesse em viver uma vida feliz. Jogadores de futebol de Arsenal e Chelsea, por exemplo. Você, que lê esse tópico, também. Animais não-humanos das mais variadas espécies, idem. Somos todos nós - jogadores de futebol, leitores e animais - capazes de experienciar alegria, prazer, dor e sofrimento. Por isso, é necessário respeito para cada um desses seres. Espero que pensemos nisso, principalmente, quando formos tomar uma decisão em relação ao que consumiremos na nossa alimentação.
Arsenal e Chelsea foram ao jogo com fome. Fome de liderança. Mas a partida entre essas duas boas equipes acabou sendo mais travada por divididas duras do que por grandes chances de gol. Chances claras, dá para lembrar de uma dos Azuis (Lampard carimbou o travessão) e duas do Arsenal (Giroud chutou para fora e chutou travado na defesa). O 0a0 foi justo. Mais justo do que o fato de a partida terminar com 22 jogadores em campo.
Felizmente, ninguém se machucou. Ao contrário de muitos seres que, nesse momento, padecem em matadouros. Um Natal de felicidade e um ano novo repleto de bênçãos.
Mais sobre o jogo: https://twitter.com/jogandoagora #ArsChe
Mais sobre a realidade que te escondem: http://pecuaria.info/
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
Resumão Do Mundial De Clubes 2013 - Bayern Campeão, Raja Surpresa
Para não deixar passar em branco, aqui estamos para abordar brevemente o Mundial de Clubes 2013. Torneio que teve uma grande surpresa: o Raja Casablanca, representante do país-sede. Ou seja, único participante que não faturou um título continental.
Estreou na competição vencendo o campeão da Oceania - o Auckland City - por 2a1. Até aí, nada demais, pois o futebol que se joga entre clubes na Oceania carece de tradição (embora recentemente a liga australiana tenha recebido Alessandro Del Piero como jogador, o que por si só já gera um salto de qualidade ou pelo menos de atratividade para a modalidade naquele país). Na fase quartas-de-final, uma vitória sobre o mexicano Monterrey, na prorrogação, surpreendeu bastante gente. E colocou o Raja na reta do Atlético. E deu Marrocos em Marrakech. Uma vitória convincente e justa, por 3a1, acabou com o (mais novo) sonho atleticano. Fez os brasileiros voltarem a pronunciar o nome 'Mazembe'. Um feito histórico para o futebol marroquino.
Então, veio a final. E é hora de falarmos do Bayern de Munique. De Josep Guardiola. O Bayern de Guardiola jogou muita bola. Cometeu erros na defesa, mais até do que se espera de um time bem organizado, mas não pagou caro por isso, pois o Casablanca não estava num dia dos mais inspirados em termos de finalização. Com gols dos brasileiros Dante e Thiago, os bávaros celebraram o tricampeonato intercontinental. Também foi o terceiro troféu mundial de Pep, que havia faturado as outras duas vezes com o Barcelona. Esse casamento entre Bayern e Guardiola começou há menos de um semestre e a verdade é que as expectativas estão lá em cima. É a "máquina vermelha", fortíssima candidata a levantar o caneco na Bundesliga e na Liga dos Campeões da Europa. O que engrandece ainda mais o feito do Raja Casablanca, que conseguiu chances claras para pelo menos forçar uma prorrogação diante do Gigante da Baviera.
O Galo, que assegurou o terceiro lugar após vitória sobre o chinês Guangzhou Evergrande por 3a2 (em jogo de duas viradas, com o último gol saindo nos acréscimos), se despede de Cuca, que vai exatamente para a China. O Guangzhou, que no Mundial venceu o Al Ahly, do Egito, e depois perdeu para o Bayern, é multicampeão naquelas terras. Mas quem está preocupado com isso agora é o Cuca. Ao Atlético, com Autuori, cabe a difícil missão de conquistar novamente a América. Não será simples, mas Cuca já mostrou a este clube qual é o caminho da glória continental. Caminho que o próprio Autuori já percorrera em duas ocasiões. Portanto, cabeça erguida, Galo! E boa sorte do outro lado do mundo, Cuca!
De resto, cabe parabenizar o Raja Casablanca pela surpreendente campanha (sua torcida foi um espetáculo à parte) e parabenizar o Bayern de Munique pelo futebol apresentado, com o padrão Pep de qualidade. Resumidamente, é isso. Até o fechamento desta postagem, o Fluminense não entrou com recurso contra Auckland, Al Ahly, Monterrey, Guangzhou, Atlético, Raja nem Bayern.
Estreou na competição vencendo o campeão da Oceania - o Auckland City - por 2a1. Até aí, nada demais, pois o futebol que se joga entre clubes na Oceania carece de tradição (embora recentemente a liga australiana tenha recebido Alessandro Del Piero como jogador, o que por si só já gera um salto de qualidade ou pelo menos de atratividade para a modalidade naquele país). Na fase quartas-de-final, uma vitória sobre o mexicano Monterrey, na prorrogação, surpreendeu bastante gente. E colocou o Raja na reta do Atlético. E deu Marrocos em Marrakech. Uma vitória convincente e justa, por 3a1, acabou com o (mais novo) sonho atleticano. Fez os brasileiros voltarem a pronunciar o nome 'Mazembe'. Um feito histórico para o futebol marroquino.
Então, veio a final. E é hora de falarmos do Bayern de Munique. De Josep Guardiola. O Bayern de Guardiola jogou muita bola. Cometeu erros na defesa, mais até do que se espera de um time bem organizado, mas não pagou caro por isso, pois o Casablanca não estava num dia dos mais inspirados em termos de finalização. Com gols dos brasileiros Dante e Thiago, os bávaros celebraram o tricampeonato intercontinental. Também foi o terceiro troféu mundial de Pep, que havia faturado as outras duas vezes com o Barcelona. Esse casamento entre Bayern e Guardiola começou há menos de um semestre e a verdade é que as expectativas estão lá em cima. É a "máquina vermelha", fortíssima candidata a levantar o caneco na Bundesliga e na Liga dos Campeões da Europa. O que engrandece ainda mais o feito do Raja Casablanca, que conseguiu chances claras para pelo menos forçar uma prorrogação diante do Gigante da Baviera.
O Galo, que assegurou o terceiro lugar após vitória sobre o chinês Guangzhou Evergrande por 3a2 (em jogo de duas viradas, com o último gol saindo nos acréscimos), se despede de Cuca, que vai exatamente para a China. O Guangzhou, que no Mundial venceu o Al Ahly, do Egito, e depois perdeu para o Bayern, é multicampeão naquelas terras. Mas quem está preocupado com isso agora é o Cuca. Ao Atlético, com Autuori, cabe a difícil missão de conquistar novamente a América. Não será simples, mas Cuca já mostrou a este clube qual é o caminho da glória continental. Caminho que o próprio Autuori já percorrera em duas ocasiões. Portanto, cabeça erguida, Galo! E boa sorte do outro lado do mundo, Cuca!
De resto, cabe parabenizar o Raja Casablanca pela surpreendente campanha (sua torcida foi um espetáculo à parte) e parabenizar o Bayern de Munique pelo futebol apresentado, com o padrão Pep de qualidade. Resumidamente, é isso. Até o fechamento desta postagem, o Fluminense não entrou com recurso contra Auckland, Al Ahly, Monterrey, Guangzhou, Atlético, Raja nem Bayern.
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domingo, 15 de dezembro de 2013
Campeonato Inglês - Análise De Dois Jogos Com Chuva De Gols
Nesse final-de-semana tive a oportunidade de ver em ação quatro dos sete primeiros colocados no Campeonato Inglês. Foram as partidas entre Manchester City e Arsenal (incríveis 6a3 para o time da casa) e entre Tottenham e Liverpool (não menos incríveis 5a0 a favor do time visitante).
Além do caminhão de gols (total de catorze validados e dois invalidados), chamou atenção a capacidade de transição das equipes ao ataque. Principalmente dos vencedores nos dois jogos. São equipes montadas de forma a proporcionar boas possibilidades de variação, ratificando os ótimos trabalhos de Manuel Pellegrini no City e de Brendan Rodgers no Liverpool. O Arsenal de Arsène Wenger até conseguiu mostrar-se um adversário à altura, sucumbindo apenas nos minutos finais. Mas o Tottenham de André Villas-Boas foi completamente esmagado pelo oponente.
A seguir, uma análise um pouco mais detalhada de cada uma dessas quatro equipes. São quatro times que, pela qualidade do elenco, têm a obrigação de buscarem um lugar na próxima Liga dos Campeões da Europa, por mais difícil e competitivo que seja a Premiership.
Arsenal (líder, com 35 pontos em 16 rodadas)
Foi a campo num 4-2-3-1, onde Flamini e Ramsey faziam a proteção e possibilitavam a aproximação de Wilshere em Özil, Walcott e Giroud. A quantidade de chances perdidas pelo centroavante francês denota que os comandados de Wenger tiveram boas possibilidades de conseguir um melhor resultado. Mas o fato é que faltou solidez defensiva para conter os ímpetos de um adversário velocíssimo na transição e bastante preciso nas trocas de passe. De quebra, o Arsenal levou pelo menos dois gols em erros primários de seu sistema defensivo. Para manter a liderança, terá de jogar mais que isso. E errar menos. Destaque positivo: a participação constante de Walcott. Destaque negativo: os sumiços de Özil.
Liverpool (vice-líder, com 33 pontos)
Envolvente e convincente, o time comandado por Rodgers praticamente não deu chances ao Tottenham, aplicando um 5a0 em pleno White Hart Lane. Sterling e Henderson foram soberanos pelos flancos. Coutinho também atuou em bom nível, flutuando do centro para os lados. E Suárez teve mais uma atuação daquelas - de craque. O volante galês Joe Allen foi fundamental para dar equilíbrio entre defesa, meio e ataque num time que fez o Tottenham parecer pequeno. E o que estava encaminhado ficou ainda mais fácil após a expulsão de Paulinho, que levou a sola da chuteira até a altura do peito de Luis Suárez. Destaque positivo: o trio Sterling-Henderson-Suárez. Destaque negativo: as chances perdidas por Luisito Suárez, que poderia facilmente ter alcançado um hat-trick.
Manchester City (quarto colocado, com 32 pontos)
Mostrou explicitamente porque tem o ataque mais efetivo na liga nacional inglesa. Yaya Touré e Fernandinho são dois volantes com muita capacidade de criar espaços, David Silva e Nasri incomodam constantemente o sistema defensivo adversário, Agüero está em ótimo momento técnico e Negredo funciona bem como referência. É uma equipe que parece ter vocação de chegar à área adversária. Jamais na história havia marcado cinco gols no Arsenal e, nesse sábado, sapecou meia dúzia. No Arsenal que lidera a competição. É um forte candidato ao título e deve ser levado em conta, também, na Liga dos Campeões da Europa. Destaque positivo: Fernandinho, que marcou dois gols e contribuiu na contenção. Destaque negativo: a falta de participação de Clichy, demasiado preso no campo defensivo.
Tottenham (sétimo colocado, com 27 pontos)
Com Sandro, Dembélé e Paulinho no meio, Lennon e Chadli mais abertos e Soldado à frente, o time não conseguiu nem de perto o rendimento que se espera de alguém que investiu tanto para essa temporada. Presa fácil quando o adversário tinha a bola, o time de André Villas-Boas em raros momentos conseguiu se impôr no gramado. Fica difícil defender o treinador, notadamente quando se vêem opções como Holtby, Towsend, Lamela e Defoe - pelo menos dois deles poderiam figurar entre os titulares, aumentando o poder de criação e de definição da equipe. Não sei quanto tempo mais o português ficará no cargo, mas acho que não é por falta de qualidade técnica que o time não decola. Destaque positivo: Lloris, que evitou uma goleada ainda mais acentuada. Destaque negativo: a agressão de Paulinho em Suárez, que rendeu cartão vermelho direto ao brasileiro.
Essa 16ª rodada no Campeonato Inglês teve um total de 30 gols (média de 3 por partida). Acho que dei sorte, pois vendo esses dois jogos pude acompanhar praticamente a metade dos gols na rodada.
Além do caminhão de gols (total de catorze validados e dois invalidados), chamou atenção a capacidade de transição das equipes ao ataque. Principalmente dos vencedores nos dois jogos. São equipes montadas de forma a proporcionar boas possibilidades de variação, ratificando os ótimos trabalhos de Manuel Pellegrini no City e de Brendan Rodgers no Liverpool. O Arsenal de Arsène Wenger até conseguiu mostrar-se um adversário à altura, sucumbindo apenas nos minutos finais. Mas o Tottenham de André Villas-Boas foi completamente esmagado pelo oponente.
A seguir, uma análise um pouco mais detalhada de cada uma dessas quatro equipes. São quatro times que, pela qualidade do elenco, têm a obrigação de buscarem um lugar na próxima Liga dos Campeões da Europa, por mais difícil e competitivo que seja a Premiership.
Arsenal (líder, com 35 pontos em 16 rodadas)
Foi a campo num 4-2-3-1, onde Flamini e Ramsey faziam a proteção e possibilitavam a aproximação de Wilshere em Özil, Walcott e Giroud. A quantidade de chances perdidas pelo centroavante francês denota que os comandados de Wenger tiveram boas possibilidades de conseguir um melhor resultado. Mas o fato é que faltou solidez defensiva para conter os ímpetos de um adversário velocíssimo na transição e bastante preciso nas trocas de passe. De quebra, o Arsenal levou pelo menos dois gols em erros primários de seu sistema defensivo. Para manter a liderança, terá de jogar mais que isso. E errar menos. Destaque positivo: a participação constante de Walcott. Destaque negativo: os sumiços de Özil.
Liverpool (vice-líder, com 33 pontos)
Envolvente e convincente, o time comandado por Rodgers praticamente não deu chances ao Tottenham, aplicando um 5a0 em pleno White Hart Lane. Sterling e Henderson foram soberanos pelos flancos. Coutinho também atuou em bom nível, flutuando do centro para os lados. E Suárez teve mais uma atuação daquelas - de craque. O volante galês Joe Allen foi fundamental para dar equilíbrio entre defesa, meio e ataque num time que fez o Tottenham parecer pequeno. E o que estava encaminhado ficou ainda mais fácil após a expulsão de Paulinho, que levou a sola da chuteira até a altura do peito de Luis Suárez. Destaque positivo: o trio Sterling-Henderson-Suárez. Destaque negativo: as chances perdidas por Luisito Suárez, que poderia facilmente ter alcançado um hat-trick.
Manchester City (quarto colocado, com 32 pontos)
Mostrou explicitamente porque tem o ataque mais efetivo na liga nacional inglesa. Yaya Touré e Fernandinho são dois volantes com muita capacidade de criar espaços, David Silva e Nasri incomodam constantemente o sistema defensivo adversário, Agüero está em ótimo momento técnico e Negredo funciona bem como referência. É uma equipe que parece ter vocação de chegar à área adversária. Jamais na história havia marcado cinco gols no Arsenal e, nesse sábado, sapecou meia dúzia. No Arsenal que lidera a competição. É um forte candidato ao título e deve ser levado em conta, também, na Liga dos Campeões da Europa. Destaque positivo: Fernandinho, que marcou dois gols e contribuiu na contenção. Destaque negativo: a falta de participação de Clichy, demasiado preso no campo defensivo.
Tottenham (sétimo colocado, com 27 pontos)
Com Sandro, Dembélé e Paulinho no meio, Lennon e Chadli mais abertos e Soldado à frente, o time não conseguiu nem de perto o rendimento que se espera de alguém que investiu tanto para essa temporada. Presa fácil quando o adversário tinha a bola, o time de André Villas-Boas em raros momentos conseguiu se impôr no gramado. Fica difícil defender o treinador, notadamente quando se vêem opções como Holtby, Towsend, Lamela e Defoe - pelo menos dois deles poderiam figurar entre os titulares, aumentando o poder de criação e de definição da equipe. Não sei quanto tempo mais o português ficará no cargo, mas acho que não é por falta de qualidade técnica que o time não decola. Destaque positivo: Lloris, que evitou uma goleada ainda mais acentuada. Destaque negativo: a agressão de Paulinho em Suárez, que rendeu cartão vermelho direto ao brasileiro.
Essa 16ª rodada no Campeonato Inglês teve um total de 30 gols (média de 3 por partida). Acho que dei sorte, pois vendo esses dois jogos pude acompanhar praticamente a metade dos gols na rodada.
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sábado, 14 de dezembro de 2013
Da Bola Aos Bastidores: Novas Manobras Num Tapete Mágico
Após 37 rodadas disputadas, faltava somente uma para a conclusão. Mais um Campeonato Brasileiro de pontos corridos chegava ao fim. Cruzeiro campeão com sobras. Grêmio assegurado na Libertadores. Atlético Paranaense, Goiás, Botafogo e Vitória disputando dois lugares no G4. Náutico e Ponte Preta rebaixados. Fluminense e Vasco querendo sair da zona de rebaixamento, colocando em grande risco o Coritiba e o Criciúma. Matematicamente, Internacional e Portuguesa tinham remotas possibilidades de descenso.
Veio a última rodada. A derrota do Goiás e a vitória do Botafogo renderam ao Alvinegro o quarto lugar na tabela de classificação (três dias depois, o título do Lanús na Copa Sul-Americana diante da Ponte Preta confirmou o retorno do Glorioso à Copa Libertadores da América). A derrota do Vasco sacramentou a despromoção cruzmaltina, além da permanência de Criciúma, Inter e Portuguesa. E o Fluminense, mesmo vencendo o Bahia, também se viu novamente rebaixado, pois o Coritiba vencera o São Paulo. Fim.
Fim? Hoje se discute mais um tapetão na história recente tricolor. O terceiro desde 1996. Mas, como o último foi catorze anos atrás, poucos poderiam supôr que manobras de bastidores pudessem se fazer presentes novamente. Héverton, reserva na Portuguesa, entrou em campo aos trinta e dois minutos do segundo tempo na última rodada. Não deveria. Pior: não poderia. Ele deveria cumprir um segundo jogo de suspensão por expulsão recebida duas rodadas atrás.
Agora vamos a algumas perguntas - bastante objetivas - para clarear a questão. Primeira pergunta: a Portuguesa cometeu um erro previsto em regulamento? Segunda pergunta: a Portuguesa se beneficiou do uso do jogador supostamente irregular? Terceira pergunta: alguém se prejudicou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa? Quarta pergunta: alguém se beneficiou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa?
Sim, para a primeira pergunta. Não, para as outras três perguntas. Ou seja, estamos num confronto entre a legalidade e a moralidade. Legalmente, a Portuguesa errou. Moralmente, a Portuguesa somou mais pontos que o Fluminense (independentemente do placar na última rodada, a pontuação da Portuguesa em 37 jogos foi maior que a do Fluminense em 38).
Cabe ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidir se condena a Portuguesa ou se a absolve. Absolvendo, não afetará em nada em termos de rebaixamento. Os quatro times com pior campanha serão rebaixados. Condenando, teremos de mudar a resposta para a última pergunta: alguém se beneficiou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa? Resposta: sim, o Fluminense.
Que vença a moralidade. É muito mais legal para o esporte e para a cidadania em geral.
Veio a última rodada. A derrota do Goiás e a vitória do Botafogo renderam ao Alvinegro o quarto lugar na tabela de classificação (três dias depois, o título do Lanús na Copa Sul-Americana diante da Ponte Preta confirmou o retorno do Glorioso à Copa Libertadores da América). A derrota do Vasco sacramentou a despromoção cruzmaltina, além da permanência de Criciúma, Inter e Portuguesa. E o Fluminense, mesmo vencendo o Bahia, também se viu novamente rebaixado, pois o Coritiba vencera o São Paulo. Fim.
Fim? Hoje se discute mais um tapetão na história recente tricolor. O terceiro desde 1996. Mas, como o último foi catorze anos atrás, poucos poderiam supôr que manobras de bastidores pudessem se fazer presentes novamente. Héverton, reserva na Portuguesa, entrou em campo aos trinta e dois minutos do segundo tempo na última rodada. Não deveria. Pior: não poderia. Ele deveria cumprir um segundo jogo de suspensão por expulsão recebida duas rodadas atrás.
Agora vamos a algumas perguntas - bastante objetivas - para clarear a questão. Primeira pergunta: a Portuguesa cometeu um erro previsto em regulamento? Segunda pergunta: a Portuguesa se beneficiou do uso do jogador supostamente irregular? Terceira pergunta: alguém se prejudicou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa? Quarta pergunta: alguém se beneficiou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa?
Sim, para a primeira pergunta. Não, para as outras três perguntas. Ou seja, estamos num confronto entre a legalidade e a moralidade. Legalmente, a Portuguesa errou. Moralmente, a Portuguesa somou mais pontos que o Fluminense (independentemente do placar na última rodada, a pontuação da Portuguesa em 37 jogos foi maior que a do Fluminense em 38).
Cabe ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidir se condena a Portuguesa ou se a absolve. Absolvendo, não afetará em nada em termos de rebaixamento. Os quatro times com pior campanha serão rebaixados. Condenando, teremos de mudar a resposta para a última pergunta: alguém se beneficiou pelo uso do jogador supostamente irregular por parte da Portuguesa? Resposta: sim, o Fluminense.
Que vença a moralidade. É muito mais legal para o esporte e para a cidadania em geral.
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sábado, 7 de dezembro de 2013
Copa Do Mundo 2014: Grupos Sorteados E Pitacos Dados
Foram sorteados ontem, 06.12.2013, os oito grupos para a Copa do Mundo 2014. Copa essa que será a segunda disputada em solo brasileiro. Solo brasileiro que, por sua extensão geográfica e seus múltiplos climas associados a ineficiências infraestruturais, vem inquietando alguns países - sobretudo aqueles ditos de "primeiro mundo". Os europeus até se preocupam com os adversários, mas parece que o grande medo das delegações do Velho Continente reside não em com quem jogar, mas onde jogar. Ninguém quer Manaus, com seu calorzão e umidade nas alturas. Brasília - e sua secura - também é vista com maus olhos. Imagine quando o Mundial for disputado no Catar...
Vamos então aos grupos e aos respectivos pitacos. Pitacos que são feitos hoje, pensando em daqui a um semestre e tentando adivinhar o futuro. Ou seja, tem tudo para dar errado. Mas, rolando um percentual de acerto significativo, posso recuperar esse tópico e fazer pose de vidente. Ou melhor, de profundo entendedor desta ciência chamada futebol.
Grupo A: Brasil, Croácia, México e Camarões.
O Brasil, país-sede, é amplamente favorito a uma das vagas e ao primeiro lugar na chave. A Croácia pode fazer jogo duro na estréia, em São Paulo? Sim, pode. O México, adversário em Fortaleza, merece respeito? Lógico, mesmo com o sufoco que passaram na CONCACAF. E Camarões, será um peixe fora d'água na capital federal? Sim, será, mas enquanto houver fôlego, haverá esperança. Com tudo isso, a tendência é que a seleção consiga os pontos necessários para assegurar a primeira posição - do contrário, será uma decepção. Pitaco: avançam Brasil e México.
Grupo B: Espanha, Holanda, Chile e Austrália.
Atuais finalistas, espanhóis e holandeses se enfrentam em plena rodada de abertura, em Salvador. É a esperança de chilenos e australianos largarem na frente e tentarem a proeza de surpreender um dos dois favoritos. Pitaco: avançam Espanha e Holanda.
Grupo C: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão.
Eis uma chave equilibrada, onde cada seleção tem um tipo diferente de ponto forte: a técnica colombiana, a solidez grega, o vigor marfinense e a disciplina japonesa. Pode dar qualquer coisa, embora algo me diga que os colombianos entram com sutil vantagem em relação aos demais. Pitaco: avançam Colômbia e Costa do Marfim.
Grupo D: Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália.
Pobre Costa Rica. É a primeira seleção na história das Copas a enfrentar 3 campeãs do mundo logo na primeira fase. Cabe a uruguaios, ingleses e italianos correrem atrás de honrarem suas tradições e buscarem as duas vagas disponíveis. Pitaco: avançam Uruguai e Itália.
Grupo E: Suíça, Equador, França e Honduras.
E não é que a França deu sorte na sua condição de não-cabeça-de-chave? O resultado de Suíça e Equador, em Brasília, na partida de estréia, tem tudo para encaminhar o grupo. Havendo empate nesse confronto, é chave pra ser resolvida nos últimos minutos da última rodada. Pitaco: avançam França e Equador.
Grupo F: Argentina, Bósnia e Herzegovina, Irã e Nigéria.
Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre são as cidades que terão a felicidade de receber Lionel Messi na primeira fase. Na disputa pela outra vaga nas oitavas, europeus, asiáticos e africanos terão de enfrentar frio e calor, pois estão no circuito Curitiba, Cuiabá e Salvador. Não fosse isso, cravaria a Bósnia na próxima fase. E como não confio nessa Nigéria... Pitaco: avançam Argentina e Irã.
Grupo G: Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos.
Alemanha é a mais forte nessa chave. Ponto. Porém, estamos aqui diante de um grupo com quatro seleções que merecem respeito. Talvez o fator de desequilíbrio possa ser Manaus, adversária de Portugal e EUA na rodada do meio. Pitaco: avançam Alemanha e Gana.
Grupo H: Bélgica, Argélia, Rússia e Coréia do Sul.
Os belgas, que contam com um time bem qualificado tecnicamente, tiveram a sorte lhe sorrindo no sorteio: serão os que menos viajarão nesta fase, jogando as três partidas na região sudeste. Não vislumbro grandes possibilidades para os argelinos, e creio que as chances sul-coreanas se multiplicarão caso consigam surpreender os russos na estréia e enfrentar uma já classificada Bélgica na rodada derradeira. Mas... Pitaco: avançam Bélgica e Rússia.
Então é isso. Opinião de momento, sendo bem capaz que em breve eu já esteja discordando de mim mesmo. Mas tá feito o registro. Que tenhamos uma ótima Copa do Mundo e um país mais humano, democrático e justo. Não dá para admitir um evento dessa magnitude e com tantos gastos públicos para beneficiar apenas uma minoria selecionada, em detrimento de um contingente de excluídos estrategicamente. O legado é obrigação e o ano é de eleição.
Vamos então aos grupos e aos respectivos pitacos. Pitacos que são feitos hoje, pensando em daqui a um semestre e tentando adivinhar o futuro. Ou seja, tem tudo para dar errado. Mas, rolando um percentual de acerto significativo, posso recuperar esse tópico e fazer pose de vidente. Ou melhor, de profundo entendedor desta ciência chamada futebol.
Grupo A: Brasil, Croácia, México e Camarões.
O Brasil, país-sede, é amplamente favorito a uma das vagas e ao primeiro lugar na chave. A Croácia pode fazer jogo duro na estréia, em São Paulo? Sim, pode. O México, adversário em Fortaleza, merece respeito? Lógico, mesmo com o sufoco que passaram na CONCACAF. E Camarões, será um peixe fora d'água na capital federal? Sim, será, mas enquanto houver fôlego, haverá esperança. Com tudo isso, a tendência é que a seleção consiga os pontos necessários para assegurar a primeira posição - do contrário, será uma decepção. Pitaco: avançam Brasil e México.
Grupo B: Espanha, Holanda, Chile e Austrália.
Atuais finalistas, espanhóis e holandeses se enfrentam em plena rodada de abertura, em Salvador. É a esperança de chilenos e australianos largarem na frente e tentarem a proeza de surpreender um dos dois favoritos. Pitaco: avançam Espanha e Holanda.
Grupo C: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão.
Eis uma chave equilibrada, onde cada seleção tem um tipo diferente de ponto forte: a técnica colombiana, a solidez grega, o vigor marfinense e a disciplina japonesa. Pode dar qualquer coisa, embora algo me diga que os colombianos entram com sutil vantagem em relação aos demais. Pitaco: avançam Colômbia e Costa do Marfim.
Grupo D: Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália.
Pobre Costa Rica. É a primeira seleção na história das Copas a enfrentar 3 campeãs do mundo logo na primeira fase. Cabe a uruguaios, ingleses e italianos correrem atrás de honrarem suas tradições e buscarem as duas vagas disponíveis. Pitaco: avançam Uruguai e Itália.
Grupo E: Suíça, Equador, França e Honduras.
E não é que a França deu sorte na sua condição de não-cabeça-de-chave? O resultado de Suíça e Equador, em Brasília, na partida de estréia, tem tudo para encaminhar o grupo. Havendo empate nesse confronto, é chave pra ser resolvida nos últimos minutos da última rodada. Pitaco: avançam França e Equador.
Grupo F: Argentina, Bósnia e Herzegovina, Irã e Nigéria.
Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre são as cidades que terão a felicidade de receber Lionel Messi na primeira fase. Na disputa pela outra vaga nas oitavas, europeus, asiáticos e africanos terão de enfrentar frio e calor, pois estão no circuito Curitiba, Cuiabá e Salvador. Não fosse isso, cravaria a Bósnia na próxima fase. E como não confio nessa Nigéria... Pitaco: avançam Argentina e Irã.
Grupo G: Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos.
Alemanha é a mais forte nessa chave. Ponto. Porém, estamos aqui diante de um grupo com quatro seleções que merecem respeito. Talvez o fator de desequilíbrio possa ser Manaus, adversária de Portugal e EUA na rodada do meio. Pitaco: avançam Alemanha e Gana.
Grupo H: Bélgica, Argélia, Rússia e Coréia do Sul.
Os belgas, que contam com um time bem qualificado tecnicamente, tiveram a sorte lhe sorrindo no sorteio: serão os que menos viajarão nesta fase, jogando as três partidas na região sudeste. Não vislumbro grandes possibilidades para os argelinos, e creio que as chances sul-coreanas se multiplicarão caso consigam surpreender os russos na estréia e enfrentar uma já classificada Bélgica na rodada derradeira. Mas... Pitaco: avançam Bélgica e Rússia.
Então é isso. Opinião de momento, sendo bem capaz que em breve eu já esteja discordando de mim mesmo. Mas tá feito o registro. Que tenhamos uma ótima Copa do Mundo e um país mais humano, democrático e justo. Não dá para admitir um evento dessa magnitude e com tantos gastos públicos para beneficiar apenas uma minoria selecionada, em detrimento de um contingente de excluídos estrategicamente. O legado é obrigação e o ano é de eleição.
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domingo, 24 de novembro de 2013
Campeonato Brasileiro Em Pontos Corridos: Emoções Até O Final
O Cruzeiro já é campeão e o Náutico já está rebaixado. Ponto. Mas, entre o primeiro colocado e o último há dezoito posições instáveis. E o destaque, obviamente, fica para aquelas zonas da tabela de classificação que valem um lugar na mais valorizada competição continental nas Américas e o rebaixamento para a Série B.
Atlético Paranaense (que ainda joga a final na Copa do Brasil), Grêmio, Goiás e Botafogo disputam três - ou duas - vagas na Libertadores. O Vitória também tem chances matemáticas, mas vamos combinar que a essa altura nem o mais macumbeiro dos rubronegros baianos bota muita fé que o clube consiga um lugar no badalado G4. G4 que virará G3, caso um brasileiro vença a Copa Sul-Americana - e a Ponte Preta está muito perto de um lugar na final, com vantagem considerável em relação ao compatriota São Paulo.
Ponte Preta que está com os dois pés na terra, mas tendo diante de si uma montanha encantada e um abismo tenebroso: a Macaca tem chances reais de alcançar uma inédita participação na Libertadores conjuntamente a uma despromoção para a segunda divisão nacional. Vasco, Coritiba, Fluminense, Criciúma, Portuguesa e Bahia também correm perigo. Matematicamente, até o Internacional não escapou - mas deve escapar, porque tem muita gente mais abaixo do Colorado.
Agora veja só alguns dos cruzamentos reservados para essas últimas duas rodadas. Tem confronto direto de objetivos semelhantes e partidas envolvendo equipes em situações antagônicas. Todas com promessa de equilíbrio e emoções, nesse que é um dos torneios mais competitivos do planeta.
Antes, uma olhada na tabela de classificação após 36 rodadas cumpridas.
Penúltima rodada
Ponte Preta e Portuguesa. Somente a vitória interessa aos pontepretanos, enquanto a Lusa tenta sair de Campinas com sua situação definida, sem depender de seu difícil compromisso na rodada derradeira, que será diante do Grêmio (o Tricolor Gaúcho joga por um lugar na Libertadores).
Coritiba e Botafogo. Enquanto o Coxa busca sair da zona de descenso, o Botafogo tenta entrar na zona de classificação para a Libertadores. Empate é resultado que não interessa a nenhum deles. Mas, pior que isso, seria uma derrota. Como jogarão para buscar a vitória?
Grêmio e Goiás. Confronto direto pelo G4 (que pode virar G3). É o exemplo de uma partida onde o empate não é ruim pra ninguém, mas pode ser perigoso para ambos. Ao Goiás, pode custar uma posição-chave na tabela. Ao Grêmio, a necessidade de superar a Portuguesa no Canindé.
Última rodada
Botafogo e Criciúma. Pode ser que o Criciúma vá a campo com sua situação definida (para isso, terá de vencer o São Paulo na rodada anterior). Pode ser que não. O Botafogo, certamente, estará na sedenta disputa por uma vaga na Copa Libertadores da América 2014.
Bahia e Fluminense. Se, na rodada anterior, o Bahia sair vencedor diante do já campeão Cruzeiro (talvez até mesmo com um empate), o jogo muda de cenário. Do contrário, teremos na Fonte Nova um "salve-se quem puder". Há também o risco de o empate beneficiar ambos os times, o que seria péssimo para o futebol. Ou seja, temos de aguardar o desfecho da rodada 37 para dizer o quão dramático será esse confronto de tricolores.
Atlético Paranaense e Vasco. Imaginando que o Atlético não tenha ganho a Copa do Brasil (se faturar, já estará na Libertadores), esse será um jogo de alta dramaticidade, pois ambos os times precisarão somar pontos pelos seus distintos objetivos. Resta saber quantos pontos.
Portuguesa e Grêmio. Há a possibilidade de os dois entrarem em campo com suas situações resolvidas. Há a possibilidade de um estar "na boa" e o outro não. E há o cenário que torna para um e para outro a partida uma questão de "tudo ou nada". A Lusa pela Série A, o Grêmio pela América.
Viu só como um torneio no formato todos-contra-todos em ida-e-volta também reserva fortes emoções até o seu desfecho? E o melhor de tudo: é mais justo que aquele modelo anterior, onde times irregulares podem ser campeões e outros se arrasarem por causa de uma única tarde ou noite ruim.
De resto, que tenhamos ótimos jogos. E bom senso.
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sábado, 23 de novembro de 2013
Gira, Gira, Gira... Giroud!
Arsenal e Southampton foram a campo pela 12ª rodada no Campeonato Inglês temporada 2013-4. Antes que alguém consiga desmentir, jamais na história do futebol essas equipes se enfrentaram estando ambas nas 3 primeiras posições na tabela de classificação na liga nacional: o Arsenal lidera a competição enquanto o Southampton surpreende aparecendo na terceira colocação.
Como pouco mais cedo o Liverpool havia empatado o clássico da cidade com o Everton em jogo de meia dúzia de gols, era a chance do Arsenal abrir mais vantagem na ponta e do Southampton assumir a vice-liderança. No final das contas, os dois gols de Olivier Giroud selaram mais uma vitória dos comandados de Arsène Wenger, a nona em doze jornadas.
A partida, no geral, foi marcada pelo equilíbrio. Embora faltasse capacidade criativa ao time de Mauricio Pocchettino, a equipe visitante só não marcou um gol no primeiro tempo porque foi impedida em duas intervenções do goleiro polonês Szczesny. O Arsenal, por sua vez, parou duas vezes na trave do também polonês Boruc. Boruc que acabou fazendo uma trapalhada monumental aos vinte e um minutos: recebeu bola recuada, tentou driblar Giroud e viu o francês recuperar a redonda, mandando para o gol vazio.
Na segunda etapa, a partida teve menor quantidade de chances claras de gol. Melhor pro Arsenal, que ainda conseguiu encontrar um pênalti nos minutos finais e ampliar a vantagem em mais um gol de Giroud, goleador da equipe na presente temporada. Não é nenhum Thierry Henry (perdoem a grosseira "comparação") mas cumpre o seu papel o centroavante francês, autor de seis gols nessa edição do Inglês.
Não ouso cravar o segredo do sucesso do Arsenal nesse início de temporada. Mas sem dúvida alguma, um dos maiores responsáveis é o excepcional técnico Arsène Wenger, que consegue, ano após ano, desenvolver um estilo de jogo baseado em toques de bola e deslocamentos constantes dos jogadores de meio-campo. Aaron Ramsey tem feito um ano espetacular, Mesut Özil encaixou imediatamente no esquema tático e a defesa parece mais compacta que em outras ocasiões. Daí para se falar em título vai um longo percurso. Mas tal percurso já começou a ser percorrido. E em passos firmes.
Já o Southampton, que saboreia uma incrível terceira posição (estando a frente de times como Chelsea, Everton, Manchester United, Tottenham, Newcastle e Manchester City), dificilmente conseguirá se manter numa situação tão privilegiada. Mas seu jeito de jogar ensina. Ensina que, mesmo não tendo um plantel à altura do adversário, é possível entrar no gramado e jogar de igual para igual. Com limitações, desafios, dificuldades, mas sem medo. Inclusive diante do legítimo líder do torneio.
Acompanhe-nos também pelo Twitter @jogadadefeito e pelo Facebook Jogada De (E)feito.
Como pouco mais cedo o Liverpool havia empatado o clássico da cidade com o Everton em jogo de meia dúzia de gols, era a chance do Arsenal abrir mais vantagem na ponta e do Southampton assumir a vice-liderança. No final das contas, os dois gols de Olivier Giroud selaram mais uma vitória dos comandados de Arsène Wenger, a nona em doze jornadas.
A partida, no geral, foi marcada pelo equilíbrio. Embora faltasse capacidade criativa ao time de Mauricio Pocchettino, a equipe visitante só não marcou um gol no primeiro tempo porque foi impedida em duas intervenções do goleiro polonês Szczesny. O Arsenal, por sua vez, parou duas vezes na trave do também polonês Boruc. Boruc que acabou fazendo uma trapalhada monumental aos vinte e um minutos: recebeu bola recuada, tentou driblar Giroud e viu o francês recuperar a redonda, mandando para o gol vazio.
Na segunda etapa, a partida teve menor quantidade de chances claras de gol. Melhor pro Arsenal, que ainda conseguiu encontrar um pênalti nos minutos finais e ampliar a vantagem em mais um gol de Giroud, goleador da equipe na presente temporada. Não é nenhum Thierry Henry (perdoem a grosseira "comparação") mas cumpre o seu papel o centroavante francês, autor de seis gols nessa edição do Inglês.
Não ouso cravar o segredo do sucesso do Arsenal nesse início de temporada. Mas sem dúvida alguma, um dos maiores responsáveis é o excepcional técnico Arsène Wenger, que consegue, ano após ano, desenvolver um estilo de jogo baseado em toques de bola e deslocamentos constantes dos jogadores de meio-campo. Aaron Ramsey tem feito um ano espetacular, Mesut Özil encaixou imediatamente no esquema tático e a defesa parece mais compacta que em outras ocasiões. Daí para se falar em título vai um longo percurso. Mas tal percurso já começou a ser percorrido. E em passos firmes.
Já o Southampton, que saboreia uma incrível terceira posição (estando a frente de times como Chelsea, Everton, Manchester United, Tottenham, Newcastle e Manchester City), dificilmente conseguirá se manter numa situação tão privilegiada. Mas seu jeito de jogar ensina. Ensina que, mesmo não tendo um plantel à altura do adversário, é possível entrar no gramado e jogar de igual para igual. Com limitações, desafios, dificuldades, mas sem medo. Inclusive diante do legítimo líder do torneio.
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domingo, 6 de outubro de 2013
Grêmio Vence Botafogo E Convence: Joga Feio Mesmo
O encontro entre o segundo e o terceiro colocado na tabela de classificação no Campeonato Brasileiro 2013 foi realizado sábado, no estádio Jornalista Mário Filho. Foi o jogo que abriu a vigésima sexta rodada na competição nacional.
A partida confirmou as expectativas de um confronto equilibrado. Porém, a qualidade do espetáculo é que talvez tenha ficado abaixo do que gostariam os amantes do futebol. Um pouco pelas ausências de jogadores como Elano, Zé Roberto e Eduardo Vargas, que desfalcaram o Grêmio, um tanto pela postura acovardada do time comandado por Renato Gaúcho, que limitou-se a, sobretudo no segundo tempo, marcar presença no campo de defesa para segurar o resultado construído na etapa inicial. Feito que é valorizado pelo fato de ter jogado com um homem a menos desde a expulsão de Kléber, ainda no primeiro terço de partida.
Mas o que esperar do decadente Botafogo e do pragmático Grêmio nas próximas rodadas de um torneio que termina daqui a dois meses? O Alvinegro precisa urgentemente sacudir a poeira que se levantou no ambiente de General Severiano. São cinco rodadas sem vitória (quatro derrotas no período, sendo três delas dentro de casa) e além da distância para o líder Cruzeiro ter ficado demasiado longa (dezesseis pontos no momento), a própria presença na zona de classificação para a Libertadores está colocada em risco (o time acaba de ser ultrapassado pelo Atlético Paranaense, caindo para o quarto lugar). O Tricolor, por sua vez, vai somando vitórias atrás de vitórias (leia-se um a zero atrás de um a zero). A onze pontos do líder e com a credibilidade de quem vem de vitórias sobre Atlético e Botafogo, é o maior concorrente ao título que parece encaminhado ao Cruzeiro.
Prefiro acreditar que o Grêmio possa e irá render muito mais do que o apresentado nesse último sábado. As críticas ao estilo de jogo da equipe e as respostas dadas pelo treinador (do tipo "então vá ver o Barcelona jogar") mostram que nosso futebol atravessa momento ingrato para os amantes desse esporte. Temos um vice-líder nacional totalmente alheio à arte, entregue por completo à "filosofia dos três pontos". Só que precisam ensinar - e principalmente aprender - que uma coisa não anula a outra. Se implementarmos por aqui um jeito de jogar mais voltado para a ofensividade, fazendo (bom) uso da técnica apurada presente em tantos atletas, as coisas deverão fluir com mais beleza. Sem precisar, necessariamente "ver o Barcelona jogar". Por enquanto, isso é o melhor a ser feito. Valeu a dica, Renato.
A partida confirmou as expectativas de um confronto equilibrado. Porém, a qualidade do espetáculo é que talvez tenha ficado abaixo do que gostariam os amantes do futebol. Um pouco pelas ausências de jogadores como Elano, Zé Roberto e Eduardo Vargas, que desfalcaram o Grêmio, um tanto pela postura acovardada do time comandado por Renato Gaúcho, que limitou-se a, sobretudo no segundo tempo, marcar presença no campo de defesa para segurar o resultado construído na etapa inicial. Feito que é valorizado pelo fato de ter jogado com um homem a menos desde a expulsão de Kléber, ainda no primeiro terço de partida.
Mas o que esperar do decadente Botafogo e do pragmático Grêmio nas próximas rodadas de um torneio que termina daqui a dois meses? O Alvinegro precisa urgentemente sacudir a poeira que se levantou no ambiente de General Severiano. São cinco rodadas sem vitória (quatro derrotas no período, sendo três delas dentro de casa) e além da distância para o líder Cruzeiro ter ficado demasiado longa (dezesseis pontos no momento), a própria presença na zona de classificação para a Libertadores está colocada em risco (o time acaba de ser ultrapassado pelo Atlético Paranaense, caindo para o quarto lugar). O Tricolor, por sua vez, vai somando vitórias atrás de vitórias (leia-se um a zero atrás de um a zero). A onze pontos do líder e com a credibilidade de quem vem de vitórias sobre Atlético e Botafogo, é o maior concorrente ao título que parece encaminhado ao Cruzeiro.
Prefiro acreditar que o Grêmio possa e irá render muito mais do que o apresentado nesse último sábado. As críticas ao estilo de jogo da equipe e as respostas dadas pelo treinador (do tipo "então vá ver o Barcelona jogar") mostram que nosso futebol atravessa momento ingrato para os amantes desse esporte. Temos um vice-líder nacional totalmente alheio à arte, entregue por completo à "filosofia dos três pontos". Só que precisam ensinar - e principalmente aprender - que uma coisa não anula a outra. Se implementarmos por aqui um jeito de jogar mais voltado para a ofensividade, fazendo (bom) uso da técnica apurada presente em tantos atletas, as coisas deverão fluir com mais beleza. Sem precisar, necessariamente "ver o Barcelona jogar". Por enquanto, isso é o melhor a ser feito. Valeu a dica, Renato.
West Brom Resiste E Interrompe Seqüência Do Arsenal
Com ótimo início de temporada, o Arsenal visitou o West Bromwich para retomar a liderança provisoriamente perdida para o Liverpool (que jogou no dia anterior ao time comandado por Arsène Wenger). E o empate no campo adversário serviu para o Arsenal terminar a sétima rodada como líder no Campeonato Inglês, só que igualado em pontos (16) e em saldo de gols (6) com os Reds (a diferença está no número de gols marcados: 14a11). Se tivesse vencido, a diferença para o vice-líder estaria em dois pontos e seria estabelecida uma marca histórica de oito triunfos consecutivos na condição de visitante em jogos pela liga nacional inglesa. Em 12º com nove pontos, o WBA deve ter festejado o empate, embora tivesse jogado de igual para igual com o Arsenal.
Cada time marcou o seu gol em um tempo. No primeiro, os donos da casa foram à rede através do argentino Yacob, aproveitando cruzamento do francês Amalfitano, um dos melhores jogadores em campo. No segundo, Wilshere chutou rasteiro no canto esquerdo para concluir em gol uma jogada com participações de Özil, Giroud e Rosický. Entre um gol e outro, o West Brom teve pelo menos duas grandes chances de ampliar a diferença no placar, mas Anelka não aproveitou nenhuma das oportunidades - numa sem conseguir dominar a bola, noutra finalizando rente à trave esquerda. Com o resultado em 1a1, Giroud desperdiçou o que poderia ser a virada do líder, chutando para fora após receber belo passe de Özil.
Na próxima rodada, Arsenal e West Bromwich Albion têm seus compromissos agendados para o sábado, 19.10.2013: respectivamente diante de Norwich (18º colocado, com sete pontos), em Londres, e Stoke (16º, também com sete), no campo oponente. Ambos marcados para 11h da manhã (fuso-horário de Brasília).
Para mais detalhes sobre a partida West Bromwich Albion 1a1 Arsenal, você pode acessar a página @jogandoagora, procurando pela #WBAArs.
Cada time marcou o seu gol em um tempo. No primeiro, os donos da casa foram à rede através do argentino Yacob, aproveitando cruzamento do francês Amalfitano, um dos melhores jogadores em campo. No segundo, Wilshere chutou rasteiro no canto esquerdo para concluir em gol uma jogada com participações de Özil, Giroud e Rosický. Entre um gol e outro, o West Brom teve pelo menos duas grandes chances de ampliar a diferença no placar, mas Anelka não aproveitou nenhuma das oportunidades - numa sem conseguir dominar a bola, noutra finalizando rente à trave esquerda. Com o resultado em 1a1, Giroud desperdiçou o que poderia ser a virada do líder, chutando para fora após receber belo passe de Özil.
Na próxima rodada, Arsenal e West Bromwich Albion têm seus compromissos agendados para o sábado, 19.10.2013: respectivamente diante de Norwich (18º colocado, com sete pontos), em Londres, e Stoke (16º, também com sete), no campo oponente. Ambos marcados para 11h da manhã (fuso-horário de Brasília).
Para mais detalhes sobre a partida West Bromwich Albion 1a1 Arsenal, você pode acessar a página @jogandoagora, procurando pela #WBAArs.
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Um Cruzeiro Para O Título Brasileiro
Desde a primeira rodada no Campeonato Brasileiro 2013, nenhuma vez a situação do líder teve contornos de hegemonia como agora, após vinte e duas jornadas disputadas. O Cruzeiro, com quarenta e nove pontos, abriu mais três em relação ao vice-líder (totalizando sete de diferença) e com a moral de ter conseguido um 3a0 no confronto direto. Se o Botafogo tem condições de tirar essa diferença e reassumir a ponta na tabela de classificação? Sem dúvidas. Estamos falando de uma liga altamente competitiva, o que confirma a possibilidade de uma reviravolta ao mesmo tempo que coloca o atual primeiro colocado numa situação bastante favorável, dada a dificuldade de se "correr atrás do prejuízo" em meio a tantos confrontos marcados pelo equilíbrio.
Se no parágrafo inicial só falou-se em Cruzeiro e Botafogo, cabe destacar que essa não é uma disputa bipolarizada entre mineiros e cariocas. Mais abaixo na tabela e ao sul no território nacional, estão Grêmio, Atlético Paranaense e Internacional, também postulantes ao título. Chances menores que os dois primeiros colocados, obviamente, mas existentes. Mas muita coisa pode acontecer, até porque nesse mês ainda temos um Inter e Cruzeiro; no próximo, um Botafogo e Grêmio. E muitos outros pontos em aberto antes, entre e depois desses jogos. O que torna ainda mais interessante o torneio de pontos corridos. Pontos altamente concorridos.
Mas, então, a vantagem do Cruzeiro é essa de sete pontos? Sim. Mas há algo mais: a regularidade da equipe comandada por Marcelo Oliveira e a eficiência ofensiva deste elenco são duas credenciais que acentuam as possibilidades de conquista. E houve um mal que veio para bem: com a eliminação relativamente precoce na Copa do Brasil (caiu para o Flamengo na fase oitavas-de-final), a Raposa guardará suas energias para um único torneio, enquanto outros adversários, como o próprio Botafogo, encontram pela frente um calendário menos generoso com descansos e treinamentos. É improvável - e até mesmo inviável - imaginar que o Alvinegro possa relegar a Copa do Brasil a segundo plano, notadamente quando tem pela frente um de seus maiores rivais, justamente o algoz do Cruzeiro na competição eliminatória.
Copa do Brasil que ainda reserva encontros entre Grêmio e Corinthians, Atlético Paranaense e Internacional, Goiás e Vasco. Perceba como de todos os cinco primeiros colocados no Brasileirão, somente o líder Cruzeiro não está dividindo esforços entre duas competições. Hoje, o pitaco mais prudente é cravar o atual vice-campeão mineiro como maior candidato ao título brasileiro. Mas mais prudente ainda talvez seja deixar rolar sem pitaquear, pois há muita água por onde navegar. Um cruzeiro para o título brasileiro.
Se no parágrafo inicial só falou-se em Cruzeiro e Botafogo, cabe destacar que essa não é uma disputa bipolarizada entre mineiros e cariocas. Mais abaixo na tabela e ao sul no território nacional, estão Grêmio, Atlético Paranaense e Internacional, também postulantes ao título. Chances menores que os dois primeiros colocados, obviamente, mas existentes. Mas muita coisa pode acontecer, até porque nesse mês ainda temos um Inter e Cruzeiro; no próximo, um Botafogo e Grêmio. E muitos outros pontos em aberto antes, entre e depois desses jogos. O que torna ainda mais interessante o torneio de pontos corridos. Pontos altamente concorridos.
Mas, então, a vantagem do Cruzeiro é essa de sete pontos? Sim. Mas há algo mais: a regularidade da equipe comandada por Marcelo Oliveira e a eficiência ofensiva deste elenco são duas credenciais que acentuam as possibilidades de conquista. E houve um mal que veio para bem: com a eliminação relativamente precoce na Copa do Brasil (caiu para o Flamengo na fase oitavas-de-final), a Raposa guardará suas energias para um único torneio, enquanto outros adversários, como o próprio Botafogo, encontram pela frente um calendário menos generoso com descansos e treinamentos. É improvável - e até mesmo inviável - imaginar que o Alvinegro possa relegar a Copa do Brasil a segundo plano, notadamente quando tem pela frente um de seus maiores rivais, justamente o algoz do Cruzeiro na competição eliminatória.
Copa do Brasil que ainda reserva encontros entre Grêmio e Corinthians, Atlético Paranaense e Internacional, Goiás e Vasco. Perceba como de todos os cinco primeiros colocados no Brasileirão, somente o líder Cruzeiro não está dividindo esforços entre duas competições. Hoje, o pitaco mais prudente é cravar o atual vice-campeão mineiro como maior candidato ao título brasileiro. Mas mais prudente ainda talvez seja deixar rolar sem pitaquear, pois há muita água por onde navegar. Um cruzeiro para o título brasileiro.
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Equipe E Jogada Da Semana
O Campeonato Brasileiro 2013 chega à sua metade. Quer dizer, faltam três jogos atrasados, mas, grosso modo, dezenove rodadas foram disputadas. O Cruzeiro está na frente, com quarenta pontos e a "vantagem" de se dedicar exclusivamente à liga nacional (caiu na Copa do Brasil para o Flamengo na fase oitavas-de-final). Logo atrás, com trinta e seis somados, aparece o Botafogo. Botafogo que, mesmo após perder Vitinho para o futebol russo, venceu o Coritiba no Maracanã, com ótima participação do jovem estreante Hyuri, autor de dois gols nos três a um. Isso foi na quinta-feira. Três dias depois, no domingo, o Alvinegro conseguiu outro grande resultado: de virada, venceu o Criciúma no estádio Heriberto Hulse com o último gol dos dois a um saindo aos quarenta e seis minutos no segundo tempo. E desfalcado de Jéfferson, Gabriel, Lodeiro e Seedorf. Em reconhecimento aos esforços do elenco, torcedores botafoguenses recepcionaram o grupo no desembarque no aeroporto Santos Dumont. Se essa campanha vai terminar em título, saberemos mais tarde. Mas não resta dúvidas de que o Botafogo vem se mostrando especialista na capacidade de superar. De se superar.
Jogada da semana
Poderia ser o tremendo voleio de Elias, na virada do Botafogo sobre o Criciúma. Mas escolheu-se o golaço de Hyuri pra cima do Coritiba, em sua estréia tanto no Maracanã quanto no Botafogo. Tem estrela ou não tem?
Jogada da semana
Poderia ser o tremendo voleio de Elias, na virada do Botafogo sobre o Criciúma. Mas escolheu-se o golaço de Hyuri pra cima do Coritiba, em sua estréia tanto no Maracanã quanto no Botafogo. Tem estrela ou não tem?
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domingo, 8 de setembro de 2013
O Que Dizer De Brasil 6a0 Austrália?
Era um Sete De Setembro, data onde se celebra "a independência do Brasil". Mesmo em tempos de ditadura. Nas dependências da arena Mané Garrincha, dezenas de milhares de lugares vagos. Nos arredores, opressão policial sobre manifestantes majoritariamente pacíficos.
Dentro de campo, uma Austrália pregada. Pregada a ponto de não chutar em gol, de não ganhar disputas pelo alto (e olha que eles têm 'tradição' nesse quesito). Vieram para assistir a seleção brasileira jogar. E a seleção brasileira... jogou. Com naturalidade e facilidade, marcou quatro gols em cada tempo (três deles validados) e goleou uma seleção que já está garantida no Mundial, via Eliminatórias Asiáticas. Se jogar desse jeito, será uma participação vexatória do maior país da Oceania. Mas duvido que joguem desse jeito. Como também duvido que a seleção de Felipão repita atuações como a diante dos australianos. Não por falta de capacidade técnica, mas por excesso de zelo defensivo e pela improbabilidade de defrontar com novas defesas tão desorganizadas e desleixadas.
Muito boa a atuação de Ramires, jogador que já deveria ser considerado intocável nesse meio-campo, principalmente após a maravilhosa performance na Copa América 2011. Precisa é ter maiores cuidados nas divididas, pois tanto na seleção quanto no Chelsea o ex-Cruzeiro vem distribuindo entradas imprudentes (para não dizer desleais). Bernard também teve rendimento satisfatório, principalmente se contrastarmos com o desempenho quase nulo de Lucas, que entrou em seu lugar. Neymar, entre acertos e firulas, teve um saldo positivo. Jô e Pato não precisaram de muito contato com a bola para balançarem a rede. Luiz Gustavo, autor de um golaço, é outro que parece à vontade com a camisa amarela e merece a titularidade. Maicon aproveitou as avenidas e fluiu como quis, apresentando-se como sombra ao não muito ensolarado Daniel Alves. Com a defesa firme e o adversário mole, Júlio César foi a Brasília a passeio. Jéfferson, que desfalca o Botafogo no Campeonato Brasileiro, assistiu do banco o goleiro que não joga nem precisar jogar.
O blogueiro assistiu a partida do alto, atrás do gol que no primeiro tempo foi enfeitado por Júlio e no segundo foi defendido (ou não) por Schwarzer. Aliás, bota alto nisso. Era o ingresso menos caro disponível (R$45 a meia-entrada), para um jogo onde cerca de quarenta mil marcaram presença e a renda chegou perto dos quatro milhões de reais. Para onde vai esse dinheiro, só Deus sabe. Em tempos onde Marín preside a CBF e o abuso de autoridade impera ditatorialmente, com privação de direitos básicos de ir e vir e aprovação de Lei Geral da Copa e afins, pode-se ter em mente que o 'investimento' ficará restrito aos poderosos. E o legado ó...
Dentro de campo, uma Austrália pregada. Pregada a ponto de não chutar em gol, de não ganhar disputas pelo alto (e olha que eles têm 'tradição' nesse quesito). Vieram para assistir a seleção brasileira jogar. E a seleção brasileira... jogou. Com naturalidade e facilidade, marcou quatro gols em cada tempo (três deles validados) e goleou uma seleção que já está garantida no Mundial, via Eliminatórias Asiáticas. Se jogar desse jeito, será uma participação vexatória do maior país da Oceania. Mas duvido que joguem desse jeito. Como também duvido que a seleção de Felipão repita atuações como a diante dos australianos. Não por falta de capacidade técnica, mas por excesso de zelo defensivo e pela improbabilidade de defrontar com novas defesas tão desorganizadas e desleixadas.
Muito boa a atuação de Ramires, jogador que já deveria ser considerado intocável nesse meio-campo, principalmente após a maravilhosa performance na Copa América 2011. Precisa é ter maiores cuidados nas divididas, pois tanto na seleção quanto no Chelsea o ex-Cruzeiro vem distribuindo entradas imprudentes (para não dizer desleais). Bernard também teve rendimento satisfatório, principalmente se contrastarmos com o desempenho quase nulo de Lucas, que entrou em seu lugar. Neymar, entre acertos e firulas, teve um saldo positivo. Jô e Pato não precisaram de muito contato com a bola para balançarem a rede. Luiz Gustavo, autor de um golaço, é outro que parece à vontade com a camisa amarela e merece a titularidade. Maicon aproveitou as avenidas e fluiu como quis, apresentando-se como sombra ao não muito ensolarado Daniel Alves. Com a defesa firme e o adversário mole, Júlio César foi a Brasília a passeio. Jéfferson, que desfalca o Botafogo no Campeonato Brasileiro, assistiu do banco o goleiro que não joga nem precisar jogar.
O blogueiro assistiu a partida do alto, atrás do gol que no primeiro tempo foi enfeitado por Júlio e no segundo foi defendido (ou não) por Schwarzer. Aliás, bota alto nisso. Era o ingresso menos caro disponível (R$45 a meia-entrada), para um jogo onde cerca de quarenta mil marcaram presença e a renda chegou perto dos quatro milhões de reais. Para onde vai esse dinheiro, só Deus sabe. Em tempos onde Marín preside a CBF e o abuso de autoridade impera ditatorialmente, com privação de direitos básicos de ir e vir e aprovação de Lei Geral da Copa e afins, pode-se ter em mente que o 'investimento' ficará restrito aos poderosos. E o legado ó...
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Equipe E Jogada Da Semana
A temporada começa muito bem para a Juventus. Atual bicampeã italiana, a Vecchia Signora já faturou a Supercopa Italiana sapecando 4a0 na Lazio (Pogba, Chiellini, Lichtsteiner e Tévez marcaram). Na rodada de abertura na Série A, o recém-contratado Carlitos Tévez marcou o gol único no jogo e a Juve conseguiu algo que não foi capaz de fazer na temproada passada: vencer a Sampdoria. E olha que a partida foi em Gênova, no estádio Luigi Ferraris. Tá ou não tá promissora a equipe comandada por Antonio Conte? Reforçada de Tévez e Llorente no ataque e somando mais um ano de entrosamento nos demais setores (que já mostraram solidez por diversas vezes), é de se colocar o Bianconero como forte candidato a uma conquista continental. Não que seja o estilo de jogo dos mais apreciáveis - muito pelo contrário -, mas o sistema tático montado em Turim vem se mostrando funcional e competitivo. Aguardemos as próximas semanas.
Jogada da semana
A semana que passou foi generosa em grandes jogadas. Podem-se citar dois belíssimos lances no Brasil (Éverton Ribeiro na vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo pela Copa do Brasil, na quarta-feira, e Fabinho, que marcou de bicicleta na vitória do Criciúma sobre o Coritiba, sábado, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro). Na Europa, Arjen Robben arrasou a defesa do Nuremberg em jogada individual, selando mais uma vitória do Bayern de Munique na Bundesliga.
Só que a jogada da semana escolhida não foi nenhuma dessas. E antes que você possa ficar frustrado, mantenha o entusiasmo pois o vídeo a seguir mostra um grande lance que ocorreu no Campeonato Mexicano, domingo, na vitória do Cruz Azul sobre o Puebla. João Robin Rojas Mendoza chamou a defesa toda do adversário de... João. Tal qual tanto fizera Mané Garrincha. E, onde quer que o Anjo das Pernas Tortas esteja, certamente aprovou o lance. Já os quatro ou cinco oponentes que acompanhavam a jogada... estes devem estar até agora procurando a bola.
Jogada da semana
A semana que passou foi generosa em grandes jogadas. Podem-se citar dois belíssimos lances no Brasil (Éverton Ribeiro na vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo pela Copa do Brasil, na quarta-feira, e Fabinho, que marcou de bicicleta na vitória do Criciúma sobre o Coritiba, sábado, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro). Na Europa, Arjen Robben arrasou a defesa do Nuremberg em jogada individual, selando mais uma vitória do Bayern de Munique na Bundesliga.
Só que a jogada da semana escolhida não foi nenhuma dessas. E antes que você possa ficar frustrado, mantenha o entusiasmo pois o vídeo a seguir mostra um grande lance que ocorreu no Campeonato Mexicano, domingo, na vitória do Cruz Azul sobre o Puebla. João Robin Rojas Mendoza chamou a defesa toda do adversário de... João. Tal qual tanto fizera Mané Garrincha. E, onde quer que o Anjo das Pernas Tortas esteja, certamente aprovou o lance. Já os quatro ou cinco oponentes que acompanhavam a jogada... estes devem estar até agora procurando a bola.
sábado, 24 de agosto de 2013
OM Conserva Campanha 100% Vencendo Valenciennes
O Campeonato Francês ficou mais badalado nessa temporada. Também pudera: além do Paris Saint-Germain continuar contratando nomes de impacto (o maior da vez foi o atacante uruguaio Edinson Cavani, ex-Napoli), o recém-promovido Mônaco também está investindo pesado, e seu reforço de maior repercussão foi o atacante colombiano Falcao García, ex-Atlético de Madrid.
Hoje, o blogueiro resolveu dar uma acompanhada na tal Ligue 1 e assistiu a partida entre Valenciennes e Olympique de Marseille. Jogo de primeiro tempo beirando o entediante. Equipes pouco produtivas, embora houvessem espaços para se trabalhar a posse de bola. Felizmente, as coisas melhoraram no segundo tempo. Chances passaram a aparecer com maior freqüência e as equipes apresentavam maior intensidade na trasição ao ataque. Os goleiros Penneteau e Mandanda davam suas contribuições para a manutenção do placar zerado. Até que, aos trinta e oito, saiu o gol: André-Pierre Gignac, aproveitando rebote após cobrança de escanteio.
Dois jogadores saídos do banco de reservas quase mudaram o placar mais uma vez. Primeiro, N'Guette desperdiçou grandiosa oportunidade de empatar a partida logo após o gol sofrido pelos donos da casa: N'Koulou falhou na tentativa de cortar o cruzamento e a bola chegou até o camisa catorze do Valenciennes, que chutou para fora, com o goleiro já fora do lance. Mais tarde, Khelifa (trazido esta temporada após ser vice-campeão na Copa da França com o Evian) deu bonito chute de fora da área e a bola foi defendida por Penneteau, evitando a ampliação na diferença no placar.
Um ano atrás, o Olympique de Marseille viu sua seqüência inicial de oito vitórias consecutivas ser interrompida justamente com uma goleada sofrida para o Valenciennes, adversário superado desta vez. Com 100% de aproveitamento após três rodadas, o OM parece disposto a dar uma passo além do vice-campeonato obtido na temporada passada. A missão será dificílima, dada a dificuldade de se competir com clubes de investimentos pesados como os dois mencionados no parágrafo inicial. Por sinal, o próximo compromisso é exatamente diante do Mônaco, em Marselha. Um ótimo teste para ver até onde essas duas equipes podem chegar no Campeonato Francês. Já o Valenciennes, provisoriamente em oitavo lugar com três pontos em três jogos, terá seu próximo compromisso oficial diante do Lorient.
Hoje, o blogueiro resolveu dar uma acompanhada na tal Ligue 1 e assistiu a partida entre Valenciennes e Olympique de Marseille. Jogo de primeiro tempo beirando o entediante. Equipes pouco produtivas, embora houvessem espaços para se trabalhar a posse de bola. Felizmente, as coisas melhoraram no segundo tempo. Chances passaram a aparecer com maior freqüência e as equipes apresentavam maior intensidade na trasição ao ataque. Os goleiros Penneteau e Mandanda davam suas contribuições para a manutenção do placar zerado. Até que, aos trinta e oito, saiu o gol: André-Pierre Gignac, aproveitando rebote após cobrança de escanteio.
Dois jogadores saídos do banco de reservas quase mudaram o placar mais uma vez. Primeiro, N'Guette desperdiçou grandiosa oportunidade de empatar a partida logo após o gol sofrido pelos donos da casa: N'Koulou falhou na tentativa de cortar o cruzamento e a bola chegou até o camisa catorze do Valenciennes, que chutou para fora, com o goleiro já fora do lance. Mais tarde, Khelifa (trazido esta temporada após ser vice-campeão na Copa da França com o Evian) deu bonito chute de fora da área e a bola foi defendida por Penneteau, evitando a ampliação na diferença no placar.
Um ano atrás, o Olympique de Marseille viu sua seqüência inicial de oito vitórias consecutivas ser interrompida justamente com uma goleada sofrida para o Valenciennes, adversário superado desta vez. Com 100% de aproveitamento após três rodadas, o OM parece disposto a dar uma passo além do vice-campeonato obtido na temporada passada. A missão será dificílima, dada a dificuldade de se competir com clubes de investimentos pesados como os dois mencionados no parágrafo inicial. Por sinal, o próximo compromisso é exatamente diante do Mônaco, em Marselha. Um ótimo teste para ver até onde essas duas equipes podem chegar no Campeonato Francês. Já o Valenciennes, provisoriamente em oitavo lugar com três pontos em três jogos, terá seu próximo compromisso oficial diante do Lorient.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Botafogo, Atlético Mineiro E O Prazer De Assistir Futebol
Botafogo e Atlético não são por acaso dois dos times que jogam o melhor futebol no país na atualidade. Aliás, não é nem um pouco desconfortável afirmar que sejam, de fato e de direito, as duas melhores equipes brasileiras hoje. O jogo de ida pela fase oitavas-de-final na Copa do Brasil 2013, disputado ontem, no estádio construído onde ficava o Maracanã, ratifica tais afirmações.
Mesmo sem Fellype Gabriel de um lado e Bernard de outro (negociados com clubes no exterior), mesmo sem Seedorf de um lado e Diego Tardelli de outro (poupados por questões físicas), os times de Oswaldo e Cuca renderam muito bem, obrigado. Ou seja, há time, elenco, entrosamento em ambos os lados. E o mais importante: há futebol de qualidade. Futebol daquele que dá gosto de assistir.
No início, o Galo teve as maiores chances. Velocíssimo em contra-ataques, voava da defesa ao ataque sem fazer escalas no meio-campo. Abriu o placar assim, em jogada envolvendo Luan, Ronaldinho e Marcos Rocha. Mas o Botafogo também tem as suas opções e construiu uma virada com imponência. Conduzido por Vitinho, o time mandante mandou no jogo e alcançou quatro gols diante dos campeões continentais.
4a1 seria um resultado justo pela avassaladora reação botafoguense, que ocorreu através da melhor das combinações: organização e ofensividade no gramado, participação e cantoria na arquibancada (quem foi, apoiou, inclusive nos momentos de placares adversos). Mas justo no final, o Galo, tão acostumado a marcar gols no fechar das cortinas quanto o Fogão em levá-los no apagar das luzes, descontou e deu aos atleticanos o direito de acreditar na classificação com vitórias por dois gols de diferença no jogo de volta.
E que bom que vai ter volta. Poderemos saborear mais noventa e alguns minutos do que tem tudo para ser outro grande jogo. Jogo entre as duas equipes que jogam o melhor futebol no Brasil nesse momento. Legítimos campeões estaduais, continentais e líderes de nacional, sérios candidatos a mais títulos nesse ano.
Mesmo sem Fellype Gabriel de um lado e Bernard de outro (negociados com clubes no exterior), mesmo sem Seedorf de um lado e Diego Tardelli de outro (poupados por questões físicas), os times de Oswaldo e Cuca renderam muito bem, obrigado. Ou seja, há time, elenco, entrosamento em ambos os lados. E o mais importante: há futebol de qualidade. Futebol daquele que dá gosto de assistir.
No início, o Galo teve as maiores chances. Velocíssimo em contra-ataques, voava da defesa ao ataque sem fazer escalas no meio-campo. Abriu o placar assim, em jogada envolvendo Luan, Ronaldinho e Marcos Rocha. Mas o Botafogo também tem as suas opções e construiu uma virada com imponência. Conduzido por Vitinho, o time mandante mandou no jogo e alcançou quatro gols diante dos campeões continentais.
4a1 seria um resultado justo pela avassaladora reação botafoguense, que ocorreu através da melhor das combinações: organização e ofensividade no gramado, participação e cantoria na arquibancada (quem foi, apoiou, inclusive nos momentos de placares adversos). Mas justo no final, o Galo, tão acostumado a marcar gols no fechar das cortinas quanto o Fogão em levá-los no apagar das luzes, descontou e deu aos atleticanos o direito de acreditar na classificação com vitórias por dois gols de diferença no jogo de volta.
E que bom que vai ter volta. Poderemos saborear mais noventa e alguns minutos do que tem tudo para ser outro grande jogo. Jogo entre as duas equipes que jogam o melhor futebol no Brasil nesse momento. Legítimos campeões estaduais, continentais e líderes de nacional, sérios candidatos a mais títulos nesse ano.
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domingo, 11 de agosto de 2013
Campeonato Brasileiro: Balanço Na 13ª Rodada
As partidas disputadas entre sábado e domingo (dez e onze de agosto) confirmaram aquilo que tanto se fala sobre o Campeonato Brasileiro ser uma das ligas nacionais mais equilibradas no mundo - isso se não for de fato a mais competitiva de todas elas. Nenhuma equipe que integrava o badalado G4 na noite de sexta-feira conseguiu vencer: Cruzeiro e Botafogo empataram, Coritiba e Vitória perderam.
O blogueiro acompanhou os jogos de Botafogo e Cortiba (o Alvinegro empatou com o Goiás no sábado e o Alviverde perdeu para o Vasco no domingo) e concluiu que ambas as equipes dependem do talento de seus principais craques para obterem sucesso: Seedorf e Alex não renderam nem perto daquilo que estamos habituados a ver (muito provavelmente por ambos estarem exaustos fisicamente). E por falar em "fisicamente", é curioso observar que o jogador que mais se destaca no elenco esmeraldino é Walter - tanto pela silhueta quanto pelo talento. Por muito pouco não marcou o gol da virada, acertando a trave direita do goleiro Jéfferson nos últimos minutos de partida no estádio Mané Garrincha. O Coxa, que só contou com Alex no primeiro tempo, perdeu a invencibilidade que detinha no estádio Couto Pereira ao ser derrotado pelo Vasco - gol de Pedro Ken, velho conhecido dos torcedores coritibanos.
Vamos comentar brevemente cada resultado nessa rodada.
Botafogo (2º) 1a1 (12º) Goiás. O Botafogo saiu na frente com gol de Rafael Marques mas se abalou quando sofreu o gol de empata (André Bahia marcou contra). Passou os últimos minutos basicamente jogando a bola para a área, contando com Henrique, Alex e Dória (!) como atacantes.
Náutico (20º) 0a0 (16º) Atlético Mineiro. Se o atual campeão na Libertadores achou que fosse começar a engrenar no Brasileiro na partida em que enfrentava o lanterna na competição, enganou-se. A equipe não conseguiu sair do zero e, carente de um companheiro de criação para Ronaldinho, anunciou a contratação do ex-colorado Dátolo.
Fluminense (14º) 2a3 (11º) Flamengo. O Tricolor até saiu na frente, mas levou a virada do Rubronegro e amargou a primeira derrota desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo no lugar de Abel Braga. Destaques para Hernane e Rafael Sóbis, cada um com dois gols no jogo.
Corinthians (4º) 2a0 (8º) Vitória. Com um gol no início de cada tempo (Ralf no primeiro e Alexandre Pato no segundo), o Timão venceu o jogo e encostou nos líderes, afinal, foi uma rodada marcada pelos tropeços das equipes situadas na parte de cima da tabela. O Vitória sai do G4.
Cruzeiro (1º) 0a0 (15º) Santos. Serviu para conservar a liderança, mas certamente os cruzeirenses esperavam um resultado melhor nessa partida dentro de casa. Os santistas terminam a rodada fora da zona de rebaixamento, mas cientes de que estão numa situação onde qualquer vacilo poderá levá-los para lá.
Coritiba (3º) 0a1 (10º) Vasco. Dorival Júnior, treinador revelado no Coxa, conseguiu montar o Vasco de forma a praticamente neutralizar as investidas do adversário. Marquinhos Santos procurou alternativas, mas não conseguiu envolver o time visitante, que mereceu a surpreendente vitória no Couto Pereira.
Bahia (9º) 0a3 (7º) Grêmio. Com três gols marcados no segundo tempo (dois deles após passar a jogar em vantagem numérica), o Tricolor Gaúcho venceu o Tricolor de Aço em plena Arena Fonte Nova, subindo consideravelmente na tabela de classificação e ultrapassando o próprio Bahia.
Internacional (6º) 2a2 (5º) Atlético Paranaense. O Colorado conseguiu buscar o empate duas vezes em jogo onde o Furacão marcou um gol-relâmpago: com cerca de meio minuto, João Paulo já havia aberto o placar em Novo Hamburgo. Ambos desperdiçam chance de entrar no badalado G4.
Ponte Preta (13º) 3a1 (18º) Criciúma. A Macaca fez valer o mando de campo e conseguiu importante resultado em confronto direto entre clubes ameaçados pelo rebaixamento. Pior para o Tigre, antepenúltimo colocado.
Portuguesa (17º) 2a1 (19º) São Paulo. Com dois gols de Diogo e com direito ao goleiro Lauro pegar pênalti do também goleiro Rogério Ceni, a Lusa alcançou sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro 2013, afundando o Tricolor na vice-lanterna na competição.
O blogueiro acompanhou os jogos de Botafogo e Cortiba (o Alvinegro empatou com o Goiás no sábado e o Alviverde perdeu para o Vasco no domingo) e concluiu que ambas as equipes dependem do talento de seus principais craques para obterem sucesso: Seedorf e Alex não renderam nem perto daquilo que estamos habituados a ver (muito provavelmente por ambos estarem exaustos fisicamente). E por falar em "fisicamente", é curioso observar que o jogador que mais se destaca no elenco esmeraldino é Walter - tanto pela silhueta quanto pelo talento. Por muito pouco não marcou o gol da virada, acertando a trave direita do goleiro Jéfferson nos últimos minutos de partida no estádio Mané Garrincha. O Coxa, que só contou com Alex no primeiro tempo, perdeu a invencibilidade que detinha no estádio Couto Pereira ao ser derrotado pelo Vasco - gol de Pedro Ken, velho conhecido dos torcedores coritibanos.
Vamos comentar brevemente cada resultado nessa rodada.
Botafogo (2º) 1a1 (12º) Goiás. O Botafogo saiu na frente com gol de Rafael Marques mas se abalou quando sofreu o gol de empata (André Bahia marcou contra). Passou os últimos minutos basicamente jogando a bola para a área, contando com Henrique, Alex e Dória (!) como atacantes.
Náutico (20º) 0a0 (16º) Atlético Mineiro. Se o atual campeão na Libertadores achou que fosse começar a engrenar no Brasileiro na partida em que enfrentava o lanterna na competição, enganou-se. A equipe não conseguiu sair do zero e, carente de um companheiro de criação para Ronaldinho, anunciou a contratação do ex-colorado Dátolo.
Fluminense (14º) 2a3 (11º) Flamengo. O Tricolor até saiu na frente, mas levou a virada do Rubronegro e amargou a primeira derrota desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo no lugar de Abel Braga. Destaques para Hernane e Rafael Sóbis, cada um com dois gols no jogo.
Corinthians (4º) 2a0 (8º) Vitória. Com um gol no início de cada tempo (Ralf no primeiro e Alexandre Pato no segundo), o Timão venceu o jogo e encostou nos líderes, afinal, foi uma rodada marcada pelos tropeços das equipes situadas na parte de cima da tabela. O Vitória sai do G4.
Cruzeiro (1º) 0a0 (15º) Santos. Serviu para conservar a liderança, mas certamente os cruzeirenses esperavam um resultado melhor nessa partida dentro de casa. Os santistas terminam a rodada fora da zona de rebaixamento, mas cientes de que estão numa situação onde qualquer vacilo poderá levá-los para lá.
Coritiba (3º) 0a1 (10º) Vasco. Dorival Júnior, treinador revelado no Coxa, conseguiu montar o Vasco de forma a praticamente neutralizar as investidas do adversário. Marquinhos Santos procurou alternativas, mas não conseguiu envolver o time visitante, que mereceu a surpreendente vitória no Couto Pereira.
Bahia (9º) 0a3 (7º) Grêmio. Com três gols marcados no segundo tempo (dois deles após passar a jogar em vantagem numérica), o Tricolor Gaúcho venceu o Tricolor de Aço em plena Arena Fonte Nova, subindo consideravelmente na tabela de classificação e ultrapassando o próprio Bahia.
Internacional (6º) 2a2 (5º) Atlético Paranaense. O Colorado conseguiu buscar o empate duas vezes em jogo onde o Furacão marcou um gol-relâmpago: com cerca de meio minuto, João Paulo já havia aberto o placar em Novo Hamburgo. Ambos desperdiçam chance de entrar no badalado G4.
Ponte Preta (13º) 3a1 (18º) Criciúma. A Macaca fez valer o mando de campo e conseguiu importante resultado em confronto direto entre clubes ameaçados pelo rebaixamento. Pior para o Tigre, antepenúltimo colocado.
Portuguesa (17º) 2a1 (19º) São Paulo. Com dois gols de Diogo e com direito ao goleiro Lauro pegar pênalti do também goleiro Rogério Ceni, a Lusa alcançou sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro 2013, afundando o Tricolor na vice-lanterna na competição.
Os cerebrais camisas dez Seedorf (acima) e Alex (abaixo) não renderam o esperado e seus times decepcionaram diante de Goiás e Vasco, respectivamente.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Equipe E Jogada Da Semana
27.05.2013. Essa foi a última vez que publicamos o tradicional tópico com os destaques semanais no Jogada De Efeito. O hiato de mais de dois meses é agora interrompido para falarmos do atual líder no Campeonato Brasileiro, o Botafogo de Futebol e Regatas. Time de Clarence Seedorf, que lidera a equipe dentro das quatro linhas, desempenhando um autêntico ofício de técnico em pleno gramado. Organiza as jogadas quanto com a bola nos pés, organiza o posicionamento gesticulando e gritando muito, enfim, é um elemento essencial no esquema tático de Oswaldo de Oliveira. O Alvinegro vem de duas vitórias consecutivas no Maracanã: 2a0 sobre o Vitória e 3a2 no clássico diante do Vasco. A zaga, muito bem entrosada com a dupla Dória e Bolívar, tem a proteção constante de Marcelo Mattos e Gabriel, ou seja, a juventude e a experiência transitam harmoniosamente, lado a lado. E não somente na defesa: o quarteto ofensivo conta com atletas como Vitinho e Lodeiro ao lado de Seedorf, com Rafael Marques pouco mais à frente - embora rotineiramente retornando para recompôr o sistema de marcação. Nas laterais, há o jovem Gilberto no lado direito e o experiente Júlio César no flanco oposto. Não é um time que prime pela quantidade de opções e alternativas no elenco, mas há que se respeitar um banco de reservas que conte com alguém da categoria de um Renato.
Enfim, o Botafogo é líder por qualquer motivo. Menos por acaso. E olha que há questões extra-campo um tanto pendentes para o clube de General Severiano, como por exemplo atrasos salariais e interdição do Engenhão... Até onde poderá ir o Fogão, difícil cravar. Mas certamente esse elenco já mostrou capacidade de lidar com adversidades. E se há uma bússola para novos títulos, esta tem nome e sobrenome: Clarence Seedorf.
Jogada da semana
Na partida entre Vasco e Botafogo (Clássico De Golaços), houve pelo menos três lances que poderiam figurar nesse tópico. Veja só: gol de Seedorf com cavadinha na saída do goleiro; gol de André com assistência exuberante de Juninho Pernambucano; golaço de Rafael Marques em magistral jogada individual.
O vídeo a seguir é de um gol do Botafogo, mas não diante do Vasco: foi na partida anterior, também no Maracanã, quando a equipe alvinegra venceu o Vitória por 2a0 (quinta-feira, primeiro de agosto de dois mil e treze). A finalização de Elias foi correta, mas a "graça" do lance está na participação de Seedorf. Com simplicidade, visão, técnica e eficiência, o camisa dez holandês bagunçou todo o sistema defensivo adversário e encaminhou o gol, cabendo a conclusão ao atacante. Sabe tudo de bola esse Seedorf.
Enfim, o Botafogo é líder por qualquer motivo. Menos por acaso. E olha que há questões extra-campo um tanto pendentes para o clube de General Severiano, como por exemplo atrasos salariais e interdição do Engenhão... Até onde poderá ir o Fogão, difícil cravar. Mas certamente esse elenco já mostrou capacidade de lidar com adversidades. E se há uma bússola para novos títulos, esta tem nome e sobrenome: Clarence Seedorf.
Jogada da semana
Na partida entre Vasco e Botafogo (Clássico De Golaços), houve pelo menos três lances que poderiam figurar nesse tópico. Veja só: gol de Seedorf com cavadinha na saída do goleiro; gol de André com assistência exuberante de Juninho Pernambucano; golaço de Rafael Marques em magistral jogada individual.
O vídeo a seguir é de um gol do Botafogo, mas não diante do Vasco: foi na partida anterior, também no Maracanã, quando a equipe alvinegra venceu o Vitória por 2a0 (quinta-feira, primeiro de agosto de dois mil e treze). A finalização de Elias foi correta, mas a "graça" do lance está na participação de Seedorf. Com simplicidade, visão, técnica e eficiência, o camisa dez holandês bagunçou todo o sistema defensivo adversário e encaminhou o gol, cabendo a conclusão ao atacante. Sabe tudo de bola esse Seedorf.
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domingo, 4 de agosto de 2013
Clássico De Golaços
Podemos - e devemos - reclamar de muita coisa no cenário nacional atual. Especificamente nos esportes, já há muito o que contestarmos. A concessão do Maracanã é uma delas. Explicações precisam ser dadas a uma população que paga pelo estádio e que, repentinamente, vê-se usurpada de usufruir de suas instalações devido a uma política privatizatória encabeçada pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes, atuais colegas de partido.
Mas há uma coisa que não podemos - nem devemos - reclamar: a qualidade do jogo entre Vasco e Botafogo, em ótimo confronto realizado nesse domingo, pela décima primeira rodada no Campeonato Brasileiro 2013. Com a vitória por 3a2, o Alvinegro de General Severiano mantém-se na condição de líder na competição, agora com vinte e três pontos conquistados - dois a mais que o Cruzeiro e três de frente em relação ao Coritiba. O Vasco aparece em décimo lugar, com catorze pontos.
Foi uma partida corrida, bem disputada, com muitos lances de ataque e diversas disputas pelo domínio territorial no meio de campo. No final, fez diferença o talento do maestro holandês Clarence Seedorf e o poder de decisão do outrora bastante criticado atacante Rafael Marques (autor de dois gols, sendo o último deles uma pintura). André marcou dois para o Vasco, Juninho apareceu bastante, mas o time de Dorival Júnior acabou derrotado no Maracanã.
Aliás, se cinco gols num clássico já é um indicativo interessante, esse jogaço entre Vasco e Botafogo foi especial pela qualidade dos gols marcados. Seedorf foi categórico para marcar 2a0 com um toque encobrindo o goleiro Diogo Silva. Juninho foi ágil para girar sobre a bola e servir André, descontando no final do primeiro tempo. E Rafael Marques anotou um golaço após deixar Nei deitado no gramado e mandar a bola em direção ao ângulo esquerdo, logo depois de os vascaínos celebrarem o gol de empate.
Vitinho teve grande atuação (especialmente no primeiro tempo) e os jovens Dória e Gabriel vão confirmando se tratarem de dois grandes jogadores vindos da base botafoguense. O lateral-direito Gilberto, também cria alvinegra, foi outro a ter atuação interessante. André foi o destaque cruz-maltino, tendo ido às redes por três vezes - a primeira delas invalidada sob alegação de centimétrico impedimento.
O blogueiro tem grandes expectativas em relação ao time comandado por Oswaldo de Oliveira. Mesmo após a saída de Fellype Gabriel - jogador importante para o esquema tático do treinador, negociado com o exterior -, a equipe não perdeu o equilíbrio e vem se mostrando forte em todos os setores. Genial, Seedorf consegue conduzir o time ao ataque pela sua técnica apurada e liderança, atuando como um legítimo auxiliar técnico dentro das quatro linhas. As coisas poderiam ter sido mais fáceis para o Botafogo se o uruguaio Nicolás Lodeiro tivesse tido uma atuação pelo menos razoável. Já o Vasco, que fez começo de campeonato preocupante, parece evoluir desde as chegadas de Dorival e Juninho. Sabe-se lá em que parte da tabela o Clube da Colina irá terminar, mas se André mantiver o faro de gol, já é um começo para o time almejar coisas maiores do que uma mera fuga de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Vasco recebe a Ponte Preta (quinta-feira) e o Botafogo visita o Atlético Mineiro (quarta). Alvinegros pra tudo quanto é lado.
Mas há uma coisa que não podemos - nem devemos - reclamar: a qualidade do jogo entre Vasco e Botafogo, em ótimo confronto realizado nesse domingo, pela décima primeira rodada no Campeonato Brasileiro 2013. Com a vitória por 3a2, o Alvinegro de General Severiano mantém-se na condição de líder na competição, agora com vinte e três pontos conquistados - dois a mais que o Cruzeiro e três de frente em relação ao Coritiba. O Vasco aparece em décimo lugar, com catorze pontos.
Foi uma partida corrida, bem disputada, com muitos lances de ataque e diversas disputas pelo domínio territorial no meio de campo. No final, fez diferença o talento do maestro holandês Clarence Seedorf e o poder de decisão do outrora bastante criticado atacante Rafael Marques (autor de dois gols, sendo o último deles uma pintura). André marcou dois para o Vasco, Juninho apareceu bastante, mas o time de Dorival Júnior acabou derrotado no Maracanã.
Aliás, se cinco gols num clássico já é um indicativo interessante, esse jogaço entre Vasco e Botafogo foi especial pela qualidade dos gols marcados. Seedorf foi categórico para marcar 2a0 com um toque encobrindo o goleiro Diogo Silva. Juninho foi ágil para girar sobre a bola e servir André, descontando no final do primeiro tempo. E Rafael Marques anotou um golaço após deixar Nei deitado no gramado e mandar a bola em direção ao ângulo esquerdo, logo depois de os vascaínos celebrarem o gol de empate.
Vitinho teve grande atuação (especialmente no primeiro tempo) e os jovens Dória e Gabriel vão confirmando se tratarem de dois grandes jogadores vindos da base botafoguense. O lateral-direito Gilberto, também cria alvinegra, foi outro a ter atuação interessante. André foi o destaque cruz-maltino, tendo ido às redes por três vezes - a primeira delas invalidada sob alegação de centimétrico impedimento.
O blogueiro tem grandes expectativas em relação ao time comandado por Oswaldo de Oliveira. Mesmo após a saída de Fellype Gabriel - jogador importante para o esquema tático do treinador, negociado com o exterior -, a equipe não perdeu o equilíbrio e vem se mostrando forte em todos os setores. Genial, Seedorf consegue conduzir o time ao ataque pela sua técnica apurada e liderança, atuando como um legítimo auxiliar técnico dentro das quatro linhas. As coisas poderiam ter sido mais fáceis para o Botafogo se o uruguaio Nicolás Lodeiro tivesse tido uma atuação pelo menos razoável. Já o Vasco, que fez começo de campeonato preocupante, parece evoluir desde as chegadas de Dorival e Juninho. Sabe-se lá em que parte da tabela o Clube da Colina irá terminar, mas se André mantiver o faro de gol, já é um começo para o time almejar coisas maiores do que uma mera fuga de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Vasco recebe a Ponte Preta (quinta-feira) e o Botafogo visita o Atlético Mineiro (quarta). Alvinegros pra tudo quanto é lado.
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sábado, 3 de agosto de 2013
Estamos Aqui
Vinte e um dias depois, estamos de volta com uma postagem no blógui. O usuário de longa data sabe muito bem que as publicações nessa página obedecem uma freqüência mais assídua do que as dos tempos recentes e o blogueiro pede desculpas por não vir mantendo aquela gostosa rotina de tópicos novos. Mas cá estamos e, sem mais delongas, falemos de futebol.
Tivemos Cuca, Ronaldinho e Atlético Mineiro campeões continentais, fato que acho ótimo para o futebol. Primeiramente, pelo fato de o melhor técnico brasileiro das últimas décadas estar conquistando tão relevante torneio internacional - parabéns, Cuca! Em segundo lugar, por Ronaldinho Gaúcho, maior craque brasileiro em atividade, conseguindo conciliar dedicação profissional com aquela velha e conhecida arte de jogar bola que pouquíssimos conseguem fazer como ele - parabéns, Ronaldinho! E por último, ao Clube Atlético Mineiro, mais um campeão inédito de Libertadores - parabéns, Atlético!
A saída de Abel Braga do Fluminense (Luxemburgo assumiu após cerca de um mês desempregado) é outro daqueles casos que mostram o imediatismo no futebol. Atual campeão brasileiro, Abel deixa o cargo após desapontantes participações em todos os torneios disputados em 2013. Mas o futebol do Flu é aquele de sempre... burocrático. Quando ganhava jogos e campeonatos, tava tudo certo, né, tricolores? Procurar alguém que assuma o comando técnico com uma filosofia de jogo que vá além do mísero futebol-resultado é algo que ainda não entrou na cultura esportiva tupiniquim. Digo ainda porque sou otimista e acredito que muitos Cucas ainda surgirão.
No mais, hoje assisti dois jogos. Em Londres, o ótimo amistoso pré-temporada entre Arsenal e Napoli terminou empatado em 2a2, com a mesma rede sendo estufada quatro vezes. Partida movimentada, com o Arsenal mostrando aquela qualidade de posse de bola típica de um time (muito bem) treinado por Arsène Wenger, diante de um Napoli que conservou a agilidade de contra-atacar mesmo com a troca de Walter Mazzarri por Rafa Benítez. O uruguaio Edinson Cavani provavelmente fará falta ao clube celeste, mas não é prudente duvidar da capacidade do argentino Gonzalo Higuaín. Insigne também é boa opção, mostrando oportunismo no gol inaugural. Pelo lado londrino, seria interessante a equipe buscar um nome de impacto para o setor ofensivo. Apesar do golaço de Giroud.
Ah! O outro jogo que vi hoje foi a vitória do Cruzeiro sobre o Coritiba, no reencontro do treinador Marcelo Oliveira com o Alviverde Paranaense. A partida foi relativamente equilibrada, mas o Coxa sentiu a ausência de Alex. Lincoln e Bottinelli não deram conta da armação de jogadas e o jogador mais influente no resultado acabou sendo o goleiro Vanderlei, com diversas defesas difíceis que mantiveram o 1a0 cruzeirense, em gol que saiu no início, com Luan completando cruzamento de Mayke, aos onze. Amanhã, o Botafogo pode retomar a liderança no Campeonato Brasileiro se sair vencedor no clássico com o Vasco. Outro jogo interessante na rodada é o Gre-Nal, num confronto entre os ex-jogadores Renato Gaúcho e Dunga.
Saudações futebolísticas.
Tivemos Cuca, Ronaldinho e Atlético Mineiro campeões continentais, fato que acho ótimo para o futebol. Primeiramente, pelo fato de o melhor técnico brasileiro das últimas décadas estar conquistando tão relevante torneio internacional - parabéns, Cuca! Em segundo lugar, por Ronaldinho Gaúcho, maior craque brasileiro em atividade, conseguindo conciliar dedicação profissional com aquela velha e conhecida arte de jogar bola que pouquíssimos conseguem fazer como ele - parabéns, Ronaldinho! E por último, ao Clube Atlético Mineiro, mais um campeão inédito de Libertadores - parabéns, Atlético!
A saída de Abel Braga do Fluminense (Luxemburgo assumiu após cerca de um mês desempregado) é outro daqueles casos que mostram o imediatismo no futebol. Atual campeão brasileiro, Abel deixa o cargo após desapontantes participações em todos os torneios disputados em 2013. Mas o futebol do Flu é aquele de sempre... burocrático. Quando ganhava jogos e campeonatos, tava tudo certo, né, tricolores? Procurar alguém que assuma o comando técnico com uma filosofia de jogo que vá além do mísero futebol-resultado é algo que ainda não entrou na cultura esportiva tupiniquim. Digo ainda porque sou otimista e acredito que muitos Cucas ainda surgirão.
No mais, hoje assisti dois jogos. Em Londres, o ótimo amistoso pré-temporada entre Arsenal e Napoli terminou empatado em 2a2, com a mesma rede sendo estufada quatro vezes. Partida movimentada, com o Arsenal mostrando aquela qualidade de posse de bola típica de um time (muito bem) treinado por Arsène Wenger, diante de um Napoli que conservou a agilidade de contra-atacar mesmo com a troca de Walter Mazzarri por Rafa Benítez. O uruguaio Edinson Cavani provavelmente fará falta ao clube celeste, mas não é prudente duvidar da capacidade do argentino Gonzalo Higuaín. Insigne também é boa opção, mostrando oportunismo no gol inaugural. Pelo lado londrino, seria interessante a equipe buscar um nome de impacto para o setor ofensivo. Apesar do golaço de Giroud.
Ah! O outro jogo que vi hoje foi a vitória do Cruzeiro sobre o Coritiba, no reencontro do treinador Marcelo Oliveira com o Alviverde Paranaense. A partida foi relativamente equilibrada, mas o Coxa sentiu a ausência de Alex. Lincoln e Bottinelli não deram conta da armação de jogadas e o jogador mais influente no resultado acabou sendo o goleiro Vanderlei, com diversas defesas difíceis que mantiveram o 1a0 cruzeirense, em gol que saiu no início, com Luan completando cruzamento de Mayke, aos onze. Amanhã, o Botafogo pode retomar a liderança no Campeonato Brasileiro se sair vencedor no clássico com o Vasco. Outro jogo interessante na rodada é o Gre-Nal, num confronto entre os ex-jogadores Renato Gaúcho e Dunga.
Saudações futebolísticas.
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sábado, 13 de julho de 2013
Era Só O Que Faltava: França Campeã Mundial Sub-20
Copa do Mundo, Copa das Confederações e Mundial Sub-17 os franceses já haviam faturado. E, nesse sábado, treze de julho de dois mil e treze, os Bleus completaram o ciclo de competições FIFA, tornando-se a primeira seleção de futebol a conquistar todos os torneios da entidade máxima na modalidade.
Foi uma final difícil diante do Uruguai. Os dois goleiros - ambos vestindo laranja - tiveram atuações destacadas, com diversas defesas difíceis que garantiram o 0a0 por mais de 120 minutos. Nas penalidades, Areola tratou de defender logo de cara as duas primeiras cobranças uruguaias e encaminhou o título francês em território turco - Istanbul até torceu pelo Uruguai, provavelmente em resposta ao fato de a Turquia ter sido eliminada exatamente pela França, com uma goleada por 4a1 na fase oitavas-de-final.
Aliás, esse Mundial Sub-20 foi um torneio interessante. Acompanhei quatro jogos (três na fase quartas-de-final e essa final entre França e Uruguai). E olha isso: todas essas partidas assistidas foram para a prorrogação! Competitividade e equilíbrio até dizer chega. O título fica em boas mãos com a França, que tem o talentoso Paul Pogba, da Juventus, comandando a meiuca, além de alguns outros jogadores interessantes, como o ótimo goleiro Areola e o aplicado lateral-direito Foulquier. Sanogo, camisa nove, embora tenha ficado neutralizado pela defesa uruguaia, também parece tratar-se de um jogador com futuro promissor. Quanto aos vice-campeões, destaque para a atuação maiúscula do goleiraço De Amores (te cuida, Muslera!) e do atacante Avenatti, que apesar de grandalhão, mostrou que sabe lidar com a redonda colada na superfície.
Alphonse Areola salta para defender a cobrança de Velázquez: arqueiro francês teve atuação decisiva, defendendo também a penalidade de De Arrascaeta e conduzindo a França ao título inédito.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
4 Cariocas, Nenhum Jogo No Rio De Janeiro
O Rio de Janeiro é o segundo estado brasileiro com maior número de representantes na Série A nacional, ficando atrás somente de São Paulo. Nessa que foi a sexta rodada no Campeonato Brasileiro 2013, sabe quantas partidas foram realizadas no estado do Rio? Nenhuma.
A situação é ainda mais curiosa (para não dizer misteriosa) na medida em que vemos o Maracanã bilionariamente reformado, enquanto o Engenhão, considerado um dos estádios mais modernos das Américas, continua estranhamente interditado para jogos (não para treinos ou comerciais).
O Vasco jogou fora de casa diante do Internacional, até porque o mando de campo era colorado. Levou de cinco a três no Rio Grande do Sul e seu técnico, Paulo Autuori, dá sinais de que vai abandonar a caravela, talvez já prevendo um naufrágio. Mas e o que dizer do Flamengo, que era mandante diante do Coritiba? Foi, mais uma vez, jogar no Distrito Federal. E cravou o segundo maior público no torneio, atrás somente da partida de estréia dele próprio e naquele mesmo estádio Mané Garrincha, em Brasília, diante do Santos, o então "time da casa".
Mas não é só de Vasco e Flamengo que vive o Rio de Janeiro. Havia o clássico Vovô, o mais antigo do futebol brasileiro, entre dois times que vão fazendo belas campanhas na competição. Então, bora pro Engenhão. Não? Maracanã então. Também não? Botafogo e Fluminense foram jogar no estado de Pernambuco. E foi um grande jogo, de duas equipes dinâmicas, ofensivas e um gramado impecável. O público é que não comprou a idéia de assistir o jogo tão longe da sede dos respectivos clubes de General Severino e Laranjeiras: cerca de dez mil presentes somente. E repetindo: foi um grande jogo.
Então fica a pergunta: é para encaramos com normalidade esse cenário esdrúxulo? Permita-me dar a resposta: não. Deve-se, isto sim, apurar as razões da interdição do Engenhão, sobretudo indagando onde fica a diferença entre liberar o estádio para treinos de seleção estrangeira, publicidade e não liberar para jogos oficiais. E talvez ainda mais grave: que concessão é essa que entrega o Maracanã para a iniciativa privada (neoMaracanãX, para bom entendedor) de forma a inviabilizar jogos de clubes que fizeram do Maracanã o Maracanã, ou seja, aquilo que ele é.
Levar jogos para outros estados é algo interessante, sobretudo para dar uso a estádios recém-construídos. Mas isso deve ser uma escolha espontânea, não um refugo ou válvula de escape. Está faltando uma coisinha básica: respeito. Aos clubes e aos torcedores.
A situação é ainda mais curiosa (para não dizer misteriosa) na medida em que vemos o Maracanã bilionariamente reformado, enquanto o Engenhão, considerado um dos estádios mais modernos das Américas, continua estranhamente interditado para jogos (não para treinos ou comerciais).
O Vasco jogou fora de casa diante do Internacional, até porque o mando de campo era colorado. Levou de cinco a três no Rio Grande do Sul e seu técnico, Paulo Autuori, dá sinais de que vai abandonar a caravela, talvez já prevendo um naufrágio. Mas e o que dizer do Flamengo, que era mandante diante do Coritiba? Foi, mais uma vez, jogar no Distrito Federal. E cravou o segundo maior público no torneio, atrás somente da partida de estréia dele próprio e naquele mesmo estádio Mané Garrincha, em Brasília, diante do Santos, o então "time da casa".
Mas não é só de Vasco e Flamengo que vive o Rio de Janeiro. Havia o clássico Vovô, o mais antigo do futebol brasileiro, entre dois times que vão fazendo belas campanhas na competição. Então, bora pro Engenhão. Não? Maracanã então. Também não? Botafogo e Fluminense foram jogar no estado de Pernambuco. E foi um grande jogo, de duas equipes dinâmicas, ofensivas e um gramado impecável. O público é que não comprou a idéia de assistir o jogo tão longe da sede dos respectivos clubes de General Severino e Laranjeiras: cerca de dez mil presentes somente. E repetindo: foi um grande jogo.
Então fica a pergunta: é para encaramos com normalidade esse cenário esdrúxulo? Permita-me dar a resposta: não. Deve-se, isto sim, apurar as razões da interdição do Engenhão, sobretudo indagando onde fica a diferença entre liberar o estádio para treinos de seleção estrangeira, publicidade e não liberar para jogos oficiais. E talvez ainda mais grave: que concessão é essa que entrega o Maracanã para a iniciativa privada (neoMaracanãX, para bom entendedor) de forma a inviabilizar jogos de clubes que fizeram do Maracanã o Maracanã, ou seja, aquilo que ele é.
Levar jogos para outros estados é algo interessante, sobretudo para dar uso a estádios recém-construídos. Mas isso deve ser uma escolha espontânea, não um refugo ou válvula de escape. Está faltando uma coisinha básica: respeito. Aos clubes e aos torcedores.
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domingo, 7 de julho de 2013
Mundial Sub-20 De Muitas Emoções E Prorrogações
Nesse final-de-semana foram disputadas as quartas-de-final na Copa do Mundo de Juniores, torneio internacional sub-20 que está sendo realizado na Turquia. A primeira dessas quatro partidas eliminatórias foi uma goleada francesa sobre o Uzbequistão (4a0). Mas se alguém pensou em algum momento que os demais jogos também seriam definidos com tranqüilidade, não perdia por esperar os três jogos que estavam por vir. Tive a grata oportunidade de assistir todos eles - uns mais, outros menos minutos - e gostei do que vi. Vamos então, jogo a jogo, comentar cada um desses três confrontos que caminharam para dramáticas prorrogações. Sim, foram 3 prorrogações!
Uruguai 1a0 Espanha
Uruguaios e espanhóis haviam se enfrentado na estréia de ambos na Copa das Confederações, partida aquela que a Fúria dominou e venceu por 2a1. Dessa vez, porém, a superioridade espanhola não foi traduzida no placar. O Uruguai jogava retraído, tentando brechas em contra-ataques. Mas a Espanha era sólida, paciente, compacta e trabalhava a bola no campo ofensivo sem dar muitos espaços na defesa. Só quem esteve mais perto de abrir o placar foi a seleção sul-americana: no último lance dos 90 minutos, o goleiro Daniel Sotres agiu miraculosamente, realizando defesa formidável que rendeu ao jogo uma prorrogação e a ele uma substituição, pois fraturou o nariz ao chocar o rosto na trave esquerda.
Na prorrogação, o Uruguai viu a sorte lhe sorrir no final do primeiro tempo: Arrascaeta cobrou escanteio pelo lado esquerdo e Avenatti, que entrara uns cinco minutos antes, abriu a contagem no centésimo segundo minuto de partida. A Espanha criou pelo menos três chances claras para empatar ou até mesmo virar o jogo no segundo tempo, mas não aproveitou nenhuma delas, dando adeus ao torneio. A Celeste avança, mas reforço aqui: não fez um grande jogo, ficando a maior parte do tempo envolvida pela adversária.
Iraque 3a3 Coréia do Sul (5a4 nos pênaltis)
E-mo-ci-o-nan-te. Imagine você um jogo que termina 2a2 no tempo regulamentar, vai pra prorrogação e as duas equipes se lançam ao ataque buscando a vitória. Imaginou? Agora pense o que seria desse jogo se uma dessas equipes alcançasse o gol de desempate aos doze minutos do segundo tempo na prorrogação. Foi isso que conseguiu o Iraque, através de Farhan Shukor. Jogando com graça, habilidade e descolando jogadas de efeito nos minutos finais, parecia que o Iraque faria a festa no apito final. Mas havia mais emoção por vir... e a Coréia do Sul, num chute de fora da área que desviou antes de chegar ao gol, igualou o resultado nos acréscimos.
Coube a iraqueanos e sul-coreanos definirem suas situações nos pênaltis. 4a4 na série inicial de cinco cobradores, com apenas um de cada seleção desperdiçando (ambos para fora). Na série alternada, Mohammed Hammed defendeu a cobrança de Lee Gwang-Hoon e Farhan Shukor, aquele mesmo dos gols no tempo regulamentar e na prorrogação, selou a classificação histórica. Histórica e memorável.
Gana 4a3 Chile
Um jogaço de bola foi o que tivemos entre Gana e Chile, em Istanbul. Assisti a partida em seus quatro tempos (dois de quarenta e cinco e dois de quinze minutos, fora os acréscimos). E sabe quando tudo pode acontecer num jogo? Pois bem, tudo poderia ter acontecido. Não foi por falta de movimentação e de oportunidades de ambas as partes. Nos últimos minutos da prorrogação, os chilenos tinham a vantagem de 3a2 no placar, mas os ganeses tinham uma vantagem mais valiosa: a determinação e a disposição física. Com um gol aos sete minutos do segundo tempo prorrogatório, empatou a partida em 3a3. E pressionou. E chutou. E criou. E chutou de novo. Até que, nos acréscimos, após linda jogada de Acheampong, Assifuah-Inkoom cabeceou para a rede.
Enfim, quem quer que faça a final, viverá uma situação especial. França enfrenta Gana, Iraque faz jogo com Uruguai. Não tenho palpites para esses jogos, mas já deixo registrada a torcida por ganeses e iraquianos. Mas, independentemente de quem serão os finalistas, o futebol sairá vencedor se tivermos partidas como aquelas três supracitadas na fase quartas-de-final.
Uruguai 1a0 Espanha
Uruguaios e espanhóis haviam se enfrentado na estréia de ambos na Copa das Confederações, partida aquela que a Fúria dominou e venceu por 2a1. Dessa vez, porém, a superioridade espanhola não foi traduzida no placar. O Uruguai jogava retraído, tentando brechas em contra-ataques. Mas a Espanha era sólida, paciente, compacta e trabalhava a bola no campo ofensivo sem dar muitos espaços na defesa. Só quem esteve mais perto de abrir o placar foi a seleção sul-americana: no último lance dos 90 minutos, o goleiro Daniel Sotres agiu miraculosamente, realizando defesa formidável que rendeu ao jogo uma prorrogação e a ele uma substituição, pois fraturou o nariz ao chocar o rosto na trave esquerda.
Na prorrogação, o Uruguai viu a sorte lhe sorrir no final do primeiro tempo: Arrascaeta cobrou escanteio pelo lado esquerdo e Avenatti, que entrara uns cinco minutos antes, abriu a contagem no centésimo segundo minuto de partida. A Espanha criou pelo menos três chances claras para empatar ou até mesmo virar o jogo no segundo tempo, mas não aproveitou nenhuma delas, dando adeus ao torneio. A Celeste avança, mas reforço aqui: não fez um grande jogo, ficando a maior parte do tempo envolvida pela adversária.
Iraque 3a3 Coréia do Sul (5a4 nos pênaltis)
E-mo-ci-o-nan-te. Imagine você um jogo que termina 2a2 no tempo regulamentar, vai pra prorrogação e as duas equipes se lançam ao ataque buscando a vitória. Imaginou? Agora pense o que seria desse jogo se uma dessas equipes alcançasse o gol de desempate aos doze minutos do segundo tempo na prorrogação. Foi isso que conseguiu o Iraque, através de Farhan Shukor. Jogando com graça, habilidade e descolando jogadas de efeito nos minutos finais, parecia que o Iraque faria a festa no apito final. Mas havia mais emoção por vir... e a Coréia do Sul, num chute de fora da área que desviou antes de chegar ao gol, igualou o resultado nos acréscimos.
Coube a iraqueanos e sul-coreanos definirem suas situações nos pênaltis. 4a4 na série inicial de cinco cobradores, com apenas um de cada seleção desperdiçando (ambos para fora). Na série alternada, Mohammed Hammed defendeu a cobrança de Lee Gwang-Hoon e Farhan Shukor, aquele mesmo dos gols no tempo regulamentar e na prorrogação, selou a classificação histórica. Histórica e memorável.
Gana 4a3 Chile
Um jogaço de bola foi o que tivemos entre Gana e Chile, em Istanbul. Assisti a partida em seus quatro tempos (dois de quarenta e cinco e dois de quinze minutos, fora os acréscimos). E sabe quando tudo pode acontecer num jogo? Pois bem, tudo poderia ter acontecido. Não foi por falta de movimentação e de oportunidades de ambas as partes. Nos últimos minutos da prorrogação, os chilenos tinham a vantagem de 3a2 no placar, mas os ganeses tinham uma vantagem mais valiosa: a determinação e a disposição física. Com um gol aos sete minutos do segundo tempo prorrogatório, empatou a partida em 3a3. E pressionou. E chutou. E criou. E chutou de novo. Até que, nos acréscimos, após linda jogada de Acheampong, Assifuah-Inkoom cabeceou para a rede.
Enfim, quem quer que faça a final, viverá uma situação especial. França enfrenta Gana, Iraque faz jogo com Uruguai. Não tenho palpites para esses jogos, mas já deixo registrada a torcida por ganeses e iraquianos. Mas, independentemente de quem serão os finalistas, o futebol sairá vencedor se tivermos partidas como aquelas três supracitadas na fase quartas-de-final.
Iraqueanos celebram gol diante da Coréia do Sul: seleção conseguiu vaga na semifinal de maneira dramática e, invicta no torneio, vai fazendo campanha histórica.
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sábado, 6 de julho de 2013
Campeonato Brasileiro Voltou. Já O Futebol...
Após a paralisação compulsória no Campeonato Brasileiro para que os olhares se voltassem à Copa das Confederações (leia-se Copa das Manifestações), a liga nacional tupiniquim está de volta. Não foi um retorno dos mais empolgantes - pelo menos não para quem assistiu a partida entre Atlético Paranaense e Grêmio, na Vila Capanema. Jogo de primeiro tempo tão ruim, mas tão ruim, que deixa a gente em dúvida sobre o que os elencos atleticano e gremista estariam fazendo no período de recesso. Treinando futebol, será? Porque o que se viu em campo naqueles pouco mais de quarenta e cinco minutos iniciais passa longe daquilo que nos entusiasma a acompanhar um esporte tão apaixonante.
Mas veio o segundo tempo e, se a partida não ficou lá grandes coisas (e não ficou mesmo), pelo menos a qualidade do jogo melhorou um pouco. Até porque piorar seria difícil... Renato Gaúcho (que alguns resolveram chamar de Portalupe), tinha em suas mãos um time desorganizado mas disposto. Resolveu tentar buscar a vitória diante de um adversário ligeiramente superior taticamente, mas no exato momento em que preparava a substituição, viu o time mandante abrir o placar com Pedro Botelho. Manteve as alterações e foi premiado: em assistência de Max Rodrígues, uruguaio que fazia sua estréia recém-saído do banco, Barcos empatou a partida após escapar da marcação do autor do gol rubronegro.
Para mais detalhes sobre os acontecimentos, acesse #CAPGre no perfil https://twitter.com/jogandoagora. Mas, honestamente, não houve muito mais do que o relatado nessa breve postagem. Que o Campeonato Brasileiro nos reserve muitos jogos muito melhores do que esse.
Outros jogos
Se Renato Gaúcho (re)reestreou no Grêmio hoje, Mano Menezes fez sua estréia no Flamengo também neste sábado. A equipe carioca levou a partida para Brasília e, diante do Coritiba, até chegou a abrir 2a0. Mas acabou vendo o alviverde paranaense buscar o empate no estádio Mané Garrincha.
Na Arena Pernambuco, mais um estádio-sede na Copa das Manifestações, o Náutico foi goleado pela Ponte Preta: 3a0. Resultado que tira o alvinegro de Campinas da zona de rebaixamento e que coloca o alvirrubro pernambucano na lanterna na competição.
No momento desta publicação, a Portuguesa vai vencendo o Cruzeiro por 1a0, em partida iniciada às 21h de Brasília (horário de almoço de domingo para muitos habitantes na Ásia).
Mas veio o segundo tempo e, se a partida não ficou lá grandes coisas (e não ficou mesmo), pelo menos a qualidade do jogo melhorou um pouco. Até porque piorar seria difícil... Renato Gaúcho (que alguns resolveram chamar de Portalupe), tinha em suas mãos um time desorganizado mas disposto. Resolveu tentar buscar a vitória diante de um adversário ligeiramente superior taticamente, mas no exato momento em que preparava a substituição, viu o time mandante abrir o placar com Pedro Botelho. Manteve as alterações e foi premiado: em assistência de Max Rodrígues, uruguaio que fazia sua estréia recém-saído do banco, Barcos empatou a partida após escapar da marcação do autor do gol rubronegro.
Para mais detalhes sobre os acontecimentos, acesse #CAPGre no perfil https://twitter.com/jogandoagora. Mas, honestamente, não houve muito mais do que o relatado nessa breve postagem. Que o Campeonato Brasileiro nos reserve muitos jogos muito melhores do que esse.
Outros jogos
Se Renato Gaúcho (re)reestreou no Grêmio hoje, Mano Menezes fez sua estréia no Flamengo também neste sábado. A equipe carioca levou a partida para Brasília e, diante do Coritiba, até chegou a abrir 2a0. Mas acabou vendo o alviverde paranaense buscar o empate no estádio Mané Garrincha.
Na Arena Pernambuco, mais um estádio-sede na Copa das Manifestações, o Náutico foi goleado pela Ponte Preta: 3a0. Resultado que tira o alvinegro de Campinas da zona de rebaixamento e que coloca o alvirrubro pernambucano na lanterna na competição.
No momento desta publicação, a Portuguesa vai vencendo o Cruzeiro por 1a0, em partida iniciada às 21h de Brasília (horário de almoço de domingo para muitos habitantes na Ásia).
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domingo, 16 de junho de 2013
Campos No Maracanã: De Jogo Para Itália E México, De Guerra Para Os Brasileiros
Itália e México jogaram no Maracanã uma partida que tornou-se irrelevante se comparada à realidade circundante. Enquanto as seleções de Cesare Prandelli e José Manuel De La Torre disputavam algo que valia três pontos para o vencedor, nos arredores do estádio centenas de manifestantes eram reprimidos por policiais agressivos, violentos e fortemente armados. Manifestação pacífica. Então, fica a pergunta: para quem serve a polícia?
Dentro de campo - como se fosse humanamente aceitável olhar para o gramado enquanto nas ruas acontecia o que acontecia -, a Itália criou mais chances e mereceu vencer o jogo diante dos mexicanos. A transmissão televisiva, honrando os dizeres de que a revolução não será televisionada, não prestou uma única palavra sobre a barbárie e o caos que aconteciam a alguns metros de onde a partida se consumava. Mídia golpista é isso.
Guardado, Aquino, Giovani Dos Santos e Hernández participaram menos do jogo do que o amante de futebol gostaria: apesar da qualidade técnica nesse quarteto mexicano, faltava um ou outro elemento para fazer a bola neles chegarem. O meio-campo era italiano. Povoado por De Rossi, Pirlo, Montolivo, Marchisio e Giaccherini, a Azzurra levou a melhor territorialmente no setor. Mas sem jamais encantar. Faltava criatividade.
Chega a ser inconcebível pensar a Itália com Giovinco no banco. Ou mais grave: sem Francesco Totti ao menos relacionado. Mas o pior do dia não foi a falta de transição mexicana ou a escalação italiana. Foi a ação policial no Rio de Janeiro. As tropas das três esferas (Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff) mostraram-se à postos para servir ao patrimônio privado concedido ao megaempresário Eike Batista. Tudo em detrimento da população. Resultado: derrota do Brasil.
Dentro de campo - como se fosse humanamente aceitável olhar para o gramado enquanto nas ruas acontecia o que acontecia -, a Itália criou mais chances e mereceu vencer o jogo diante dos mexicanos. A transmissão televisiva, honrando os dizeres de que a revolução não será televisionada, não prestou uma única palavra sobre a barbárie e o caos que aconteciam a alguns metros de onde a partida se consumava. Mídia golpista é isso.
Guardado, Aquino, Giovani Dos Santos e Hernández participaram menos do jogo do que o amante de futebol gostaria: apesar da qualidade técnica nesse quarteto mexicano, faltava um ou outro elemento para fazer a bola neles chegarem. O meio-campo era italiano. Povoado por De Rossi, Pirlo, Montolivo, Marchisio e Giaccherini, a Azzurra levou a melhor territorialmente no setor. Mas sem jamais encantar. Faltava criatividade.
Chega a ser inconcebível pensar a Itália com Giovinco no banco. Ou mais grave: sem Francesco Totti ao menos relacionado. Mas o pior do dia não foi a falta de transição mexicana ou a escalação italiana. Foi a ação policial no Rio de Janeiro. As tropas das três esferas (Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff) mostraram-se à postos para servir ao patrimônio privado concedido ao megaempresário Eike Batista. Tudo em detrimento da população. Resultado: derrota do Brasil.
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
O Haiti É Aqui
Pense no Haiti, reze pelo Haiti, como canta Caetano Veloso na música Haiti. Faça isso por motivos diversos. O país, que sofreu um terremoto avassalador em janeiro de 2010, busca a reconstrução. Reconstrução que já seria complicada caso se limitasse aos assuntos tangíveis aos engenheiros. Mas que é ainda mais dramática ao tratarmos dos traumas deixados por um evento que desencadeou o desencarne de mais de duzentos mil indivíduos, sonhos, famílias. E a gravidade só faz aumentar na medida em que nos deparamos com a profunda probreza que assola a república centro-americana.
Pense no Haiti, reze pelo Haiti e, futebolisticamente falando, inspire-se no Haiti. A seleção haitiana veio ao Rio de Janeiro, enfrentou a tetracampeã mundial Itália (que carrega o peso e a relevância da segunda maior vencedora na história das Copas) e... deu show. Sim, deu show. Um show de superação, de ousadia, de alegria. De jogar futebol. São Januário, estádio do Clube de Regatas Vasco da Gama, sede de tantas partidas válidas pelo calendário oficial brasileiro, recebeu o genuíno jeito de jogar tupiniquim. Ofensivo, valente, alegre. O Haiti empatou (com) a Itália. O Haiti é aqui!
Cesare Prandelli, treinador da Azzurra, disse que o resultado (2a2) foi vergonhoso para os italianos. Penso que não. O empate numa partida beneficente diante de uma seleção inexpressiva no futebol mundial não é uma vergonha. A vergonha reside, isto sim, na maneira de jogar. Por que os comandados de Prandelli não atuaram de maneira mais solta e envolvente? Tudo bem, não era um jogo oficial, etc e tal. Mas se o jogo teve alguma graça esportivamente falando, devemos todas as alegrias da tarde de terça-feira ao desempenho dos haitianos. Torço para que tenha sido deixada, naquele gramado de São Januário, uma semente no fértil solo do futebol brasileiro. Semente que, se Deus quiser, fará brotar em troncos fortes a autenticidade da seleção amarela, cinco vezes campeã mundial, e hoje entregue a indivíduos que não condizem com essa grandiosidade. E, da sombra dessa árvore imponente, que possamos voltar a saborear os frutos do futebol arte.
Obrigado pela bela lição, Haiti. Mostrou a nós algo que alguns dessa geração talvez tenham esquecido que existe: a alegria em se jogar futebol. Como se fosse... por música.
Pense no Haiti, reze pelo Haiti e, futebolisticamente falando, inspire-se no Haiti. A seleção haitiana veio ao Rio de Janeiro, enfrentou a tetracampeã mundial Itália (que carrega o peso e a relevância da segunda maior vencedora na história das Copas) e... deu show. Sim, deu show. Um show de superação, de ousadia, de alegria. De jogar futebol. São Januário, estádio do Clube de Regatas Vasco da Gama, sede de tantas partidas válidas pelo calendário oficial brasileiro, recebeu o genuíno jeito de jogar tupiniquim. Ofensivo, valente, alegre. O Haiti empatou (com) a Itália. O Haiti é aqui!
Cesare Prandelli, treinador da Azzurra, disse que o resultado (2a2) foi vergonhoso para os italianos. Penso que não. O empate numa partida beneficente diante de uma seleção inexpressiva no futebol mundial não é uma vergonha. A vergonha reside, isto sim, na maneira de jogar. Por que os comandados de Prandelli não atuaram de maneira mais solta e envolvente? Tudo bem, não era um jogo oficial, etc e tal. Mas se o jogo teve alguma graça esportivamente falando, devemos todas as alegrias da tarde de terça-feira ao desempenho dos haitianos. Torço para que tenha sido deixada, naquele gramado de São Januário, uma semente no fértil solo do futebol brasileiro. Semente que, se Deus quiser, fará brotar em troncos fortes a autenticidade da seleção amarela, cinco vezes campeã mundial, e hoje entregue a indivíduos que não condizem com essa grandiosidade. E, da sombra dessa árvore imponente, que possamos voltar a saborear os frutos do futebol arte.
Obrigado pela bela lição, Haiti. Mostrou a nós algo que alguns dessa geração talvez tenham esquecido que existe: a alegria em se jogar futebol. Como se fosse... por música.
sábado, 1 de junho de 2013
Botafogo Vence Cruzeiro Com Lodeiro Já Deixando Saudades
Botafogo e Cruzeiro são dois times a se prestar atenção nessa temporada 2013. Começaram muito bem nas três competições e apostam no trabalho de dois treinadores qualificados para conseguirem ficar, se não no topo, próximo a ele na campanha nesse Campeonato Brasileiro, que está no momento em sua terceira rodada de um total de trinta e oito.
Somando-se Estadual e Copa do Brasil, apenas uma derrota de cada clube até aqui (o Botafogo para o Flamengo, em partida que em nada comprometeu a Taça Guanabara, e o Cruzeiro para o Atlético, sendo determinante para o vice-campeonato). No Brasileiro, ambos vinham de uma vitória em casa e um empate na condição de visitante. Encontraram-se em Volta Redonda e quem levou a melhor foi o Botafogo: 2a1, com bela atuação no segundo tempo.
O Alvinegro, ainda misteriosamente sem poder utilizar o Engenhão (há quem diga que a Prefeitura do Rio de Janeiro está fazendo um complô contra o Glorioso), mandou seu jogo para o estádio da Cidadania. E se deu bem, mantendo os 100% de aproveitamento naquele campo na presente temporada. O primeiro tempo teve mais chances cruzeirenses, embora o Botafogo tenha até saído na frente, através de Lodeiro, aproveitando rebote de Fábio após chute de Vitinho. Mas o time visitante correu atrás e fez por merecer a igualdade, conquistada em lance onde a sorte sorriu para Anselmo Ramón: a finalização desviou em Bolívar, bateu na trave e só entrou depois de bater nas costas do goleiro Renan, que minutos atrás havia operado dois milagres seqüenciais diante do próprio Anselmo.
Após o intervalo, Oswaldo conseguiu encaixar um meio-de-campo que sentia demais a ausência de Fellype Gabriel. E acertou o posicionamento sem necessitar substituir ninguém, o que leva a crer que a conversa no vestiário tenha sido boa. Num lance pela direita, Nílton cometeu pênalti em Lucas - Lodeiro cobrou mal, mas estufou a rede, desempatando a partida e indo para a Copa das Confederações representar o Uruguai com a sensação de dever cumprido. Por falar em Copa das Confederações, Botafogo e Cruzeiro têm mais dois compromissos antes da pausa para o torneio internacional. O Alvinegro de General Severiano jogará fora de casa diante de Bahia (quarta) e Ponte Preta (sábado), enquanto a Raposa receberá, nas mesmas respectivas datas, o Corinthians e o Internacional.
Qualquer pitaco a essa altura é prematuro, notadamente levando-se em consideração a possibilidade de negociação de jogadores, o que acaba modificando elencos e prognósticos. Mas são dois times que tendem a ficar na parte de cima da tabela. O Botafogo aparenta um melhor entrosamento, até porque seu time joga junto há mais tempo que o do Cruzeiro. Ambos os treinadores de sobrenome Oliveira - o botafoguense Oswaldo e o cruzeirense Marcelo - certamente saberão usar o período sem jogos oficiais para aperfeiçoar determinadas situações em seus times. Talvez a mais urgente, para o Cruzeiro, seja fortalecer o jogo pelos flancos. Para o Botafogo, resolver as pendências salariais e a questão do estádio. Embora, diga-se, o elenco esteja sendo altamente profissional e o time venha se saindo bem atuando em Volta Redonda. É mais por uma questão de justiça e logística mesmo.
Somando-se Estadual e Copa do Brasil, apenas uma derrota de cada clube até aqui (o Botafogo para o Flamengo, em partida que em nada comprometeu a Taça Guanabara, e o Cruzeiro para o Atlético, sendo determinante para o vice-campeonato). No Brasileiro, ambos vinham de uma vitória em casa e um empate na condição de visitante. Encontraram-se em Volta Redonda e quem levou a melhor foi o Botafogo: 2a1, com bela atuação no segundo tempo.
O Alvinegro, ainda misteriosamente sem poder utilizar o Engenhão (há quem diga que a Prefeitura do Rio de Janeiro está fazendo um complô contra o Glorioso), mandou seu jogo para o estádio da Cidadania. E se deu bem, mantendo os 100% de aproveitamento naquele campo na presente temporada. O primeiro tempo teve mais chances cruzeirenses, embora o Botafogo tenha até saído na frente, através de Lodeiro, aproveitando rebote de Fábio após chute de Vitinho. Mas o time visitante correu atrás e fez por merecer a igualdade, conquistada em lance onde a sorte sorriu para Anselmo Ramón: a finalização desviou em Bolívar, bateu na trave e só entrou depois de bater nas costas do goleiro Renan, que minutos atrás havia operado dois milagres seqüenciais diante do próprio Anselmo.
Após o intervalo, Oswaldo conseguiu encaixar um meio-de-campo que sentia demais a ausência de Fellype Gabriel. E acertou o posicionamento sem necessitar substituir ninguém, o que leva a crer que a conversa no vestiário tenha sido boa. Num lance pela direita, Nílton cometeu pênalti em Lucas - Lodeiro cobrou mal, mas estufou a rede, desempatando a partida e indo para a Copa das Confederações representar o Uruguai com a sensação de dever cumprido. Por falar em Copa das Confederações, Botafogo e Cruzeiro têm mais dois compromissos antes da pausa para o torneio internacional. O Alvinegro de General Severiano jogará fora de casa diante de Bahia (quarta) e Ponte Preta (sábado), enquanto a Raposa receberá, nas mesmas respectivas datas, o Corinthians e o Internacional.
Qualquer pitaco a essa altura é prematuro, notadamente levando-se em consideração a possibilidade de negociação de jogadores, o que acaba modificando elencos e prognósticos. Mas são dois times que tendem a ficar na parte de cima da tabela. O Botafogo aparenta um melhor entrosamento, até porque seu time joga junto há mais tempo que o do Cruzeiro. Ambos os treinadores de sobrenome Oliveira - o botafoguense Oswaldo e o cruzeirense Marcelo - certamente saberão usar o período sem jogos oficiais para aperfeiçoar determinadas situações em seus times. Talvez a mais urgente, para o Cruzeiro, seja fortalecer o jogo pelos flancos. Para o Botafogo, resolver as pendências salariais e a questão do estádio. Embora, diga-se, o elenco esteja sendo altamente profissional e o time venha se saindo bem atuando em Volta Redonda. É mais por uma questão de justiça e logística mesmo.
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sexta-feira, 31 de maio de 2013
Em Segundo Tempo Eletrizante, Bordeaux Vence Evian Em Noite De Diabaté E Conquista Copa Da França
Ah! As finais de campeonato! Sempre partidas especiais... Às vezes bem jogadas, outras nem tanto. Mas seu caráter decisivo, marcado pelo abismo superestimado que separa o finalista campeão do finalista vice-campeão, torna esses eventos únicos no futebol. E o jogo entre Bordeaux e Evian foi assim, único. Uma final de Copa da França que cresceu com o passar dos minutos e que teve um segundo tempo interessantíssimo. Pra melhorar ainda mais: a parte derrotada, representada por valentes jogadores e torcedores no Stade de France, deu demonstração exemplar de conduta, fazendo a festa mesmo diante da celebração do adversário. Porque o futebol é isso: mais que um esporte competitivo, um momento de êxtase coletivo. Acredito que todos aqueles que presenciaram esse momento, por um monitor ou pessoalmente, tenham tido algum tipo de aprendizado. Viva o futebol!
O jogo
Bordeaux e Evian haviam se enfrentado exatamente na última rodada no Campeonato Francês - vitória do então dono da casa, que atuava no Chaban-Delmas e acabou vencendo a partida por 2a1, com dois gols de Cheick Diabaté. Resultado este que, no conjunto das trinta e oito rodadas na liga nacional, deixaram o Bordeux em 7º (fora das competições européias) e o Evian em 16º (livre do descenso). A partida final na Copa da França vinha para salvar a temporada de um time tradicional e para consagrar o ano de um clube novo, desconhecido até. E tal partida foi incrível. Cinco gols, defesas dos goleiros, intervenção dos defensores, jogadas de velocidade. Tudo isso num campo supostamente neutro - o Stade de France -, mas que graças ao apoio dos torcedores de ambos os clubes, tornou-se algo como um pouco da casa de cada um.
Tecnicamente, o Bordeaux era superior. Superioridade não grande o suficiente para construir uma vantagem no placar diante de uma equipe aplicadíssima taticamente, onde todos pareciam correr por si e pelo companheiro, multiplicando a capacidade de reduzir os espaços ao adversário. Uma marcação-pressão bem organizada e uma defesa que sabia muito bem aquela regra básica do futebol: bola pro mato, que o jogo é de campeonato. Final de campeonato, aliás! Gol no primeiro tempo? Somente um: Diabaté, que aproveitou lançamento de Mariano e, nas costas da defesa, conseguiu ficar de frente com o goleiro Bertrand Laquait, driblando-o e mandando para a rede (não sem antes a bola dar um leve desvio na chuteira direita de um zagueiro, que quase salvou o Evian).
Na segunda etapa, a partida ganhou outra voltagem. Mais dinâmica e com mais finalizações, um jogo que se concentrava entre as duas intermediárias passou a ter a bola frequentando as duas grandes áreas. Logo aos dois minutos, o Bordeaux teve grandiosa oportunidade de abrir dois gols de diferença: o assistente da linha-de-fundo denunciou pênalti, o árbitro confiou e Diabaté cobrou com força e no canto, parando em espetacular defesa de Bertrand Laquait. Três minutos depois, a intervenção salvadora do arqueiro ganhou ainda mais importância, pois o Evian chegou ao gol de empate: Daniel Wass fez boa jogada pelo flanco esquerdo, cruzou e Yannick Sagbo completou para a rede, empatando a partida e levando ao delírio a torcida que vestia rosa.
O ritmo era frenético e, não bastando os dois lances anteriores (pênalti defendido e gol de empate), pintou mais um gol já aos sete minutos. Dessa vez, festa do Bordeaux: em nova assistência do lateral-direito brasileiro Mariano (ex-Fluminense), quem aproveitou dessa vez foi Henri Saivet, recolocando o Bordeaux em vantagem no placar. Mas o Evian não se entregou. Mesmo após levar uma pressão que quase aumentou a diferença na contagem de gols - Laquait foi fundamental para manter o 2a1 -, o time comandado por Pascal Dupraz buscou forças sabe Deus onde e alcançou mais uma vez a igualdade: de Saber Khelifa para Brice Dja Djédjé, que só precisou conferir. 2a2.
Parecia que a missão estava cumprida para levar o jogo até a prorrogação. O Evian conseguia conter os avanços adversários, embora tivesse muitas dificuldades para lidar com Diabaté, que constantemente levava vantagem sobre a defesa cor-de-rosa. E a noite era mesmo de Diabaté. Estava escrito nas estrelas. Aos quarenta e três, Nicolas Maurice-Belay deu um passe mágico, à la Zinedine Zidane, e serviu o atacante malinês, que colocou-se definitivamente como protagonista na final. 3a2 Bordeaux, pela quarta vez campeão no mais tradicional torneio de clubes franceses, a Coupe de France.
Mas o texto precisa de mais um parágrafo, o qual fica dedicado totalmente ao vice-campeão. Um honroso e digno vice-campeão. Equipe que eliminou o poderoso Paris Saint-Germain na fase quartas-de-final e que conseguiu se manter na Ligue 1. Evian, que surgiu da fusão de três clubes e que carrega esse nome desde o recente ano de 2009. Uma criança. Uma gigante criança. E que, com tudo o que mostrou no gramado e na temporada, justifica o orgulho rosa visto nas arquibancadas.
O jogo
Bordeaux e Evian haviam se enfrentado exatamente na última rodada no Campeonato Francês - vitória do então dono da casa, que atuava no Chaban-Delmas e acabou vencendo a partida por 2a1, com dois gols de Cheick Diabaté. Resultado este que, no conjunto das trinta e oito rodadas na liga nacional, deixaram o Bordeux em 7º (fora das competições européias) e o Evian em 16º (livre do descenso). A partida final na Copa da França vinha para salvar a temporada de um time tradicional e para consagrar o ano de um clube novo, desconhecido até. E tal partida foi incrível. Cinco gols, defesas dos goleiros, intervenção dos defensores, jogadas de velocidade. Tudo isso num campo supostamente neutro - o Stade de France -, mas que graças ao apoio dos torcedores de ambos os clubes, tornou-se algo como um pouco da casa de cada um.
Tecnicamente, o Bordeaux era superior. Superioridade não grande o suficiente para construir uma vantagem no placar diante de uma equipe aplicadíssima taticamente, onde todos pareciam correr por si e pelo companheiro, multiplicando a capacidade de reduzir os espaços ao adversário. Uma marcação-pressão bem organizada e uma defesa que sabia muito bem aquela regra básica do futebol: bola pro mato, que o jogo é de campeonato. Final de campeonato, aliás! Gol no primeiro tempo? Somente um: Diabaté, que aproveitou lançamento de Mariano e, nas costas da defesa, conseguiu ficar de frente com o goleiro Bertrand Laquait, driblando-o e mandando para a rede (não sem antes a bola dar um leve desvio na chuteira direita de um zagueiro, que quase salvou o Evian).
Na segunda etapa, a partida ganhou outra voltagem. Mais dinâmica e com mais finalizações, um jogo que se concentrava entre as duas intermediárias passou a ter a bola frequentando as duas grandes áreas. Logo aos dois minutos, o Bordeaux teve grandiosa oportunidade de abrir dois gols de diferença: o assistente da linha-de-fundo denunciou pênalti, o árbitro confiou e Diabaté cobrou com força e no canto, parando em espetacular defesa de Bertrand Laquait. Três minutos depois, a intervenção salvadora do arqueiro ganhou ainda mais importância, pois o Evian chegou ao gol de empate: Daniel Wass fez boa jogada pelo flanco esquerdo, cruzou e Yannick Sagbo completou para a rede, empatando a partida e levando ao delírio a torcida que vestia rosa.
O ritmo era frenético e, não bastando os dois lances anteriores (pênalti defendido e gol de empate), pintou mais um gol já aos sete minutos. Dessa vez, festa do Bordeaux: em nova assistência do lateral-direito brasileiro Mariano (ex-Fluminense), quem aproveitou dessa vez foi Henri Saivet, recolocando o Bordeaux em vantagem no placar. Mas o Evian não se entregou. Mesmo após levar uma pressão que quase aumentou a diferença na contagem de gols - Laquait foi fundamental para manter o 2a1 -, o time comandado por Pascal Dupraz buscou forças sabe Deus onde e alcançou mais uma vez a igualdade: de Saber Khelifa para Brice Dja Djédjé, que só precisou conferir. 2a2.
Parecia que a missão estava cumprida para levar o jogo até a prorrogação. O Evian conseguia conter os avanços adversários, embora tivesse muitas dificuldades para lidar com Diabaté, que constantemente levava vantagem sobre a defesa cor-de-rosa. E a noite era mesmo de Diabaté. Estava escrito nas estrelas. Aos quarenta e três, Nicolas Maurice-Belay deu um passe mágico, à la Zinedine Zidane, e serviu o atacante malinês, que colocou-se definitivamente como protagonista na final. 3a2 Bordeaux, pela quarta vez campeão no mais tradicional torneio de clubes franceses, a Coupe de France.
Mas o texto precisa de mais um parágrafo, o qual fica dedicado totalmente ao vice-campeão. Um honroso e digno vice-campeão. Equipe que eliminou o poderoso Paris Saint-Germain na fase quartas-de-final e que conseguiu se manter na Ligue 1. Evian, que surgiu da fusão de três clubes e que carrega esse nome desde o recente ano de 2009. Uma criança. Uma gigante criança. E que, com tudo o que mostrou no gramado e na temporada, justifica o orgulho rosa visto nas arquibancadas.
Bandeiras agitadas nas arquibancadas: torcedores do Evian fizeram festa antes, durante e depois da partida em que saíram como vice-campeões em inédita aparição numa final de Copa Francesa.
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