Felizmente optei por assistir México e Croácia em vez de Brasil e Camarões. Digo isso porque ao espiar a reprise da partida em que Neymar (bota Neymar nisso) e companhia (tira companhia disso), pude notar aquilo que já percebia há muito tempo nessa seleção: carecemos de um padrão de jogo, de uma cara de time, de um jeito de jogar.
Na falta disso tudo, um craque para compensar: dois gols, muita correria, habilidade e participação. Mas se precisamos de um craque para compensar, é sinal que precisamos parar para pensar: está o treinador fazendo um trabalho bem feito? Tantos meses no comando e tantos treinamentos à disposição para isso que foi visto no estádio Mané Garrincha?
Em suma, o Brasil está classificado na primeira posição no grupo A. Campanha onde houve vitória sobre a Croácia com o dedo e o apito do árbitro japonês (por onde anda ele?), empate sem gol com o México e essa vitória por 4a1 sobre o já eliminado Camarões. Aliás, Camarões sem Eto'o a onda leva, né?
O que pode servir de alento é que a seleção brasileira parece ter encontrado alguém para substituir Paulinho com segurança: Fernandinho. Pelo menos a julgar pelo (segundo) tempo em que esteve em campo, o meio-campista do Manchester City produziu mais do que o então titular da posição em dois jogos e meio.
Oscar teve alguns momentos de destaque, Luiz Gustavo teve nova atuação de bom nível e Daniel Alves continua sendo um tormento para a defesa ao mesmo tempo que parece nada acrescentar ao ataque. Ataque que tem Fred. Saiu o primeiro gol dele no Mundial: o terceiro da seleção no jogo, em posição de impedimento. Talvez o grande diferencial dessa equipe nessa Copa seja exatamente esse - a arbitragem. Além de Neymar. Se for com essa parceria (Neymar + arbitragens) que iremos rumar ao hexa, será uma sobrecarga para o jovem e um desgaste para a FIFA. Futebol que é bom, o do Brasil não foi localizado nessa primeira fase. Haja Neymar e apito para passar pelo Chile nas oitavas...
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