A Argentina parece ter aprendido algumas lições de sua estréia diante da Bósnia & Herzegovina. Se naquela ocasião o time melhorou de rendimento após passar a jogar com um centroavante de ofício, dessa vez Alejandro Sabella já tratou de iniciar a partida com Higuaín à frente de Di María, Agüero e Messi.
Só que a mera modificação tática não tornou a vida argentina fácil no Mineirão. É que o Irã também tinha os seus recursos para se tornar competitivo no jogo: com um sistema tático retraído e compacto, os comandados de Carlos Queiróz conseguiram armar um muro vermelho que congestionou a intermediária defensiva e conteve na medida do possível as investidas sul-americanas. Foram poucas as oportunidades criadas via toque de bola, com os lances aéreos levando maior perigo para o gol defendido por Haghighi.
E a seleção iraniana não era apenas defesa, apostando em contra-ataques muito bem desenvolvidos, onde quase sempre conseguia encaixar alguma ocasião de dificuldade para a Argentina. O goleiro Romero interviu pelo menos três vezes com grande qualidade para salvar a equipe favorita.
A torcida apoiou. Sabella mexeu (Higuaín e Agüero por Palacio e Lavezzi). A Argentina tentou. E a salvação veio aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. E quem mais poderia salvar a pátria albiceleste? Ele: Lionel Messi. No seu único chute no jogo que tomou a direção do gol, o camisa dez conseguiu colocar a bola com uma precisão e colocação que tornaram a finalização inalcançável, para delírio de um estádio que conhecia naquela tarde de sábado o seu novo recorde de público.
Essa é a Copa do Mundo 2014: um torneio onde o rótulo de favorito não dá nenhuma garantia de facilidade. Essa é a Argentina: uma seleção que não desiste de seus objetivos em momento algum. Esse é o Irã: determinado e muito competente na sua proposta de jogo. E esse é Lionel Messi: decisivo, diferenciado. Uma bênção para a Copa. Um orgulho para a Argentina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário