quarta-feira, 2 de julho de 2014

Copa 2014: Seleção Das Oitavas-de-finais

As oitavas-de-final nessa Copa do Mundo foram sensacionais. Cinco jogos foram para o tempo-extra (dois deles foram definidos nas penalidades máximas). E a participação dos goleiros é por si só um fato histórico: não houve uma única partida em que pelo menos um deles não tenha realizado defesas incríveis. Vamos a alguns registros e às escalações.

[1] O ferro. Um chute de Pinilla no travessão aos 119' (o Chile se classificaria diante do Brasil caso a bola entrasse) e um cabeceio de Dzemaili na trave direita aos 120' (a Suíça levaria o jogo para os pênaltis diante da Argentina caso o lance terminasse no gol) deram ainda mais emoção a dois jogos memoráveis.

[2] A virada. Perdendo por 1a0 até os quarenta e dois minutos no segundo tempo, a Holanda foi buscar o empate e, nos acréscimos, a vitória diante do México e do calor de um jogo iniciado no nordeste brasileiro à uma hora da tarde.

[3] Chuva de gols na prorrogação. Alemanha e Argélia, Bélgica e Estados Unidos. Dois jogos que ficaram zerados por noventa minutos. Em ambas as prorrogações, três gols: alemães e belgas abriram dois a zero e passaram sufoco para não verem suas partidas irem para os pênaltis.

[4] A experiência. Estar presente para assistir a vitória colombiana, com direito a golaço de James Rodríguez, é algo para contar às futuras gerações.

[5] A saga. Costa Rica conseguiu resistir com um jogador a menos à valente seleção grega. Quer dizer, a Grécia até foi heróica de buscar o empate nos acréscimos. Mas, nas penalidades, brilhou a estrela de Keylor Navas, para tristeza de Gekas.

[6] Enyeama. O goleiraço agarrou demais mais uma vez. Só que, por uma falha diante da França, a pouco produtiva Nigéria acabou não conseguindo ir além. E muitos veículos de comunicação deram maior peso a um erro do que a dezenas de acertos. É como se apegar a um erro ortográfico num livo de quinhentas páginas bem escritas. Profissão ingrata essa de proteger a baliza.

Titulares

Goleiro: Tim Howard (Estados Unidos)
Defensor direito: Ron Vlaar (Holanda)
Defensor centro: Sokratis Papastathopoulos (Grécia)
Defensor esquerdo: Mario Yepes (Colômbia)
Volante: Paul Pogba (França)
Volante: Carlos Salcido (México)
Meia: Ángel di María (Argentina)
Meia: James Rodríguez (Colômbia)
Meia: Arjen Robben (Holanda)
Atacante: Thomas Müller (Alemanha)
Atacante: Divock Origi (Bélgica)
Técnico: Marc Wilmots (Bélgica)

Suplentes

Goleiro: Keylor Navas (Costa Rica)
Defensor direito: Gary Medel (Chile)
Defensor centro: Rafa Márquez (México)
Defensor esquerdo: Rafik Halliche (Argélia)
Volante: Jermaine Jones (Estados Unidos)
Meia: Sofiane Feghouli (Argélia)
Meia: Xherdan Shaqiri (Suíça)
Meia: Lionel Messi (Argentina)
Meia: Kevin de Bruyne (Bélgica)
Atacante: Georgios Samaras (Grécia)
Atacante: Karim Benzema (França)
Técnico: José Pekerman (Colômbia)

Destaque

Pelo rendimento dentro das quatro linhas, o goleiro estadunidense Tim Howard conseguiu uma atuação fantástica, com defesas de perder a conta no jogo diante dos belgas. Só não darei o destaque para o camisa um porque a seleção da Argélia fez, fora de campo e já eliminada, um gesto belíssimo: resolveu doar cada centavo dos cerca de R$19M (dezenove milhões de reais) que recebeu como premiação pela participação no Mundial. Doaram para quem? Para vítimas na Faixa de Gaza. Frase de Slimani: "Eles precisam disso mais do que nós".

Nós é que precisamos de mais gente assim no mundo, Slimani. Valeu, Argélia!
Multidão recebe a seleção da Argélia nas ruas da capital Argel: equipe fez bonito dentro e fora de campo, com campanha histórica e gesto inspirador.

Relembre os comentários sobre a fase oitavas-de-final na Copa 2010 clicando aqui.

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