sábado, 26 de julho de 2014

Líder, Máquina De Minas Goleia Figueirense No Mineirão: 5a0

Foto: Rodrigo Clemente / EM / DA Press
O Cruzeiro mostrou-se uma máquina na noite desse sábado no estádio molhadão, digo, Mineirão. E uma máquina moderna, que não enferruja nem embaixo d'água. Foram cinco gols diante do Figueirense, sendo um no primeiro tempo (em pênalti inventado pela arbitragem) e quatro na volta do intervalo, com direito a belíssimas jogadas coletivas e um golaço de Marquinhos após chute espetacular.

Só que a máquina azul demorou para engrenar. Ensaiava um melhor funcionamento toda vez que Marquinhos era acionado no campo de ataque, mas via-se em risco nas ocasiões em que o time catarinense encaixava os contra-ataques. Em dois deles, Pablo teve duas boas situações de abrir o placar em Belo Horizonte, mas em ambos os lances demorou demais para soltar a bola (no primeiro, seu cruzamento parou no goleiro Fábio; no segundo, conseguiu passar pelos dois zagueiros adversários mas se atrapalhou no gramado aquático e perdeu o ângulo para tentar superar o goleiro cruzeirense).

O primeiro tempo dava sinais de terminar sem gols. Até porque Tiago Volpi mostrava segurança para defender mesmo aquelas bolas complicadas, que deslizam na grama molhada e costumam trair os goleiros. Só que o árbitro Gabriel Rodrigues Castro Júnior deu uma mãozinha para os donos da casa. Ou melhor, um apitinho. Ele marcou pênalti em lance normal, aliás, de simulação de Ricardo Goulart. Estilo Fred diante da Croácia na Copa, lembra? Só que nesse caso sem sequer dominar a bola. Quem se encarregou da cobrança do pênalti que não houve foi o jogador mais jovem do Cruzeiro: e Lucas Silva, vinte e um anos, caprichou. A bola tocou na trave e percorreu boa parte da linha final antes de entrar e abrir, oficial e ilegalmente, o placar em Minas Gerais, aos quarenta minutos.

Se a máquina achou o primeiro gol com ajuda do apito, voltou do vestiário usando seus próprios mecanismos para transformar a contestável vitória parcial em goleada convincente. Aos dois, Marquinhos recebeu de Goulart e mandou um voleio sensacional no canto direito. Gol daqueles para concorrer a mais bonito na competição. Três minutos depois, Dedé, que voltava a atuar após dois meses de contusão, cabeceou no canto esquerdo após ótimo cruzamento de Éverton Ribeiro em lance de bola parada. Três a zero.

Marcelo Moreno, homem mais de área do Cruzeiro, não pode reclamar das chances que lhe couberam. Foram pelo menos três situações para o atacante boliviano, que não aproveitou nenhuma e foi substituído aos vinte e quatro, dando lugar a Marlone. Dois minutos antes, Dagoberto havia entrado no lugar de Marquinhos. A máquina comandada por Marcelo Oliveira mostrava contar com ótimas peças de reposição, a ponto da gente não ter a exata certeza de o que ali é titular ou reserva. São, de fato, um elenco. E o nível de jogo do Cruzeiro subiu. O treinador do Figueirense, Argel Fucks, parecia perceber que seu time estava meio que na situação do seu sobrenome. Naquela altura, já tendo feito duas mexidas (Pablo por Everaldo e Cereceda por Felipe), montava o time buscando a solidez necessária para não levar mais gols em sua estréia no retorno ao clube.

Só que a máquina de Minas estava calibrada. Aos vinte e sete, em lindo contra-ataque, Éverton Ribeiro levantou esbanjando consciência e Ricardo Goulart mostrou uma das razões de ser o maior goleador nessa edição no torneio, aproveitando sem dar chance para o goleiro. Aos trinta e quatro, em nova descida pelo flanco direito, foi a vez de Mayke (que entrara no lugar de Ceará), cruzar para a conclusão de Dagoberto. Cinco a zero. O Figueira ainda colocou Leandro Silva no lugar de Luan. E deve ter dado graças a Deus do jogo ter terminado aos quarenta e sete. Porque só a ação do apito final para parar uma máquina que funcionava tão bem. O mesmo apito que, no primeiro tempo, a ajudou a engrenar.

Outros resultados
Santos 3a0 Chapecoense
Criciúma 1a3 Vitória

As defesas catarinenses ajudando a subir a média de gols no campeonato...

Um comentário:

  1. O Cruzeiro pelo jeito vem despontando no campeonato e se ninguém segurar vai ser muito difícil tirar o título dos mineiros. O Mineirão pelo jeito se transformou no estádio das goleadas, apesar daqueles 7 x 1 da Alemanha!

    ResponderExcluir