Só que, em termos de nível de jogo e de emoção, as quartas ficaram abaixo das oitavas. O que é até compreensível: o desgaste físico aumenta, a competitividade se acentua e o grau de dificuldade ganha relevo. No final das contas, restam dois gigantes sul-americanos e dois gigantes europeus. De um lado, Brasil e Alemanha. De outro, Argentina e Holanda. Todos os quatro com méritos por chegarem até essa fase, embora seja nítido que a seleção brasileira seja, disparada, a menos organizada das quatro remanescentes. E a que menos honra a camisa, absolutamente afastada das suas tradições de procurar jogar com graça e beleza - atualmente muito pelo contrário, vêem-se mais pontapés do que toques refinados, jogar no erro do adversário do que propôr o ritmo do jogo, garantir o resultado do que mostrar efetiva superioridade. Culpa de uma péssima gestão desde a Confederação Brasileira de Futebol como um todo até a comissão técnica em particular.
Vamos escalar.
Titulares
Goleiro: Keylor Navas (Costa Rica)
Lateral direito: Pablo Zabaleta (Argentina)
Zagueiro: Mats Hummels (Alemanha)
Zagueiro: David Luiz (Brasil)
Lateral esquerdo: José María Basanta (Argentina)
Volante: Yeltsin Tejeda (Costa Rica)
Volante: Javier Mascherano (Argentina)
Meia: Arjen Robben (Holanda)
Meia: Lionel Messi (Argentina)
Meia: James Rodríguez (Colômbia)
Atacante: Gonzalo Higuaín (Argentina)
Técnico: Louis van Gaal (Holanda)
Suplentes
Goleiro: Manuel Neuer (Alemanha)
Lateral direito: Camilo Zúñiga (Colômbia)
Zagueiro: Vincent Kompany (Bélgica)
Zagueiro: Mario Yepes (Colômbia)
Lateral esquerdo: Daley Blind (Holanda)
Volante: Bastian Schweinsteiger (Alemanha)
Volante: Marouane Fellaini (Bélgica)
Meia: Thomas Müller (Alemanha)
Meia: Neymar (Brasil)
Meia: Cristian Bolaños (Costa Rica)
Atacante: Karim Benzema (França)
Técnico: Alejandro Sabella (Argentina)
Destaque
Imagine você que o próximo jogo será diante de uma seleção que anotou 10 gols nos primeiros quatro jogos e que foi vazada somente duas vezes. Coincidentemente, foi isso que aconteceu com a Alemanha em 2010 (quando enfrentou a Argentina nas quartas-de-final) e voltou a ocorrer em 2014 (quando o adversário da vez nas quartas foi a França). Confronto complicado, né?
Mas os alemães trataram de descomplicar. Na África do Sul, foi um 4a0 avassalador. Dessa vez, um 1a0 relativamente apertado. Mas cuja vitória raramente foi colocada em risco. É que, se quatro anos atrás havia brilhado a estrela de Schweinsteiger (e de Müller e tantos outros), dessa vez quem comandou a seleção alemã foi um zagueiro. Aliás, melhor chamá-lo pelo artigo masculino definido singular: o zagueiro. O zagueiro Mats Hummels.
Impecável na defesa e oportunista no ataque (marcou o gol da vitória já no começa de jogo), Hummels foi elemento intransponível para o sistema ofensivo da França. Quem vê uma atuação dessa jamais imagina que estamos falando de alguém que não jogou as oitavas devido a uma gripe. E que, segundo Joachim Löw, teve uma espécie de recaída na véspera da partida. Ou seja, com Hummels não passa atacante, não passa meia, não passa vírus. E a Alemanha, com Hummels, passa de fase. Passa para mais uma semifinal de Mundial.
Foto extraída do Blog Campeões |
Mats Hummels comemora o gol alemão, o da classificação: zagueiro foi decisivo nesse lance e em diversos momentos no campo de defesa.
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