Não é de hoje que a temática "arbitragem" ocupa o centro da discussão no debate futebolístico. Recentemente, um erro grosseiro em plena fase eliminatória na Copa do Mundo 2010 (partida entre Alemanha e Inglaterra) promoveu um questionamento generalizado: por que a FIFA não implementa o recurso eletrônico para tirar dúvidas em lances-chave?
No caso específico do futebol brasileiro, não foram poucos os dirigentes que expuseram publicamente suas suspeitas quanto a idoneidade de determinados árbitros de futebol. Antes de falar com um botafoguense sobre Djalma Beltrami ou Uilton Moutinho (auxiliar), falar com um cruzeirense sobre Sandro Meira Ricci, ou falar com um palmeirense sobre Carlos Eugênio Simon - para citar apenas esses exemplos - é bom se precaver, pois pronunciar aqueles nomes para aquelas torcidas não deve desencadear numa conversa das mais amistosas.
Na última quarta-feira, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), apitou uma penalidade máxima em favor do Avaí aos 42 minutos do segundo tempo da partida de volta pela fase oitavas-de-final na Copa do Brasil 2011. O botafoguense Lucas e o avaiano Estrada estavam na área para uma disputa de bola e nenhum dos dois conseguiu chegar nela. Acontece que, na queda do jogador alvi-celeste, Ricardo Ribeiro marcou um pênalti que em lugar algum do mundo era razoável de ser marcado. Quem pagou o preço dessa "invenção"? O Botafogo, eliminado da competição com o gol de empate originado na cobrança. E o árbitro? Bem, a julgar pelo andamento da situação e pelo que costuma ocorrer nesse sentido, ainda veremos muitas partidas apitadas pelo cidadão que aprontou o que aprontou no estádio da Ressacada. Sem querer isentar os jogadores envolvidos na confusão pós-jogo, mas será que a briga generalizada ao término da partida teria ocorrido no caso de uma arbitragem justa?
Embora o esporte exerça um caráter de entretenimento, acho o futebol sério demais para ser decidido por alguns sujeitos - ora incompetentes, ora mal-intencionados. Ele envolve muita gente e muitos esforços, do preparador físico ao presidente, passando pelos jogadores e pela comissão técnica, para simplesmente alguém soprar um apito ou levantar uma flâmula quadriculada e selar o destino de um clube. Basta!
A quem interessar possa, veja a nota oficial do Botafogo de Futebol e Regatas, motivada pelos acontecimentos no estádio da Ressacada, em 20.04.2011.
Belo texto Soham. É incrível que ainda existem pessoas que são contra o recurso eletrônico nas partidas de futebol. O futebol de hoje tem que se modernizar ainda mais com esses recursos. Caso não, nós ainda vamos ver com frequência o erro de arbitragem. Um exemplo claro disse foi o que você citou, aquele jogo entre Alemanha x Inglaterra. Já passou da hora, a FIFA tem que abrir os olhos!!
ResponderExcluirAbraços,
www.jogosarsenalfc.blogspot.com
Pois é, em plena era da tecnologia e inovações, é dificil acreditar que os recursos ainda não foram aplicados no futebol. Aquele erro da copa realmente foi absurdo.
ResponderExcluir[PS: eu também acho que dá para revelar jogadores e conquistar títulos. O pior é que falta aquela pessoa em campo que articule mais, grite para os companheiros, que seja o verdadeiro lider, capitão da equipe. E infelizmente hoje não vejo o Cesc dessa maneira. Mas tomara que consiguemos manter pelo menos o pique nestas últimas 5 rodadas para terminar entre os 3 né!]
Abs
allaboutfootballandarsenal.blogspot.com
O mais cômico é ver a FIFA colocando um indivíduo em cada linha-de-fundo (não bastassem 4, agora são 6 seres humanos sujeitos a erros). A entidade presidida por Joseph Blatter parece que gosta de uma polêmica e não tá nem aí pro fator justiça nas partidas de futebol.
ResponderExcluirAbraços.
Suaanálise é perfeita. Sobretudo quanto ao aspecto em que envoca a seriedade do futebol ao ser decidido por apitos e flâmulas.
ResponderExcluirPorém, em algumas circuntâncias, pergunto-me: não está o futebol sério demais para aquilo que representa, ou deveria representar, ao menos para o torcedor? Refiro-me ao torcedor nato, amante do time, das rivalidades, do bom futebol em geral e não dos vândalos travestidos em estádios e discussões.
Será que esta seriedade não está sendo vista e revista às avessas, uma vez que a subjetividade das arbitragens - não más intenções, mas erros ou interpretações - é que apimenta e carrega o futebol fazendo dele o que ele é?
Discussão longa e profunda, meu caro.
Saudações!!!
Embora concorde que a subjetividade nas arbitragens apimente a discussão em torno do futebol, acho que o esporte em geral - e isso inclui o mais popular deles - não precisa de injustiças arbitrárias para manter-se vívido. Pelo contrário: tem é muita força a ganhar com a minimização dos erros.
ResponderExcluirÉ uma discussão longa, que não começa e nem termina aqui. Valeu pela participação e que a justiça e a arte reinem no futebol!
Abraços.