Atenção na defesa e velocidade no ataque. Foi basicamente apostando nesses ingredientes que o Manchester United passou pelo Fulham, em mais uma tarde de Old Trafford lotado (75.339 presentes). Os gols do jogo foram marcados pelo atacante búlgaro Dimitar Berbatov (goleador da competição com 21 gols anotados) e pelo meia equatoriano Antonio Valencia, um dos destaques da partida ao lado do português Nani (autor das duas assistências).
Com o resultado, o Manchester abre, pelo menos provisoriamente, 10 pontos de vantagem para o Arsenal, o vice-líder na "Premiership". Já o Fulham figura na 11ª colocação, com 6 pontos de margem para a zona de descenso e praticamente fora da disputa por vaga na Liga Europa, competição que o clube londrino é atual vice-campeão.
O jogo
Se o natural era esperar o United indo pra cima da equipe do Fulham, surpresa: com uma finalização aos 40 segundos e outra 5 minutos depois, o time visitante assustou os donos da casa em tentativas de fora da área. Mas, na primeira chegada mais trabalhada dos comandados de Alex Ferguson (que dava instruções ao seu auxiliar através de um telefone, pois estava impedido de acompanhar a partida no banco de suplentes), saiu o primeiro gol do jogo: Nani partiu pra jogada individual, tabelou com o brasileiro Ânderson e encontrou Berbatov livre (porém em impedimento, não assinalado pela arbitragem). O resto foi por conta do camisa 9, que chutou colocado no canto esquerdo e abriu o caminho para a vitória aos 11 minutos.
Não fossem as inspiradas atuações de Nani e Valencia, o jogo poderia até ser considerado fraco. Mas esses dois jogadores fizeram o suficiente para impedir tal análise da partida. E o segundo gol, merecidamente, envolveu exatamente eles: o francês Patrice Evra lançou do campo de defesa, Nani chegou na bola antes do goleiro australiano Mark Schwarzer, avançou em direção à baliza aberta e deu de cavadinha. Não sei se a intenção foi marcar um gol bonito ou cruzar para Valencia, mas o fato é que a bola desviou na marcação e chegou no equatoriano, que cabeceou para o fundo da rede. 2a0 Manchester United.
O estadunidense Clint Dempsey, o francês Gaël Kakuta, o belga Moussa Dembélé e o atacante Bobby Zamora até tentaram dar trabalho, em alguns momentos criando dificuldades ao sistema defensivo adversário. Mas quando a bola ia na direção do gol, lá estava o polonês Tomasz Kuszczak para defender. O Fulham ainda conseguiu crescer no jogo após a entrada do islandês Eidur Gudjohnsen no lugar de Dembélé, aos 10 minutos do segundo tempo. A troca do nigeriano Dickson Etuhu pelo húngaro Zoltan Gera também aumentou o poder de chegada dos comandados de Mark Hughes, mas a realidade é que o Manchester United, embora longe de fazer uma partida empolgante, dava sinais de estar consciente de fazer o necessário para conquistar os três pontos dentro de casa. E vieram os três pontos, o que mantém a tranqüilidade a uma equipe que lidera a "Premiership" com relativa folga. Na próxima terça-feira, com um empate qualquer nesse mesmo estádio e diante do Chelsea, o time avançará à fase semifinal na Liga dos Campeões da Europa. Uma temporada dos sonhos no Teatro dos Sonhos? Prefiro esperar o fechar das cortinas.
Outros resultados
Wolverhampton (19º) 0a3 (7º) Everton
Blackburn (14º) 1a1 (15º) Birmingham
Bolton (8º) 3a0 (18º) West Ham
Chelsea (3º) 1a0 (20º) Wigan
Sunderland (13º) 2a3 (10º) West Bromwich
Tottenham (5º) 3a2 (12º) Stoke City
Domingo jogam Blackpool (17º) e Arsenal (2º), além de Aston Villa (16º) e Newcastle (9º). Na segunda-feira, Liverpool (6º) e Manchester City (4º) fecham a rodada.
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