domingo, 30 de janeiro de 2011

Quem Vira Por Último, Ri Melhor

A Cabofriense até chegou a assustar o Fluminense (vencia a partida por 2a1, de virada, até os 20 minutos do 2º tempo), mas no final das contas o atual campeão brasileiro confirmou o favoritismo, manteve os 100% de aproveitamento no Campeonato Estadual 2011 e, com a vitória por 4a2, segue na segunda colocação no grupo 2 da Taça Guanabara, atrás somente do Botafogo, equipe que tem melhor saldo de gols. A partida foi realizada no mesmo campo onde a Cabofriense havia perdido de 5a0 para o Botafogo, no estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé. As maiores diferenças daquele jogo para esse foram a ausência do volante Goeber (personagem que marcou dois gols contra naquela ocasião) e o comando técnico: Waldemar Lemos assumiu a equipe na sexta-feira (Luiz Antônio Zaluar e seu auxiliar Lucas Gonçalves foram demitidos) e logo na estréia acabou expulso após invadir o campo aos 28 minutos do 2º tempo, com a partida então empatada em 2a2.

O jogo

O Fluminense iniciou a partida tomando a iniciativa e se mandando para o ataque. Na primeira chegada mais aguda, Mariano encarou a marcação adversária e sofreu falta pela direita, perto da grande área. Aos 5 minutos, Souza cobrou rasteiro e Fred pegou de primeira, mandando no canto esquerdo e abrindo o placar em Macaé.

Com Fred bastante participativo e os laterais Mariano e Carlinhos apoiando constantemente, o Fluminense dava sinais de que estava ali para ampliar o saldo de gols. Mas foi surpreendido aos 34 minutos: Zotti levantou no capricho a partir do lado esquerdo, Capixaba acompanhou o quique da bola e chutou no canto direito, mandando no contrapé do goleiro Diego Cavalieri e deixando tudo igual no marcador.

Aos 42 minutos, o zagueiro Leandro Euzébio apareceu no ataque canetando o adversário, deixou a bola com Mariano na direita, o lateral cruzou rasteiro da linha final, Fred deixou passar, Rodriguinho chutou acertando o defensor que impediu o gol e, no rebote, Tartá tinha a baliza aberta mas acabou conseguindo chutar por cima do travessão.

A posse de bola na primeira etapa foi de 61% para o Fluminense e desperdícios como aquele de Tartá devem ter motivado o treinador Muricy Ramalho a mudar o time no intervalo. Tartá deu lugar para Marquinho enquanto Rodriguinho foi substituído para entrada do argentino Darío Conca, jogador que realizou uma artroscopia no joelho esquerdo no dia 27 de dezembro de 2010, retornando aos jogos oficiais praticamente um mês depois da intervenção cirúrgica.

Aos 3 minutos, Diego Sales tratou de resolver sozinho um lance de ataque da Cabofriense: o jogador passou por André Luís, deixou Souza para trás e, quando ia fintando a marcação de Diguinho, foi puxado por Souza dentro da área. Felipe Gomes da Silva apontou a penalidade máxima e o próprio Diego Sales pediu a bola. Cobrou no quadrante 14, Diego Cavalieri foi pro lado direito e estava decretada a virada da Cabofriense.

O Fluminense voltou a controlar as ações e, pelas minhas contas, teve entre os 6 e os 18 minutos do segundo tempo um total de quatro chances de gol. Mas a bola somente foi entrar aos 20 minutos, em novo lance de bola parada: Souza cobrou escanteio pela direita, André Luís subiu bem e cabeceou melhor ainda, direcionando a bola para o canto direito, acertando a trave e também a rede, empatando a partida.

Na volta da parada técnica, Waldemar Lemos trocou de atacante: saiu Capixaba para a entrada de Assumpção. Figura que transmite um ar de tranqüilidade, Waldemar Lemos ia conseguindo conduzir a Cabofriense ao empate, algo muito bacana se levarmos em consideração a força do adversário e o fato de a equipe da Região dos Lagos não ter marcado um único gol nas 3 primeiras rodadas da competição (Goeber marcou dois, mas lembremos que foram contra). Aos 28 minutos, toda a dita tranqüilidade do treinador foi subitamente substituída por um momento de fúria quando Leandro Euzébio deu-lhe uma bolada em lance na linha lateral: Waldemar deixou a área a ele destinada, invadiu o campo e foi tirar satisfação com o agressor. Coube ao árbitro expulsar o treinador, que retornou ao gramado irritado e rumou para o vestiário esbravejando para os microfones que estivessem por perto: "jogador de merda" (referindo-se a Euzébio, que saiu impune do lance).

Dois minutos após o incidente, Muricy Ramalho também agiu. Mas não para invadir o campo e sim para promover sua última mexida no time tricolor: saiu Souza para a entrada de Willians. O negócio piorou para a Cabofriense quando Allyson recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso de campo após puxar Fred. O Flu tirou proveito do momento de fragilidade emocional adversária e também da vantagem numérica para resolver a partida. Aos 36 minutos, Willians, de dentro da área, tocou rasteiro para Fred - o camisa 9, centralizado na meia-lua, chutou de primeira, da entrada da área, e colocou a bola no canto esquerdo, marcando seu 5º gol em quatro jogos e isolando-se como goleador na competição.

Logo após sofrer o gol, a Cabofriense trocou um atacante (Allan) por um zagueiro (Bené). E o negócio deu resultado: em jogada pelo flanco esquerdo, Marquinho recebeu de Carlinhos, cruzou e Willians completou com o gol aberto. 4a2 Fluminense.

Aos 44 minutos, Alexandre Calango entrou no lugar de Zotti, e o máximo que a Cabofriense conseguiu produzir foi um chute de fora da área defendido tranqüilamente por Diego Cavalieri.

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